18 dezembro 2009

Vendo Trompete (VENDIDO)

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Marca: Weril
Modelo: Regium Concert
Código: ET9071
Nível: Profissional
Ano fabricação: 2005
Pintura: Jateado

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Campana: 124mm (4 3/4"), em latão amarelo (inteiriça)
Calibre: meio-largo 11.70mm (ML .460")
Válvulas em aço inoxidável
Dedeira na primeira pompa
Anel fixo na terceira pompa
Curva da pompa 3 removível
Tubos de encaixes das pompas em alpaca
+ Estojo de madeira (Extra Luxo: c/ grande compartimento para acessórios, 2 bocais, compartimento para pastas e partituras)

Descrição da linha Regium Concert da Weril
O mais versátil da linha. Por ter grande projeção de som e flexibilidade incomparável, é ideal para grandes orquestras e big bands. Favorece especialmente a região superaguda e auxilia o músico a superar todo tipo de dificuldade técnica. É apresentado nas seguintes versões: calibre meio-largo (ML) ou calibre extra-largo (XL).

Dimensões do case:
Comprimento: 54 cm
Largura: 34,5 cm
Altura: 18,5 cm
Peso: ~3 kg (não medido ainda)


Valor do produto no exterior: ~ 1700 $ (~ R$ 2.900,00) [conferir]
Valor do produto no Brasil: ~ R$ 2.500,00 [conferir]

Valor de venda: R$ 1.600,00

07 dezembro 2009

Teste de Personalidade

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Esse foi o resultado comico do ultimo teste de personalidade que eu fiz. Simplesmente não havia um perfil para tal. Deu til-til na máquina ao tentar descrever minha personalidade. Hehe. Ai eu tive que mudar algumas respostas de modo a retirar aquelas idéias mais intrigantes; porém ai formou um perfil muito parcial preso num detalhe.

Esses testes de personalidade... hehe

Deem uma olhada nos resultados: Minha Personalidade

02 dezembro 2009

Tecnologia: Rumo dos Tradutores - Agora é fato

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Não digam que eu não avisei (Tecnologia: Rumo dos Tradutores). Hoje para variar me deparo com o xeque-mate na previsão tecnológica que fiz. Veja: Óculos tradutores projetam legenda na retina
O que desenvolveram é um mecanismo de conversa, microfones embutido no óculos capta a voz da conversa, há uma identificação de idioma, e aí ele projeta na retina do usuário o que o outro disse só que no seu idioma, é como ver um filme legendado. Ou seja, há uma tradução. Ao mesmo tempo o mesmo inverso pode ser feito, você diz uma frase em português, e é gerada em inglês a qual você pode falar em seguida.

Bem, com essa tecnologia já existente no mercado (acabou de sair da forma), o que então impede que em 2010, não seja o feito o mesmo mecanismo, só que ao invés de óculos e legenda, um aparelho auditivo que traduz a conversa e ainda usa o timbre da pessoa? E detalhe, softwares para a tradução de texto gerando frases faladas já há, como o novo recurso do Google Translate.


Não para por aíNo meu post da perspectiva para um futuro breve; essa tradução ocorreria de modo que fosse diretamente captado pelas ondas cerebrais; sem a necessidade de um aparelho auditivo ou óculos. Talvez um futuro computador de mão (um tipo de “MP1000” – hehe - fosse o hardware e software para isso). E se você acha que isso está longe de acontecer, então olhe essas 2 matérias:
- Informações Não Verbais
-
Demonstrada comunicação cérebro a cérebro usando o pensamento
Navegação na Internet
Navegar na Internet, ler ou escrever em outros idiomas não é mais problema para usuários plugados, basta usar o Google Translator, ou o Firefox com o pacote de tradutor universal e seus problemas de comunicação estão resolvidos.


Curso de Inglês, Espanhol...? Segundo idioma? Pra quê?Sejamos verdadeiros: Qual é o principal motivo pelo qual se faz e aprende outros idiomas (especialmente o Inglês)? É profissional. Inglês no currículo é essencial hoje, é seletivo para as vagas e mesmo para cargos e um salário maior. É por isso e nada mais do que isso - na maioria dos casos. Logo, se a empresa ou o usuário tiver essa tecnologia; no qual ele poderá se comunicar verbalmente, ler e escrever em outros idiomas; então não haverá mais razão para as empresas exigirem inglês, o idioma irá perder o seu valor no currículo profissional.

Isso será de fortíssimo impacto, no máximo a empresa poderá exigir que o candidato tenha o seu “aparelho de conversação universal”. Professores de idiomas, cursos de idiomas, principalmente de Inglês e Espanhol, não digo que seus dias estão contados, mas haverá uma mudança enorme na “demanda por alunos”, irá cair BRUTALMENTE. Assim como foi a as máquinas fotográficas analógicas de filme quando chegaram as digitais; e das locadoras de filmes para com a pirataria de DVDs e os torrents.

Como visionário eu digo que o idioma terá uma outra conotação, voltado mais para o artístico e acadêmico. Pois conhecer e ter fluência no idioma é muito mais polido poético e musicalmente; do que alguém que segue um estilo de linguagem mais “robotizado” vamos assim dizer, limitado ao software (que certamente receberá atualizações). Será algo mais semelhante às pessoas que hoje estudam hebraico, grego antigo, latim; ora para estudar com mais êxito literaturas antigas e regionais, ora para serem melhores intérpretes, ora apenas para cantar.

Profissionais, formandos e graduandos em Letras já alerto-vos: a busca por cursos de idioma irá despencar, chegar próximo ao nulo comparado para o com hoje; serão poucas as escolas de idiomas, serão poucos os alunos, logo, será pouquíssimo o volume financeiro. Logo a demanta por profissionais na área dimiuirá muito, mesmo aumentando o segmento por busca de profissionais para melhorar a linguagem de tradução dos softwares; e talvez na criação de “idiomas novos e personalizados”; assim uma empresa poderia usar um idioma corporativo, secreto, para que mesmo alguém ouvindo a conversa ou lendo um artigo, não compreendesse (a menos que hackeasse) evitando o vazasse a informação. Aliás, talvez o inglês até mesmo suma do PCN como não mais obrigatório na Escola Básica.


Prazo para isso acontecer
Eu não dou mais do que 5 anos para a procura de cursos de idioma já reverter para queda. Mas creio que em 3 anos já haverá mudanças significativas. Contudo, estipulo que o abandono mesmo, de modo a provocar toda essa mudança, venha a ser semelhante às máquinas digitais, num prazo em torno de 7 a 10 anos. Logo, quem está pensando em investir muito em cursos estrangeiros para as Olimpíadas de 2016, talvez seja um desnecessário negócio (pecar de dinheiro e tempo).


Reflexões sobre a questãoIsso nos faz pensar que haverá também um grande questionamento no que diz respeito a linguagem e comunicação, a fala. Pois ao mesmo tempo que tal tecnologia pode ser usado para tradução, o que impede que também seja usada como um certo “substituto” do nosso português ou língua mãe? Ao invés de ensinar gramática, sintaxe na Escola Básica, bastava usar o aparelho, ele leria as ondas cerebrais e pronto, o programa se encarregaria de que o cérebro da outra pessoa capitação tais informações e as compreendesse. Isso leva para uma série de outros questionamentos.

Os automóveis levou o homem ao sedentarismo e a andar pouco. A Internet levou ao pouco uso das bibliotecas. O celular levou ao quase nada de uso dos “Orelhões” (lembram das fichas?). Bem essa tecnologia não levaria, a longo prazo, a uma certa debilidade verbal e uma dependência da tecnlogia, robótica para que se pudesse ocorrer essa comunicação cybertelepática? Ao mesmo tempo isso leva para grandes questionamentos, como medidas protecionistas para evitar um monopólio da comunicação do homem.

Isso também me leva ao questionamento sobre a Torre de Babel, pois segundo o relato bíblico, foi ali que Deus promoveu a divisão de línguas, pois até então era uma apenas, um idioma; e ai diversificou. E a intenção não podia ser apenas trazer ao caos a construção da torre e espalhar as pessoas, pois caso fosse isso, certamente haveria outros meios, como poderia ser apenas um fato isolado e por pouco tempo, e não até os dias de hoje. Até onde foi uma maldição para homem e até onde uma bênção para as gerações futuras? Será que um retorno, uma tendência a um mono-idioma, novamente, não estaria privando-nos de uma medida de Deus para proteger o homem?

É interessante também quanto ao famoso monumento da cidade de babilônia na Torre caída, que alguns supõe que ali foi construído a Torre de Babel, e sua inscrição na qual diz que houve um tempo na Terra que apenas havia um idioma. Por que isso? Uma das coisas que eu penso é que o idioma é um dos mais influentes meios até tempos modernos de se preservar grupos, comunidades, culturas, valores e evitar que pessoas de raças diferentes (não no sentido de preconceito, mas apenas para caracterizar e diferenciar um japonês de um angulano, de um árabe, de um alemão, de um mexicano...) se misturassem com os demais? Será que há algum sentido nisso? Ao mesmo tempo, se pensarmos na tendência de globalização mundial (de tudo), até onde a linguagem interfere quanto a globalização de valores, e mesmo do ecumenismo (a união das religiões)?

Bem, são perguntas que o tempo há de trazer as respostas e mais perguntas.

Antecipando e EconomizandoHoje principalmente olhamos o curso de idiomas como um investimento, seja para um vestibular, para uma experiência no exterior ou para o currículo profissional. E o curso em si, um bom curso, traz um custo considerável; principalmente para aquelas famílias que prepararam seus filhos desde crianças de 6, 4, 3 anos. Bem, em virtude disso, pensando como um investimento, de modo a ter principal pretensão profissional e acadêmica é uma mal investimento, para se a perspectiva de “uso diferencial” de “retorno” desse investimento for superior a 3 ou 5 anos.

Que conselho eu dou. Economize agora o dinheiro dos cursos de idioma, invista em outras coisas. E creio que algo que será de maior valor no futuro será a capacidade cognitiva da pessoa, a genialidade, pensar rápido, ter uma visão de tudo, conseguir pensar bem e direito, pois também não vejo que “obter informação” será problema do futuro. E talvez o principal mesmo, será o verdadeiro valor dado a verdadeira educação; pessoas bem educadas será o diferencial, como já é hoje. E para quem precisa de inglês ou outro idioma mais no curto prazo eu diria para investir apenas na conversação, ou seja, no ouvir e falar, e pouca coisa ou nada em escrever e ler; pois os atuais softwares já conseguem lidar com isso.

E assim, economize a grana, para quando chegar esses produtos, aparelhos de tradução; você possa adquirir um que, num curto prazo será o diferencial. Assim como demorou um certo tempo para se popularizar um celular e todos terem o seu. E nisso você pode sair na frente da concorrência e ainda economizar grana e tempo com cursos.
Pois logo chegara o dia em que alguem, numa entrevista para emprego, ao ser interrogado sobre os idiomas, responderá: "Posso me comunicar facilmente em mais de 150 idiomas, tanto para conversar, como ler e escrever."

E para quem acha que a coisa está longe de acontecer, ou que isso cheira a utopia e fantasia. Vejam a noticia da Google: "Google desenvolve sistema de tradução em tempo real"

5 de março de 2010
Mais um avanço extraordinário nesse sentido, da Google.
Youtube com recurso que reconhece as falas dos videos e gera legenda em tempo real; com recurso de possível tradução para vários idiomas. Confira Aqui

23 novembro 2009

Reclamando por Seus Direitos

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A grosso modo, um cidadão é aquele que cumpre suas obrigações e sabe e possui seus direitos. E quanto as obrigações, temos os impostos que o Governo cobra com zelo, com uma carga tributária massacrante no Brasil e sem a menor esperança de "surgir uma tendência de queda". Por outro lado, as questões dos direitos é utopia, no qual o cidadão tem 2 principais problemas:
1. conhecer seus direitos;
2. mecanismo de cobrar seus direitos.

Por que não criam um site, e fazem uma lista clara e simples, de todos os direitos; no qual, você pode, na frente de cada um colocar (direito recebido ou não), ou algo do tipo (satisfatório / não-satisfatório). E ao mesmo tempo um mecanismo simples, claro e efetivo de se cobrar por esses direitos. Pois nos atuais moldes, é uma burocracia tremenda, preciso recorrer a advogados muitas vezes, ter gastos; de modo, que dependendo é melhor "sofrer o prejuízo".

Mas nós consumidores, como podemos cobrar nossos direitos? Eu recomendo o seguinte:

1. Seja curto, "grosso" e chato.
Seja mais ou menos assim com a empresa/atendente: "Se você não sabe resolver, me passe para quem resolve." ou "Como resolvemos isso agora?" ou "Como serei ressarcido?"
2. Cobre uma multa. Se a empresa não querer ressarci-lo. Cobre uma multa. Aliás, você foi prejudicado. Isso é uma "lição", "castigo" por não cumprir os compromissos e contrato. E um exemplo de ressarcimento é você cobrar o "proporcional". Sempre faça essa cobrança financeiro e não apenas "implore" para que cumpram o que deveriam cumprir. Outro detalhe, ao ligar para Ouvidoria, SAC, Reclamações, ou seja lá o número que não seja 0800, pergunte se está sendo cobrado e pulsos e diga que irá querer ser ressarcido tais. (seja chato)
3. Ameace de verdade. Não dê tempo para a empresa te enrolar. Tempo é dinheiro. ("Time is money.") Você está sendo prejudicado. Se de imediato a empresa não resolver o problema ou não tomar medidas efetivas, então diga: "Ok. Então estarei acionando os órgãos responsáveis do Governo dos direitos do consumidor.", ou "Farei um Boletim de Ocorrência agora mesmo.", ou "Vou reclamar no Procon." - Mas faça!

Eu recomendo fazer reclamações em sites do tipo o Reclame Aqui, independente se foi bem atendido ou não. Pois com isso, gera-se uma estatistica para com a Empresa o que é importante. A ocorrência deve ficar descoberta. Pode servir de dica para outros consumidores.

Você pode fazer o Boletim de Ocorrência
ou pelo telefone: (11) 3311-3882
ou pelos e-mails: webpol@policiacivil.sp.gov.br / eletronica@policiacivil.sp.gov.br

Reclamar no Procon
ou pelo telefone: 151 (8h - 17h) (é cobrado pulsos)

Casos especiais:

1 - Telefônica e Speedy
Tal lidera o rank de reclamações em telecomunicações, ao mesmo tempo, em insatisfação em lidar com isso. Atualmente estou com problema no Speedy, e vou ser curto e grosso, pois se perde a paciência. Até a Anatel perdeu, e no primeiro semestre deu um ultimato na "grande crise de conectividade" na Telefônica - Speedy. Com ela seja chato ao dobro, se você sabe que o problema não é em sua casa, e o técnico não resolveu; não siga o protocolo de atendimento padrão deles (que é te enrolar); haja agressivo; reclame para eles; e ao mesmo tempo, faça reclamações nos demais órgãos, e comunique a Anatel.

2 - Prolemas Municipais
Moro em Santo André, mas trabalho em Mauá. Há anos havia um problema de rua esburacada aqui. Todos já haviam desistido de reclamar. O que eu fiz? Fiz um longo e persuasivo e-mail contando os detalhes, e enviei para tudo qualquer e-mail (todos na mesma lista, sem ocultar), quais e-mails:
- secretarias de transporte;
- empresas de transporte;
- órgãos de defesa do consumidor;
- policia rodoviária, municipal, federal;
- órgãos do governo do Estado de São Paulo;
- órgãos da prefeitura de Santo André (que faz divisa na região);
- sobretudo, aos órgãos municipais.
- ESPECIAL, para jornalistas de jornais da região, SPTV, Folha de São Paulo...
Resultado, em menos de 1 mês, 80% dos e-mails foram respondidos, de modo que medidas foram tomadas. Recebi um e-mail, da prefeitura de Santo André, eles mandaram uma equipe e tiraram fotos comprovando o problema e me encaminharam tais... entre outros... e por assim foi. Um pouco mais de 1 mês e recebi um e-mail de alguma Policia me informando que um "processo judicial contra a prefeitura foi aberto". Pouco tempo depois recebi um e-mail e saiu uma notificação no jornal que a Prefeitura de Maua finalmente ia reasfaltar de verdade o lugar. E de fato, agora, faz em torno de 1 mês que estão realmente REFAZENDO a avenida - e bem feito.

3 - Empresas de Transporte
Anote a placa e horário ou o número do onibus, e se possível pegue o nome do cobrador ou motorista. E reclame na empresa. Conheço um caso real, na empresa, onde o motorista da van bateu boca com o funcionário, porque não queria "pegar o caminho mais rápido" e chamou o funcionário de "chato"; no dia seguinte, a empresa trocou o motorista da linha. Devemos realmente pegar no pé, se realmente querermos que as coisas melhorem. E eu já peguei motorista cheirando cerveja, fumando, fazendo barbeiragem, correndo mais do que devia, fazendo manobras indevidas, "não cumprindo horário" (às vezes, dois onibus passando ao mesmo tempo).

Últimas Considerações
Infelizmente, podemos dizer, que, em geral, as pessoas agem como animais acomodadas; que, na maioria das vezes, não vão ter a minima pressa e vontade de resolver seu caso; e que só vão realmente agir, e correr, se você soltar um leão atrás. Só vão agir se forem incomodadas.
É comum você muitas vezes passar e-mails para as pessoas entre outros, e ela olha e ignora o e-mail. Porém, coloque assim no titulo do assunto: "IMPORTANTE (ou URGENTE): Solução ou Processo Judicial". Vamos ver se não irá responder com a devida atenção.

E digo mais, devemos agir como pessoas afetivas e educativas. Jamais devemos pender para a impunidade, mas sim para a punição, a correção; para de resolver com uma piada, rindo do problema, não dando valor nem para as pequenas nem para as grandes causas. Seja com crianças, seja com adultos. Pois ações vão formar o caráter da pessoa. E aí depois não reclame de politicos corruptos e que não resolvem os problemas da população mas apenas os próprios interesses, pois eles nada mais som do que um retrato da sociedade que os elegeu.

Lembre-se que você não está cobrando de uma pessoa fisica, mas de uma pessoa juridica. Não maltrate as pessoas; não xingue; não ofenda; não humilhe. Mas não tenha dó da instituição. A instituição está lucrando milhões, provavelmente, enquanto você está sendo prejudicado. E, infelizmente, muitas só vão tomar alguma atitude, quando a questão mexer com o bolso deles.

E por fim, se de último caso, você realmente quer dar um xeque-mate. Descubra os nomes dos "bam-bam-bams" responsáveis sobre a questão da empresa. E pergunte: "Abro um processo em seu nome, ou no nome da empresa?" Se a pessoa te "virar as costas".

Vivemos em sociedade e se cada um fazer o que bem entender, não dá, virá um caos e os que mais irão sofrer são os que possuem menos "poder" para acionar seus direitos. O que teoricamente, numa democracia, todos deveriam ter igualmente. Se você ver algum bar, vendendo cerveja ou cigarro para de menor, abra a boca, se quiser, nem notifique a local, apenas abra o site e faça um B.O.. Por fim, precisamos ser chatos com um mundo e um bando de adultos que se comportam como crianças mimadas e acomodadas; caso contrário, a seta da tendência estará sempre direcionada ao "pior". - Depois não reclame.
Outro caso de sucesso
Eu havia assinado a coleção Grandes Compositores da Música Clássica da Abril. Mas depois quem disse que eu conseguia cancelar a assinatura? Pelo site era impossível, não havia link, botão para isso, o que era bem diferente da facilidade para assinar. Nem mesmo telefone para isso tinha. Por fim mandei uma mensagem para a Abril SAC eles responderam enrolando e depois passaram um numero de telefone (não 0800) para ligar. Fiquei bravo e me recusava a ligar, perder meu tempo e dinheiro ligando para cancelar uma assinatura; e logo de cara percebi a embromação. Até que fiz uma reclamação no site Reclame Aqui (veja aqui), a Abril retornou, e em menos de 1 mês a situação foi resolvida e fui reembolsado. Contudo abri há 1 semana uma reclamação contra a Telefonica - Speedy e ainda não tive retorno. Segundo que vendo as estatisticas do site Reclame Aqui a Abril resolve e retorna mais de 90% dos casos, já a Telefonica...

19 novembro 2009

Constelação de Órion e a Volta de Jesus

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Para quem é membro da instituição Adventista do Sétimo Dia entenderá bem essa questão. Trata-se de um mal-entendido desenvolvido e pregado – até mesmo por pastores (mais no passado que no presente) – a respeito de uma interpretação de texto equivocada de um parágrafo que Ellen G. White escreveu no livro “Primeiros Escritos”. Porém, com boas intenções, pois geralmente apenas replicaram uma ideia que alguém contou, sem verificar se a ideia era verdadeira.

O trecho:

“Nuvens negras e densas subiam e chocavam-se entre si. A atmosfera abriu-se e recuou; pudemos então olhar através do espaço aberto em Órion, donde vinha a voz de Deus. A santa cidade descerá por aquele espaço aberto.”

(página 41)

O mito (mal-entendio):

O mito diz algo parecido com: “Que há um espaço negro crescendo em Órion (mesmo nos dias de hoje), e que os cientistas isso e aquilo, e que será por esse 'espaço' que Jesus irá voltar." Ao mesmo tempo, se associa implicitamente a ideia de quanto mais aumenta o espaço, mais Jesus está próximo de voltar. Não é exagero dizer que, por vezes, tudo que ocorre/relaciona em Órion, estes acabam por relacionar com a volta de Jesus e este texto. Porém, não como algo que lhes fazem 'lembrar da ideia do texto', mas como se fossem 'evidências comprovando de que algo deste tipo está acontecendo'.

A realidade:

Esse mito pode ser facilmente quebrado se lermos com atenção o texto com seu contexto. No contexto, Ellen G. White está se tratando de uma visão que teve sobre os abalos das potestades da Terra e do céu, antecedendo os instantes antes da volta de Jesus. Veja:

“A 16 de dezembro de 1848, o Senhor me deu uma visão acerca do abalo das potestades do céu. Vi que quando o Senhor disse "céu", ao dar os sinais registrados por Mateus, Marcos e Lucas, Ele queria dizer céu, e quando disse: "Terra", queria significar Terra. As potestades do céu são o Sol, a Lua e as estrelas. Seu governo é no firmamento. As potestades da Terra são as que governam sobre a Terra. As potestades do céu serão [verbo: futuro] abaladas com a voz de Deus. [causaEntão o Sol, a Lua e as estrelas se moverão em seus lugares. [primeiros fenômenos observados] Não passarão, mas serão abalados pela voz de Deus.” (idem)

Então, após esta sequencia de eventos que acabamos de ler. Decorre que:
“Nuvens negras e densas subiam e chocavam-se entre si. A atmosfera abriu-se e recuou; pudemos então olhar através do espaço aberto em Órion, donde vinha a voz de Deus. A santa cidade descerá por aquele espaço aberto.”


Abalo dos corpos celestes

No que o texto diz, no evento da Volta de Jesus, e não gradualmente (como se argumentaria estar ocorrendo hoje) - ou seja, no momento em que Jesus for voltar -, acontecerá um evento magnífico de ordem astronômica, inconfundível e que não será necessário pesquisas e cientistas da NASA para tomar conhecimento, pois será visual e nitído a contemplação do homem comum. [O texto não faz qualquer alusão que será um evento que apenas os sofisticados instrumentos da NASA poderão detectar.] Bem, sabemos que o Sol, a Lua e as estrelas estão constantemente se movendo assim como a Terra, porem seguem uma 'trajetória natural' a qual podemos observar, (como referencia o observador), o sol nascendo no leste se pondo no oeste, o trajeto da lua e das estrelas também, se for observar uma noite a dentro.

Pelo contexto deste texto, não dá para saber se, de fato, o Sol, a Lua e as estrelas são os objetos que irão se movimentar (isto é, sair da sua trajetória natural para algo mais bizarro, o que promoveria muitos eventos gravitacionais estranhos - os quais Deus poderia conter), ou se haveria alguns eventos na superfície da Terra, de modo que, para o ponto de vista do “observador” [o que dá a entender, pois a visão é descrita, como ela observando estes eventos], ao olhar para tais corpos, notaria que eles se moveriam estranhamente (a ideia de refração da luz já abre uma janela de possibilidades de hipóteses de possíveis variações para descrever esta imagem para o observador). Ao mesmo tempo, não dá para se saber se essa imagem seria global ou regional [não por este texto], apesar da volta de Jesus seria de uma visão global, como a Bíblia afirma - mas, no contexto, Ellen G. White não fala sobre isso. Porém, é de supor que se houvesse abalo do Sol para o lado da Terra que é dia, é lógico de se esperar que haveria um abalo observável na Lua e talvez nas estrelas, para o lado da Terra que é noite - ao mesmo tempo.

Bem, então, após esse evento do abalo do 'movimento/trajeto estranho' do Sol, Lua e Estrelas:

“Nuvens negras e densas subiam e chocavam-se entre si. A atmosfera abriu-se e recuou; pudemos então olhar através do espaço aberto em Órion, donde vinha a voz de Deus.”

Em primeiro lugar, vale lembrar que no parágrafo anterior diz que devido ao “soar da voz” é que os eventos ocorreriam. Que eventos? O Sol, a Lua e as estrelas se moveriam; ao mesmo tempo, na própria atmosfera da Terra (ou algo que de algum modo se assemelharia a isto, talvez exoterrestre) aconteceria algum fenômeno muito estranho, que provavelmente de algum modo  pudéssemos ver as estrelas (em especial as que identificam Órion); e talvez não todas se moveriam; pois caso as estrelas da constelação de Órion se movesse, não conseguiríamos identificá-la, pois a constelação perderia sua forma e referências para nós (observadores). E, isto é um ponto importante que fique claro: apenas APÓS esse fenômeno ter ocorrido (sendo que a voz de Deus teria soado); é que então identificaríamos: “PUDEMOS ENTÃO OLHAR através do espaço aberto em Órion”.

Mas o que significa isso?

O que é um “espaço aberto”? Pelo contexto não tem nada a ver com “Buraco Negro”. Pois por definição, buraco negro tem esse nome porque não emite luz. A teoria é que ela possua uma massa tão alta e comprimida, que sua gravidade é extrema de modo que nem a luz escapa. Logo, se fosse um “buraco negro” nós não veríamos NADA; visto que buracos negros, praticamente só são identificados computacionalmente, não são facilmente identificados. Aliás, empiricamente nem se sabe ao certo se de fato existem; é apenas o que a teoria e os dados sugerem. [Como Matemático um pouco mais ligado as Ciências Físicas, afirmo que, ainda hoje, há muitos físicos que não acreditam que os Buracos Negros existam e há outras propostas teóricas para o fenômeno observado.] Além que é totalmente controverso a ideia da cidade de Deus "sair" de um Buraco negro, visto que tal, em geral, considera-se por 'engolir' (não que signifique ter uma 'barriga') as coisas, ao invés de vomitá-las. Claro, Deus, por ser Onipotente pode nos impressionar e sair de um 'buraco negro'. Porém, para nós, observadores da Terra, ao ver isso, não saberíamos que Ele estaria saindo de um buraco negro, pois um buraco negro não é observável para nós. Nós não olhamos para o céu e apontamos o dedo e dizemos: "Olha! Veja aquele buraco negro ali." Logo, é de se esperar que este "espaço aberto" será algum tipo de fenômeno visual para nós, observadores, promovido por Deus; e, qualquer teoria sobre tal, é algo que tende a ser 100% especulação.

Também, fique claro, isto não tem nada a ver com supernovas e estrelas, pois tais não formam “nenhum espaço aberto” (algo que se pode entender como uma porta aberta, 'um buraco', visível ao observador humano); a grosso modo, tais só emitem luz. Quando olhamos para o Sol que nos emite muito mais luz perceptível ao olho humano, não identificamos ou notamos nada que nos remete a uma ideia de 'buraco' ali. A ideia que se tem é que parece um tipo de portal, ou objeto de transporte; do qual poderíamos ver e distinguir (ou seja, EMITIRIA LUZ particular, distinguível, perceptível a olho nu, mesmo para um néscio, assim como quando vemos uma estrela cadente) o que há dentro dele; e que esse "buraco/passagem" seria aberto nesse momento, após o abalo das potestades dos céus que deveria atrair a atenção de quase todo mundo; e, assim as pessoas notariam aquele buraco sendo aberto. Há sim a teoria não comprovada empiricamente dos Buracos de Minhocas, que talvez os buracos negros pudessem produzir caminhos/portais para outros Universos ou regiões do Universo (há muitas especulações sobre isto); porém, ainda assim, tal estaria num buraco negro, e por definição, não emitiria luz, ou seja, não veríamos/identificaríamos este buraco. Logo, é necessário que o que ocorrerá será algo que está além do que aquilo que a nossa atual compreensão dá a um buraco negro.

A ideia que esse trecho mais me propõe é a de comparar a estarmos dentro de um planetário totalmente escuro, breu total, apenas as estrelas vemos; e sem notarmos onde podemos ver a constelação de Órion, e, de repente, uma porta é aberta, ao mesmo tempo, conforme vai abrindo-a, a luz do outro lado (dentro do comodo que a porta nos separa) vai penetrando nosso ambiente escuro e assim vamos vendo aquela "porta se abrindo". [esta experiência fica claro se alguma vez já pode ir num planetário] Se for isso, é totalmente oposto a ideia de um buraco negro.

Note que a visão foi tão estranha que, Ellen G. White não encontrou palavras para descrever. O melhor modo que pode expressar foi "um espaço aberto". Ao meu ver, me assemelha mais a ideia que se via em alguns desenhos antigos, em que se abriam uns tipos de "portais dimensionais" (como nomeavam) no espaço, ou se podia ver 'a nossa dimensão', ou melhor, o nosso espaço-tempo, se quebrando como um espelho. Claro, isso nem mesmo são suposições, apenas algumas ilustrações, para compreender a unica lógica no contexto do texto, para um observador comum e a olho nu, que faria algum sentido isso na perspectiva atual.

O que é esse espaço aberto? Eu não sei, e não tem como saber. Só na hora saberemos. E tal, a grosso modo, não será em Órion. A Constelação de Órion está a uma distância astronômica da Terra – claro não podemos limitar o poder de Deus em questão a velocidade da luz e tudo o mais. Porém, não faz sentido ser em Órion que não é “um lugar especifico” (não existe uma placa: Bem-vindo a Órion... ou "Divisa de ... com Órion") tal é apenas uma constelação que espacialmente não tem sentido, mas  que apenas no ponto de vista do observador na Terra (apenas é uma referência visual). E visto que as dimensões de Órion (além de não ser definido e calculado) são astronômicas. Mas sim o que faz sentido, é que Órion apenas representa a “direção”, a “referência visual” do observador.

Exemplo:

Vá para o litoral; chegue no mar. Avance vários metros da margem. E coloque ali uma bóia grande e alta com um sinalizador bem forte. Depois pegue um barco e se afaste vários quilômetros da margem. E olhe para o sinalizador. Você poderá até dizer que aquela luz vem da praia, da areia, da curta planície, ou da cadeia de montanhas ao fundo.

Pois para o observador, aqui na Terra, visualmente, não faz diferença se a coisa está lá em Órion, seja entre as 3 marias, ou entre alguma delas e Betegeuse; ou se está a muitos e muitos anos luz dali, mais próximo a Terra. Não faz diferença. A única coisa clara que sabemos é que a "referência do observador" e não necessariamente "o local do evento" é Órion.


Cientificismo enganoso
Alguns pastores, entre outros adventistas tomam uma atitude incorreta e incoerente com sua profissão de fé, querendo dar credito às profecias de Ellen G. White por meio de um cientificismo enganoso/forçado e absolutamente especulativo - até mesmo contraditório; criando um contexto muito imaginativo e sensacionalista. De modo que se você for buscar no Google por Constelação de Órion, na primeira página você irá encontrar um monte de coisas (comentários e coisas da Igreja Adventista acerca disso) envolvendo "dados científicos" para induzir o leitor, a entender que lá em Órion, "os cientistas observam [passado/presente] que está acontecendo algo que Ellen White antecipou." - MENTIRA! ENGANO! - E há quem faz isso apenas para tentar dar credibilidade a sua argumentação, palestra, ou simplesmente ao adventismo.

Esta não deve ser a ação/atitude de um adventista. Mas antes estudar atentamente o que diz a Bíblia e os livros de Ellen G. White sem fazer incursões especulativas que removam o contexto criando fantasias absurdas.

Há um bom tempo eu postei o seguinte vídeo no youtube:



E o que aconteceu? Ele foi bombardeado por um monte de supostos adventistas dizendo que "Jesus voltaria dali", "é ali que Jesus habita", e que "os cientistas já comprovaram isso e aquilo...", entre vários outros. (visões distorcidas e especulativas). Ao mesmo tempo, muitas pessoas que não conheciam essa baboseira, comentavam ora pergunta o "Por que falavam isso...", ora ridicularizando. Pois por fim, a pessoa leiga ouve isso de um pastor, acha que é uma super informação e dado cientifico que ninguem no mundo sabe, acha a coisa incrivel - como eu achei - e ai sai falando; porém, no final, isso acaba ridicularizando, sujando a mensagem. Imagine se um astronomo mesmo vê uma coisa dessa? Certamente, ficará com mais receio ainda de dar ouvidos para um adventista sobre a volta de Jesus.


Logo, faço um apelo para os Adventistas, para todos aqueles que gostem ou não dos maravilhosos escritos de Ellen G. White, assim como de suas profecias:

  • Falem da volta de Jesus como a Bíblia e os escritos de Ellen G. White falam;
  • Não falem desta maneira indevida;
  • Não façam usos enganosos/indevidos de cientificismo como propaganda;
  • Se querem colocar algo científico no corpo da mensagem, usem e contatem fontes confiáveis. Se possível, contate alguns cientistas que conhecem o assunto com escolas de pensamento diferentes; se informem com eles sobre as informações;
  • Tente entender, analisar, dirigir um pouco a ideia;
  • Verifique, analise, na medida do possível, o que a referência/texto e contexto, de fato, querem dizer sobre aquilo;
  • Verifique e tenha consciência de até onde o que você diz tem embasamento;
  • Leia primeiro os textos do qual se refere.

Mesmo podendo ser uma informação verdadeira e um fato, se você pegar tal e usá-lo para relacionar com outra coisa que não tem absolutamente nada a ver, aumenta exponencialmente o risco de estar cometendo um grande equivoco, de fazer comparações e conclusões indevidas.


CONCLUSÃO
Todos esses eventos descritos por Ellen G. White sobre a Volta de Jesus, abalos no céu e espaço aberto observável em Órion, nós não sabemos como será. Como todo mundo irá ver isso? Eu não sei. Como o sol irá mudar de lugar? Não sei. Como a lua? Não sei. Como será essas nuvens negras? Não sei. Como será a atmosfera se abrindo como pergaminho? Não faço a menor ideia. Que fenômeno ocorrerá para que todo (ou parte) o mundo possa ver as estrelas e identificar Órion ao mesmo tempo? Não sei. Como será esse "espaço aberto"? Não sei (mas tenho meus palpites que não comento). Como será a voz de Deus que promoverá todos esses eventos? Não sei, todavia estou louco para breve ouvir.

O que sei é o que as Escrituras Sagradas revela: "O que ninguém nunca viu nem ouviu, e o que jamais alguém pensou que podia acontecer, foi isso o que Deus preparou para aqueles que o amam." (I Cor. 2:9) O mesmo será a volta de Jesus, não especulemos pois; não limitemos com a nossa atual imaginação e conhecimento este evento imensuravelmente GRANDIOSO, pois tudo será inédito para nossos olhos, nossos ouvidos e nossos mais intangíveis sonhos.

Um grande abraço!
Evandro


13 novembro 2009

Uma experiência sobre a temporalidade e a música

3 comentários
Uma das coisas mais notáveis em minha vida foi no dia que me dei conta que eu perdi a perspectiva de temporalidade; sobretudo nos âmbitos musicais. Imagine uma criança que cresceu ouvindo apenas MPB, Rock, até Hap, sertanejo, entre outros; de modo, que automaticamente fui programado em considerar que a música era algo que deveria durar uns 3, 4, quando muito, 5 minutos. E que a classificava principalmente em decorrência das seguintes variáveis:
- fama, popularidade da música
- facilidade de ficar gravada na cabeça
- momento: se era mais legal no momento, no contexto cultural da época
- o grau de agitação “a la rebelião” que promovia, que trazia a idéia de que o mundo é uma merda, e só importava seguir o que a banda tocava
- o êxtase do momento

Contudo, músicas que ultrapassassem 5 min. e ficavam cansativas, perdiam sentido; “Que saco!” e logo queria trocar. Também vive num momento cultural onde o máximo era ter um aparelho de som que aceitava vários CD`s, nós compramos um que aceitava 3; ou seja, era música pós música, por 3 cd`s. E assim, um longo período de tempo de vários fragmentos de prazer, vamos assim dizer.

Embora, uma das coisas talvez que destacava meu gosto musical quando adolescente, é que eu gostava de ouvir alguns temas de filme, que fossem curtos. Como o “Indiana Jones”, “Star Wars”, mas que viviam pulando os “momentos lerdos e suaves”; principalmente se a música demorava.

Comecei a desviar desse caminho quando passei a ouvir um repertório mais sacro e religioso. Porém, ainda assim, a questão do temporalismo e precocidade da música continuavam. Eu considerava música de 5min. algo extremamente demorado; é como, nas palavras de Machado, “O leitor quer logo correr para o final.” Ainda não sei explicar bem essa impaciência. Mas foi quando realmente comecei a ouvir um repertório mais clássico que as coisas começaram a mudar; primeiro foi com a 1812 de Tchaikovsky. Era um verdadeiro desafio de inicio ouvir aqueles 17 minutos de música, a mesma faixa do cd. Mas um dia, fiz algo que acho que pouco tinha feito, sozinho em casa, liguei o som num volume considerável, e fiquei ali totalmente concentrado prestando atenção em cada detalhe da música, até o seu fim. Eu fiquei extremamente espantado. Com os olhos arregalados, empacado no lugar enquanto ouvia aquela coisa extraordinária que é como uma escalada que te leva ao clímax da montanha, e mais espantado ainda foi quando percebi que “não vi o tempo passar”, aqueles 17min. foram muito rápidos; é como num sonho, que o tempo parece não existir. E aos poucos foi indo; passei a ouvir mais obras que tinham uma duração de até uns 20min.

O outro grande obstáculo foi ouvir uma sinfonia. Até tinha algumas no computador, como a 5ª do Mahler. Mas eu olhava para aquele número indicando o tempo da obra, e que muitas vezes passavam de 40min. e isso me enchia de pavor: “Como assim, vou ficar 40min. ouvindo a mesma música?!”, “40minutos!!!!! Como pode?”, e mesmo nas primeiras sinfonias, ainda havia muitos restos de temporalismo em mim, os momentos dos segundos movimentos, dos sonetos principalmente, que normalmente são mais um largo, adágio, calmo, melancólico era “um saco poético!” ao meu ver. O tempo simplesmente não passava.

Mas quando ouvi pela primeira vez uma orquestra ao vivo, que se não me engano, foi a o OFSBC, tocando a 5ª de Beethoven; a coisa começou a mudar; pois além da música, eu ficava prestando atenção nos músicos, na quantidade de movimento, detalhe, na concentração deles, na empolgação e regência do maestro. E reparei que pelo menos umas 60 pessoas estavam extremamente concentrados executando “esse tempo inacabável para mim”. Isso foi um choque filosófico para mim, pois passei a considerar a questão de “eternidade”; e comecei a reparar, que não fazia muito sentido em cronometrar uma música, nem tampouco anjos, que vivem e vivem, a eternidade, que também não faria sentido para eles tocarem “curtas”. Aliás, lembro que eu amava uma de comercial chamado “Happys Days”, tipo que uma versão brincadeira do Happy Day, que durava 40 segundos a música. Começou a ter fortes contrastes em meu ser essa idéia de temporalismo e atemporal.

Mas o ponta final foi praticamente quando eu ouvi uma outra sinfonia, ao vivo, dessa vez, pela minha querida Orquestra Sinfônica de Santo André (OSSA), e era a 4ª Sinfonia de Tchaikovsky; mesmo o segundo movimento, e o scherzo, e eu não notei o tempo passar; Aqueles 40min. aproximadamente passaram sem eu perceber, e no final; até mesmo, queria mais. Todos começaram a pedir “Mais um. Mais um.” Batendo palmas, eu também entrei nessa; e eles repetiram o ultimo movimento, de aproximadamente uns 9 minutos, e parece que foi mais rápido ainda.

Daí em diante praticamente rompeu-se totalmente essa idéia temporal. Passei a não me preocupar mais com o tempo de duração, o relógio. E ao mesmo tempo, fui me envolvendo ainda mais com as sinfonias; de modo que passaram a ser momentos que eu gostaria que fosse uma eternidade. O que dizer da 9ª de Beethoven, da 4ª de Bruckner (apesar que confesso que na 7ª eu fiquei com dor de cabeça e não via a hora que terminasse), da 2ª de Bramhs...? Tem hora que no final da música que você fica até meio triste, abalado por perceber que a obra começou a caminhar para uma conclusão, mas você quer mais.

Com isso, 2 coisas interessantes ocorreram. Uma delas é que a vida e a música se transformaram numa outra coisa quando simplesmente o “tempo” praticamente deixou de existir; é quase como que alguns verbos deixassem de existir, como o “demorar”. Os resultados disso é inexplicável; fazer as coisas sem importar-se com o tempo, sem ter em mente nenhum objetivo de “que isso encerre logo, ou encerre em tal horas.” Por outro lado, o efeito contrário foi uma angustia que provocou ao finalmente abrir meus olhos e ver que eu vivo num planeta caído com uma cultura e pessoas de mentalidade temporal; senti um pato fora da lagoa é pouco. Mesmo na própria religião, no qual, de suma importância temos o culto de sábado de manhã, chego por volta das 8h30 e saio por volta das 12h30; umas 4h de duração; e sem temporalismo nenhum, é até meio triste quando chega no final; contudo, há muitos outros que chegam lá 10horas e não vêem a hora que “acabe logo”, sendo que muitos só nos veremos na próxima semana. Ao mesmo tempo, na música também; pois o que se tem atualmente é um mar de músicas temporais e precoces, mesmo as de uso para louvar a Deus (é a intenção) ; nem tanto pelo tempo de duração, pois há muitas obras sacras, como o Aleluia de Handel, que tem por volta de 5min. e você não vê esse temporalismo nela; mas é difícil de se ver algo que escape disso hoje; além, de apenas se ouvir e ver curtas, idéias, musicalmente, mal trabalhadas, rápidas demais. É quase que proibido se tocar um largo na igreja, pois atrasaria todo o restante; fazer algo que dure mais de 7min. e você corre o risco de apanhar. É uma frustração difícil de se medir, e que mal sei como explicar.

Bem logo esse dia vai acabar, e abrirei os olhos para um novo dia que nunca acabará, e o temporalismo deixará de existir.

05 novembro 2009

Com o som de trombetas

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Terça-feira, volto do Campori e confesso que estava com a cabeça a mil, pensando em muitas coisas. Contudo, com uma clareza e facilidade de pensamento tal qual há muito tempo não tinha. Acho que todo aquele sol dilatou minhas artérias e capilares sangüíneos hehe. Estava realmente incrível minha cabeça funcionando, sem stress algum parecia. Escutei um pocado de música clássica, em especial a 4ª sinfonia do Bruckner, e ela não saia da minha cabeça; ficava pensando sobre ela, algumas idéias dela simplesmente não parava de a todo momento propor a minha mente, eu mal dormi de tanto ficar com isso na cabeça.

Quarta-feira e lá estou eu no refeitório, na mesma mesa dos colegas do escritório, porém, eu estava viajando em meus pensamentos; sabe, quando você focaliza o nada com os olhos, parece que está em transe? Em algum momento escutei alguém falando sobre a tal da Profecia Maia que o mundo acabaria em 2012 (quanta bobeira). E aí, foi um pulo para eu começar a pensar na Volta de Jesus Cristo, cujo qual, todo olho verá; ao mesmo tempo, associei algumas idéias dos estudos que estou fazendo do profeta Isaías, e ao mesmo tempo, Bruckner, mais um pouco de Mahler e Tchaikovisk que comecei a pensar na Investidura de Lideres, no Campori.

Alguns dados de umas pesquisas que fiz na Bíblia, quantas vezes aparecem tais palavras:
Trombeta: 113
Clarins: 3
Buzina: 2
Total = 118

Ainda não contei as passagens que apenas associam com a volta de Jesus, eu ainda não contei. Mas então comecei a pensar o que se dá por entender por ser trombetas? Há quem diga que corresponde a família dos metais de hoje (trompa, trombone, trompete, tuba, bombardino...), bem, não há indícios de que naquela época faziam tais com metal, porém, os Romanos já o faziam. Olhando um pouco a história dos metais eu comecei a pensar o que se tem “por claro” uma boa definição ao que seria as trombetas. Na Bíblia temos uma distinção para com as flautas, logo, não é a variável “vibração de ar” que classifica em trombeta. Logo, o que mais fica claro em meu entendimento é que a diferença é que as trombetas são os que tem algum tipo de campana na extremidade e tocados com sopro, por exemplo os chifres; já as flautas aquilo que era de sopro, mas o som saia por buracos feitos em seu corpo. Logo o sax seria mais para uma flauta ou uma trombeta; esses instrumentos já não sei se seriam classificados como trombeta ou flauta, se houvesse na mentalidade bíblica.

Logo, a que trombetas a Bíblia se refere que os anjos tocarão no retorno do Rei? Será que apenas serão trombetas? Não sei. Mas como foi através de visão, creio eu que em tais visões eles viram muitos instrumentos que trombetas é o que mais se assemelharia a tais. Sinceramente, eu não creio que serão como os metais de hoje; talvez produzam sons semelhantes; é comum em “desenhos” sempre usarem como os antigos horns dourados (tipo um trompete triunfal sem pisto que seja dourado); mas nada garante; então a melhor imagem que tenho é que será uma grande diversidade de nipes diferentes, contudo, com campanas e que sejam de sopro.

Além disso, outra questão me chamou a atenção, que é quanto a “quantificação”. De acordo com o relato bíblico, a idéia que temos é que haverão de ser milhões, incontáveis, o número de anjos. De modo, que tende a preencher toda essa imagem que temos da superfície do céu. Logo, se cada um deles tocarem uma trombeta; então o que teremos? A imagem que tenho em mente é que o céu será tomado por campanas de trombetas. Só essa imagem, mentalmente, imaginando, por si, já é assustadora (não no sentido de medo); olhe para o céu agora, e imagine todo esse azul sendo tomado por várias campanas de trombetas, tocadas por anjos! É de arrepiar. Tente se imaginar dentro do contexto do momento da volta de Jesus e deparar-se com essa cena. E tente imaginar como sendo um santo ou um ímpio.

Então tem outra questão que foi a que mais me intrigou os neurônios. Que é quanto a música. Primeiro pensei na 1812 de Tchaikovsky, pensei naquela idéia do presto que há no final; o efeito daquilo, o momento, a idéia, uma multidão enorme de anjos; e apesar que seria uma ótima para um momento como uma investidura de lideres num Campori, não para a volta do Filho de Deus. Então comecei a pensar bem, e as figuras que ficaram mais claras em minha mente foram Mahler e Bruckner. As harmonias bachianas de Bruckner executadas por trombetas, e toda aquela forte variação, idéias claras que vemos, em especial na 4ª Sinfonia e um pouco da 7ª, junto com toda aquela idéia complexa que vemos em Mahler que nos faz pensar no que vai “além” daquilo que o ouvido já ouviu e o olho viu; como aquela tentativa de Mahler de chegar a extremidade do tom de modo a tentar descrever o “não-tom”; e aqueles canglores inesgotáveis dos metais, como vemos na sinfonia 5 e 8 (a dos mil).

Confesso que fiquei muitas horas pensando nisso. E foi quando comecei a associar a questão da quantidade com a música que cheguei numa idéia mais assustadora ainda. Giovanni Gabrieli (1554/5-1612) começou a introduzir a idéia, por exemplo, de colocar uma parte dos instrumentos/coral de um lado e outra do outro da catedral, ou na frente e outra atrás; o efeito disso é extraordinário. Algumas apresentações da 1812 de Tchaikovsky também colocaram alguns trompetes e trombones fora do palco, atrás dos espectadores. Logo, imagine que o céu esteja tomado por uma quantidade incontável de trombetas; de modo que a superfície terrestre é o que produz o eco, logo, a música, os sons das trombetas ecoaram por toda a Terra. Tal experiência nunca foi feita antes; de revestir, como que um cobertor, de trombetas a Terra, e tocar uma música; quantos decibéis? Eu não sei. Talvez a potencia da vibração faça rochas e a terra tremer como que um terremoto.

Que música? Fiquei pensando nisso; e uma idéia muito interessante e até apropriada é a 4ª Sinfonia de Bruckner. Não que será exatamente como ela, mas pegue os prestos, as partes que são consideradas religiosas, de catedral, e não romântica da obra; naquelas que vemos forte presença dos metais. Contudo, no som tocado por um HomeTheater ou Headphone não dá, perde a idéia; é preciso ouvir ao vivo, sendo interpretado por uma orquestra. Felizmente, tive o privilégio de ouvir com a Orquestra Sinfônica de Santo André tocando-a; o nipe eram 4 trompetes (1 era apoio), 3 trombones, 1 tuba e 4 trompas, de metais; e há momentos da música que para realmente apreciar a verdadeira idéia e obra de arte da coisa, você precisa fechar os olhos, nos prestos. Os sons vêm de todos os lados; é uma pluralidade magnífica. É como se você estivesse no breu total, e ai começasse a ver vários brilhos intenções, piscando e brilhando em vários pontos, ora nos cantos, na frente, mais embaixo, em cima... Talvez como se entrasse numa caverna com dezenas de vaga-lumes; só que fossem brilhos intensos. Se compararmos isso a 8ª sinfonia do Mahler; é um número ainda muito pequeno de instrumentos. Como podemos multiplicar esse efeito, o valor, essa idéia, de modo a levar a magnitude de milhões de anjos tocando, que certamente devem ter uma “embocadura, resistência, articulação, volume...” (se a técnica for a mesma) inacreditável? Estão tendo milênios para se preparar para esse grande concerto; no qual irão mostrar toda a glória do Filho de Deus, que irá convencer a todos os corações; tal qual os ímpios irão clamar para as rochas caírem sobre si. Eu arrepio só de pensar nisso.

Outro erro comum de se ver, em alguns que tentam retratar isso. É que normalmente sempre associam a parte musical, das trombetas, como um solo de um trompete. Mas pelo relato bíblico, primeiro temos a idéia de que não será apenas 1, mas uma multidão; e além disso, o que garante que será trompete? Eu imagino uma pluralidade de timbres, especialmente dos mais graves, como a trompa, trombone e tuba. Certa vez, vi no youtube um vídeo de mais de 100 trombones e 40 trompetes tocando uma música, era algo incrível.

Quando tentei mentalizar tudo isso em minha mente, eu quase tive um treco; além de perceber que o “processador estava pifando de tanto esquentar”; até onde consegui imaginar, foi algo simplesmente extraordinário, fantástico, assustador. É de uma tamanha intensidade, como aquele pistão atacando e prolongando aquela nota enfaticamente, até o ponto da morte, na 10ª sinfonia de Mahler.

Outra coisa muito interessante foi algo que sem querer ocorreu ao ficar com a música de Bruckner na cabeça enquanto pensava nisso. De repente, e dou um play novamente na sinfonia de 1hora. E de inicio, aquela trompa, puxando a idéia de forma tão suave, maravilhosa, mas ao mesmo tempo, poderosa; como um nascer de sol; e que vem crescendo, junto as flautas, e ai todos os nipes vêm crescendo juntos, até que entram todos os metais. Naquele momento tive uma luz, a qual me fez questionar a idéia de Bruckner, e do porque, essa música era tão curiosamente romântica (pois aliás, diferente do que se vê por exemplo, de Mahler, da Fantastique de Berlioz). Logo, que ouvi aquele soar minúsculo das trompas, veio em imagem aquele som loginquo, distante, porem, ao mesmo tempo poderoso e certo; a “pequena mancha” que viria da direção da constelação de Orion (sei lá em qual referencial) [para quem conhece do que estou falando...], é o Reino de Deus vindo e chegando a Terra; e aquela coisa vem crescendo e crescendo. E em visão disso, como se encaixa bem o que diz essa abertura da 4ª sinfonia!! É diferente daquela idéia que vemos na Fantastique, no juízo do ultimo movimento; há o teor da hora do juízo ter chegado; mas não será que ela vem com esse canglor, que de fato, nos traz uma simpatia mais bucólica, romântica e alegre; quase que com um sorriso no rosto, Ele diz “Cheguei.”

De fato, a volta de Jesus será um espetáculo único; aguardado por milênios. E se para nós, hoje, que temos todo esse desenvolvimento musical, tanto em músicas, quanto em instrumentos e profissionais músicos; as incríveis orquestras e maestros; além dos grandes compositores, e dessas obras incríveis como Mahler, Bruckner, Tchaikovsky, Brahms, Beethoven, Wagner; nos quais podemos destacar os clarins dos metais (das trombetas); e mesmo assim, ainda será totalmente insignificante comparado a magnitude do que será na volta do Filho do Homem; o que dizer então dos antepassados, daqueles homens onde no máximo contavam com chifres de animais.

Uma festa, um espetáculo, que de fato, não é para ninguém perder e deixar de apreciar. E daí em diante, uma nova Era da Música. O Céu contara com os salvos, aqueles que passaram por uma experiência única de viver num mundo de pecado; os quais terão algo incrível para expressar através de música triunfante, pois não haverá mais espaço para nenhuma tristeza, melancolia, choro; e ao mesmo tempo, nós homens, que provavelmente, nunca mais ouviremos tais músicas feitas por mãos de homens debilitados. Nunca mais será a mesma coisa. No fim, há de se tornar real, o sonho de todo músico; e tal, ainda será infinitamente superado além de tudo aquilo que se podia imaginar e esperar.

E para sentir o gostinho disso, que tal ouvir um pouco dessa idéia desenvolvida pelo mestre compositor Verdi:

22 outubro 2009

Contador do Blog

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Faço aqui um pequeno balanço do blog, proporcionalmente, desde 24/06/2008, quando adicionei o serviço de contador no www.google.com/analytics

Total visitas: 81.195
Total páginas exibidas: 128.839

Média de visitas/dia: 169,55
Média de pág. exibidas/dia: 264,41


Agradeço a cada internauta que tem lido o conteudo desse blog, que tem uma média acima de 3 min. de tempo que o internauta passa em cada página exibida. Não é um blog com conteudo sensacionalista, de downloads de filmes, programas nem nada que tem o fim de dar ibope. Nunca foi intenção minha ter um blog famoso, com muitas acessos diários. E creio que o que destaca esse blog é o conteudo variado numa ótica sincera, original, séria, de qualidade; e não a de ficar dando Ctrl+C e Ctrl+V; mas a grande maioria de minha propria autoria e originalidade.

No último ano, os post (de 2009)explodiram no numero de acessos foram:
1. Manual de Nós e Amarras (2.926)
2. Base Dolar x Euro - Evolução Histórica (1.297)
3. Nona Sinfonia de Beethoven (1.192)
4. Versões e Traduções da Bíblia (315)
5. VBA - Excel: Excluindo Linhas (312)


Muito obrigado.
Sobretudo àqueles que ajudaram, mesmo sem eu pedir, na divulgação desse blog e de seu conteudo.

21 outubro 2009

Outro dia; e, a Ciência

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Outro dia, e mais outro, abismado fiquei ao perceber como alguns cientistas (teoricamente aqueles que muito estudaram e em universidades de ponta no Brasil) endeusam a “Ciência”.

Talvez por culpa do currículo da graduação, da filosofia dos professores, ou mesmo por aquela triste coisa de querer validar a área de pesquisa e trabalho; que muitas vezes se torna o ganha pão, o seu tempo, a sua vida; diante do risco (sempre presente) de tudo não passar de nada. Pois simplesmente a idéia pode deixar de existir, ser coisa do passado, diante das “Revoluções Cientificas”, a troca de paradigmas, segundo Kuhn.

USP, e lá vou eu totalmente empolgado, como se estivesse entrando no Terceiro Céu, onde teria acesso a tão maravilhosa ciência; aquela coisa tão objetiva, exata, perfeita, desenvolvido pelas pessoas mais incríveis do mundo, talvez aqueles que deveriam ocupar Olímpio e que certamente deveriam ter a mais incrível didático, equipamentos e êxito em ensinar; assim como um grande mestre de artes marciais. (...)

Do mundo virtual ao espiritual

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Não é de minha perspectiva ficar copiando o que os outros já falaram, conteudo qual vemos em outros blogs e sites. Porém, aqui abro um caso particular, pois esse texto é simplesmente magnifico, digno das mais sinceras e profundas reflexões; pois de fato, ele nos provoca, e no final, a pergunta fica: "Como agir diante dessa provocação?"
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Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos em paz em seus mantos cor de açafrão. Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: "Qual dos dois modelos produz felicidade?"

Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: "Não foi à aula?" Ela respondeu: "Não, tenho aula à tarde". Comemorei: "Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde". "Não", retrucou ela, "tenho tanta coisa de manhã..." "Que tanta coisa?", perguntei. "Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina", e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando: "Que pena, a Daniela não disse: "Tenho aula de meditação!"

Estamos construindo super-homens e supermulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados. Por isso as empresas consideram agora que, mais importante que o QI, é a IE, a Inteligência Emocional. Não adianta ser um superexecutivo se não se consegue se relacionar com as pessoas. Ora, como seria importante os currículos escolares incluírem aulas de meditação!

Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: "Como estava o defunto?". "Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!" Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?

Outrora, falava-se em realidade: análise da realidade, inserir-se na realidade, conhecer a realidade. Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Pode-se fazer sexo virtual pela internet: não se pega aids, não há envolvimento emocional, controla-se no mouse. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual, entramos na virtualidade de todos os valores, não há compromisso com o real! É muito grave esse processo de abstração da linguagem, de sentimentos: somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. Enquanto isso, a realidade vai por outro lado, pois somos também eticamente virtuais…

A cultura começa onde a natureza termina. Cultura é o refinamento do espírito. Televisão, no Brasil - com raras e honrosas exceções -, é um problema: a cada semana que passa, temos a sensação de que ficamos um pouco menos cultos. A palavra hoje é ‘entretenimento’; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: "Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!" O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.

Os psicanalistas tentam descobrir o que fazer com o desejo dos seus pacientes. Colocá-los onde? Eu, que não sou da área, posso me dar o direito de apresentar uma sugestão. Acho que só há uma saída: virar o desejo para dentro. Porque, para fora, ele não tem aonde ir! O grande desafio é virar o desejo para dentro, gostar de si mesmo, começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.

Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Se alguém vai à Europa e visita uma pequena cidade onde há uma catedral, deve procurar saber a história daquela cidade - a catedral é o sinal de que ela tem história. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shopping centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingos. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...

Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do McDonald’s…

Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: "Estou apenas fazendo um passeio socrático." Diante de seus olhares espantados, explico: "Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia: "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz."


Frei Betto - Autor, em parceria com Luis Fernando Veríssimo e outros, de "O desafio ético" (Garamond), entre outros livros. Além de escritor, é também frei dominicano.

Texto: Frei Betto - enviado por e-mail pela servidora Suely Affiune
Imagem: www.ciudadredonda.org


ATENÇÃO: A responsabilidade deste artigo é exclusiva de seu respectivo autor (fonte).


Fonte: Mania de Escrever

20 outubro 2009

09 outubro 2009

Nem lá, nem cá.

1 comentários
Confesso que ultimamente tenho tido um pouco de decepção com os sites e blogs cristãos e adventistas – os mais famosos pelo menos. Vejo uma frieza e mornidão qual vejo na igreja. E destaco que grande parte dessa decepção foi por tais terem tomado uma linha de “noticiário” e “marketing virtual” como os seculares.

Notícias

Repare nos blogs, e verá que 90%, senão mais, se trata de reproduzir sobre conteúdos publicados na Internet, em sites como Folha.com, Estadao.com, G1.com, entre outros. E pegam essas noticias do mundo, e comentam em cima, fazendo alguma critica, e em geral, essas criticas tem, por principais esses objetivos:

1. Mostrar que o critico [blogueiro] não é burro, e sabe muito bem o que está acontecendo;

2. Quando é algo, que supostamente contradiz o que o blogueiro crê, então ele ficava fazendo tiradas (muitas vezes, cheio de sarcasmo), ou colocando considerações do tipo: “O que eles afirmam é especulação, ou equivoco; ou nossa explicação também tem um bom argumento; ou, o argumento do cara é incoerente; entre outros...”

3. Atrair fama e publico.

E as noticias preferidas são as relacionadas com: Tragédias, noticias sensacionalistas (que normalmente sai nos sites já mencionados), evolucionismo e crenças.

Quanto a tragédias, tudo aquilo que for evento da natureza que alguém morre, como furacão, terremoto e por aí vai. Eles colocam sempre associando isso para aquele “alarmismo de tempo do fim” (São os últimos dias! As dores do parto!). Ligando isso as profecias, dizendo: “Está vendo isso? Cristo vai voltar.” (bem, talvez outro dia eu venho fazer uma analise mais profunda sobre essa questão, e esse tipo de noticia-foco).

Noticias sensacionalistas é quanto a dar aquele teor – não só no titulo da noticia – como no conteúdo, daquilo que for noticia mais quente do momento e curioso. Coisas do tipo: “Prova do ENEM vazou” (o que isso tem a ver com o tema do site/blog?). E por aí vai. Além das imagens. Há até aqueles que gostam de colocar uma foto de “uma boazuda” para atrair leitores.

Evolucionismo: tudo aquilo que sai sobre ciência que fale sobre BigBang, evolucionismo, descoberta de um fóssil, datas (muito grandes) etc. Lá se tem a noticia – reproduzida de outro site – com os trechos selecionados. E os comentários do blogueiro tem o intuito de questionar, simplesmente, a validade daquela visão do atual paradigma cientifico naturalista (e fortemente aliado ao evolucionismo, ou melhor, a um sentimento anti-criacionismo). E no fim, deixa aquela idéia: “Isso se encaixaria muito bem na idéia do criacionismo”.

O que falta?

Ao meu ver é o que mais falta. Pois tais lugares são massacrados por essas coisas, sem contar quando não é propaganda; seja de shows, eventos, produtos, imagem e coisas do tipo. Poderiam, talvez é um dever, publicar mais experiências. Contar mais sobre as próprias “experiências religiosas”, vamos assim dizer. Por exemplo, o que foi de novo que aprendeu ao abrir a Palavra de manhã; testemunhos que aconteceu no dia; como Deus abriu portas, janelas para conseguir conversar com outras pessoas naquele dia; entre tantos outros.

Trabalhar mais a idéia de que o blogueiro é um produtor, uma fonte de conhecimento, de experiências; ou seja, logo, ali se tem uma proposta, se propor, provocar os outros; ao invés de apenas pegar o que os outros falam, amassar com as mãos e jogar lá. Quanto a isso, encontrei alguns blogs como uma iniciativa do tipo. Contudo, o triste, foi notar que boa parte das pessoas vivem uma vida tão vazia, inútil, egoísta, e vã, que acabam por “não ter essas experiências”; são tão perdidas quanto a si mesmas, que nem tem o que propor.

Felizmente há esses poucos casos. Um em especial que acho muito interessante, é o caso do George Silva de Souza. Que pedalou pela América do Sul, e nisso, também aproveitava para fazer um “trabalho missionário” (em segundo plano, no mínimo) e que agora está com o Projeto Atlanta (de ir até lá pedalando); mas que vem contanto suas experiências no blog do Michelson Borges.

Outra coisa que falta é aquela forte abordagem teológica. Não de ficar tratando dos assuntos sensacionalistas, que de fato, já foram respondidos, no sentido de ficar muito bem claro a vontade de Deus, o ideal. Mas, por insistirem em ficar falando sobre isso, fazendo palestras sobre tal, dando sempre enfoque (nisso que atrás atenção); a coisa nunca chega a lugar nenhum! Mas sabe, pegando desde simples histórias na Bíblia, tirando lições dali, importantes – se propor – ao invés de também ficar reproduzindo o que um outro já falou em algum outro blog ou sermão.

Que tal para de pegar as lanternas dos outros para tentar iluminar os outros, ou tentar convencê-los que estão na escuridão; e encontrar (se é que tem) a própria lanterna, e ligá-la? Essa sempre foi a minha linha com este blog.

05 outubro 2009

VBA - Contador de Acessos

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Na empresa criou a necessidade de saber com que frequencia as pessoas acessavam alguns arquivos, reports, entre outros; para saber até onde era importante ficar perdendo tempo e espaço na rede com tais. Ai criei a seguinte macro para tal.

Obs.: Tudo deve ser feito dentro do mesmo módulo.

Public refacess As Integer

Sub Auto_Open()
'Macro para contar acessos de usuários aos arquivos.

Application.DisplayStatusBar = False

'Declarar variáveis
Dim nome As String
' Nome do arquivo aberto
nome = ThisWorkbook.name

' Abrir arquivo base
Workbooks.Open "G:\Users\Publico Geral\Controlling\cont_acess.xls" 'Crie anteriormente esse arquivo


' Data
Workbooks("cont_acess.xls").Sheets("CONT_ACESS").Range("A1").End(xlDown).Offset(1, 0) = "=NOW()"
Workbooks("cont_acess.xls").Sheets("CONT_ACESS").Range("A1").End(xlDown).Copy
Workbooks("cont_acess.xls").Sheets("CONT_ACESS").Range("A1").End(xlDown).PasteSpecial Paste:=xlPasteValues, Operation:=xlNone, SkipBlanks _
:=False, Transpose:=False
' Hora In
Workbooks("cont_acess.xls").Sheets("CONT_ACESS").Range("B1").End(xlDown).Offset(1, 0) = "=NOW()"
Workbooks("cont_acess.xls").Sheets("CONT_ACESS").Range("B1").End(xlDown).Copy
Workbooks("cont_acess.xls").Sheets("CONT_ACESS").Range("B1").End(xlDown).PasteSpecial Paste:=xlPasteValues, Operation:=xlNone, SkipBlanks _
:=False, Transpose:=False

' Usuário
Workbooks("cont_acess.xls").Sheets("CONT_ACESS").Range("C1").End(xlDown).Offset(1, 0) = VBA.Environ("username")

' Mês
Workbooks("cont_acess.xls").Sheets("CONT_ACESS").Range("D1").End(xlDown).Offset(1, 0) = "=MONTH(RC[-3])"
Workbooks("cont_acess.xls").Sheets("CONT_ACESS").Range("D1").End(xlDown).Copy
Workbooks("cont_acess.xls").Sheets("CONT_ACESS").Range("D1").End(xlDown).PasteSpecial Paste:=xlPasteValues, Operation:=xlNone, SkipBlanks _
:=False, Transpose:=False

' Ano
Workbooks("cont_acess.xls").Sheets("CONT_ACESS").Range("E1").End(xlDown).Offset(1, 0) = "=YEAR(RC[-4])"
Workbooks("cont_acess.xls").Sheets("CONT_ACESS").Range("E1").End(xlDown).Copy
Workbooks("cont_acess.xls").Sheets("CONT_ACESS").Range("E1").End(xlDown).PasteSpecial Paste:=xlPasteValues, Operation:=xlNone, SkipBlanks _
:=False, Transpose:=False

' Arquivo
Workbooks("cont_acess.xls").Sheets("CONT_ACESS").Range("F1").End(xlDown).Offset(1, 0) = nome

refacess = Workbooks("cont_acess.xls").Sheets("CONT_ACESS").Range("F1").End(xlDown).Row

Workbooks("cont_acess.xls").Save
Workbooks("cont_acess.xls").Close

Application.DisplayStatusBar = True

End Sub


Sub Auto_Close()

If refacess = 0 Then
GoTo Fim
End If

' Abrir arquivo base
Workbooks.Open "G:\Users\Publico Geral\Controlling\cont_acess.xls"
Application.DisplayStatusBar = False

' Hora Out - Total tempo de uso
Workbooks("cont_acess.xls").Sheets("CONT_ACESS").Range("G1").Offset(refacess - 1, 0) = "=NOW()-RC[-5]"
Workbooks("cont_acess.xls").Sheets("CONT_ACESS").Range("G1").Offset(refacess - 1, 0).Copy
Workbooks("cont_acess.xls").Sheets("CONT_ACESS").Range("G1").Offset(refacess - 1, 0).PasteSpecial Paste:=xlPasteValues, Operation:=xlNone, SkipBlanks _
:=False, Transpose:=False

Application.DisplayStatusBar = True
Workbooks("cont_acess.xls").Save
Workbooks("cont_acess.xls").Close


Fim:
End Sub


_____________________



Para o arquivo onde ficará salvo os dados, você pode renomeá-lo, colocar em outro destino, contanto que mude o mesmo nas linhas de código. E o arquivo deve ter a estrutura e formatação como o da imagem acima.

Ali no contator da coluna J, eu apenas fiz uma funçaõ de cont.num().

Esse arquivo tem que ser um arquivo no qual todos os usuários tenham acesso para modificar e salvar. Pois essa a essência do motivo dele ser salvo numa fonte externa. Pois pode ser que a pessoa abra um arquivo mas que esteja protegido, e apenas pode ver como leitura. Colocando a macro, nele mesmo assim, será salvo seu acesso.

Contudo, há o problema de 2 usuários abrir esse arquivo ao mesmo tempo. Em 2 semanas, aqui, isso ainda não aconteceu, visto que a probabilidade desse evento acontecer também é pequena. E serão poucos casos. Mas devido a isso, já estou pensando em fazer um esquema para que isso vá para uma base no Access. Mas por enquanto, vai desse modo mesmo. Contudo, o código está feito para as minhas necessidades, tente adaptar a sua, na medida do possível.

Filme Presságio - Comentários

10 comentários
Ontem, foi um dia de fato estranho, tive um sábado excelente, maravilhoso; ouvi alguns extraordinários testemunhos, um deles de um carinha que participava de casa de Ubanda e que ali ele viu e conheceu vários artistas famosos, tanto do seguimento musical como o de mídia, mencionando alguns nomes; além de uma curiosidade sobre os “altares” e cerimônias que são feitos nos bastidores dos shows da Ivete Sangalo e do Zeca Pagodinho. Bem, domingo eu estava literalmente cansado e sem muita disposição para muita coisa, e alguns ocorridos me tiraram um pouco a vitalidade naquele dia. E já era tarde da noite, umas 23h30 e ao invés de ir dormir, fui assistir um filme com meu pai, “Presságio”.

Não estaria aqui comentando se o filme não tivesse me impressionado. Mas antes de nada, eu digo: “O filme é uma bosta, mas a trilha sonora é incrível!”. Contudo veio aqui destacar vários fatos, os quais me impressionaram:

1. Carreira de Nicolas Cage
Ultimamente que tipo de filme e personagem esse ator não tem feito? "Um Estranho Vampiro", "O Beijo do Campiro", "A Lenda do Tesouro Perdido", "O Senhor das Armas", "O Sacrificio", "O Vidente", “Cidade dos Anjos”, “Cavaleiro Fantasma”... Filmes que tratam de idéias de conceitos “espirituais” (vamos assim dizer) e mistícos. Contudo sempre distorcidos, nunca biblicamente. Até que agora, tivemos Presságio, e ao meu ver, esse foi o campeão.

2. Uma rapisódia
Para quem não assistiu, o filme trata da idéia de “fim de mundo” e que alguém profetisou isso. Dessa vez foi uma menina em 1959; é que só 50 anos depois, Nicolas Cage, decodificou (interpretou) seus números e entendeu a profecia iminente, ao cofre celado ser aberto e a carta chegado a ele. Ao mesmo tempo que para isso a ação de seres extraterrestre (os alienígenas) e até ufanismo, com uma espécie de “máquina voadora”.

3. O Livro Selado
No filme vemos a cópia da idéia que vemos no livro de Daniel (cap. 9 se não me engano), no qual o livro, aquelas profecias, seriam fechadas, ninguém entenderiam, perceberia e tals; até que ele fosse aberto. No livro de Daniel, na Bíblia, temos a profecia numérica de quando isso aconteceria (e que já ocorreu, de fato). Mas no filme é simplesmente dado como 50 anos. A garota enquanto escrevia os números, sua professora olha (e não entende nada), o livro é enterrado, aberto apenas 50 anos após; até que alguém olha para aqueles números, compara com o que já aconteceu, e por mais cético que fosse, fica assutado diante da precisão dos fatos, pois considerar “coincidência” soa loucura. Então Nicolas Cage vai procurar pela confiabilidade daquelas informações (cartas); até que ele testemunha – ocular – um acidente de avião próximo a ele, e morrem pessoas, conforme foi a predição dos números. Aí ele passa a crer.

Nota: De fato, estudar as profecias bíblicas, verificar as datas e eventos, é algo que impressiona a muitos, e uma das coisas que mais destrói o ceticismo das pessoas quanto para tal.

4. Visões
No quarto em que o menino dormia, chega um ET falando com ele, e nisso lhe dá uma visão; e com o garoto consciente. Ele olha pela janela, e vê as florestas e animais correndo enquanto pegavam – todos – fogo. Assim como encontramos na Bíblia, apesar de algum ter tido visões quando dormiam; mas estavam conscientes do que acontecia, do que viam. E o interessante é que “a profecia não foi dada por vontade humana” (como diz a Bíblia); o garoto não pediu, eles (ETs) foram lá e lhe revelou.

5. Os homens que sussurram
Na Bíblia sempre temos essa idéia de Deus falar a mente das pessoas. Ouvir a voz de Deus e tal. Apesar do filme ter trazido a idéia mas num sentido “auditivo”, a intenção da idéia a mesma. E esses seres persistiam, tentavam convencer, dizendo que eles podiam ir com eles, mas que era eles que deviam escolher. Ou seja, eram seres que respeitavam o livre-arbitrio das pessoas para que elas escolhessem; não faziam mal, até mesmo, de certo modo, protegia. Ou seja, figurando o papel “dos anjos bons”.

6. O mundo que é consumido pelo fogo
Na Bíblia temos a profecia de que a Terra seria purificada não, novamente, pela água – como ocorreu no Dilúvio (no qual teve a arca e apenas Noé e sua família foram salvos) – mas por fogo. Claro, na Bíblia, a profecia diz que as pessoas “morreriam” com e pós a volta de Jesus, deixando a Terra deserta, e que futuramente, ressuscitariam, reconheceriam todos os seus erros, e então a Terra seria purificada com fogo (onde todos queimariam e seriam destruídos para sempre); mas que depois a Terra seria recriada como o plano original do Éden, para os salvos viverem. Ou seja, o filme pegou uma idéia, a de queimar, (um pouco daquela visão de destruição e idéia de inferno até), e como é conveniente, colocou uma idéia que “os seres salvadores” vieram salvar alguns, da destruição da Terra pelo fogo; não traz nenhuma idéia de Terra purificada. Além de colocar as pessoas numa perspectiva que “todos são vitimas”, pois ninguém tiveram coisa alguma para com o sol soltar aquela língua devastadora, e nem mesmo sabiam desses seres, etc, apenas o Nicolas Cage. A idéia do religioso é ainda vista como um “ignorante” no filme, figurado pelo pai de Cage que é um pastor; já o Cage, que ouve professias de videntes, que tem visões de seres (entenda como ETs ou espíritos... o que na Bíblia é de fato diferente, de quando alguém se encontrava com Deus ou algum dos seus anjos), ou seja, dando uma idéia também de pessoas espíritas; que era ele, no fim, o único que entendia algo.

7. Os escolhidos
A Bíblia diz que os escolhidos seriam salvos, mas não numa idéia de que você está destinado ou não a ser salvo, e que não há o que possa fazer e será salvo. Cage no final implora para os seres levá-lo também, mas nem falam com ele, pois ele não era um escolhido. Numa idéia que até mesmo, podemos dizer que ausenta da pessoa totalmente a culpa. E aqui há uma questão teológica muito importante; pois, implicitamente, há uma sugestão de considerar como a destruição dessas “pobres criaturas incrédulas e ignorantes” como um juízo injusto. Sendo que na Bíblia vemos o convite sendo feito a toda humanidade, a cada tribo, língua e geração; além de que todos devem tomar conhecimento e consciência clara do que há por vir, e de que cada um irá decidir a qual senhor, qual caminho seguir. E como no filme mostra, apenas esses selados são os que são salvos, resgatados. E ao mesmo tempo, esse modo secreto de resgate, nos faz uma alusão a uma outra idéia anti-biblica quanto a volta de Jesus, que algumas denominações pregam, o arrebatamento dos salvos.

8. O Sol se aqueceria
Uma das profecias bíblicas para os últimos dias é essa. Se não me engnao, diz que aqueceria 7x mais. Não sei se isso seria no próprio Sol ou no calor na Terra, se for no calor da Terra, e literalmente esses 7x, e não apenas figuradamente apenas para indicar uma intensidade. Mas no próprio filme, antes do evento final acontecer, o sol fica quente, há uma onda de calor muito forte, o que deixa claro, quando Cage liga para o seu pai e diz que “esse calor não foi casual”, que não passaria, mas que aumentaria. Ao mesmo tempo, a profecia diz que as pessoas clamariam para que as pedras caíssem sobre eles, para que cobrissem da face de Jesus (no seu retorno); no filme, as pessoas correm como loucas, para os subsolos, porões, metros, cavernas, numa ultima esperança de sobreviver.

9. A Terra fica deserta s/ vida
O período conhecido como Milênio na Bíblia, no qual a Terra ficaria deserta, sem vida; apenas com Satanás nela, sem ter o que fazer. É o que acontece implicitamente no filme. O milênio nem Satanás foi mostrado, mas Cage dizia que ninguém sobreviveria, pois o fogo do Sol destruiria mais de 1km de profundidade a Terra. Logo o fogo destruiu tudo, deixando cidades em ruínas, matando todo mundo; e certamente, sem vida ficou após isso.

10. Estado de transe
A própria Ellen G. White ficou em transe em alguma de suas visões; não me recordo desse detalhe de algum caso especifico na Bíblia. Mas no filme na hora que as crianças começam a “profetizar” elas ficam em transe, quase como se não tivessem controle sobre si e estivessem desligados da realidade. Como acontecesse com o garoto quando continua a escrever sem caneta ou a escrever com as unhas na mesa. O que também, já vemos uma mistura no filme, no qual, nos traz mais uma idéia de uma pessoa sendo possessa por um espírito, demônio, do que algo do outro lado. Ou seja, implicitamente, o filme sugere “de quem” vem a profecia? E para aqueles que estão mais familiarizados com a questão e a Bíblia, compreendem com o filme sugere que a profecia vem “dos espíritos adivinhos”, de possessões demoníacas. Pois Deus nunca fez as pessoas perderem o autocontrole, consciência e ficar unhando palavras; mas sim, coisas do tipo e semelhantes vemos quando a referência muda para o outro lado (anjos caídos).

11. Seres de luz
Anjos de luz, assim a Biblia os identifica. Eles podem trocar e tomar formas diversas, inclusive de luz. E o filme deixa isso bem claro. Primeiro quando o ser imite uma forte luz azul pela boca (quase como um golpe de Anime); depois no final, quando trocam a forma humana por uma de luz (o que também fez lembrar dos mesmos seres do filme Indiana Jones – filme qual no 1, 2 e 3 se envolvia com temas bíblicos e a busca pela arca do concerto, e que no ultimo recente filme é ufanista.). Esses seres aparecem de repente, sem avisar, e parecem sempre estar presentes, sabendo de tudo o que ocorre com eles. (como no carro quando as crianças falam para a mulher que eles sabiam onde estavam). E no final, quando sobem para a “máquina” (as carruagens de fogo, segundo o filme – para os entendidos da questão) a luz deles desenha pares de asas meio transparentes. Além de esses seres não terem uma forma que defina o sexo, mas serem – pelo menos as curvas dos corpos – semelhantes ao dos homens e um pouco mais altos. Logo, o filme deixa claro que se trata de anjos.

12. “Eis que vem com as nuvens”
A profecia da volta de Jesus diz que vem com as nuvens para resgatar os salvos. O filme fez o mesmo. No final, a “máquina de luzes”, veio cheio e rodeado de nuvens, fazendo uns efeitos diferentes e estranhos na imagem do céu. Contudo aqui há outra grande questão teológica importante. Na mesma profecia, a Bíblia diz que “todo o olho O verá”, Jesus não voltaria em pontos isolados da Terra (mas como o relâmpago que corta do oriente ao ocidente), seria um só, uma coisa só, e TODO MUNDO veria, seria testemunha ocular. Diferente do que mostra no filme, que foi em pontos isolados da Terra, e até mesmo secretos. E para quem conhece mais a fundo tais profecias, sabe que antes da verdadeira volta de Jesus, Satanás irá simbolizar , fingir, contudo, ele irá aparecer em “pontos isolados da Terra” (aqui e ali). Ou seja, o filme já, de algum modo, está induzindo a idéia na pessoa, que os “ETs salvadores” iriam aparecer em pontos isolados da Terra, fazendo sinais e prodígios estranhos e “sobrenaturais” [sic], que são anjos, e que, algumas vezes, “baixam nas pessoas” deixando-as possessas. – Bem, acho que não preciso dizer mais nada.

13. Os resgatados
Eles fazem uma viagem pelo Universo, e vão para um outro planeta. Que possuem uma “grama diferente, alienígena”, uma Lua diferente; mas que é belo. Contudo, meio que eles são jogados lá. (o que soa muito estranho, pois não parecia haver muito afeto na relação dos alienígenas). E ali, as crianças saíram correndo saltitantes e felizes, sem um pingo de ressentimento ou saudade dos seus pais. [‘Já ouvi essa história antes.]

14. Um Novo Lar
Essa cena final do novo lar é a declaração do produtor do filme de que se trata sim das idéias das profecias bíblicas. A música [logo comento sobre ela] nesse trecho traz uma idéia parecida, equivalente, com a 9ª Sinfonia de Dvorak, “The New World”. Especialmente quando aparece a “Arvore da Vida” (a qual a Bíblia refere que os salvos iriam comer no “Novo Lar”), uma arvore branca, majestosa, no alto de colina. A qual é afirmada ser a da Arvore da Vida, pois é exatamente isso o que a música começa a falar nesse momento, mostrando idéias claras de algo divino, vida, dinâmica, luz, energia, vitalidade.

15. Os loucos
Com a perspectiva de fim de mundo, as pessoas ficam loucas, se comportando como animais, indomáveis, sem lei, sem espírito social. Até atacando umas as outras. Querendo se afugentar em baixo da Terra, nas cavernas, porões, metros, esgotos. Contudo, as profecias bíblicas, revelam que de fato, nesses últimos momentos as perspectivas seriam um pouco diferente, que essa loucura aconteceria, mas que as pessoas perseguiriam os salvos, pois imaginam ser elas a causa de toda a desgraça.

16. O debate
No inicio do filme, o renomeado cientista Nicolas Cage está fazendo um debate – contudo simples – com sua sala de aula, mais sobre filosofia da ciência. Confrontando as idéias de “Design Inteligente” e de “Casualidade” [Criacionismo X Naturalismo Filosófico (evolucionismo e BigBang entram na parada também)] e se posicionando claramente como alguém que acredita na casualidade, que não houve planejamento, projeto, nem razão, nenhuma em de que tudo se encaixasse tão bem no Universo para que o homem existisse, ou seja, que não havia qualquer propósito na vida. E no momento ele fica meio perdido nos pensamentos, e a música traz aquela idéia questionadora: “Qual o meu propósito aqui então? Por que estou vivo? Por que sei dessas coisas? Por que amo? Por que raios estou dando essa aula? Se nada tem propósito... então nada disso tem valor.” Mas depois, o filme, deixa mais claro, dizendo que ele se revoltou “com a idéia”, quando perdeu a mulher e que não sentiu, nem pode prever de nenhum modo aquilo.
17. Ecomenismo
Aproveitando também o momento do forte apelo ecomenico mundial. O filme faz disso algo sutil, apenas para dar um gostinho. Pois o filho do cara, logo decide se tornar um vegetariano (não é uma atitude nada comum de uma criança norte-americana); e tanto ele, quanto a outra garotinha, são fissurados por animais, e no final eles pegam 2 coelhos. E aí se tem um apelo e sugestão de amor para o meio-ambiente e a natureza. A enfase foi tão pouca nisso, que talvez tenha tido influencia minima nas pessoas. Mas é interessante sempre lembrar do presente relacionamento que ocorre entre Ecomenismo e Ecumenismo.
18. O Profeta
Na Bíblia encontramos claramente que os profetas eram homens santos de Deus, não era qualquer um. Diz também que no ultimo periodo da Chuva Serôdia, crianças profetizariam. E vejam só, quem escreve as profecias e que tinham visões eram crianças (no filme). E quem as interpreta? (veja o caso de Daniel, José e tudo mais). E no filme? Bem, é um homem que estava sem sono a noite, tomando umas bebidas alcoolicas, cético, que não gostava do cristianismo, Deus, religião.

A Trilha Sonora
O filme não é daquele que faz sucesso, não aparece cena de sexo nem de nudez, apenas próximo do final a mulher aparece num traje mais intimo e que exibi mais suas curvas, sugerindo um pouco a idéia de talvez que iria brincar com o Cage, no talvez, última noite de vida. Mas não, ela se deita com a filha. Não aparece assassinatos, Cage até empunha uma pistola, mas não dispara 1 tiro, no máximo bate com um bastão de basebol numa arvore. A maior ação em si, fica pelo avião caindo, no qual eu considero um dos melhores efeitos sonoros e especiais que já vi (nessa hora minha mãe até acordou, sendo que o volume estava baixo); mas o modo como as pessoas corriam, e tals, pegando fogo, parecia mais um jogo de Playstation do que realidade; me lembrou o jogo Carmagedom quando você jogava fogo nas pessoas e elas saiam correndo – ficou uma cena tensa, mas nada muito horrível.

Contudo afirmo, se você ficou tenso, concentrado, quase em transe, e sempre com teor de suspense e por ai vai; foi graças a trilha sonora. Não sei quem compôs aquelas músicas, nem qual orquestra interpretou; mas foi extraordinário. É engraçado como as pessoas não reparam isso nos filmes; mas teve até solo de fagote e trompa, e as harmonias um pouco góticas feitas quando apareciam os “seres que sussurram” sempre sugeriam algo mais sobrenatural e angelical. E o suspense e tensão que a ora a música provocava era preocupante. Houve certos momentos do filme que deixe de prestar a atenção nele e voltei-me totalmente para a música, e foi uma luta controlar meus sentimentos e emoções em alguns momentos, para que a música não se impusesse.

Minha maior tensão foi a música mesmo. Lutar contra a imposição sombria e maligna que ela faziam; colocando muitas vezes um toque de harmonias graves sombrias, com órgão e tuba, talvez com trombones, fazendo algum semi-tom dissonante, entre p e ppp; era quase torturante. E houve um momento, que as madeiras, começaram a varirar (dinâmica) uma nota longa que mais parecia arranhar um quadro negro bem devagar e incessante, enquanto isso as cordas fazendo algo que pareciam as “risadas infernais” que vemos no “Firebird - The Infernal Dance” de Stravinsky. A forma como ela sugeria era sim preocupante até assustador [isso que eu não me assusto nem tenho medo de filmes de terror].

Naquele momento pensei em como Satanás promovia suas mensagens. Naquele filme, o enredo era a música; era ela que convencia o expectador de que havia um teor de realidade no filme. Por mínimo que seja, aquilo afetou um pouco meu pai, no final ele comentou sobre a questão do aquecimento do sol. Ao mesmo tempo, que encontramos muitas pessoas por ai que acreditam em videntes, profecias não de acordo com a Bíblia, em espiritismo, ufologia, essa coisa que a Terra vai ser destruída. Ou seja, através da música as pessoas estão sendo convencidas, ou pelo menos “abertas” para todos os ingredientes do bolo, do grande engano de Satanás. E nem se dão conta disso. Alias, de certo modo, a maioria, conscientemente são surdas para com a música, não conseguem interpretar (aquilo que é sugerido e até imposto), não reparam seus efeitos. Assistem vários filmes, que são musicas mais voltadas para o erudito, sinfônico, orquestras; aí as pessoas dizem ter gostado muito do filme, mas quando você convida para ir num concerto, dizem “não gostar daquilo”, e que pouco escutam, ou nunca escutaram esse tipo de música.

No filme, nos momentos dos “seres especiais”, a música nunca os interpretavam como um anjo de Deus, de bem, de fato é sua presença, cheia de paz, bondade, graça, amor, ao mesmo com tamanha santidade e amor de modo que pode sim nos encher de um pânico no qual nos vemos como “pecadores”. Mas sempre como seres com malignidade, intenções desconhecidas, tenebrosas, sinistras e excitantes. Ou seja, a presença dos anjos caídos (os demônios, Satanás (diabo)); e no enredo musical do filme, procurando nos convencer de seguir e a não ter medo desses seres, em seus propósitos, aparições, quando “endemoninham” as pessoas, os deixa em transe, se tornam formas estranhas e até mesmo assustadoras, fazendo sinais no céu; e ainda sugerindo que eles, são os únicos que podem nos salvar da destruição iminente que virá (por fogo) sobre a Terra.

Também pensei se fosse o músico que tocasse trompete em tal orquestra. E conclui que certamente não conseguiria interpretar, tocar essa música, feriria todos os princípios que sigo assim como a minha consciência. Qual será a própria reação e atitude dos músicos que a fizeram e tocaram? Até quando se sentiram perturbados?

Mas o fato é: Estamos cada vez mais vendo o espiritismo, ufologia, idéias e profecias bíblicas distorcidas e a idéia de “fim da humanidade”; nas telinhas do cinema. O terreno está sendo preparado, a mente das pessoas estão sendo preparadas. E ninguém, nem elas – pelo menos é o que parece – está se dando conta disso.

E por fim, esse filme desconsidera totalmente a Bíblia é isso o que ela sugere musicalmente; a única parte que há algumas idéias mais bíblicas na música, é no final, na arvore da vida; contudo, com um certo teor de ateísmo, algo um pouco puxado mais para o uma idéia de espiritismo e “além”, do que de Cidade Santa, e o Criador. Também, há um sugestão implícita – que talvez seja não-proposital e absurda – de quando o Cage morre com sua família, 3 pessoas unidas (alusão a trindade?), mas representa a família sendo destruída; os filhos se separando dos pais. E “o provocador“ do juízo sendo posto em cheque como o culpado e carrasco. Apenas “nesses Ets” (anjos caídos) há alguma esperança de livrar-se dessa condenação. E lembre o religioso é dado por ridículo e sem crédito no filme, na figura do pai, o pai do protagonista (o que tenta ser o salvador – como no metro) (o pai do suposto salvador (mocinho) morre, junto com eles e a mãe que gerou o filho). As profecias bíblicas nem são mencionadas explicitamente, já aos números (numerologia, astrologia, búzios, taro, códigos da bíblia) é a única revelação, confiável e com crédito.

Só não enxerga quem não quer, ou quem está cego. Pois é muita coincidência, não acha?

“Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na Terra?” – Lucas 18: 8

“Por isso a maldição tem consumido a terra; e os que habitam nela são desolados; por isso são queimados os moradores da terra, e poucos homens restam.” – Isaías 24: 6