07 fevereiro 2008

Lições de "A Arte da Guerra" - Liderança

Não é a Bíblia falando, mas sabedoria que proveio do oriente, dos antigos chineses, no livro A Arte da Guerra; o livro todo é incrivel, lembra muito Provérbios de Salomão; se você o ler, usando um livro de comentários sobre o A Arte da Guerra - estou usando o "Dominando a Arte da Guerra, Liu Ji e Zhuge Liang" - verá que é simplesmente extraordinário, as lições de tais, principalmente em colocá-las em prática na sua vida, especialmente quanto a questão de "liderança", "trabalho em grupo".

Liu Ji disse:
O que fará os soldados em batalha preferirem avançar a recuar, mesmo que seja pela sobrevivência, será a benevolência da liderança militar. Quando os soldados sabem que seus líderes cuidam deles como cuidariam de seus próprios filhos, eles amam os seus líderes como amam seus próprios pais. Isso faz com que queiram morrer na batalha, para recompensar a benevolência de seus líderes.
A regra é: "Respeite seus soldados como amados e eles, de boa vontade, morrerão com você." (Sun Tzu, A Arte da Guerra, "Terreno")

Não sei se percebeu - apesar de ser bem claro - aqui há um conselho básico para uma devida liderança: "Conquistar seus companheiros." Para isso, você não precisa ser dotado de um carisma especial, o livro nos apresenta alguns personagens que até mesmo mal falavam, mas que eram grandes comandantes. Mas sim você tem que revestir-se de benevolência, tratá-los como se fossem seus próprios filhos, isso não quer dizer mimá-los, mas amar como um pai ama um filho e luta para desenvolver o melhor nele.
Dessa forma, você conquista o respeito e a confiança da pessoa. E até mais, o verso diz, que a pessoa busca de algum modo querer recompensar. O que isso quer dizer? Quer dizer, que ele passa a ter atitude, em demonstrar sua consideração e valor pela sua liderança.
Na página 92, do Dominando A Arte da Guerra, há uma ilustração muito boa:

Durante a era dos Estados Antagônicos, quando o general Wu Qi, de Wei, era o governador militar do Rio Oeste, ele usou as mesmas roupas e comeu o mesmo alimento do mais inferior de seus soldados. Não usava uma esteira para se sentar e não cavalgava ao viajar. Ele, pessoamente, carregava as próprias provisões e comparilhava do trabalho pesado e das necessidades dos soldados.
Certa vez, quando um dos soldados sofria por conta de uma ferida supurada no braço, o próprio general sugou para fora o pus.
Quando a mãe do soldado ouviu falar disso, começou a se lamentar.
Alguém disse a ela: "O seu filho é um soldado; contudo, o próprio general sugou o pus da ferida dele - o que há para se lamentar?".
A mulher disse: "No ano passado, o general Wu fez a mesma coisa pelo meu marido e, meu marido lutou na batalha sem dar nenhum passo atrás, finalmente morrendo nas mãos do inimigo. Agora que o general tratou do meu filho do mesmo modo, não tenho idéia de onde ele morrerá. É por isso que estou me lamentando".
Foi porque Wu Qi era tão rigoroso consigo mesmo e tão imparcial em relação aos outros e porque ganhara o coração de seus soldados que um Senhor de Wei o mantinha como governador militar de Rio Oeste. Wu Qi lutou 76 grandes batalhas contra senhores de outros estados antagônicos e obteve completa vitória 64 vezes.

Repare bem nessa história. Veja qual foi a atitude do general. Ele não ficava se elevando, usando de luxuria, se fazendo de nobre, de topo social. Mas ele, convivia e se identificava com "o mais inferior de seus soldados". Se você quer liderar, não fica se enchendo de privilégios, entre outros, nos quais se forma um abismo entre você e seus subordinados, mas antes, trate-os, conviva com eles como se fossem seus irmãos. Não se polpe pelo próximo, pelo seus companheiros, pela sua equipe, mas antes tome um tiro por eles, e certamente ele te cobrirá até o quando for velho.
Seja:
1. rigoroso consigo mesmo
2. imparcial com relação aos outros
3. ganhe o coração de seus soldados
Esses são os segredos que Wu Qi nos ensina.

.....

Autoridade
Liu Ji disse:
Quando soldados em batalha avançarem e não ousarem recuar, isso significa que temem seus próprios líderes mais do que o inimigo. Se recuar e não ousarem avançar, isso significa que temem mais o inimigo do que seus próprios líderes. Quando um general consegue que suas tropas mergulhem direto no meio do combate furioso, é a sua autoridade e austeridade que trazem isso à tona.
A regra é: "Ser temido e ainda precavido produz um bom equilibrio" ("Diálogos de Li, Senhor de Wei").

É meio forte isso, e veja como é algo universal. Pense por exemplo na vida espiritual. As suas ações refletem uma atitude que é: "qual lado você preferiu", "qual lado você escolheu". NÃO HÁ EM CIMA DO MURO. Quando você exita em atender um lado, automaticamente quer dizer que você teme o inimigo mais do que seu lider. Poderíamos abordar e fazer um incrivel sermão aqui, quanto a questão do soldado nisso: "A quem você teme?" Contudo, a questão aqui é a liderança.

Uma coisa que o livro A Arte da Guerra deixa bem claro é que a liderança deve ser respeitada e temida. Temida não porque os soldados não confiam nela, e tem medo que tal faça merda, pelo contrário; Temida não porque a liderança é cruel, malvada, pelo contrário. Mas sim temida, porque possui autoridade, mantem a palavra e é exemplar quanto a RECOMPENSA. O livro aborda muito a questão da RECOMPENSA, o líder deve ser justo. Dar prêmios e condecorações aos que merecerem, ao mesmo tempo que até mesmo castigo, repreensões, ou execuções aos que merecerem tais. Veja uma ilustração que aborda o livro, de um fato que ocorreu:

Diz que no meio de uma guerra, um homem aristocrata orgulhoso e arrogante passou a ser o supervisor do exército, pois o general Rangju não havia conquista e não possuia confiança de seus tropas, então tal homem seria seu intermediário entre o comando das tropas. Só que chegou um certo dia, num periodo conturbado, e o supevisor não chegou ao quartel; Rangju reuniu as tropas e informou-os sobre o acordo com o novo supervisor.
À tarde, o nobre finalmente chegou. Rangju perguntou-lhe: "Por que está atrasado?"
- "Meus parentes, que são nobres, deram-me uma festa de despedida. Assim, fiquei por isso."
Rangju disse: "No dia em que um líder militar recebe suas orgens, ele esquece o seu lar. Quando uma promessa é feita em face da batalha, ele esquece sua família. Quando soam os tambores de guerra, esquece seu próprio corpo. Agora, estados hostis invadiram nosso território; o estado está em tumulto; os soldados estão expostos nas fronteiras; o senhor não consegue descansar em paz ou desfrutar de sua comida. As vidas de todo o povo dependem de você - como pode falar em festas de despedida?".
Rangju, então, chamou o oficial responsável pela disciplina militar e perguntou-lhe: "Segundo a lei militar, o que acontece com alguém que chega depois da hora indicada?"
O funcionário respondeu: "Supõe-se que seja decapitado".
E ele foi morto. Todos os soldados ficaram tementes ao seu lider. Viram que era um homem de palavra, exemplar e justo.
Finalmente, o senhor enviou um emissário com uma carta perdoando o nobre, que era, antes de tudo, o novo supervisor do exército. O emissário galopou direto para o acampamento com a mensagem do senhor.
Rangju disse: "Quando um general está em campo, há ordens do regente que ele não acata".
Também disse ao oficial da disciplina: "Há uma regra de que não deve haver galopes pelo acampamento. Contudo, agora, o emissário fez justamento isso. O que deve ser feito com ele?".
O oficial disse: "Ele deve ser executado".
O emissário estava petrificado, mas Rangju disse: "Não é apropriado matar um emissário do regente", e executou dois acompanhantes do emissário no lugar dele. Isso também foi anunciado ao exército.
Rangju enviou o emissário de volta para relatar isso ao senhor e, então, partiu com o exército. Quando os soldados acamparam, o próprio Rangju supervisiou a perfuração dos poços, a cnstrução dos fornos, a preparação da comida e da bebida e o cuidado com os doentes. Compartilhou com os soldados todos os suprimentos da liderança, comendo as mesmas rações que eles. Foi especialmente gentil com os fatigados e os enfraquecidos.
Depois de três dias, Rangju chamou as tropas à ordem. Mesmo aqueles que estavam doentes quiseram cooperar, ansiosos para entrar em batalha por Rangju. Quando os exércitos de in e Yan ouviram falar disso, retiraram-se do estado de Qi. Ranhju fez com que suas tropas os caçassem e golpeassem. FInalmente, recuperou o território perdido e retornou com o exército vitorioso.

Veja como é que ele conseguiu a vitória. Os inimigos fugiram só de saber do comportamento das tropas de Rangju. Imagine você querer encarar um exército, em que até os doentes fazem questão de lutarem, ansiosos para entar em batalha pelo seu lider. Isso é de fazer as pernas deles tremerem. Parece muito com a história de El Cid, um grande conquistador ali do período das Cruzadas. Onde todos o temiam, todos os europeus, os soldados da Igreja e dos reinados, assim como os muçulmanos. Todos quiseram destruí-lo, mas ninguem conseguiu. Todos o temiam, pessoas passaram a segui-lo voluntariamente por tême-lo. Fortalezas se renderam a ele, sem uma única resistência, só por temer sua fama.

Seja exemplar, seja um lider exemplar, de palavra, imparcial, que cumpri as leis, as normas, o código, o manual. Sendo exemplar tando na punição quanto na recompensa e nos prêmios. E terá soldados que lhe seguem, temendo e respeitando sua liderança. Lembro do filme "300 de Esparta", assista aquele filme; Leonidas liderando 300 homens contra mais de 1 milhão de inimigos; mas por quem tais homens lutavam? A quem temiam? Eles não exitavam nem mesmo num único olhar de medo. Eis um outro principio de liderança.

E gostaria de terminar essa reflexão - pois se fosse comentar cada trecho impressionante do livro, eu acabaria publicando uma enciclopédia, pois é incrivel mesmo; você lê uma página para e fica refletindo e fazendo analogias e como aplicá-las na vida... tanto é que isso faz do livro uma leitura que não rende, estou lendo a 9 meses esse livro que não é grande, e ainda faltam 50 páginas, por isso - com um comentário do "Dominando A Arte da Guerra", na página 95:

A regra é: "Onde há prêmios importantes, eles são homens valentes" ("As Três Estratégias", também em "Seis Segredos").

Isso nos faz tocar quanto a questão da recompensa. Quer ter funcionários valentes seja justo na recompensa, dando-lhe premios importantes. Entre outras áreas da vida. Principalmente para as pessoas não muito idealistas e mais materialistas é necessário recompensá-los com algo pelo qual vale a pena lutar. Por exemplo, veja no filme "Cruzadas", onde todos os moradores de Jerusalem são convocados a defender a sua cidade, e por que? Qual recompensa? Qual o prêmio? A garantia que o povo, eles e suas familias - mulheres e filhos - não seriam mortos pelo inimigo, mas conseguiriam livrar-se deles em liberdade e segurança. E todos deram o sangue, resistiram. Até que forçou o lider dos muçulmanos a fazer esse acordo.

Uma outra boa analogia seria quanto a "vida eterna"; mas não queria que esse fosse o foco dessa reflexão; mas algo mais voltado quanto a liderança mesmo.

Bem, espero que reflitam, aproveitem esse conhecimento e possam aplicá-los na vida. Assim como recomendo a todos que precisam liderar algo, trabalhar com equipe e coisas do tipo a leitura dessa incrivel obra, que me recorda muito a Provérbios de Salomão, A Arte da Guerra.

2 comentários:

Juliana Lima disse...

Oi,eu esqueci de te agradecer por q vc me add no orkut,entao,obrigada.
me add no msn,gostaria de conversar com vc sobre a bíblia,eu dou estudo bíblico e gostaria de ter mais alguém para me auxiliar nessa questao.
meu email:jujuinha07@hotmail.com

Juliana Lima disse...

ah,desculpe pela insistencia,dou a minha palavra que nao mais mandarei scraps ou comentarei.
Feliz sábado irmao!