05 novembro 2013

Educação em Casa

Como você acredita/quer/gostaria que se filho(a) fosse educado?

Essa é uma das perguntas mais fortes da História. Todos os grandes pensadores refletiram e palpitaram sobre isso. Mas, mais do que isso, em cada resposta, podemos ver o caráter da pessoa, a ideologia dela, a visão de mundo dela. Por fim, o que para ela é o ser humano. O que para ela é a vida. O que para ela é o ideal de cada um se tornar.

O site da Folha de São Paulo colocou uma matéria da BBC Brasil que claramente tenta persuadir a partir da opinião da docente Silvia Colello, da Faculdade de Educação da USP.


Respeito a opinião dela. Todavia, o 'melhor argumento' é dizer que fora da escola vai privar de experiências que o docente considera mais importante do que as experiencias que tal pode ter em outros lugares. - Eu esperava mais de alguem de tal titulo. E creio que certamente daria um discurso muito melhor do que essas poucas palavras da Folha. - Mas, a essência Do que ela manifesta não é baseado em uma episteme máxima da psicologia da Educação. Ou seja, "Prive seu filho da escola, e ele terá tais e tais problemas. Assim como privá-lo de cálcio, terá ossos fracos." Sócrates, em A República, vemos Platão descrevendo o que seria o ideal máximo da Educação. A Educação seria a robotização do homem pelo Estado (em sua máxima). Seria o FIM DA FAMÍLIA. O Estado tiraria o filho da mãe em seu nascimento (a mãe é vista apenas como uma gestante de bebes). O Estado então o educaria, definiria qual seria sua "carreira", sua função para a cidade. E assim seria, essa pessoa viveria para o Estado, ou melhor dizendo, para a Cidade. E isso, muitos séculos Antes de Cristo.

Este é um dos grandes pontos de vista da Educação, a educação como um meio de Condicionar as pessoas. Alguns autores desenvolveram ao máximo este modo de ideologia, e há literaturas de sobra sobre isto. Na pratica, também tivemos exemplos de monte na História de poderes que condicionaram suas crianças. Como o foi o Regime Nazista na Alemanha. Como foi a Igreja Católica na Idade Média.

Na USP, inclusive na própria Faculdade de Educação encontrei alguns alunos, normalmente os mais ligados aos Movimentos Estudantis, Revolucionários, Pró Maconha, Contra Feliciano, e tantos outros... que também tinham uma ideia interessante, mas que não é nada nova: A luta contra o Direito Privado da Família. Não conheço a vida, a história da garota que certa vez lançou uma máxima em uma sala de aula: "O que o Estado está fazendo para acabar com estes cristãos extremistas que fazem educação em casa?!" Na vida dela, deveria se abolir isso, deveria se abolir o Ensino Religioso, sobretudo o cristão - havia ódio em suas palavras. Além de claramente ver que seus pensamentos não era a favor da Liberdade Religiosa, nem do Estado Laico, mas sim do Estado Ateu; acreditava que o Estado deveria acabar com a Escola Privada e das religiões cristãs. E as Universidades Publicas, como a USP, apenas quem estudou na Escola Publica poderia participar. Na visão dela, o Estado - o poder - deveria controlar a vida de todos, de forma tão próxima como os fundamentos do Stalinismo que com chumbo, campos de concentração e trabalho escravo buscou abolir a religião da URSS.

O professor estancou suas 'revoltosas' palavras de motim contra os Princípios Cristãos (talvez fosse uma niilista). O professor não mencionou nada sobre religião. Apenas falou sobre a Educação de filhos de diplomadas, de embaixadores, filhos de artistas de circo, entre outros, que por não ter uma vida de ponto fixo, que estão em constante mudança e viagem, necessitam de uma educação mais maleável, e, que a maior parte ocorre no estado. Ou então filhos de fazendeiros, e quem vive em lugares remotos que muitas vezes estão à horas de uma vila ou cidade. Além do medo de muitas familias de enviarem seus filhos para escolas violentas em seus bairros.

Por outro lado, nos EUA está crescendo muito a educação familia, sendo o pais em que mais ocorre a educação familiar. E, acredite, se pesquisar irá encontrar vários ótimos resultados. Resultados de desempenho em provas. Resultados do ingresso nessas faculdades, no mercado de trabalho, em grupos, comunidades e etc. A grosso modo, podemos simplesmente justificar de que a Familia ainda acredita ter maior direito pelo seu filho do que o Estado e a sociedade. Cabe ao pai e a mãe um maior direito, e mesmo 'posse'. "É meu filho!" Poderia dizer uma mãe. E tais não estão nada contentes com a Educação que está ocorrendo nas escolas.
Veja:
Ensinar os filhos em casa ganha força no Brasil e gera polêmica (BBC Brasil)
Cresce número de pais que apostam na educação em casa no Brasil (Terra)
Sem motivação religiosa, educação domiciliar cresce nos EUA (Terra)
Educação domiciliar cresce nos EUA (BBC Brasil)

Motivos:
- Violência nas escolas;
- Crianças estupidas, egoístas, briguentas, violentas... (bullying);
- Más influencias;
- Apelo ao sexo, consumo de drogas entre outras praticas, imposta pela 'sociedade escolar';
- Ideologias discordantes da Instituição ou dos professores. Hoje, por exemplo, é uma grande tendencia o Estado querer condicionar o aluno a aceitar o homossexualismo, entre tantas outras coisas como sendo 'normais', que se opor a tais é mero "preconceito"... fora a abolição de muitos principios religiosos. Como instituições que não mais permitem o ensino de Criacionismo na escolas, ao invés disso, adotam o Evolucionismo como ideologia máxima e inquestionável;
- A criança passar muito tempo na escola, e pouco em outras atividades;
- Passar mais tempo com os filhos;
- Ser mais ativo na educação do filho;
- Não confiar a educação da pessoa 'mais importante' da sua vida na mão de terceiros que não os ama como seus pais;
- Os pais acreditam que podem dar uma educação melhor para os filhos, e que isso não signifique apenas "proteção".

Vamos pensar bem. Se hoje, nós adultos, pudéssemos ter total escolha, autonomia para escolher e decidir como gostaríamos de ser educados, certamente não iriamos escolher por passar metade da nossa vida dentro daquelas 4 paredes. Faríamos diferentes. E certamente, se fossemos ricos, poderosos para escolher detalhadamente como educar nossos filhos. Certamente escolheríamos os melhores professores para dar aula particular, como os antigos filósofos. Não o prenderíamos dentro de quatro paredes, com bundas sentadas por horas naquelas cadeiras, mas o faríamos ter uma educação ampla em muitas situações e lugares abertos, até mesmo viagens, ele se movimentaria mais.

Este tipo de Educação se instaurou principalmente no Ocidente, através de pensadores cristãos. Que trouxeram seus princípios religiosos para a Educação. Pois na "Educação Coletiva" digamos assim, o homem é visto como uma ferramenta. Educá-lo significa qualificá-lo de modo a servir, ações desejadas a esta comunidade; é, literalmente, criar uma ferramenta. Na "Educação Individualista", como na cristã, se tem o ideal de libertar o homem de si. De desenvolver no homem um 'poder moral', para a pessoa possuir o pleno autocontrole, dominar a si mesmo, dominar os seus pensamentos, seus desejos, suas emoções, seus hábitos... libertar-se, ser um homem livre, livre de suas concupiscência, não ser um escravo do trabalho; não viver de trabalho, mas trabalhar para viver. Não se subornar ao Estado, a Comunidade em suas más práticas e ações. É uma educação que não busca robotizar, dizer como a pessoa deve pensar, e viver, mas em lhe dar as ferramentas para expandir ao máximo seus pensamentos e como viver. Foi esta Educação Religiosa que permitiu muitas mentes magnificas que desenvolverem o Método Cientifico e as grandes evoluções da Ciência. Suas duas frentes diferentes.

Esses dias, estive numa praça bem badalada na cidade, numa tarde quente de domingo. Ali, uma população de talvez 500, 700 crianças e adolescentes, variando principalmente de 14 - 20 anos, pelo o que se via. E ali se via de tudo, eram predominantemente 'colegas de escola', bebendo, fumando, em suas libertinagens sexuais entre tantas outras coisas. Ali era uma manifestação máxima do que estavam aprendendo na 'cultura escolar'. Hoje podemos ver claramente onde a Educação está conduzindo as pessoas. Está conduzindo para uma sociedade de pessoas "sem peito" (como diria Lewis, que não sabem controlar a barriga por meio do peito), pessoas castradas de poderem viver valores morais, conduzindo para o fim da Familia. Onde as pessoas seriam tão suspeitas uma das outras quanto em 1984 de George Orwell, e tão bobas, infantis, sexualizadas, domadas por seus 'instintos' e sem valores de família, como no Admirável Mundo Novo de Huxley. As coordenadas já foram dadas.

O futuro... há, que tédio. Não há novidade. Mais uma página que se repete na História. Já prevista, muitos séculos antes de nascer.

E a pergunta continua: Quem você quer que seus filhos sejam? Quem você quer ser?

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