Foram 2 maravilhosos meses de leitura do livro "Sêneca- As relações humanas: a amizade, os livros, a filosofia, o sábio e a atitude perante a morte"; o qual é composto de algumas das cartas de Sêneca para Lucílio.
Após ler tais obras, eu diria que a leitura de Sêneca seria quase que um complemento a Bíblia necessário para qualquer um que busca compreender a significância do autêntico cristianismo; porém, o mais interessante de tudo é que Sêneca nunca foi cristão, nem o conheceu o cristianismo, tampouco lidou com a cultura e filosofia judáica; mas veio de uma origem da filósofos estóicos.
Por fim, há um monte de coisas que gostaria de poder compartilhar de tal filosofia; e deixo aqui o último capítulo, ou última carta deste livro - Carta CXXIII; a qual de certa forma é uma grande repreensão aos modismos, seguir a maioria, consumismo, e meros prazeres... pois tais conduzem a corrupção da alma [uma leitura bem vinda numa época dominada pelo capitalismo]. A qual, por motivos de preguiça plena, ao invés de redigi-la scaniei. Clique nas imagens abaixo para vizualizá-las.
E, também, gostaria de compartilhar um comentário que há no livro sobre o autor:
"[...] Mas não é o austero professor de filosofia que fala nas cartas, tampouco o retórico. A filosofia para ele tem uma finalidade inconfundível. Ela forma a alma, a afeiçoa, regra a vida, guia as ações, mostra o que se deve fazer ou evitar. Não se trata de dar à contemplação belas frases, mas sim de propiciar a busca do Bem. Procura-se conduzir uma alma de qualidade à sabedoria, a discernir os verdadeiros valores, a viver segundo a Razão, a guiá-la para a contemplação da Natureza, portanto do Divino. O verdadeiro conhecimento é aquele que permite descobrir a Natureza e vivver em harmonia com ela. Sobretudo, ele nos liberta do medo da morte. É missão do filósofo levar o homem a superar essa angústia.
Desse modo, para formar o seu discípulo, Sêneca parte do mais concreto. Recorre a eventos que tanto o remetente quanto o seu destinatário presenciam e vivem todos os dias, para, só então e a partir desses eventos concretos, desenvolver reflexões sobre a natureza deles. Meditações aprofundadas sobre a morte, sobre a amizade, sobre a filosofia, são na seqüência encaminhadas a seu destinatário. O professor-amigo é uma chama viva, sempre à procura, dando de si ao outro para dar-se a si mesmo."
Agora é seguir com o próximo da lista. Por enquanto, "Da Tranquilidade da Vida", também de Sêneca.
28 abril 2010
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