24 abril 2009

Saúde: Herança Genética X Estilo de Vida

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A revista Veja desta semana traz interessante matéria de capa intitulada "Genética não é destino", assinada por Gabriela Carelli. Segundo a reportagem, "o tipo de alimentação, o nível de atividade física, o tabagismo, o uso de medicamentos, as experiências emocionais - todos esses fatores agem para ‘ligar' ou ‘desligar' determinados genes, ou seja, torná-los ativos ou conservá-los adormecidos. Nos dois casos, ocorrem alterações físicas e psicológicas em seu portador. Essas mudanças podem ser para o bem ou para o mal, atenuando sintomas de doenças ou provocando seu desenvolvimento. Os gatilhos que ativam ou desativam os genes são acionados por trechos do genoma que até pouco tempo atrás os cientistas tinham por inúteis - o chamado DNA lixo. Agora se sabe que eles servem de elemento de ligação entre os fatores ambientais e os genes. Esse ramo da genética que estuda a interação entre o ambiente e o genoma é conhecido como epigenética. O geneticista americano Randy Jirtle, da Universidade Duke, usa uma analogia para explicá-lo. Disse Jirtle a Veja: ‘Imagine o material genético existente no organismo como um computador. O genoma é o hardware. Para que a máquina funcione, é preciso ter softwares. Os mecanismos epigenéticos são os softwares. Eles produzem resultados distintos rodando sobre um mesmo hardware, ou seja, o genoma herdado dos pais.'"

No quadro "Abre-se a caixa preta da genética", é dito que o ambiente é mais importante que os genes na constituição física e psíquica de uma pessoa. Curiosamente, isso já era dito pela escritora Ellen White, há mais de cem anos. Seu livro A Ciência do Bom Viver é um clássico nesse sentido. Ali ela propõe a medicina preventiva baseada na saúde holística, que procura equilibrar os aspectos mental, físico e espiritual do ser humano. Resultado corroborado por amplas pesquisas: os adventistas do sétimo dia que se pautam por esse estilo de vida saudável vivem até uma década a mais que as demais pessoas, conforme reportagem de capa da revista National Geographic.

Inicialmente, achava-se que o genoma sofria raríssimas alterações ao longo da vida. Hoje se sabe que ele sofre muitas modificações e que elas podem ser reversíveis, se forem epigenéticas. Além disso, essas alterações podem ser transmitidas aos descendentes. Veja menciona pesquisa comandada pelo geneticista Michael Skinner, da Universidade de Washington, em que ratos foram expostos a um tipo de inseticida. A substância causou a metilação de dois genes relacionados à produção de esperma e os animais passaram a produzi-lo em menor quantidade. A deficiência se perpetuou por quatro gerações (interessante que Êxodo 20:5 menciona Deus "visitando a iniquidade" dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração, numa alusão às consequências do pecado; mas abençoando até mil gerações daqueles que seguem Seus preceitos).

Atualmente, os cientistas já sabem que a falta ou excesso de comida na infância pode alterar os genes ligados ao metabolismo, provocando puberdade precoce, obesidade e diabetes. Sabem também que a vitamina B12 pode ligar os genes associados às funções cerebrais, como a memória, e que uma alimentação rica em soja, vitamina B2 e ácido fólico desliga o gene da obesidade. Além disso, uma dieta rica em vegetais diminui a expressão dos genes ligados ao câncer de próstata no estágio inicial da doença. Uma alimentação rica em ácido fólico, encontrado em grãos integrais, retarda o envelhecimento e inibe certos tipos de cânceres. E mais: a falta de carinho materno na infância altera os genes que controlam a produção dos hormônios do estresse. Essa alteração pode levar a transtornos como a depressão.

Fonte: Outra Leitura



Evandro comenta:
Finalmente um xeque-mate em mais uma desculpa esfarrapada muito usada hoje e que teve seus dias de fama: "Tudo era culpa da hereditariedade." O mal desempenho escolar, a gordura, a obesidade, a visão ruim, a preguiça, sonolência, os infartos, dores de cabeça, pouco desenvolvimento físico e mental, asma entre tantos outros. Até mesmo a doença, de um resfriado a um cancer, a culpa era da hereditariedade.

De fato, a Bíblia afirma haver ruins consequencias hereditárias frutos dos maus hábitos e estilo de vida dos nossos pais - "visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geraçäo daqueles que me odeiam." (Exodo 20:5). Porém, ao mesmo tempo, a Palavra de Deus trás conforto, esperança, e uma mensagem de saúde e boas consequencias para as gerações presentes e futuras, mesmo carregando os genes ruins dos pais, ao afirmar no verso seguinte: "E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos."

Tem um livro da Biazzi, não me recordo o nome, porém eu apenas li as primeiras páginas, sobre saúde, que ela fazia uma critica quanto as pessoas culparem a hereditariedade por suas doenças. Ela dizia, com outras palavras, o seguinte: "Enquanto não adquirimos bons hábitos alimentares; abstinência de coisas maléficas a saúde como alcool, fumo, drogas, chocolate, carne, açucar refinado; não praticamos exercícios fisicos regularmente; não temos um sono completo e regular; enfim, não temos um estilo de vida saudavel, por Deus orientado; de modo algum podemos culpar a hereditariedade por nossas condições. Apenas quando todos esses fatores forem supridos devidamente e a doença ocorrer, ou a cura não ocorrer, é que então podemos ter alguma consideração pela herença genética."


Também, hoje me deparo com a seguinte matéria no FolhaOnline: "Corrida previne problemas de visão, sugerem estudos". O qual destaca a relação dos exercícios físicos com a manutenção e prolongação da saúde.

"Correr pode reduzir o risco de desenvolver catarata e degeneração macular relacionada à idade, sugerem novos estudos da Universidade de Berkeley (EUA). Os maiores ganhos foram verificados em atletas, mas mesmo pessoas que correm distâncias menores foram beneficiadas."

"Os pesquisadores compararam ainda os dados dos homens com melhor condição cardiorrespiratória aos dos menos preparados e viram que os atletas mais velozes apresentaram menos queixas da doença."

"Para o pesquisador em oftalmologa esportiva Marinho Scarpi, os resultados sugerem que a corrida pode ajudar na prevenção da catarata e da degeneração macular por evitar problemas como hipertensão, diabetes e obesidade, que são fatores de risco para as duas doenças.

Estudos anteriores já apontavam que outras atividades físicas podem reduzir tais fatores, mas exercícios vigorosos como a corrida se mostraram mais eficazes. "Com exceção da exposição à luz solar, os atletas, em geral, cuidam mais de si mesmos e de sua alimentação."

Segundo ele, a prática também ajuda no controle do metabolismo do açúcar e reduz o consumo de cigarro e álcool entre seus praticantes, fatores de proteção já conhecidos."

"Outro estudo, feito em 2006 na Universidade de Medicina de Kaunas, na Lituânia, testou 210 pacientes com cerca de 60 anos internados para cirurgias de catarata e verificou que o aumento da opacidade das lentes oculares foi maior em pessoas sedentárias. Os pesquisadores creditam o resultado, entre outros fatores, ao acúmulo de radicais livres, presentes em maior concentração no organismo de quem não pratica atividades físicas." [importante lembrar da associação entre radicais livres com envelhecimento e cancer.]

"Rubens Belfort Júnior, oftalmologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), afirma que o estudo traz dados interessantes, que podem sugerir novas investigações. "Talvez a exposição à luz ultravioleta, que é geralmente tida como agravante, não afete tanto seu surgimento", diz."


Evandro comenta:
Beneficios da corrida, caminhadas e exercicios aeróbicos são tremendos! Só o bem estar provocado pelo relaxamento, pela liberação de seretonina e beta-endorfina já produz em si grande saúde. É comum de repente eu notar uma certa tabalha imunológica por uma virose, então você vai lá se exercitar, soa igual um porco, e depois fica 100%, pois acelerou o metabolismo, fortaleceu-o, e eliminou a doença pela transpiração. Sendo que também observo que nos periodos mais sedentários, pelo contrário, ao invés de eliminar pela transpiração, o paciente acaba eliminando mais demorado através das vias aéreas, muitas vezes provocando alergias e irritação nas vias respiratórias. Fora o modo como a mente fica a todo vapor, ao estar bem oxigenada pelo exercício.

Ao mesmo tempo é importante frisar alguns aspectos da medicina. Jamais podemos considerá-los Onicientes. Erraram por muitos anos quanto a hereditariedade, quanto aos exercícios fisicos, exposição ao sol. Alimentação então!!! Quem não se recorda de quando acabaram com as fibras alegando não servir para nada, já agora... Ou quando assumiam - há quem ainda assuma - de que uma pessoa que não come carne será um desnutrido, debilitado e fracote fisico e imunamente. E nessas notícias vemos mudança de paradigma médico-cientifico, como o de Rubens Belfort da Unifesp - "Talvez a exposição à luz ultravioleta, que é geralmente tida como agravante, não afete tanto seu surgimento". Pois até então, os médicos diziam que se você ficar fazendo exercícios exposto ao sol, sem proteção, você ficaria com a visão destruida ou com o cancer de pele quase que na certa.

Tudo isso ainda mais reforçam e testificam sobre o que a Bíblia e os escritos de Ellen G. White já diziam sobre saúde, muito antes dessa moderna medicina e pesquisas. Sinceramente, não sou vegetariano, pratico exercícios, tento respirar o melhor possível, não bebo nem fumo, para assim viver 200 anos, de modo algum. Antes sim, por uma qualidade de vida, uma vida saudavel amor para com Deus, o próximo, natureza e comigo(como criatura). A verdadeira saúde é quando suprimos tudo aquilo que nossas células necessitam, o qual o Criador projetou. Logo, se satisfazermos tais, elas irão transbordar saúde, o que resulta num funcionamento perfeito e harmonioso de todo o ser, resultando, evidentemente, na plenitude do bem estar fisico, mental e espiritual, assim, a felicidade. Felicidade a qual muitos, infelizmente, buscam na contradição, estimulantes, bebidas, drogas, sedentarismo, os quais, logicamente, não produzem felicidade alguma, no máximo, alguns pequenos momentos de bem estar, que na verdade não passam de pequenos prazeres enganosos, onde você ri da própria desgraça.


Para encerrar, considerarei o exemplo de Décio Oliveira Castro, um idoso ressaltado pela reportagem do FolhaOnline.

Décio Oliveira Castro, 72, correu pela primeira vez em uma São Silvestre, em 1953. "Sem treino e descalço", conta. Tomou gosto pelo esporte e hoje percorre 76 km semanais. Nos fins de semana, corre cerca de 23 km diários, incluindo subidas no percurso. Ao contrário de outros membros de sua família, Castro não sofre de hipertensão, de diabetes ou de problemas de visão. "Leio qualquer coisa sem ajuda de óculos. Remédios, só para dor muscular, comuns após maratonas."

17 abril 2009

Impossível !!! [E. G. W.]

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- Bom dia! - disse o homem de cabelos grisalhos achegando-se à mesa da recepção da Casa Publicadora Brasileira.

- Bom dia - respondeu simpaticamente a recepcionista. - Em que posso ajudar?

- Me chamo Marcos e gostaria de conhecer um de seus escritores.

- Claro, o senhor pode dizer qual escritor?

- Ellen White - respondeu o homem com um sorriso franco. Finalmente ia poder contatar a autora dos livros que leu com tanta voracidade.

- Desculpe-me, Sr. Marcos, mas Ellen White já não vive há quase um século.

O sorriso do leitor dissipou-se um pouco, mas ele manteve a compostura. Leu o nome da recepcionista no crachá preso à lapela e argumentou:

- Olha, Sra. Nadir, eu sei que a empresa deve ter a política de não ir fornecendo o endereço de seus escritores para qualquer pessoa, mas tenho um desejo real de mandar, pelo menos, um e-mail à Sra. Ellen White.

Foi a vez de Nadir manter a compostura. Ser recepcionista não é tarefa das mais fáceis. Faça chuva, faça sol, com pessoas simpáticas ou antipáticas, o sorriso deve sempre estar bem ali, mesmo quando alguém pede para conhecer um escritor que já faleceu há quase cem anos.

- Estou falando a verdade - insistiu a mulher, ainda sorrindo.

- Nadir - disse um rapaz se achegando à mesa, - você tem ai uma lista de ramais? Não sei onde foi parar a minha.

- Sim, Fernando - respondeu a recepcionista, entregou-lhe um papel e aproveitou a oportunidade: - Sr. Marcos, este é o Fernando Torres, editor de algumas revistas da Casa. Talvez ele possa ajudar.

Fernando cumprimentou o homem e perguntou o que desejava. Ao ouvir a resposta, sorriu.

- Ok, Nadir - disse o editor. - Gostei da piada - parou por um breve segundo e viu que apenas ele estava sorrindo. - É sério?

Os dois confirmaram com a cabeça.

Fernando conduziu o homem pelos corredores da editora. Conversaram pelo caminho até chegarem a uma sala de reuniões. Ali estavam outros dois editores, Michelson e Sueli. Apresentou-lhes o visitante e seu pedido.

- Certo, Fernando - disse Sueli. - Gostei da piada.

- É sério! - concluiu Michelson, ao olhar a expressão de Marcos.

A convite dos editores, o visitante sentou e foi logo falando:

- Creio que há um acordo entre os funcionários da editora para não fornecerem o endereço da escritora Ellen White. Noutro dia, mandei e-mail para o SAC e, já que eu estava de passagem por Tatuí, resolvi vir até aqui, mas a resposta tem sido a mesma.

- De fato - disse Sueli. - A Sra. White faleceu há quase um século.

- Impossível - Marcos meneou a cabeça. - Você já leu os livros dela sobre saúde? Ou sobre educação? São todos assuntos e descobertas atuais. É humanamente impossível alguém escrever com tamanha propriedade sobre esses temas, quando sequer havia estudos embrionários sobre eles.

- Ela foi inspirada por Deus - Michelson falou. - Por isso sua mensagem é tão atual e correta.

- Impossível - insistiu o visitante. - Olha, eu só quero mandar um e-mail, ou uma carta. Quero dar minhas congratulações pelas obras dela. Ganhei uma coleção de um amigo e fiquei fascinado com tudo, em especial com a análise que ela faz do tempo em que vivemos.

- Não são análises - disse um homem de cabelos brancos, recostado no umbral da porta, com um maço de revistas embaixo do braço. - São profecias.

Os três editores olharam para a porta. Não haviam percebido que seu redator chefe, pastor Rubens Lessa, havia, há alguns minutos, chegado na sala e parado para acompanhar o assunto.
Ele entrou e cumprimentou Marcos. Sentou-se à mesa e pediu:

- Fernando, por favor, busque na biblioteca um exemplar do livro Fundadores da Mensagem.

Fernando assentiu e saiu da sala. O editor, então, se apresentou e disse:

- Nós acreditamos que Ellen White foi inspirada por Deus para produzir seus escritos. Por isso ela pôde escrever com tamanha propriedade sobre vários assuntos.

- Educação - disse Sueli.

- Saúde - Michelson completou.

- Relacionamento familiar, história - concordou Marcos. - Não sei se acredito nisso. É tudo muito exato e algumas coisas, em especial sobre saúde, ela jamais poderia ter escrito sem qualquer base científica. Eu pensei que ela estava fazendo uma espécie de resenha sobre as atuais descobertas da ciência nessa área.

- Podemos dizer que é uma resenha, mas foi o Autor da ciência quem deu para ela todas as informações para seus escritos - disse Rubens Lessa.

Fernando retornou à sala com alguns livros nas mãos. Entregou uma surrada edição do Fundadores da Mensagem para o redator chefe, que o abriu na página 142. Com o livro aberto, narrou um pouco da história da profetisa e, em especial, a parte em que o autor fala da morte dela, em 1915, e o último parágrafo: "Hoje... sua influência ainda vive através das milhares de páginas de seus escritos, e no imortal espírito de divina conquista que possuía."

O Sr. Marcos tomou o livro nas mãos. De fato, não tinha como argumentar. Ellen White estava morta, há quase um século. Conversou mais um pouco com os editores e recebeu de presente alguns livros da editora.
Ao sair do prédio da CPB, olhou para traz e sussurrou:

- Impossível - mas depois completou: - Humanamente impossível.

Obs: é, infelizmente, um conto ficcioso.

Por Denis Cruz

Fonte: (Outra Leitura)



Comentário: Era de 17 anos, minha idade, quando li pela primeira vez um livro de Ellen G. White. Quanto a leitura do texto, não li com preconceitos, apenas com a idéia na cabeça que ali poderia encontrar alguma orientação ou luz sobre algo que eu buscava esclarecimento - se eu devia ou não terminar um relacionamento com uma garota. Porém, eu tinha um certo medo (vamos dizer assim) quanto a tal nome, pois sempre ouvi falarem dela, associando com "as catastróficas profecias dos fins dos tempos" e eu via muitos jovens, principalmente, guspindo o nome dela como se fosse uma velha chata, uma bruxa.

Mas revirei alguns livros que minha mãe possuia, e que nunca ousei tocar. Olhava o indice de cada a procura de algo relacionamento a minha necessidade intelectual no momento. Até que me deparei com o livro "Mente, Caráter e Personalidade", na sessão "Problemas da Juventude", no capítulo "Paixão e Amor Cego". E o li.

Foi uma experiência magnífica, eu nunca havia lido algo igual. Nunca fui num psicólogo, mas creio, que até mesmo ele se surpreenderia se tivesse lido. É tudo muito claro, a verdade é tão a tona exposta, é tão convicente; e ao mesmo tempo, sua consciência percebe tão nitidamente a verdade daquelas palavras, que há um enorme alívio por ter encontrado aquilo. É como se estivesse com muita vontade de beber água e após caminhar por muitas dunas, melhor, por 17 anos de dunas, finalmente chego em um oasis e mergulho a água num pequeno lago de água cristalina e fresca.

Após aquele dia passei a ler, ler, ler e ler aquele livro; ao terminar, fui ler outros; ao todo, hoje, já - que me recordo - 10 livros de Ellen G. White, mais trechos e capitulos a parte de outras obras; só neses 10 livros, foram, pelo menos, 5.000 páginas. E até hoje continuo a ler. Atualmente, terminei de ler o "Patriarcas e Profetas", e estou lendo "Preparação para Crise Final" que tem muitos textos dela, e ao terminá-lo, pretendo iniciar "Profetas e Reis".

É extraordinário cada página, cada estrofe. Me recordo que nos 2 primeiros meses que o lia, levava até para escola - na época, terceiro colegial - e ficava lendo na sala de aula. Chegando muitas vezes a arregalar o olho e ficar eufórico com o que lia, com a magia e toda dinâmica, impacto, que aquela mensagem provocava. Poucas não foram, às vezes, que levava o livro até um amigo, apontava um trecho ou texto, lendo com ele tais palavras, então dizia: "Cara! Olha isso! É impossível um homem falar assim. Só mesmo inspirada por Deus." E ele concordava comigo, apesar, que na época achar que aquelas palavras mexiam tanto com ele, quanto comigo, não era o que exatamente ocorria.

De inicio, apesar de saber que ela já havia morrido por volta da virada do século XIX-XX. Não compreendia nada a idéia da diferença daquele período com o de hoje. Quais eram as condições daquela época. Quando compreendi melhor isso, mais fascinante as palavras ficaram. Pois muitas coisas - já perdi a conta - que ela anunciou, ocorreram e ocorrem hoje. A visão que ela tinha e as palavras eram extraordinárias. O que ela fala sobre educação, é algo que, só AGORA, os educadores, psicologos, pedagogos estão descobrindo como sendo o caminho para uma verdadeira educação. Sobre saúde nem preciso dizer nada. Ela não só estava MUITO a frente das Enciclopédias, Universidades, Bibliotecas de sua época, mas como está à frente da atualidade. E que nada, além da Bíblia, é comparável em tamanha sabedoria.
Não são obras moralistas, um manual de como se deve viver, nem tão pouco a "programar o pensamento do leitor". Mas sim uma "manual de uma vida feliz, coerente com a vontade de Deus e o bem do próximo", o qual não impõe, mas propõe como uma persuadão de tirar o fôlego.

Ao estudar a história dela, então...


Nota: Caso você queira ler alguma entre as dezenas obras, você pode adquirir pela Casa Publicadora Brasileira, ou ler através do site Ellen White Books.

Obras de Ellen G. White que mais me marcaram:
1. O Grande Conflito
2. Mente, Caráter e Personalidade
3. O Ministério do Amor (o mesmo que "Beneficiência Social" - acho)
4. História da Redenção
5. Caminho para Cristo

14 abril 2009

A 9ª Sinfonia de Beethoven

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Eu não esperava.

Semana passada a Juliana Bueno me avisa que a Orquestra Sinfônica de Santo André apresentaria nesse final de semana a 9ª Sinfonia de Beethoven. Confesso que eu nunca havia contemplado-a por inteiro, apenas havia ouvido – e várias vezes – último movimento que tem o coral. A vontade de ouvi-la aumentou absurdamente, após recordar de um filme sobre Beethoven que havia assistido ano passado, e alguns fatos sobre a composição da sua ultima sinfonia acabada.

Sábado fui com o Rafael, 19hrs iria começar a distribuir os ingressos. Chegamos umas 19h25 e havia uma fila como nunca havia visto no Teatro Municipal de Santo André. A fila se entendia até a rampa do estacionamento – para quem conhece. E logo, os ingressos acabaram. Mas no dia seguinte, fiquei com isso na cabeça, e resolvi ir bem mais cedo. Às 18h25 cheguei, e já havia umas 200 pessoas na fila, mas eu e o Elcio conseguimos pegar ingresso. (O teatro deve suportar, no Maximo, uns 600-700).

20 horas e a apresentação vai começar. Mas antes, Carlos Moreno, o regente fala um pouco sobre a sinfonia, quanto à interpretação dela, porque é considerada a maior obra de todos os tempos. E que o seu tema central é “a fraternidade”. Falando sobre a idéia de quando chegamos em certo ponto da vida, começamos a filtrar e deixar tudo de lado que não vale muito apena, e passamos a dar mais valor apenas para aquilo que realmente é importante, e que Beethoven, trouxe isso a tona, tornando a “fraternidade” o amor e companheiros para com as pessoas, como sendo tal. Então os acordes iniciaram.

Não há como descrever o durante. Mas, finalmente, eu pude entender e ver, porque Beethoven é chamado de Beethoven.
Pude perceber o quão meu ouvido ainda precisa estudar e aprender a interpretar musica. Tive duras dificuldades de entender muita coisa da música. No primeiro momento, conseguia perceber o contraste do claro e do escuro, apenas nos momentos mais evidentes. Tive muita dificuldade para observar o tema da fraternidade na música; e sinceramente, não conseguia notar. Mas no momento 2 e 3, consegui perceber claramente uma idéia meio que Salomão em Eclesiastes, nos fazendo contemplar a realidade com tal serenidade, que observamos que tudo não passa de uma vaidade, várias vezes podia ver a perguntava jogada pelos acordes “O que realmente importa? Qual é o valor das coisas?” E aquela elevação então para uma oração, algo mais celestial, uma divindade, a belo, e ali encontrar as verdades, os sentidos, que realmente tem valor e importam. Isso eu consegui perceber na música; o impacto e a forma como tal coisa foi tão profundamente expressa, sinceramente, tive que me segurar para não chorar; pois comecei a associar isso em como tenho corrido atrás do vento, em muitas coisas na minha vida.

Minha expectativa para o último movimento era enorme, pois não via a ora de entrar o coral; e com palavras, eu poder compreender melhor tudo aquilo. Fora que nunca havia ouvido tal em português. Então para a minha surpresa, o momento chega, porém, em alemão (conforme o idioma original da composição de Beethoven). Mas no decorrer, em poucos minutos fiquei profundamente convicto que traduzir tal, seria profanar a música, retiraria muita coisa dela. Ainda mais depois, quando li na Internet como Beethoven lutou para conseguir fazer esse coro, colocar a poesia de Schiller na sinfonia.

A sinfonia acabou e um novo mundo se transformou após passar por ele tal som. Fiquei pensando e refletindo muito na música durante a execução, de modo que as questões técnicas foram o que menos reparei, de tais, algumas coisas que destaco:
- os violinos tocando umas notas, que acho que eram fusas ou semi-fusas. Ficava me perguntando: "como é que eles liam a partitura numa velocidade daquelas?";
- o contrafagote é intimador, o seu som peculiar, me encantou (nunca havia ouvido e visto ao vivo);
- a afinação dos solistas, em especial do baixo, a forma como manteve firme, afinado e intenso algumas notas bem graves. E o efeito sonoro quando a harmonia das quatros vozes se encaixavam.

Mas o que, sobretudo, me impressionou foi a música.
Vou ser sincero, até hoje eu ouvi pouco Bach, mas posso dizer que escuto muito Tchaikovsky, e eu consigo notar e perceber claramente seus traços e características nas suas sinfonias e músicas, de modo que eu me sinto um pouco na Rússia, mesmo nunca ter ido para lá. E acho que a Abertura 1812 entendo e compreendo quase cada nota da música, de tanto que já ouvi nos últimos 3 ou 4 anos tal; mas sempre me surpreendo com novos detalhes a ouvir tal tocada por uma orquestra diferente, e que normalmente sempre variam algo. Mas o que dizer quanto a Beethoven? Eu escuto algumas do Beethoven, gosto muito da Terceira Sinfonia (Heróica), consigo interpretá-la um pouco após assistir um documentário sobre ela. Mas a nona foi diferente. Pude observar um pouco quem era Beethoven, um pouco de seu caráter e ideais para a música. – A perplexidade aumenta quando pensamos nas suas dificuldades auditivas.

Talvez fique muito abstrato para o leitor o que irei descrever aqui da Nona Sinfonia, mas peço que te esforce; pois realmente, vale a pena, eu gostaria de compartilhar, pois se tal fizer sentido para você, do modo como eu consegui entender, mesmo que não completamente, isso vai ter um impacto forte na sua vida.

Em primeiro lugar, ficou evidente para mim o modo como Beethoven trabalha a idéia de "um só som". A harmonia resultante é um som só, e melódico. De modo, que todos os instrumentos, o arranjo para cada um, combina e encaixa tão bem, que isso em si já torna a música bela, maravilhosa; faz você identificar aquilo como uma perfeita harmonia, algo tão harmonioso e ao mesmo tempo melódico que parece celeste, que a impressão é que são anjos tocando. Especialmente, quando os instrumentos começam conversar, em especial as madeiras; é uns sons tão peculiares, de modo que eu ouvia eles de fato tendo uma solene, bela e amigável conversa; talvez, ai estava um traço da fraternidade o qual não percebia. Mesmo os metais, trompas, trompetes e trombones, pareciam ausentes, mas estavam sempre presentes, e muitas vezes fazendo toques fortes; mas não soava como Tchaikovsky, como um martelo que batia a rocha; mas como uma poderosa maré que arrastavam navios.

As dinâmicas da música são formidáveis, a harmonização, tudo soa tão suave, natural que é intrigante, você de repente notar que, do nada, a música mudou, ora tão claro, ora tão escuro; ora um pp, ora um ff; mas não parece haver diferença; foi um gradiente tão perfeito, mas tão curto, que é de espantar. Como que ele conseguiu fazer essas transformações, mutações? Talvez pela minha falta de ouvido musical, mas eu não conseguia perceber a música sair de um ré menor e ir para um ré maior, apenas quando se compara os dois extremos se percebia algo. É uma música tão cheia, tão variada, com tantas dinâmicas, com tantas exigências técnicas, mas tudo ocorre com tanta suavidade que é como observar as ondas de um mar calmo. Mas está ali, a música está no ff, mas soa como a onda! Em nenhum momento a música fica gritante! Mesmo no momento com o coral, o mesmo principio continua, com os solos, idem. No momento forte mesmo, que entram todos juntos: solo + orquestra + coro: "Freude, schöner Götterfunken" ("Alegria, formosa centelha divina"); aquilo tudo continua soando como um único som, forte, melódico, mas harmônico, solene, natural, manso, e ao mesmo tempo, imensuravelmente alegre, animador.
Como pode uma coisa dessas ocorrer? Parece um teletransporte de ficção!

Talvez a forma como é a música de Beethoven na nona sinfonia me impactou mais do que a sinfonia em si. O modo como foi trabalhado cada movimento, a orquestração; essa idéia que faz de toda a música como um todo, um só som, uma só música.

Não é a orquestra, o coral, o solo, é a música o som. Tudo ali é feito de um modo tão objetivo em promover um só som, uma só coisa, que me espanta. Nenhum instrumento é valorizado, nenhum solista, nem o coral, não é a dinâmica, não são as notas, não é o andamento, mas o som que esse todo deve produzir; um som celestial. Isso me fez pensar um pocado quanto a vida, a religião e o louvor. E ainda estou pensando.

Em segundo lugar, confesso que poucas vezes me dei conta de tamanha humildade, pequeno, ignorante que sou. De modo que não consigo me imaginar com tamanha genialidade como a de Beethoven, pois ao pensar em todo repertório musical que já ouvi, nada se compara quanto a esses aspectos que digo ser únicos da nona sinfonia. Como posso eu imaginar um dia conseguir alcançar tamanha genialidade musical? Creio eu que só no desenvolver da eternidade, o poderei alcançar e ultrapassar.

Quanto à vida, o que a música me deixou fortemente dizendo, é a vaidade; é ali, Eclesiastes "Vaidade de vaidade, tudo é vaidade.". Estamos passando preto para branco, claro para escuro, os baixos e altos, os momentos da vida vão ocorrendo, mas nós não vamos percebendo. Ao mesmo tempo, ora nos almejamos algo tão forte e claro que o rogamos, fazemos introdução a ele; mas então ele vem, aparece. Mas e ai? Na hora, tal não faz diferença nenhuma. Ele vem quase naturalmente, e naturalmente sem vai; mas o mais comovente, é que quando o alcançamos, [nos] damos conta do quão vão é, do quão vazio tal coisa era para nos prover a verdadeira alegria e felicidade. Mas ao mesmo tempo a música nos demonstra qual é o caminho, ela nos faz contemplar o celeste, o belo; mas através do som único.

Não é valorizar os trompetes, ou as madeiras, ou as cordas, ou o solo, ou o coro, nem os momentos e dinâmicas da vida, mas sim, fazer com que todos se encaixem como um só coisa, um só som, uma só música, um só objetivo, de modo solene, natural, como ondas calmas do mar, mas tudo tão perfeitamente equilibrado, que mesmo com um trompete fazendo um ff e um bombo sinfônico sendo batucado; ou o tímpano fazendo umas batidas quebradas numas sincopas, você apenas percebe o resultado final, a música; tudo isso soa suave; não agride a alma, não agride os ouvidos, não agride a consciência, não agride ninguém. É um pacifismo pleno, uma vida de total harmonia com o mundo, com as pessoas, com a natureza, com Deus, com o belo, com a música; nada se sobressai, mas tudo ocorre de modo tão uníssono, apesar de harmônico, que soa perfeito, sem espaço para o egoísmo, sem espaço para a vaidade, para ambição. É olhar para a vida e dizer que ela tem um tema. E esse tema soa essa música celeste, livre da vaidade, livre da guerra, livre da censura, livre do preconceito, livre da ganância e do DINHEIRO. O tema dessa vida é o belo, é a beleza nas amizades, nos relacionamentos, na religião, na música, no estilo de vida, na natureza, no acordar, no levantar, no pensar, no modo como viver, no modo como falar, ouvir... - a coisa vai longe.

Quanto à religião e o louvor, pensei muito na questão musical mesmo. Se referências é sempre o nosso espelho para discernir as coisas. Olhemos para a nona sinfonia, e olhemos para as musicas e atuais movimentos que hoje há na igreja. Até mesmo o hino 14 - Jubilosos te Adoramos (um arranjo da nona sinfonia). Estão distintos. Não conversam. Na música de Beethoven, eu pude contemplar o celeste. É uma experiência, uma dinâmica, incomparável. O próprio maestro falou isso quanto ao terceiro movimento, "nós somos levados a um nível celestial". Algo, que raramente, e que faz muito tempo, nenhuma música na IASD conseguiu produzir. O som único não ocorre. Mas sim, uma clara valorização da harmonia e do ritmo. Nada se encaixa sem valorização. Todas as dinâmicas são claramente perceptíveis e gritantes, tanto o p, quanto o mp quanto o fff.

O instrumental e o canto não agem não produzem um só som, uma só coisa, quase como se todos juntos, formasse O INSTRUMENTO, e que soprando-o, se sai o som, se sai a sinfonia do louvor, como ocorre na música de Beethoven. Mas o que vemos e ouvimos, são destaques, não vejo o mar tranqüilo e calmo, mesmo que forte e poderoso se perdendo em meio ao céu azul onde até onde o horizonte permite; mas vejo muitas coisas. Vozes são muitas vezes estridentes - instrumentos também; são gritantes. Parece que hoje há até uma incapacidade de se produzir um canto e instrumental forte, cheio, poderoso, mas tão suave, solene, manso, calmo, alegre, harmonioso, melódico e uníssono, como Beethoven faz no último movimento.

Como podemos nós se autodenominar apreciador do belo, da música? Quando na verdade, apreciamos o ruído, o barulho, as diferenças, ao invés da unidade, do perfeito, do único, do objetivo. Hoje é evidente que muitas discussões rolam nas igrejas em torno da música, todos com seus pontos de vista pessoais. É o violino falando, depois é a viola, o fagote, o cello, o trombone, o trompete, o timpano, a clarineta, a trompa, o tenor, o baixo, o soprano, o contralto, o coral, o regente; é cada um falando; não é uma conversa, não é uma música, é uma guerra sonora. Cada um está falando de uma coisa, da sua rebelião própria. Não há a fraternidade entre si, a fraternidade entre os instrumentos, as vozes, os coros, o maestro. A fraternidade máxima que deve ocorrer, quando todos simplesmente, se tornam um só instrumento, uma só voz, um só som, um só timbre.

Por que parece não haver solução para este problema? Porque aí estão os músicos, como eu, incapazes de interpretar a obra de Beethoven; com ouvidos sem educação musical. Sem a humildade de reconhecer isso, querendo dar palpites sobre música e louvor. Quando não temos ouvidos, e não compreendemos a mensagem, o exemplo, o espelho que Beethoven nos deixou na sua última sinfonia; após uma vida dedicada a música, talvez o maior gênio musical e humano conhecido da História, pegou todas as suas experiências na vida, todas suas experiências musicais, tudo do que ouviu, tocou e compôs, tudo do que meditou e pensou. E assim como Salomão, nos deixou a mensagem final de Eclesiastes 12:13-14, a "9 Sinfonia de Beethoven".

Eu não consigo ver tal obra como fruto da mera mente humana, na minha espiritualidade e discernimento, está claro a inspiração divina em Beethoven em tal composição. Uma música que nos revela traços e nos dá idéia de como é a música celeste. Ao mesmo tempo, é uma música que nos revela nossa cegueira. Cegueira para ver, de fato, a música, o som único, a voz de Deus, entoado pelo instrumento único (formado este pelos instrumentos e cantos), o que a música tem a nos dizer. Quem hoje - entre os músicos crentes - entendem o que a música lhe está dizendo? O que o seu timbre está dizendo? O que a partitura lhe está dizendo? O que a nota está dizendo? Parece que blindamos essa critica, dizendo que é puramente subjetiva. Quando, na verdade, o que ocorre, é que não entendemos o que estamos ouvindo e produzindo, não entendemos; não conseguimos interpretar; e aí ficamos dando nossos palpites e chutes furados, num puro ato irracional. E é a partir disso, que surge todas essas discussões de hoje. Porque estamos mal-educados, com ouvidos não preparados para ouvir a Sinfonia, pois caso sim, entenderíamos, primeiramente, a essência da fraternidade no louvor, logo, não ocorreria nem um único murmúrio de discussão. Carlos Moreno entendeu, Beethoven entendeu, e eu entendi. E certamente muitas outras pessoas entenderam. Não é subjetivo, é objetivo. Acontece é que estamos cegos para ver isso. E nos lançamos à música, como cegos caminhando pelo campo minado.

Não sei se o leitor se dá conta do que temos aqui, o que é essa sinfonia. É um manuscrito que, se contemplado, se compreendido pela humanidade, a humanidade seria transformada, tudo se tornaria belo. Se compreendido pela Igreja, esta também sairia da mornidão. Se compreendida por nós, aprenderíamos e saberíamos o que de fato é amar o próximo, o Criador e a criação de Deus. É a mais plena justiça e igualdade social, todos se unem, o resto se torna insignificante, o relacionamento humano, o humanismo, o amor ao próximo, a empatia, se torna predominante; as pessoas se unem nesses ideais, formando-se um único instrumento, um único som:

Alegria, formosa centelha divina,
Filha do Elíseo,
Ébrios de fogo entramos
Em teu santuário celeste!
Tua magia volta a unir
O que o costume rigorosamente dividiu.
Todos os homens se irmanam
Ali onde teu doce vôo se detém.

Quem já conseguiu o maior tesouro
De ser o amigo de um amigo,
Quem já conquistou uma mulher amável
Rejubile-se conosco!
Sim, mesmo se alguém conquistar apenas uma alma,
Uma única em todo o mundo.

Nota: Para ver a letra do quarto movimento em português e em alemão, clique aqui.

Para encerrar, uma carta de Carlos Moreno, na apresentação feita no dia 12 de abril de 2009, pela Orquestra Sinfonica de Santo André, Coral de Santo André, mais convidados:

"Quando em 1824 foi estreada a Nona Sinfonia em ré menor opus 125 de Ludwig Van Beethoven, a humanidade ganhava a maior obra já composta em todos os tempos. A profundidade da mensagem que se projeta desde os primeiros compassos até o último é de uma grande metamorfose de sentimentos, ou seja, da escuridão ao mais cintilante raio de esperança e crença na própria humanidade, partindo da tonalidade de ré menor predominante ao ré maior resultante. O primeiro movimento – Allegro ma non troppo e um poço maestoso – desenvolve-se em uma forma que homenageia o barroco – Toccata e Fuga – cujos elementos, células motívicas principalmente, dão ao movimento a importância de uma abertura. Nesta sinfonia o segundo movimento – Molto Vivace – se apresenta como um Scherzo de caráter quase marcial sendo contrastado por uma momento central – trio – de inspiração panteísta e retornando subitamente a vigorosa idéia primeira, concluindo o movimento através de um gesto beethoveniano num movimento descendente. O terceiro movimento – Adagio molto e cantábile – trata-se de uma oração. Em forma Lied, seu objetivo maior é ser elisivo em função ao que virá. Atentos! Por clamadas características executadas pelos trompetes e trompas, esta mensagem é colocada por Beethoven nos mantendo ligados e curiosos ao desenvolvimento da obra. Chegamos finalmente à parte conhecida como Coral. A partir deste ponto e despertos por um acorde que mais se parece com uma buzina, um som punitivo, o movimento Presto nos introduz aos temas que serão cantados pelos quatro solistas e o grande coro. A humanidade primeiramente é convocada a despertar de um sonho de desigualdades e fratricídios, despertando para um mundo real de crença e amor ao próximo. Esta exortação ao que existe de melhor em cada um de nós e o reconhecimento do outro como um irmão elevando nossa alma ao criador [Criador], independente do credo religioso, é a grande mensagem extraída da “Ode à Alegria” de Schiller. O famoso motivo de quatro notas utilizando por Beethoven em sua Quinta Sinfonia e outras obras, aqui aparece como a menor célula melódica. Podemos reconhecer aqui o canto da fênix, a conclusão da metamorfose. “... Irmãos, acima da abóbada estrelada do céu, um pai amado deve habitar.”. Com estas palavras de esperança traduzidas do texto, Beethoven, em 1827, estava pronto para nos deixar. Todos Irmãos. Viva!" - Carlos Eduardo Moreno


Para fazer o Download da música completa, clique aqui.

06 abril 2009

Excel 2007

1 comentários

Esse ano eu passei a usar o Microsoft Excel 2007 em casa e gostaria de fazer as minhas análises quanto a tal:

Melhorias significativas
- Melhorou - e muito - esteticamente e funcionalmente o layout, descomplicou muitas coisas e tornou mais prático, visivel, dinâmico trabalhar com formatações, por exemplo;
- Para salvar em outros formados, ele verifica quais recursos seriam perdidos;
- Aumentou absurdamente, o número de células na planilha [mas até onde isso é usual?];
- Trabalhar com banco de dados, tabelas, importações, referências, ficou muito fácil, agil e prático;
- Ao clicar com o botão direito em alguma célula, rápidamente surge uma barra de formatação básica, de modo que se desloca pouco o mouse;
- Melhorou algumas funções, como a "se" de modo que agora podem haver dezenas de outras condições "if" dentro dela; sendo que no 2003, apenas 7.
- Acrescentou algumas funções que faziam muita falta. Como a "Se.Erros" (ou é Se.Éerros?), a qual se verdadeiro, já vem a opção do que retornar. No 2003 era preciso criar isso dentro de uma "se".
- Os arquivos são comprimidos, assim, diminuindo muito o tamanho do arquivo, e não sendo mais necessário termos que comprimi-los toda vez que fosse enviar o arquivo para outros por e-mail;
- Filtros ficaram com opção de seleção (mas o antigo modo também faz falta - deveria conter os 2 modos);
- A barra de fórmulas ficou ajustável quanto ao modo de exibição [ finalmente ];
- Uma infinidade de novas opções para trabalhar com formatação de tabelas, gráficos, texto, fontes, entre outros. E até mesmo layouts e formatações novos para tabelas dinâmicas. Alguns já vêm prontos, é só escolher; mas ao meu ver, complicou um pouco a liberdade de formatação.


Deixou a desejar

- O Microsoft Visual Basic for Applications (VBA) ficou, praticamente, exatamente a mesma coisa. Não ajudou em nada a ficar mais intuitivo programar em VB, nem facilitou; ficou tudo exatamente igual [até onde usei];
- O Microsoft Queries, usado para desenvolver consultas personalizadas em bancos de dados, também ficou o mesmo porre de antes.
- Não tem um guia de atalhos de teclado, talvez haja muitos novos, mas não informados e personalizáveis facilmente;
- Poderiam adionar um monte de recursos de como personalizar o "congelar painéis", de modo a podermos dominá-lo, principalmente; assim, como poderiam congelar células especificas;
- Uma melhora significativa na janela de funções; de modo a tratar especialmente as funções extras, que ninguem usa;
- Usar o recurso "Solver" ainda é um mistério não facilmente esclarecido;
- Poderia detalhar mais os recursos de proteção do arquivo, como a falta de uma opção que bloqueia apenas as células que contém fórmulas. Assim como torná-lo mais dificil de quebrá-lo;
- Ainda não se pode mesclar células que não seja por áreas;
- Poderia haver os dois modos de filtros, o do 2003 (caixa de combinação) e o atual (caixa de seleção);
- Usar uma janela para realizar o "Colar especial" ainda é um saco, e faltam novas opções;
- Para um bom formulário, ainda é preciso recorrer ao VB;
- Ainda não há recurso para trabalhar com fórmulas matemáticas. Por exemplo, você digita num lugar f(x) = ax + 2. Ele não vai reconhecer como uma função. É preciso sempre fazer a referência a células; e apenas trabalha com constantes, e não variáveis, e não reconhece variáveis genéricas (por exemplo, uma constante "k"), é sempre necessário colocar números; Quanto a parte matemática de funções e gráficos, alguns simples aplicativos, como o Winplot, dá um show;
- Falta um botão que basta clicar e formata a célula como texto ou número.


Pioras significativas

- Sem sombra de dúvidas, a pior de todas, que quase me fez optar por utilizar a versão 2003 são as limitações da Barra de Ferramenta. Agora é padrão por abas NÃO-EDITÁVEIS. Você não pode personalizar a barra de ferramenta, movê-la, arrastá-la para outros cantos, criar outras barras de ferramentas, escolher quais itens ali teriam, nem mesmo criar novos itens e etc;
- Algumas cores padrões para se formatar um texto ou preenchimento, sumiram; e não se pode crirar novas escalas de cores;
- Não é possível fixar a largura das colunas, de modo que quando você atualiza uma tabela dinâmica, a coluna é automaticamente redimensionada.
Minha área de trabalho no Excel 2003:

Como se pode ver, eu tinha praticamente 90% dos recursos que utilizava tudo já de cara e distrivuido pela tela, era só levar o mouse até certo ponto da tela (principalmente quando se acostuma com as posições) e clicar. Sendo que podia deixar algumas barras de ferramentas no lado, ou embaixo na tela. A única coisa semelhante no Excel 2007 é que se pode personalizar uma barra única de atalhos rápidos, e algumas opções sumiram. E é preciso deixar todos juntos numa mesma barra e local.

Quanto ao dia-dia prático, ainda bem que a empresa usa a versão 2003; pois o que facilita e ajuda esse layout personalizado, não é brincadeira. Eu detestaria de que para tudo ter que ficar clicando nas abas, ao acessando janelas. Foi algo bom conseguirem fazer com que a barra dos menus da barra de janela virarem abas, basta clicar em tais e se pode ver os itens em barra de ferramentas; mas ficar preso ao padrão desenvolvido pela Microsoft é um saco; principalmente, para usuários que realmente trabalham com excel e precisam de algo bem dinâmico que atenda as suas necessidades.

Foi uma medida audaciosa e burra, ao meu ver, migrar para essa opção chocante de layout e como modelo único. Deveria haver as duas opções; a tracional, mantida até o 2003 e essa nova. Assim como o Windows Vista também possui o tema clássico e do XP. Há alguns plugins na Net que torna a barra de tarefas como a do 2003, até instalei na expectativa de que fosse a solução, mas ela é subordinada a do 2007, logo, também não é personalizável. Volta com a cara de antes mas fica a mesma bosta. Encontrei um guia de como criar uma nova aba, usando programação em xml se não me engano; mas estava me dando um trabalhão e muita perca de tempo.

O Excel poderia conter recursos gráficos de funções matemáticas, as quais só encontramos em alguns softwares de matemática como o WinPlot. Há muito a desejar e melhorar ainda. Porém, vejo que assim como o Windows Vista, o Office 2007 se focou muito mais em deixar as coisas com um designe e mode de interação inovador, do que em fazer melhoras significativas no desempenho do sistema em melhorar as ferramentas e torná-las muito mais versáteis. Aliás, quantos não gostaria de poder usar num gráfico do Excel dois tipos de gráficos ao mesmo tempo, um com barras e outros com linha, o que ajudaria muito em algumas coisas - sem ter que usar a tal da linha de tendência? Um recurso que desde o Office 1997 se espera, e não foi desta vez.

Bem, porém, agora a Microsoft que fique esperta, concorrência já está surgindo, com o OpenOffice, o Google Docs, Lotus (promete melhoras), BrOffice. Há algumas coisas que eu já prefiro usar no BrOffice do que no Office, que é OpenSource e padrão na faculdade. E assim, como o Windows perdeu muito campo para o Linux; se não houver inovações e melhoras significativas nos seus produtos de escritório (Office), assim que a concorrência demonstrar superação (entre eles a Google) e acima de tudo, GRATUITO. "Adios Era Office".
Contudo, pessoas, no próprio escritório, que apenas se preocupam mais com a estética, ao fazer relatórios e apresentações "bonitinhas"; acharam o 2007 um show de bola.

03 abril 2009