24 setembro 2008

Vaidade Precoce nas Crianças

Que menina nunca brincou de colocar as roupas e os sapatos da mãe? E qual menino nunca parou em frente ao espelho para comparar os músculos aos do pai?

Imitar adultos faz parte da infância e, para especialistas, a brincadeira é saudável. Para a psicóloga Patricia Spada é normal que as crianças procurem uma identificação com o mundo adulto. Segundo ela, "o problema acontece quando a imitação vira um culto à beleza física, e a vaidade começa a ganhar mais espaço na vida das crianças do que deveria".

A dona-de-casa Lídia Maria Alves, 34 anos, diz que é difícil lidar com a vaidade da filha Caroline, 9 anos. "Ela quer fazer escova, pintar as unhas e viver maquiada", conta a mãe, que procura colocar limites. "Deixo algumas vezes, mas não dá para permitir certas coisas", conta.
Para Harumi Nemoto Kaihami, psicóloga do Hospital Sírio-Libanês, é preciso saber dizer "não". "Dizer 'não' envolve sempre ser firme e responsável pela integridade da criança e, acima de tudo, com amor", afirma.
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Comentário: É simplesmente lamentável, não o fato das crianças buscarem imitar seus pais - isso é bom. O problema é quando os pais não são bom exemplos. Impor limites? Mas que limites: "Eu posso beber, me maquiar, me destruir. Mas se você fizer isso ficará de castigo." É isso que é impor limites? Isso é sim uma grande hipocrisia, incoerência! Se o pai ou mãe diz que aquilo não deve ser feito, porque praticam? É certo que a criança, no fim, vai querer fazer o que os pais fazem, pois aliás "são seus pais. Eles devem saber o que deve ser feito. Caso contrário não fariam." Mas então os pais tomam atitudes privando os filhos...

Este está longe de ser o modelo ensinado por Deus, na Bíblia, sobretudo, para a educação das crianças. Em primeiro lugar, você precisa ser o exemplo. Jesus até mesmo muito duro com essa questão. Dizendo que precisamos, PRIMEIRO, arrancar a trave do nosso olho para, então sim, retirar o cisco do olho do próximo. Pior é quando a referência do problema da criança são os pais, pois como pode o pai cobrar algo do seu filho, se não está sendo exemplar e íntegro?

Outra coisa é o modo como é tratado a vaidade. Ela em si já é auto-destrutiva. Pois ela parte da insatisfação, da ingratidão, do medo, do rancor para consigo mesmo; quanto ao que realmente é. Partindo, almejando, tentando substituir o real pelo virtual, maquiado a verdade com medo que ela apareça; e por fim, acaba almejando mais o virtual do que o real. E por outro lado, "a vaidade" tem o quê, ou quem por referência? Sem sombras de dúvidas, é a sexualidade, a busca por uma atração sexual; um estímulo aos sentidos, um ópio. Aliás, algo, que a principio, as crianças mal entendem.

A Bíblia condena a vaidade. E sim nos ensina a cuidar do nosso corpo como templo do Espirito Santo, com um estilo de vida correto e devidos atos de higiêne. Através de um estilo de vida saudável, de modéstia para como tratar a imagem que o exterior transmite aos outros, para que seja uma bênção aos que vêem e ouvem. De modo que transmita as virtudes divinas, simplicidade, humildade. E que acima de tudo, demonstre claramente que não é o seu exterior o seu atrativo, tão pouco seu adorno; mas sim, um coração entregue ao Senhor. Desse modo, transmitindo a verdadeira beleza natural, o coração transformado demonstrado exteriormente, naturalmente, e não sinteticamente.

Mais triste ainda, é ver pessoas que são seguidoras fiéis da religião chamada "moda" e "pessoas"(ou mundo); de modo que, seja qual for o paradigma ou esteriótipo pregado pela sociedade, tal pessoa irá seguir como servo fiel.

Além, de tudo isso, infelizmente, quão poucos pais se atentam, para o que diz a Bíblia: "Os filhos não são nossos." Mas sim, Deus confinou-os a missão de criá-los. E um dia cobrará: "Pais, onde estão vossos filhos?"

Por que tantos, mesmo cristãos, negligenciam a ordem divino, "Pelo que deixai a vaidade."?

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