16 dezembro 2008

Comer pouco prolonga a vida

Comer pouco é a maneira mais eficaz de ter uma vida mais longa, segundo um estudo de cientistas japoneses publicado pela revista "Nature". Os cientistas estudaram o efeito da enzima RHEB-1 no prolongamento da vida e como este componente se altera em função da ingestão calórica de cada indivíduo.

A pesquisa foi feita com uma espécie de vermes da terra, mas a equipe da Universidade de Kyoto afirma que a teoria é aplicável também aos mamíferos.

Segundo o estudo, "a restrição alimentícia é a intervenção mais eficaz e mais reproduzível para estender a expectativa de vida em espécies completamente diferentes".

Os cientistas da Universidade de Kyoto utilizaram vermes da espécie Caenorhabditis elegans na pesquisa e conseguiram comprovar que aqueles que deixavam de comer durante dois dias prolongaram a vida em torno de 50%.

Além disso, os vermes que jejuavam a cada dois dias eram mais resistentes aos processos de "estresse oxidativo" e mostraram menos sintomas de declive físico relacionado ao envelhecimento do que animais que puderam comer o quanto quisessem.


Folha Online


Comentário:
Enquanto alguns ainda diziam que tem que "comer bem" (mais no sentido de quantidade) para ter uma vida saudável e longa. E até mesmo, que não era certo ter apenas 3 refeições no dia, mas que deveria consumir lanches entre tais. Um estudo que virou o jogou. E ainda apontando um outro fator interessante, ficar alguns dias em jejum. Não, não dá para fugir, nem eu, nem você, por mais que tente. Na Bíblia encontramos esse conselho. De certa forma é incrivel, pois como que povos antigos, "mortos de fome" (segunda uma visão evolutiva), que praticamente a necessidade primária era comer... havia um povo hebreu diferente dos demais (que se lançavam a glutonaria) - quando não se rebelavam contra Deus - o qual praticava o jejum e o aconselhavam?

Até onde o jejum está envolvido na nossa vida fisica, mental e espiritual? Sinceramente, nunca olhei para o jejum como algo que produzisse mais saude. Sim já pensei que ele promoveria maior resistência ao nosso organismo a viver na falta de alimentos. De modo tal que, 2 pessoas, uma que praticava periodos de jejum, e outra que sempre estava comendo, se em certa ocasião, eles tiverem que ficar 2 ou 3 dias sem comer e em intensa atividade; aquele que praticava o jejum teria um desenpenho imunológico e metabólico superior ao outro. Mas nunca associei diretamente que o jejum promoveria saúde.

Também o colocava como um meio que nos produziria maior autocontrole, dominio próprio, temperança. Pois através de sua disciplina, você controlaria a mais forte de todas as paixões "a do paladar", "da gula", "da comida"; superaria tal necessidade. Não no sentido de poder viver sem comer, mas quanto a não permitir que tal tomasse parte na escolha, decisão, influência. De modo que, mesmo você passando por mais de uma semana em jejum, em intensa fome, ainda sim, se o diabo lhe oferecesse um bom rango, saudável para você, você ainda teria poder moral para subjulgar as emoções, e aquilo que o corpo clama, e rejeitar. Em outras palavras, como Salomão disse em Eclesiaste, que muitos achariam uma pessoa louca se ela cruzasse os braços e esperesse chegar a morte, algo do tipo; mas que na verdade, há uma sabedoria nisso, pois é melhor morrer com a consciência tranquila, com fome; do que farta, mas...

E claro, o jejum abre a nossa mente a, de certo modo, liberta-se de todas conscupiscencia, focar nossa mente quanto as necessidades básicas e também, a ter uma mente não "estimulada", de modo a poder discernir com clareza e olhar com sinceridade para o coração. Pois de certo modo, na abstinencia da comida, dificilmente alguem terá naturalidade para distrair-se com coisas vãs. E com isso, abre-se uma avenida para observar a dependência de Deus. É um dos maiores exercicios de subjulgar o eu, de promover poder moral, disciplina, autocontrole; que se possa ter. E até mesmo, de descansar o sistema digestivo.

Bem, mas muito antes da Universidade de Kyoto, alguém (Ellen G. White) já dizia:

"Algumas pessoas há que mais proveito terão com abster se de todo alimento durante um ou dois dias na semana, do que com qualquer quantidade de tratamentos ou orientação médica. O jejum de um dia na semana ser-lhes-ia de proveito incalculável." - Conselho Sobre Saúde, 477

" A intemperança no comer é muitas vezes a causa da doença, e o que a natureza precisa mais é ser aliviada da indevida carga que lhe foi imposta. Em muitos casos de doença, o melhor remédio é o paciente jejuar por uma ou duas refeições, a fim de que os sobrecarregados órgãos digestivos tenham oportunidade de descansar. Um regime de frutas por alguns dias tem muitas vezes produzido grande benefício aos que trabalham com o cérebro. Muitas vezes um breve período de inteira abstinência de comida, seguido de alimento simples e moderadamente tomado, tem levado à cura por meio dos próprios esforços recuperadores da natureza. Um regime de abstinência por um ou dois meses, haveria de convencer a muitos sofredores que a vereda da abnegação é o caminho para a saúde." - A Ciência do Bom Viver, 235

"Alguns há que seriam mais beneficiados pela abstinência de alimento por um dia ou dois cada semana, do que por qualquer quantidade de tratamento ou conselho médico. Jejuar um dia por semana ser-lhes-ia de incalculável benefício. " Testimonies, vol. 7, pág. 134.

"O açúcar não é bom para o estômago. Produz fermentação, o que embota o cérebro e deixa a disposição irritadiça. E tem-se demonstrado que, para a saúde do organismo, duas refeições são melhores do que três." - Mente, Caráter e Personalidade, v.2, 391

"Os que mudam de três refeições para duas ao dia, a princípio serão mais ou menos incomodados por uma fraqueza, especialmente na ocasião em que era seu hábito tomar sua terceira refeição. Mas se perseverarem por breve tempo, desaparecerá essa prostração." - Conselhos Sobre Regime Alimentar, 175

"O costume de comer apenas duas vezes por dia, em geral, demonstra-se benéfico à saúde; todavia, sob certas circunstâncias, talvez algumas pessoas tenham necessidade de uma terceira refeição. Esta, porém, deve ser muito leve, e de comida de fácil digestão. Bolachas de sal, ou pão torrado e fruta, ou bebida de cereal, eis os alimentos mais próprios para a refeição da noite." - Idem, 321


Aliás, aí está um conselho incrível: "Deixar de comer a terceira refeição." Algo que realmente seria MUUIIIIIiiiiittttttttttttooooooooooooooooooooo revolucionário para o mundo. Mas bem, há mais de 100 anos já eram ditas tais coisas. Muitos questionavam. Muitos não praticavam. Outros, criticavam quem praticava. Agora, até a medicina secular testifica tais palavras; contudo, duvido, que ela própria irá praticar tal. Bem, mas agora você tem mais um motivo de sobra para "comer pouco".

Siga o ditado: "Não viva para comer. Coma para viver."

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