27 novembro 2007

Presos para testemunhar

3 comentários
Olá senhores! e senhoras...

Hoje no Ano Bíblico fiquei impressionado enquanto meditava nas histórias dos últimos capítulos de Atos, para ser mais específico, os cap's: 22 - 28. Que fala quanto aos julgamentos que Paulo enfrentou e como Deus o conduziu para testemunhar e levar a mensagem aos gentios de forma fantástica.

Paulo nos mostra um exemplo fantástico de como Deus usa "seus instrumentos", aqueles cristãos que colocam suas vidas na mão de Deus; para que Ele venha a alcançar Seus objetivos para nossas vidas e para a missão que Jesus nos confinou. Pois, muitas vezes, em crisóis, situações injustas e desconfortáveis, o Senhor permite que enfrentemos, mas de modo tal, que há um objetivo muito maior nisso; talvez, até mesmo o único modo pelo qual algumas pessoas poderiam estar recebendo o convite do Espírito Santo e um apelo quanto a mensagem para esse tempo.

Ti convido, melhor, apelo-te, para que tenhais paciência e atentais para essa reflexão e busque - principalmente, você cristão - refletir nessas situações de Paulo fazendo analogias para com as situações que Deus te coloca na vida.
.................

Começarei a partir do Cap. 23. Paulo, havia acabado de passar por um julgamento, onde apresentou sua primeira defesa, um discurso explendido, no qual ele faz um resumo, a essência, melhor, o TESTEMUNHO de sua vida. E após ele livrar-se do açoite ele vai para um novo julgamento, no Sinédrio.

O que mais impressiona, qualquer um que analisar os discursos de Paulo, é que perceberá sua inteligência, notória, coesão, poder argumentativo e persuasivo, uma pessoa altamente instruida; de modo que com o Espirito Santo, era um instrumento incrível, principalmente para alcançar os mais instruindos.

No verso 1, Paulo olha nos olhos das pessoas e diz assim: "Varões, irmãos, tenho andado diante de Deus com toda a boa consciência até ao dia de hoje." Primeiro, percebe-se que ele é saudoso, não é "puxa-saquismo"; mas se percebia o carisma que ele tinha pelo próximo, pelos gentios, por aqueles que o julgavam. Não havia ódio nele, quanto a tais pessoas. Seu objetivo ali era salvar tais, apresentando-lhes a verdade sobre Jesus. Segundo, ele declara que está em "boa consciência" e não só nesse dia, mas desde o dia que ele deixou de ser Saulo. Por que ele disse isso? Pois, um verdadeiro cristão, vive, fala, pensa, procede, do modo que Jesus viveu, de acordo com a sabedoria divina:

"Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.
Pois está escrito:
- Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos.
Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo?
Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus savar os que crêem pela loucura da pregação.
Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, escânculo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus." (I Cor. 1:18-24)

Repare bem, o que aquelas pessoas estavam pensando de Paulo. ''Ele é um louco!'' Contudo, é um constraste imenso diante de seu testemunho, tão inteligente, persuasivo, saudoso, equilibrado, sereno, racional. E ele mesmo adverte para aqueles que achassem que ele estava pirando, ou ficando louco, que não; ele estava em plena sobriedade, consciência. Mas que não era apenas naquele momento de julgamento, mas desde os dias que estava com Deus. Cada atitude que ele fizera, cada palavra que ele pregou fora em PLENA CONSCIÊNCIA.

Parece que fora tão persuasivo nessas palavras, que Ananias ficou irritado, e mandou que lhe batessem na boca. Mas no verso 6 se vê novamente o conhecimento incrivel de Paulo - "Sabendo Paulo...". Paulo percebeu que havia 2 grupos ali no Sinédrio: 1. saduceus 2. fariseus. E sabia que havia "conflitos doutrinários" entre os dois grupos, como mostra o verso 8. Paulo tocou no ponto da doutrina, e os dois grupos tiraram o foco de Paulo e começaram a discutir um para com o outro. Ao mesmo tempo, a ira de muitos ali elevaram-se contra o apóstolo, e o comandante do exército se sentiu obrigado a tirar Paulo dali para não ser "espedaçado".

Foi um dia daqueles para Paulo. Vamos dizer assim, que "se livrou da forca". Bem, a primeira de muitas. Aliás, veja bem a hipocrisia que ocorria ali no Sinédrio. E até mesmo mostra que inimigos podem se unir para lutar contra um inimigo-comum maior.

Mas, pensa que a poeira baixou para Paulo? - Pronto. Cumpri minha parte. Já suei a camisa. Dei muito de mim. Quase morri por isso. - Não foi nada disso não. "Na noite seguinte, o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: Coragem! Pois do modo por que deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faça em Roma." (v.11)

É assim a vida de um cristão. Foi fiel no pouco, então mais responsabilidade virá sobre ele. Percebe que Deus foi glorificado, impressionou-se pelo modo como Paulo testemunhou; pela sua firmeza inabalável em sua fé, e toda sua notoriedade; que escolheu "é esse o homem que usarei para testemunhar em Roma!" Isso significa muito mais desafios, muito mais situações perigosas. Pense na sua vida, na caminhada com Deus, quando você passo por experiências dificeis, superando-as; quando pensa que vai ter um "descanso", é aí que vem algo maior. Mas encare isso como uma honra, um privilégio. Se Deus prometeu, se Ele requer algo de você, pode ter certeza que Ele não será irresponsável, se Ele prometeu, Ele cumprirá, se Ele exige algo de você, Ele dará tudo aquilo que for necessário.

Repare outra coisa, a expressão "Coragem!". Talvez Paulo estivesse um pouco abatido, cansado. Sabe aqueles dias, quando você chega numa situação respira fundo e solta o ar com força? Pois é. Como no Campori da UCB, quarta-feira a noite deu uma tempestade daquelas, vários clubes ficaram com a área de acampamento alagadas, em boa parte, entrou água nas barracas. E teve um clube em particular que simplesmente TUDO que algumas pessoas haviam levado para o Campori molhou. E se podia ver aquele espirito de abatimento, stress pela dificuldade, e até mesmo pude ouvir palavras do tipo, do diretor de um clube "A vontade é de colocar todo mundo no onibús e ir embora." - isso que havia mais 3 dias e meio de Campori. Mas felizmente Deus usou pessoas, anjos e o Espírito para dizer-lhes "Coragem!". E muitas vezes, nós realmente temos que dar essas palavras de animo nas pessoas, de empolgá-las e insentivá-las para a escalada vertical de 500m a frente. E veja Deus faz isso com Paulo, meio que fazendo um elogio implicito a Paulo, mas acima de tudo, dizendo algo que todo o cristão ANSEIA por saber: "Deus aceitou com alegria, vibrou com algo que fizemos."

Deus não fala assim: "Paulo, olha foi dificil. Mas coragem, agora o trabalho será mais dificil ainda, vai ter um monte de problemas maiores." Mas diz com firmeza e um tom de triunfo: "Você fez um trabalho tão bom. Me deixou tão contente. Que te usarei para fazer um plano ainda maior e especial. Pois vejo que você é a pessoa certa, capacitada para tal função. Farei com que você também testemunhe de Mim em Roma.". Quantas vezes você já sentiu esse privilégio, de ser convocado diretamente por Deus para uma missão especial de ir testemunhar dele? Talvez você não tenha reparado, mas esse convite acontece a todos instantes de nossa vida, a cada lugar que entramos, frequentamos; onde há uma alma carente de Jesus Cristo, ali somos convocados a testemunhar do Cristo ressurreto. Porém, infelizmente, já ouvi muitas vezes "discursos pessimistas", até mesmo no coral, é aquele famozo: "ahhhhh", como se fosse um trabalho pesado, um fardo pesado - o que é uma incoerência para com a Palavra de Deus ("meu fardo é leve, suave"). Mas sim devemos fazer discursos triunfalistas, com tamanho animo e firmeza na palavra, que se colocar uma panela com água fria, até ela ferve.

Para a obra de Deus, não deve haver pessimismo! Não deve ser como os 10 que resmugaram que haviam gigantes na terra prometida. Mas como Calebe: "Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela." (Num. 13:30)

Continuando a história. após os judeus novamente tentam acabar com Paulo. Mas Deus sempre dava um jeito, de modo que por pior que fosse as ações sustentassem os acontecimentos de modo que os propósitos de Deus em Paulo ocorressem. E dessa vez foi Cláudio Lísias, um comandante, que envia uma carta para o governador Félix. E para lá Paulo foi enviado, em Cesaréia. Onde foi detido no pretório de Herodes. (v. 12 - 35)

- CAPITULO 24 -

O verso 1 já começa falando de duas pessoas que foram acusar Paulo, Ananias e Tértulo, um sumo sacerdote, outro um orador certamente bem persuasivo. Tais chegam a Feliz, e diferentemente de Paulo no sinédrio, começam a puxar o saco de Félix (v.1 e 2). E no verso 4 vemos uma "jogadinha", é assim: Primeiro a pessoa puxa-o-saco do outro, para meio que ganhar a confiança e o favor de tal (claro, isto só ocorre para uma pessoa subjetiva), depois eles dizem assim: "para não te deter por longo tempo...", ou seja: "Olha, para você não ficar perdendo muito tempo com isso, ser mais fácil para você... faça o que estamos dizendo.". Já ouviu isso? Eu já e muitas vezes. A pessoa te seduz, tenta te comprar, tentando-lhe impor ou alimentar um desejo ruim, e te propõe que ela, como um amigo e que gosta muito de você, não quer que você sofra com tal, quer te aliviar de tal trabalho, esforço; e até diz o modo: "Deixa tudo com nós. Já insvestigamos tudo. Sabemos de tudo. E faremos por você. Até mesmo iremos concluir por você." - Olha, quando ouvir coisas do tipo. Cuidado! Saiba que é coisa das trevas.

E naturalmente, tais acusam Paulo. Mas se for reparar bem, observe lá no verso 5, são acusações tão vagas. Olha essa em especial: "sendo também o principal agitador da seita dos nazarenos". Certamente, para dizer isso, no minimo, Félix deveria ter um pouco de preconceito ou "mal-olhado" para com os nazarenos. Mas "seita"; já não ouviu isso em algum lugar? Quantas vezes, já não ouvi algo, de mesmo valor semantico, só que assim: "Ele é um fanático que fica divulgando que não deve comer carne." Quando na verdade, seria algo assim: "Ele é vegetariano que fica divulgando um estilo de vida mais saudável." E aí continua dizendo, que o prenderam por ser um menino tão malvado, aliás, "tentou" profanar o templo. E quando o prendemos para julgá-lo segundo nossa lei, de forma justa [observe bem, que na verdade o iriam matar.] E aí reclama do comandante Lísias que o livrou de tal "justiça". "E você pode certificar que todas essas acusações são verdadeiras" [perceba que é a acusação e não se ela é verdadeira ou não.] E diz assim no verso 9: "Até os judeus concordaram." - [Aliás, quem seria esses judeus? Falam como se tivessem feito uma votação e que todos estavam em comum acordo.]

Pessoal, se prestares bem atenção nessas narrativas. Você aprende tanta coisa. Talvez, nem de caráter espiritual, o que talvez seja muito dificil de ocorrer; mas certamente receberá muito discernimento. Para discernir "os discursos" e intenções das pessoas, o que elas querem dizer; algumas jogadinhas de palavras etc.
Paulo não começa a gritar eufórico e desesperado "É mentira!". Mas humildemente, com toda paciência como de quem sabe que viverá eternamente com Cristo e que Ele está ao seu lado, apenas faz um gesto, eu imagino que ele levantou a mão, ou algo do tipo, como hoje fazemos quando queremos falar algo.

Féliz permite que ele fale, então pela segunda vez Paulo se defende; a primeira sendo, no cap. 22. Mas veja que nessa defesa ele não se aprofunda muito, não trata muito de teologia; mas é bem simples, objetivo e direto. Porque certamente era apenas o que as pessoas ali, inclusive Félix, entenderiam. Mas mesmo assim, Paulo "lança algumas sementes" em seu discurso; dizendo que a seita, é simplesmente o Caminho (totalmente implicito, oculto, se referia a pessoa de Jesus Cristo); e que isso quer dizer que ele serve o Deus de todos ascentendes da nação judia, acreditando e agindo tudo conforme a lei e os escritos dos profetas. (talvez nesse momento, até surge uma curiosidade a mente de Féliz "o que dizem os escritos dos profetas?" - perceba bem essas 'jogadinhas missionárias', de como plantar o desejo por obter o conhecimento da Palavra, aos nécios). E diz mais:

"tendo esperança em Deus, como também estes a têm, de que haverá ressurreição, tando de justos como de injustos." (v.15)

Aqui, certamente, Féliz deve ter balançado. Pois Paulo jogou um "tiro" sobre uma verdade, uma doutrina, um conhecimento teológico. Mas só soa o título, e não se aprofunda no desenvolvimento. Mas fala de tal modo, como se fosse uma "amostra grátis", como havendo muito mais coisas sobre tal, e mais, toda uma estrutura, uma verdade sólida e consistente. E aí Paulo, faz uma declaração, simplesmente fantástica:

"Por isso, também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens." (v.16)

Certamente, os acusadores devem ter tremido, abalado fortemente por dentro ao ouvir isso. Até mesmo o governador. Pois, afinal: "Quem é que costuma dizer uma coisa dessa?" Quando na verdade o que mais se houve, são aquelas desculpas esfarrapadas do tipo: "Quem nunca errou? Não sou perfeito. Eu tento... De vez enquando..." Paulo ele toma sobre si uma ousada responsabilidade, dizendo que ele se ESFORÇA por estar sempre com a consciência pura; e não apenas diante das pessoas, mas de Deus, e principalmente de Deus - perceba que Ele é colocado primeiro, mostrando uma idéia de prioridade. E quantos ali poderiam dizer o mesmo: Que se esforçam? Quando, na verdade, o que se costuma ouvir é apenas "tentam".

Depois, com uma incrivel notária e persuasão, Paulo se neutraliza de todas as acusações. E dizendo escancaradamente que tudo o que os outros estavam lhe acusando é apenas falácia. E no final, termina, dizendo qual o verdadeiro motivo pelo qual está sendo julgado: "pela ressurreição dos mortos". Percebe, que quando ele diz isso, ele está realmente confirmando tal coisa. Ele não se esconde, diz qual é a verdadeira causa, questão em jogo; pois de resto, apenas estão enrolando. Perceba que Paulo não precisava falar isso. Ele se expos a algo desnecessáriamente. Ele poderia terminar como totalmente inocente. Mas ele dá uma brecha para o qual pode haver algum tipo de julgamento. Mas isto, também tem um valor persuasivo muito forte, pois mostra confiança, sinceridade e até mesmo sede de justiça. E mais, essa frase quanto a ressurreição dos mortos é forte. Pois traz interesse na pessoa; pois ressurreição sempre está ligado a algo, um evento extraordinário, além do poder humano.

A consequencia desse discurso, vemos nos versos 22 a 26. "Passados alguns dias, vindo Félix com Drusila, sua mulher, que era judia, mandou chamar Paulo e passou a ouvi-lo a respeito da fé em Cristo Jesus. Dissertando ele acerca da justiça, do domínio próprio e do Juízo vindouro, ficou Félix amendrontado e disse: Por agora, podes, retirar-te, e,quando eu tiver vagar(folga), chamar-te-ei;"

Veja, Paulo começou a dar um "estudo biblico", teológico, doutrinário para o casal. Veja o forte ocorrimento missionário. Imagine, você vai num julgamento a tarde, com pessoas desconhecidas. E a noite, está jantando na casa do juíz falando e ensinando sobre Jesus para ele, sua mulher, filhos. Perceba também, porque Deus disse para Paulo ter coragem e que precisava testemunhar em Roma. Nos percursos dos caminhos de nossa vida, muitas vezes, são os únicos meios pelo qual Deus pode alcançar alguem. Já ouviu falar sobre pessoas que foram presas injustamente, mas que anos após, havia não só uma igreja dentro de uma prisão, mas até mesmo uma cerimonia com muitos batismos? Eu já. Quais foram os frutos desse conhecimento transmitido por Paulo? Não sei, a Bíblia, até onde conheço, não diz explicitamente; mas creio que muitos outros tomaram conhecimento da Verdade.

Mas repare especialmente quanto a Félix. Diz que ele ficou 'amendrontado'. Provavelmente, porque era uma pessoa egoista, enganosa e corrupta. Pois como mostra no verso 26, ele estava esperando algum suborno em dinheiro da parte de Paulo, para que ele o livrasse. E certamente, a pregação de Paulo a ele foi tão persuasiva, que deve ter sido convensido da verdade; mas olhou para si e temeu, temeu o juízo. - Ah se olhasse para Jesus... E quantos hoje, não olham para a mensagem da salvação com más olhos? Porque olham para si, almejam seus hábitos e gostos; não olham para o Jesus Cristo, que quer nos livrar de todas essas cadeias, mudar nossos gostos, hábitos, pensamentos, nos libertar do pecado e da infleuncia de Satanás. É simplesmente triste.
- CAPÍTULO 25 -

Após Félix, Festo o sucedeu. E logo que tomou o poder, lá vieram os sacerdotes e muitos judeus resmungando e falando um monte sobre Paulo. Em fim, tudo se repetiu. Novamente, lá estava Paulo no meio daquelas pessoas ouvindo as mesmas abobrinhas. Percebe-se que Paulo foi mais seco e direto dessa vez: "Nenhum pecado cometi contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César."

Aì vemos uma nova jogadinha. Primeiro Festo tenta levar Paulo para os tribunais de Jerusalem, para favorecer os judeus. E propõe isso a Paulo. Mas Paulo, simplesmente 'travou' festo, argumentando: "Estou perante o tribunal de César, onde convém seja eu julgado; nenhum agravo pratiquei contra os judeus, como tu muito bem sabes." (v.10) E ele continua:
"Caso, pois, tenha eu praticado algum mal ou crime digno de morte, estou pronto para morer;.... Apelo para César." (v.11)

Ual! Que palavras. Veja o senso de justiça, e daquele que não teme o que mata a carne. Esse deve ser o espirito inabalável do cristão. Se for para morrer, que morra logo; pois não tenho o que temer da morte; "então paraem logo de perder tempo, e me levam logo para César." Para cumprir a missão que Deus me confinou. Festo, travado diante de uma argumentação dessa, então responde: "Para César apelaste, para César irás." (v.12)

O que aconteceu em seguida? O testemunho de Paulo, não só quanto a sua postura, comportamento e palavras, mas aquele espirito inabalável de sinceridade e segurança na Mão Onipotente, impressionou Festo. Tanto é, que alguns dias depois, veio um rei, Agripa, saudar Festo; e naquelas conversas, Festo expos a ele sobre Paulo, e fez uma breve narração do que havia acontecido. E, aí, Agripa também ficou intrigado e curioso a respeito de Paulo, e disse: "Eu também gostaria de ouvir este homem." (v.22)

Visualize a situação. Um preso; estava fazendo com que reis desejassem ouvir suas palavras. Imagine o quão Deus pode fazer por aqueles que entregarem de todo coração a Ele. O mais incrível, é que por mais que possamos imaginar é uma imaginação pequena e deturpada, pois os planos de Deus são ainda muito maiores do que qualquer mente já planejara. [E aqui estou eu, simplesmente digitando no meu blog; não sei quem lerá isso; nem até onde essa mensagem pode alcançar. Mas aqui estou eu fazendo a minha parte, conforme Deus me instrui a fazer. Esse blog, recebe em méda, 60 visitas por dia; e algumas vezes já fiquei impressionado, surpreso, por até onde algumas publicações já chegaram. E talvez, assim como foi necessário Paulo ser preso para que algumas pessoas tivessem contato com a mensagem da cruz; talvez, tudo o que eu digitar aqui seja necessário para alguem em especial ouvir uma mensagem, que de outro modo nunca ouviria. Por isso digo: "Não percamos uma única oportunidade de testemunhar. As 24hs, de nosso dia deve ser testemunho e testemunho."

Então, no dia seguinte Festo leva Paulo perante Agripa, e faz até um discurso, para que Agripa o ajudasse nas palavras, quanto aquilo que deveria escrever para poder enviar ao imperador César. Pois não sabia o que escrever sobre "este homem".

- CAPÍTULO 26 -

Então, Paulo faz O DISCURSO para o rei Agripa. Esse sim, não é apenas uma defesa, isso na verdade é apenas a faixada, mas sim um poderozo testemunho, um grande golpe da pregação sobre a pessoa de Jesus Cristo.

Primeiro, Paulo começa com seu saudosismo e continência. E com sua notória incrível. Busca toda a concentração e atenção do rei, dizendo: "(você) és versado em todos os costumes e questões que há entre os judeus; por isso, eu te peço que me ouças com paciência." (v.3) Em outras palavras, Paulo diz que o rei era um conhecedor, conhecia as questões teológicas e doutrinárias dos judeus; ou seja, tinha mais fibra teológica para ouvir algo mais fundo. Então, diferentemente de outros discursos, Paulo, nesse 'soltou o verbo', no bom sentido.

Então, ele conta a sua história. Conta o seu "antes de Cristo" e o seu "depois de Cristo". Como antes ele perseguia os nazarenos e fazia parte daqueles que hoje o julgavam. E depois, como foi o seu momento de encontro com a pessoa de Jesus Cristo, na estrada rumo a Damasco. E faz um verdadeiro sermão, mas com uma simplicidade e uma notória incrivel. É como se o sermão em si, ficassem em segunda mão, mas ele é claramente o objetivo, o foco, a intenção de Paulo. Convido você a abrir a sua Bíblia e ler o capitulo 26.

No final, Paulo diz assim:
"Pelo, que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial, mas anunciei primeiramente aos de Damasco e em Jerusalém, por toda a região da Judéia, e aos gentios, que se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando obras dignas de arrependimento.
Por causa disso, alguns judeus me prenderam, estando eu no templo, e tentaram matar-me. Mas, alcançando socorro de Deus, permaneço até ao dia de hoje, dando testemunho, tanto a pequenos como a grandes, nada dizendo, senão o que os profetas e Moisés disseram haver de acontecer, isto é, que o Cristo devia padecer e, sendo o primeiro da ressurreição dos mortos, anunciaria a luz ao povo e aos gentios." (v.19-23)
Que testemunho! Imagine o impacto, de você, ao se defender num julgamento; o que faz? Prega! Conta o testemunho de sua vida. De como Deus te encontrou, como o resgatou e edificou para a Sua obra.
E não deu outra. Festo, ficou sacudido por tais palavras - parece que Festo não tinha um conhecimento judeu, como Agripa.

"Dizendo ele estas coisas em sua defesa, Festo o interrompeu em alta voz: Estás louco, Paulo! As muitas letras te fazem delirar!" (v. 24)

Ou seja, Festo achou que ele estava louco. Pois como já dizemos, um testemunho de um verdadeiro cristão, da mensagem da cruz, é loucura para o mundo. E até mesmo, se percebe aquela critica para com as pessoas que estudam muito as Escrituras, dizendo que elas estão o tornando fora de si, louco, delirante. Festo foi meio que pego em surpresa por uma mensagem tão poderoza e certamente sua mente estava grandemente impressionada com aquelas palavras, e um espirito de curiosidade imensa.
"Paulo, porém, respondeu: Não estou louco, ó excelentíssimo Festo! Pelo contrário, digo palavras de verdade e de bom senso. Porque tudo isto é do conhecimento do rei (Agripa), a quem me dirijo com franqueza, pois estou persuadido de que nenhuma destas coisas lhe é oculta; porquanto nada se passou em algum lugar escondido.
Acreditas, ó rei Agripa, nos profetas? Bem sei que acreditas." (v. 27)
Certamente, você já passou por uma situação dessas, talvez passivo ou ativo. Você vai anunciar algo de profundo conhecimento, como quanto a profecia, doutrinas; para alguem que compreende o assunto. Ao mesmo tempo, que alguém totalmente indouto da questão houve e acha aquilo uma loucura; principalmente, quanto a questão em chave é religião. Mas se perceber bem, é uma situação em que essas pessoas que não entendem o assunto, normalmente, mais se interessam em buscar conhecer tal. E certamente, aquelas palavras tocaram Festo.
Então, nos versos 28 e 29, há um diálogo maravilhoso, muito expositivo de profundas idéias, e mais, a sinceridade de ambas as partes:
"Então, Agripa se dirigiu a Paulo e disse: Por pouco me persuades a me fazer cristão.
Paulo respondeu: Assim Deus permitisse que, por pouco ou por muito, não apenas tu, ó rei, porém todos os que hoje me ouvem se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias."
Veja que incrivel. Primeiro, fica bem claro que Agripa entendeu perfeitamente a mensagem de Paulo. E até mesmo fala sobre o poder persuasivo de Paulo. É uma declaração até meio estranha, talvez um balde de água fria até, pois dá a entender que Agripa não se converteu - naquele momento - ao cristianismo. E deixa bem claro, uma certa repreensão a Paulo, meio que do tipo: "Está tentando pregar para mim? Está querendo me converter?"
Muitos talvez desanimariam com um "chocolate" desses. Mas Paulo, retruca, manifestando ainda mais o que há no seu coração, parte de sua essência, motivo pelo qual estava ali, e vivo. Queria, do fundo de seu coração, que não somente o rei - aliás, imagine o impacto, desse apelo, direto, da pessoa ali insistindo que sua grande vontade é de ver você convertido - mas que todos os homens, seres humanos da face da Terra; não só ouvissem tais mensagens. Mas que se tornassem como ele, Paulo. Alguns talvez imaginem que Paulo foi um tanto "pré-potente" (hehe, como ouço essa palavra). Mas o que ele estava dizendo, não era que deveriam ser exatamente como ele, nos aspectos humanos; mas nos aspectos quanto ao caráter de Jesus, um com Cristo, vivendo para Deus, amando a Deus, a Lei, ao próximo, aguardando a volta de Jesus, mortos para o pecado, no qual o reino de Deus estava restaurado; livres de Satanás, pregando, testemunho e anunciando desde o menor ao maior. Mas que não participassem das mesmas agonias, como estar preso, sofrer entre outras coisas do tipo.
..
E você? Qual é a sua vontade, desejo, no íntimo do coração para com o próximo? O que fazes vivo, desfrutando do tempo da graça, aqui na Terra?
..
Mas veja, que Agripa foi tocado por aquelas palavras de algum modo. Talvez, não tenha tomado a decisão de entregar sua vida a Jesus, aceitar a mensagem. Mas compreendeu bem o recado, quem realmente era Paulo, e o motivo por ele estar sendo julgado. E no verso 32 declara: "Este homem bem podia ser solto, se não tivesse apelado para César."
Foi a toa que Paulo havia apelado para César? Provavelmente, se ele não tivesse apelado, ele estaria solto já. Que bênção não? Mas qual era mesmo o propósito de Deus? "Assim importa que também faças em Roma." (At. 23:11)
Dali, então, foi imediatamente encaminhado para ir para a Itália. No cap. 27, narra uma incrivel história, que é a viajem e o naufrágio; é uma história maravilhosa que dá para se tirar incriveis lições. Para ser sincero, estou desenvolvendo um sermão em cima de tal, para o fogo do conselho da próxima trilha. Recomendo que depois dê uma estudada nos cap. 27 e 28.
Aconteceu, que finalmente Paulo chegou em Roma. E em Roma:
"Havendo-lhe eles marcado um dia, vieram em grande número ao encontro de Paulo na sua própria residência. Então, desde a manhã até à tarde, lhes fez uma exposição em testemunho do reino de Deus, procurando persuadi-los a respeito de Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas. Houve alguns que ficaram persuadidos pelo que ele dizia; outros, porém, continuaram incrédulos." (At. 28:23 e 24)
Como se pode ver. A missão que Deus havia dado para Paulo, se cumpriu. E até tal se cumprir, como se pode ver, MUITAS SEMENTES foram deixadas pelo caminho.
Bem. Então, finalmente, finish, descanso para Paulo. Tempo para respirar. Certo? Errado. Paulo, ficou prisioneiro por mais 2 anos. E nesse tempo, continuou a testemunhar, ensinar, pregar sobre Cristo, a mensagem da cruz, da salvação, do arrependimento, do juízo, da vida eterna. Pois assim é a vida de um cristão autêntico, aliás, até mesmo em sua morte testemunha, e suas lembranças e história testemunhão de um Deus salvador e transformador.
"Por dois anos, permaneceu Paulo na sua própria casa, que alugara, onde recebia todos que o procuravam, pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo." (v. 30 e 31)
Se você não possui um coração como o deu Paulo, se sua vida está morna quanto ao espirito missionário, a testemunhar, pregar, falar sobre Cristo. Saiba que você está, nesse exato momento, necessitando de Jesus Cristo, e da Luz de Sua Palavra e maravilhosa revelação, a qual não se pode esconder debaixo da cama; mas posta sobre o lugar mais alto da casa, a fim que desobscurece todo recinto e clareia todo o vão. Fique alguns minutos em silêncio, de preferência, desligue a TV, o som, o computador, apague a luz, sente-se, e fique meditando nessas palavras, permitindo que o Espírito Santo lhe sonde o coração; abra os ouvidos, e ouça, Sua mão a bater na porta; então, ajoelhe-se, ore; confece seus pecados que lhe afastaram de Deus, chamando-os pelo nome, pedindo por arrependimento genuíno e perdão; e permita que Jesus venha fazer uma obra incrivel na sua vida; assim como fez com Saulo de Tarso na estrada rumo a Damasco.
Assim como a estrada de Damasco ficou para sempre marcada na vida de Paulo e testemunho para os outros. Assim será, esse dia, um talvez já ocorreu, ou ocorrerá; mas será inesquecível tal dia. E certamente, muitos conhecerão e serão persuadidos a entregar suas vidas a Cristo, quando você relatar a sua história, especialmente na estrada rumo a Damasco.
Que o Espírito Santo possa estar nesse momento batendo no seu coração, elevando os mais nobres pensamentos. E as mais profundas e solenes reflexões e lições para sua vida. E minha oração hoje, meu desejo, é que, principalmente você que não entregou sua vida a Cristo, que teve paciência, assim como o rei Agripa para ouvir todas essas palavras, ou que apenas bateu o olho nessas últimas palavras; entregue sua vida a Jesus, e possa desfrutar de uma experiência única, imensurável e pessoal de ser convertido pela pessoa de Cristo, e usado nos mais elevados propósitos celestes de salvar o homem do pecado. É o que rogo, em nome de Jesus Cristo. Amém.

21 novembro 2007

V Campori de Desbravadores da UCB - Barretos 2007

3 comentários

Olá pessoal, relatarei o que vivenciei, observie e pensei quanto ao Campori, espero que possam desfrutar-se com essas fiéis palavras que vêm de um coração empolgado e rejubilado.

O Pré-Campori
Foi aquela correria e empolgação, no colégio, na faculdade, e etc. O Campori não saia da minha cabeça. Fiz contagem regressiva, me preparei além do normal. Até mesmo fiz um mapa estrelar dos dias do Campori, usando uns softwares mais avançados de astronomia, verifiquei a previsão do tempo em várias fontes; e simplesmente estava super empolgado. Mas já esperava algumas coisas não muito boas, como visto que seria um evento meio "faraônico", então as qualidades de maior virtude teriam menor foco; e que, infelizmente, haveria uma grande tendência de usarem muito de atributos externos e emocionais, que visavam coisas mais gerais e temporal. Traduzindo: showzinho no palco; eventos mais simples que buscasse mais "velocidade em atender" e "divertir"; confusão lógica, muita gente num pouco espaço, muita panelinha; dificuldade em monitorar, então ficaria muito liberal. Bem, mas vamos lá para o que realmente aconteceu no Campori.

[Ler história]


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