27 setembro 2015

O Catecismo e os 10 Mandamentos

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A tabela abaixo mostra algumas mudanças feitas deliberadamente pela Igreja Católica, com a prerrogativa da autoridade divina do Papa, em prol de anular/eliminar aquilo que a Lei de Deus expressa ser a vontade de Deus, escritas pelo dedo de Deus em tábuas de pedra. Esta mudança foi unicamente para tentar harmonizar a Bíblia para com as tradições e dogmas construídos/incluídos pela Igreja Católica ao longo dos séculos contrárias a ela.


02 setembro 2015

Livro: Por que as nações fracassam - critica inicial

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Estou lendo o best-seller "Por que as nações fracassam" de Daron Acemoglu e James Robinson, um professor de Economia no MIT, o outro, professor de Administração de Pública de Harvard (ambos nos EUA).

Bem, estou na página 50 ainda, mas já tive grandes surpresas e degustações, ao mesmo tempo, grandes decepções sobre esse livro.

É muito interessante que ele trás muitos dados e informações, além de histórias muito interessantes, especialmente sobre a colonização das Américas, em detalhes que nunca me foram contados. Todavia, a partir do capítulo 2, fica mais evidente suas fraquezas. Neste capítulo, os autores tentam destruir outros grandes modelos que explicam algumas coisas. Tentando, apenas levar a concluir de que o único modelo realmente verdadeiro e que explica as coisas de forma para tudo é de que o progresso das nações dependem apenas de um sistema político que produzem instituições financeiras capazes de dar os incentivos corretos para as pessoas. Dado esta fórmula do sucesso, os autores se prendem em refutar qualquer outra fórmula e a favorecer esta.

Além dessa simplificação, os autores também definem que o sucesso de uma nação é uma nação ser como os Estados Unidos, enquanto que, o oposto, seria um país ser como o Congo, Serra Leoa, Bolívia, Guatemala, Síria. [Bem, são professores de universidades nos EUA. Esperar o quê?] Eles colocam, como uma das principais medidas de sucesso e fracasso de uma nação o PIB per capita, a produção industrial, dentre tantos outros. Sendo que estas definições de sucesso e fracasso são coisas de que os autores não demoram nem um único parágrafo para explicar o que levou tais a adotarem tais medidas, como o indicador de sucesso e fracasso? No decorrer do livro, deparamos com muitas classificações arbitrárias, históricas, de países/povos que foram melhores ou piores do que outros; sem, nenhuma boa justificativa.

Quando, no capítulo 2, tenta destruir a ideia do argumento cultural (o que ele simplifica em chamar tudo o que é filosófico, religioso, moral, dentre outros, como sendo "moral"), é onde mais os autores são levianos, fracos, e, às vezes, contraditórios em sua argumentação. Veja este trecho absurdo sobre o Congo:

"Graças aos portugueses, os congolenses aprenderam sobre a roda e o arado, cuja adoção foi mesmo incentivada por missões agrícolas lusitanas em 1491 e 1512. Contudo, todas essas iniciativas fracassaram. Não obstante, os congolenses estavam longe de ser avessos às modernas tecnologias em geral; foram muito rápidos, por exemplo, em adotar outra venerável inovação ocidental: a pólvora. Usaram essa nova e poderosa ferramenta para responder a incentivos de mercado: a captura e exportação de escravos. Não há nenhum indício de que a cultura ou os valores africanos de alguma maneira concorressem para impedir a adoção de novas tecnologias e práticas." (p. 46)

Como eles conseguem tirar uma conclusão como esta? Aliás, repare no arranjo de palavras, jogo de palavras que os autores precisam fazer para dizer, o que poderia ser escrito como apenas:

"Os portugueses levaram a tecnologia da roda para a agricultura para os congolenses, porém estes não aderiram a tal. Por outro lado, aderiram a pólvora para caçar pessoas e vendê-las como escravas."

Não só evitaria uma monte de palavras arbitrárias como "adorar outra venerável invenção ocidental" [E os julgamentos arbitrários do autor. Além, de um sútil erro de, apesar de serem os Portugueses que estavam levando a tecnologia da pólvora para eles. A pólvora não é uma invenção/tecnologia do Ocidente, mas sim do Oriente, na China (afirma muitos autores)]. Mas também, em uma parte anterior, quando fala sobre argumentos do tipo geográficos, ele fala que a África Sub-Saariana não desenvolveu muito a agricultura, mas a caça era comum. Logo, o que o próprio autor disse dá margem para hipótese de que a preferência do povo de Congo pela pólvora ao invés da roda agrícola, pode ter decorrido devido a uma tendência cultural de preferirem a caça (mesmo que humana) a produção agrícola (como o próprio autor afirma anteriormente). Todavia, o autor não justifica, não dá ao trabalho de verificar tal hipótese. E não coloca que a própria adoção ou não de determinadas tecnologias tem bases culturais/morais/religiosas, dentre outros.

Em outro ponto, tais autores faz a colocação mais absurda de todas! Ele diz: "religião, ética nacional, valores africanos ou latinos – não têm importância para entendermos como chegamos até aqui e por que as desigualdades do mundo persistem." (p. 45) E não dá nenhuma explicação, nenhum dado, nem uma única palavra de como ele chegou a conclusão de que tais coisas "não têm importância para entendermos como chegamos até aqui". Ou seja, estudar a História das Religiões, Filosofia, Ética, os valores africanos e latinos (podemos adicionar Geografia e Biologia, pelo contexto), não vai ajudar em ABSOLUTAMENTE NADA para entendermos como o mundo chegou a ser como é hoje. [Me nego a comentar sobre isso.] Mas é interessante observar que na frase seguinte o livro afirma que "a confiança entre as pessoas" é algo que afeta em aparte. [E, ao mesmo tempo, os autores removem a associação das pessoas confiarem uma nas outras, com religião, moral, valores éticos. Vai entender.]


Essas atitudes dos autores tornaram frustrante este livro, apesar de ainda estar no começo, fico a imaginar que encontrarei muitas coisas desse teor, no decorrer da leitura. Mas, provavelmente, encontrarei muita informação e história interessante.






31 janeiro 2015

Seus Dentes, Saúde e Você

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O que todos deveriam saber sobre Saúde dos Dentes (Odontologia)

No final da adolescência, na época que tinha que escolher uma carreira, por muito pouco – na verdade foi difícil decidir – não cursei Odontologia na UNESP de São José dos Campos. Um dos grandes motivos para isso é que tive uma vida de muito contato com dentistas e mais dentistas, todavia, como paciente por inúmeros problemas, ligados com Ortodontia (posição dos dentes, ângulos, medidas, formatos, mordida etc. que normalmente se tratam com ‘aparelho’) dentre outros como limpeza, cáries etc. Nessas idas e vindas, acredito que devo acumular mais de 100 passagens por consultórios de 15 a 20 dentista nesta vida, assim como passei por uma delicada Cirurgia Ortognática. E, neste percurso da vida, aprendi muitas coisas que gostaria de compartilhar com meus leitores.


1.) Seus dentes dizem MUITO sobre você
Neste caminho, descobri que os dentes, sua dentina, seu sorriso, são uma das coisas que mais reparamos nas pessoas, sobretudo quando conversamos com elas pessoalmente (olhando para o rosto). Reparamos se os dentes são muito tortos ou não, se é largo ou retraído, se estão muito limpos ou muito sujos, assim como se o hálito é fresco e agradável ou muito pesado e desagradável. E fazemos isso até mesmo de forma inconsciente.

E isso, não são considerações apenas 'estéticas' (o que alguns consideram supérfluo), mas são análises que fazemos sobre a saúde da pessoa, e sobre hábitos de higiene, dentre tantas outras. O que esconde inclusive questões: “Por que essa pessoa não tratou seus dentes? Será que por desleixo? Por falta de tempo? Tem alguma doença bocal? Ou por dificuldades financeiras?”. Além disso, por exemplo, revelam um pouco sobre a sua idade. Dentes de leite - comum em crianças até os 7 anos - são geralmente um pouco mais brancos e claros do que nos permanentes adquiridos na adolescência em diante (talvez daí o apelido “de leite”). Com o passar do tempo, por diversos processos, os dentes tendem a escurecer, ou ficar mais amarelado. Um dos motivos é pelo desgaste do esmalte (essa porção mais clara, fina) que reveste o dente, outro motivo é o processo de 'mineralização', que, com o tempo vai mineralizando 'coisas' além dos minérios primários. Também, com o passar dos anos, a sua gengiva tende a se retrair por vários motivos, assim como a sua “base óssea” onde seus dentes são apoiados. E isso afeta toda a estrutura dos dentes, do sorriso, da face e da fisionomia; assim, como seus dentes podem ficar mais moles, fracos, quebradiços, e mesmo haver retração das bases ósseas p o que, num grau mais severo, leva ao comum quadro conhecido como 'lábios murcho'; assim como a ponta do nariz parecer 'crescer e cair', que se dá, principalmente, pela perda óssea da maxila superior na base do nariz.

Além da idade, seus dentes mostram muitas outras coisas, como até mesmo hábitos e vícios como consumo regular de cigarro, chocolates, café, comida muito dura, ou muito mole. A um olhar um pouco mais treinado, é possível saber se a pessoa tem o hábito de ranger os dentes (bruxismo), em que os dentes possuem as pontas tendendo a serem mais retas e finas, como se tivessem sido limadas, as vezes, niveladas (ver imagem).


2.) Limpeza e Doenças
Existe uma diversa grande variedade de estudos que correlacionam muito a higiene dos dentes com doenças. A rigor, a nossa digestão se inicia na nossa boca. Quando começamos a digerir os alimentos na boca, uma enorme quantidade de bactérias, fungos e mesmo vírus ficam após o processo de mastigar. Grande parte deles são limpados e neutralizados pela nossa saliva e língua (involuntariamente). Porém, muitas podem sobrar ainda no processo, sobretudo nos “cantinhos” e entre as fissuras do dente. O que necessitam de uma “limpeza mais profunda” como uso de escova, cremes especiais abrasivos e fio dental, e, até mesmo antisséptico. Além disso, alguns alimentos, como o açucar refinado, literalmente não combina com nossa saliva, formando um ácido que destrói o esmalte e favorece a vida de bactérias como o da cárie

No longo prazo, uma “película muito densa e forte” é formada sobre o dente, chamada de “tártaro”. No geral, é necessária uma limpeza profissional com aparelhos e produtos mais sofisticados e “abrasivos” (o que podem danificar o dente, por isso é necessário um profissional).

Se os dentes não são limpados corretamente. O PH da nossa saliva é alterado, essas bactérias podem literalmente começar a comer seus dentes, seu esmalte e sua gengiva, podendo provocar inflamações (desde uma leve sensação quente ou ardida nos dentes, até mesmo uma dor implacável e intensa, com sangramentos e úlceras), assim como sensibilidade para coisas quentes ou frias. E toda essa “cultura” de bactérias e enfermidades dentárias/bocais, causam mais demanda para seu Sistema Imunológico que pode não dar conta, sobretudo em dias em que este fica abalado por algum hábito ou mesmo trauma emocional, assim, como estas culturas, podem cair na circulação do seu sangue, e mesmo nos demais órgãos digestivos, podendo provocar náuseas, diarréia e outras infecções, assim como amigdalites, “garganta inflamada”, e mau hálito, de modo que, pela respiração, tais bactérias podem chegar ao seu pulmão e na sua corrente sanguínea através da respiração, sem contar as famosas úlceras na boca conhecidas por aftas. Existem inclusive grande correlação entre doenças cardíacas e doenças dentárias. Veja os links abaixo:

Por isso, sujeira persistente no dente, dentes com tons não normais (ainda mais para jovens e crianças), gengiva muito vermelha ou dolorida, ou mesmo inflamada e com sangramento, hálito ruim mesmo após a higiene, gengiva retraída (em que a raiz fica muito exposta), dor de dente, sensibilidade para comer frutas, entre outros, é imprescindível que passe a limpar com mais severidade seus dentes ao longo do dia com escova, fio dental e antisséptico; se os sintomas não passarem, procure um profissional (dentista).

E a juventude que gosta de sair beijando qualquer um, a maioria dessas doenças bocais são transmissíveis pelo beijo, inclusive as bactérias que foram a cárie. É bom pensar nisso antes de...

3) Mineralização e Hábitos Alimentares
Nossos dentes trabalham em “ciclos”. Quando mastigamos, nossos dentes são levemente “moles” caso contrário poderiam quebrar, rachar, ou enviar tal impacto para o nosso crânio que poderia danificá-lo, ou causar dores de cabeça. Nossos dentes funcionam como uma incrível máquina da engenharia. Se você olhar com uma lente de aumento para seus dentes, verá que eles não são “lisos”, mas parece como um monte de pedras brancas, ásperas, cheio de pontas e crateras. Quando você mastiga, sobretudo alimentos duros, tais estruturas literalmente “quebram, desgastam, deformam”, como um pedreiro quebrando concreto com um martelo e talhadeira. Ou seja, seus dentes são literalmente danificados e destruídos, quando você come/mastiga. E, ao mesmo tempo, isso alivia o impacto, e impede que estruturas mais internas do dente rachem e quebrem, assim como grande parte do impacto é absorvido pelas estruturas mais moles/macias que sustentam os dentes.

Após você se alimentar, sua saliva, com enzimas especiais, fazem um processo de restauração do dente chamado de “mineralização”. Os pedaços (moléculas) que foram desgastados, quebrados, etc, são novamente fixados, assim como com outros minérios captados nos alimentos, e fixados nos dentes, por sua saliva, tampando esses buracos e fissuras. Aliás, quanto mais duro e força seus dentes precisam fazer, mais todo esse processo “fortalece” seus dentes e estruturas, enquanto que, se você comer só sopa, alimentos muito moles, ou produtos com muito açucares e outros ingredientes que desgastam o dente e pouco contribuem para mineralização, seus dentes irão ficar fracos, talvez, finos, moles, quebradiços, e suas estruturas também fraca.

Há, inclusive, estudos que mostram que a alimentação moderna - que é muito facilitada e mole, com alimentos fracos em minerais e geralmente com muito açúcar - tem provocado desde dentes muito fracos nas gerações mais modernas, como uma estrutura dentária pior. Esse processo de mineralização ocorre em torno de 3 a 5 horas após a “mastigação” para desenvolver todo o seu CICLO. Ou seja, neste período após a refeição, a pessoa não deve comer, mastigar, nem se alimentar novamente, senão o ciclo é interrompido, e seu dente não é plenamente restaurado e fortificado. Logo, pessoas que não tem refeições longamente espaçadas de 3-5 horas, mas que comem durante as refeições, tendem a ter dentes mais fracos, mais amarelados, gengivas mais inflamadas, dentre outros, pelo processo de mineralização não ocorrer. Assim como, para a maioria das coisas que comemos, é necessário a escovação em seguida para restaurar o PH ideal de modo que a mineralização possa ocorrer.

Algumas indústrias defendem que alguns chicletes podem favorecer no processo de mineralização dos dentes, inclusive para “limpar” e deixar os dentes mais brancos e saudáveis. Bem, talvez podem ter alguma ajuda com alguns “produtos específicos”. Todavia, isso não é uma verdade completa. Pois lembra das “estruturas moles” que funcionam como colchões amortecendo a mastigação? Tais precisam de um período de “descanso também” para também se recompor e se preparar para a próxima mastigação. E isso ocorre, nesse ciclo de mineralização de 3-5 horas, quando mascamos chicletes, tais estruturas estão constantemente recebendo forças e impacto, impedindo assim que tenham descanso, o que pode levar ao desgaste dessas estruturas, assim como inflamações, dores, entre outros. Assim como nossos pés e suas delicadas articulações e tendões precisam de descanso e repouso, caso contrário, se você ficar muitas horas seguidas andando sem parar, é certo que irá ficar com dores terríveis nos pés.

4) Problemas que se refletem e afetam todo o corpo
Os problemas chamados de “funcionais” nos seus dentes e boca causam inúmeros problemas para o seu corpo, sobretudo quando ocorrem desde a infância, quando seu corpo está sendo formado. Por exemplo, se a sua assimetria facial (um lado da sua mandíbula/dentes ficam mais propensos para um lado do que o outro – famosa “boca torta”), isso vai afetar toda a formação do seu crânio, um lado vai ficar, literalmente, com mais osso, músculo e estruturas moles, o que fará ter mais “peso” do que o outro lado. Logo, os dois lados vão ficar desbalanceados, e para sua cabeça ficar “equilibrada”, seu pescoço terá que fazer alguma leve inclinação para um dos lados para compensar o peso. No longo prazo, isso vai afetar inclusive sua coluna – com esta podendo ficar torta, ou ficar com uma ergonomia muito ruim, assim como a formação dos ossos da face.

Do mesmo modo, se sua mandíbula ficar mais deslocada para frente (prognata, caso conhecido como prognatismo), de modo semelhante, isso irá dificultar alguns movimentos desta e do mecanismo da fala (há estudos que mostram correlação entre prognatismo com falar menos, sorriso mais limitado, comer menos, aparência e caráter de “sério” e “fechado”.). Assim como, irá também trazer excesso de peso para a parte frontal do seu crânio, o que acarretará numa deformação sistemática do crânio e da postura do pescoço, podendo afetar toda coluna a longo prazo, para “compensar”.

De modo parecido, uma pessoa que tem a mandíbula mais recuada (retrogmatismo/micrognatismo), um efeito meio que diferente ocorre, normalmente, tais pessoas tem mais facilidade de usar tais mecanismos e assim podem ter características de “falar mais, falar melhor, falar mais rapidamente, comer mais, sorrir mais”, assim como de terem aparência de ser mais “comunicativas”. E também, outros impactos na postura e formato no crânio tendem a ocorrer para compensar.

Há ainda outros problemas da “maxila superior”, que são mais visuais pelos aspectos da forma do nariz, das “bolsas da bochecha”, das bases do olho, e mesmo da base do nariz (entre o lábio superior e o nariz) podendo ser mais retraído ou avantajado. Assim, como pode se ter um céu da boca mais fechado. Tais também causam diversos problemas, muitos deles, podendo ser respiratórios, e que podem afetar muito a fala, o jeito de falar, podendo ter uma voz mais “fanha”, desvio de septo, entre inúmeros outros como apneia, ronco, sensação de mandíbula travada, assim como mexer nas estruturas do crânio para haver “compensação”, e, até mesmo, há problemas óticos (de visão) relacionados.

Há também o caso da "mordida aberta" em que, a formação dos dentes e mandíbula estão de tal forma que é impossível a pessoa ocluir, encaixar e morder com os dentes da frente, assim como "fechar seus lábios" de forma natural e espontânea sem ter que fazer um grande esforço para isso. Também é importante ressaltar que seus lábios tem um papel fundamental, ele protege sua boca e tecidos internos do externo, seja pelo controle de temperatura, umidade, também impede que bactérias e sueira indevida entrem em sua boca, como evita de babar. Pessoas com problemas de mordida muito aberta, ou que não conseguem fechar a boca naturalmente de modo consistente, tendem a respirar pela boca, babar, tendência a halitose e problemas respiratórios, sobretudo quando dormem.

Todos esses problemas, na maioria das vezes, causam problemas funcionais na própria “mordida” e “encaixes dos dentes”, provocando desde problemas na formação geométrica e localização dos dentes, como desgastes irregulares, dentre outros, provocando mais doenças, como cáries, e também podendo afetar muito a famosa ATM (Articulação Tempora-Mandibular) situada próxima ao ouvido é responsável pelo movimento de abrir e fechar da mandíbula. Se sua ATM for afetada, provavelmente, sentirá dores na região, barulhos (como estralados, rangidos e pedrinhas pulando), muitas dores de cabeça intensas, inflamações, dores no pescoço, bolsas de líquido inchando a região, problemas auditivos, dores de ouvido, irritabilidade, dentre outros. Felizmente, a grande maioria desses problemas podem ser corrigidos até a “maturidade dos ossos” (que geralmente ocorre entre os 18 – 25 anos); ou seja, antes que seus ossos ficam fortemente calcificados e de difícil “mobilidade”, através de aparelhos ortodônticos especiais. Após isso, e para casos mais severos, apenas por meio de uma Cirurgia Ortognática será possível, ou seja, onde é necessário usar “força bruta”, abrir, mover e serrar seus ossos manualmente, e depois usar placas e parafusos (normalmente de titânio) para segurá-los em suas novas posições e formas até se calcificarem. Para tal, será necessário a combinação de um tratamento entre um dentista ortodondista e um cirurgião bucomaxilofacial. (Confira videos ilustrativos e super didáticos do tratamento aqui)


 5) Estética dos Dentes
Algumas pessoas – geralmente não médicas nem dentistas – tentam destruir o conceito de “beleza” e “estética” como sendo algo fútil, supérfluo, desnecessário, “cultura da falsa beleza”, etc. Alguns até mesmo dizem, infelizmente, que não deveria existir os conceitos de beleza e estética, que isso é uma “discriminação” para com as pessoas.

Quando se trata de dentes e sorriso, a história não é a mesma. Por que, afinal, consideramos alguém com um sorriso que aparentam todos os dentes, com alinhamento perfeito, perfeita proporção nas dimensões X, Y e Z, brancos, sem tártaro, com gengivas rosas-claras, como sendo esteticamente mais bonito e atraente, do que alguém com apenas meia dúzia de dentes, com dentes pretos e amarelados, com raízes expostas, gengivas brancas e amarelas, com sangue, e tão deformado nos eixos que mais parece a boca de um “monstro”?

A resposta é que aprendemos durante a vida, e, na maioria das vezes, inconscientemente, após observar centenas, e talvez milhares, milhões de bocas e sorrisos no dia-dia, assim como outros aspectos da pessoa associada, que, LOGICAMENTE, conforme a amostragem de dados aumentam, e mais exemplos diversos, nossa mente, começa a “IDEALIZAR” o que é um perfil de uma boca ideal. E o que isso quer dizer? Quer dizer alguém menos propenso a doenças, com mais saúde, com uma melhor postura corporal, ergonomia, com melhores hábitos de alimentação, com tendências de melhor perfil social. Enfim, uma pessoa e uma boca com perfis mais saudáveis!

Existem muitas medidas e proporções que mostram perfis ideais de quando uma boca é mais saudável, assim como a sua formação óssea, dentes, posicionamento, ângulos e etc. Um dos mais famosos aqui no Brasil é o Traçado Cefalométrico Mcnamara e as Técnicas Panorâmicas. Quanto mais ideais são tais, mais, naturalmente, a estética da pessoa é favorecida. Tratar a saúde óssea dos dentes e da boca tem uma correlação de 100% para com o conceito de estética e beleza! Logo, cuidar dos dentes, da saúde bocal, da higiene bocal, da ortodontia funcional deles, implica (inseparavelmente) em também ser um tratamento estético, logo, o que implica em beleza.

Existe, porém o custo-benefício. Há casos em que sempre há alguns problemas aqui e ali, e umas meditas não ideais e ali. A priori, a minoria das pessoas possuem uma diferença muito pequena para o ideal sem que seja necessário algum tratamento profissional. O profissional poderá avaliar com mais detalhes a saúde dos seus dentes e boca e levantar um custo-beneficio de possíveis tratamentos, ou mesmo verificar que talvez seja melhor não arriscar, muitas vezes, podem ser detalhes pouco perceptíveis de pouco impacto negativo no curto e longo prazo. Geralmente, celebridades ricas que dependem muito da própria imagem e beleza investem uma fortuna em tratamentos caríssimos para deixar seus dentes e boca os mais perfeitos possíveis, muitas vezes, passando por diversas cirurgias.

Infelizmente, o serviço odontológico é ainda muito caro em quase todos os países do mundo (o Brasil é ainda um dos privilegiados). Em muitos países, há carência de profissionais, tecnologias e materiais. Em outros, o serviço é muito caro. No Brasil, mesmo para caso severos, ainda é possível encontrar tratamentos (talvez com acessibilidade mais difícil) no SUS e em Universidades e Faculdades de Odontologia, sendo, em São Paulo, a USP Bauru, a UNESP São José dos Campos, a USP Butantã, a UMESP de São Bernardo do Campo, umas das mais respeitadas e que sei que oferecem este tipo de serviço mesmo para a população mais carente. Nos últimos anos também se popularizou os Convênios Odontológicos que podem baratear muitos custos e tratamentos, todavia, muitas vezes podendo ser longo, burocrático e de qualidade inferior ao serviço particular, mas não deixe de cuidar. Faça um esforço especial, pois se trata da sua saúde!

Há ainda um outro aspecto muito fascinante - de interesse muito maior para um matemático - que é a Razão ou Proporção Áurea (ou número de ouro). Tal está extremamente ligada com o ideal de um sorriso perfeito e proporções devidas para todo o rosto, boca e dentes, de modo a não apenas desenvolver o aspecto de beleza, como também funcional e saúde. Gostaria de poder me dedicar páginas e mais páginas sobre isso, mas, ao invés disso, recomendarei alguns estudos muito interessantes sobre isso:



Por isso, vamos cuidar do nosso sorriso.
Quando foi a última vez que foi no seu dentista?