Há muito tempo que eu quase não assistia TV, não tinha nem idéia de como estava a grade de programação, até que nessas 2 últimas semanas, fiquei de molho em casa, e acabei até que vendo bastante (apesar que logo me entediava e ia fazer outra coisa). Bem, quem diria, que com 24 anos, ainda veria um episódio inédito do Chapolin.
Mas o que me impressiona é a enormidade de bobeira. Sobretudo na TV brasileira, como a Globo. Até mesmo nos jornais, parte (senão quase toda) são reportagens extremamente bestas. Quase que nos dá a impressão que o mundo está parado, ou todo mundo está numa festa embriagada. Fora isso, os comerciais também. Para se ter idéia, chegou a ter um comércio, no horário nobre deste domingo, em que durou quase 5 minutos. 1 minuto, (20%) foi apenas da propaganda de um novo programa da Rede Globo, com o nome "Amor e Sexo" que dispensa comentários. E então, praticamente, todo o restante de 4min. (80%), foi de uma propaganda bem apelativa de uma cerveja, com um cenário de sol, praia, pessoas em festa, ouvindo um batuque, dançando, todo mundo sorridente despreocupado com trabalho, uma mulher bem "gostosa" na roda e o grande mistério é se essa garota vai "tomar", e diz que vai, e ai, aparece uma celebridade (Ivete Sangalo) tentando convencer ainda mais, tudo com um som festivo de farra, e tons dourados, quentes.
Além disso, há comentários de algumas pessoas do BBB (nunca vi, nem quero ver), que este está praticamente o pior de todos... uma farra com muita suruba de tudo qualquer "fetiche" que se pode imaginar, só falta usarem animais. E hoje a tarde, minha mãe tentando procurar alguma coisa na TV, de repente, eu esculto ela soltar um comentário assim: "Só tem viado agora na TV." Pois num canal era um estilista gay falando das suas "grandes dificuldades de vida" que foi a de confeccionar uma peça de roupa Inca para um filme; noutro, eram travestis; noutro eram gays falando sobre preconceito; noutro, era aquele humor do tipo de homem fingindo de mulher. E por aí vai.
Meu! Isso é uma violência a sanidade e a nossa inteligencia! É um profundo ataque a moral, a cultura, e a sociedade brasileira. Como é que as coisas vão ficar? Enquanto isso, eu nunca vi nenhum programa sobre Arte, Antropologia, Literatura, Lógica na TV (desculpe, mas o que raramente se vê na TV Cultura, não representa). Aliás, o que a TV mostra como sendo música, nem merece esse nome, é apenas sensação, momento de sucesso e entretenimento, nunca algo sério e artistico. Como é difirente da Alemanha quando mostra concertos ao vivo da Filarmônica de Berlim. Debate religioso então? Mas sim, há muita sátira e escárneo, principalmente, nas novelas, sempre com um estereótipo simplório.
As séries então? A TV fede lixo. Os filmes então, agora tem até o canal Space, que basicamente é voltando apenas para filme de violência e ação sem sentido ou de terror. E boa parte dos filmes dos demais canais, tem seguido essa linha. Peguei vários filmes essa semana, um que assisti achei muito bom, chama "Um Sonho Possível" (The Blind Side) no qual o filme não apela para sexo ou violência, mas sim uma história verdadeira de altruísmo de uma familia que acolhe um garoto de rua e lhe dá um lar, educação, uma vida e tudo com muito amor; e mais raro ainda, num lar que parece que tudo vai bem, em que a mulher não tem problemas com os filhos, nem com o marido, e há sempre um aroma de respeito, harmonia e felicidade no lar; algo praticamente extinto dos filmes, séries e novelas. Se bobiar, as pessoas nem sabem mais o que é isso. Mas dúvido, que um filme como esse vá parar na tela da TV, como da Globo, talvez, um dia, passe uma única vez; ao invés.
Até mesmo o Discovey channel, tem diminuido drásticamente o número de documentários entre outros. E mostrado mais programas sensacionalistas. Sim, eu gosto pacas do Bear, e do A Prova de Tudo, porém, deixou de ser mera curiosidade, se tornou um amuleto do canal, mostrando muitas e muitas vezes, e agora com um carater muito mais exploratório, aventuresco e sensacionalista do que antes que era mais voltado para "técnicas de sobrevivência". Além disso, tem o programa "Sem Cortes e Sem Suro" que são puro videos sensacionalistas. Os demais programas são recheados de "assombrações", "monstros", "criaturas bizarras", DESTRUIÇÕES (quantos!), coisas sobre Guerra Ao Tráfico, sobre Terrorismo.
Além disso, quando tem retrato sobre o Brasil é sempre o Rio de Janeiro, ou a Bahia, ou algo em torno, de mulher de biquini e bunda bem "arrebitada", ou Carnaval, ou samba/pagode(e essas coisas), e uma imagem de beleza, preservação e biodiversidade da Mata-Atlantica tocamente longe da realidade. Mas por que Rio de Janeiro? Que é "um minusculo pedaço do Brasil". Ora temos o Distrito Federal, onde reside o poder politico da nação. Ora, temos os Paulistas, a maioria, que em geral é marcada por pessoas que estão longe da praia (talvez em alguns feriados), onde muitos não gostam de carnaval, e são caracterizados por serem muito trabalhadores, sem mata, sem praia, e com pessoas vestidas e terno, ao invés de gente semi-nua na praia tomando cerveja. Ou então, se partir para o Interior rico do nosso pais, encontraremos uma cultura ainda mais forte, em que a maioria (SIM A MAIORIA) não é carnavalesca, mas ainda de forte tradição moral, muitos, até mesmo carrancudo. Temos o calor infernal da Amazonia e o povo mais preguiçoso do mundo, segundo meu amigo que reside lá, que só quer saber de comer e dormir na rede (e sem praia), ou então, aqueles que vivem nas duras regiões áridas e sem infra-estrutura alguma, que em maioria, são aqueles que produz boa parte da Alimentação da nossa nação. Ou então, temos o nosso Sul, como o extremo sul do Rio Grande Sul, lugar super gelado, frio, longe daquela imagem de calor nas praias do Rio de Janeiro, e lugares de ainda forte tradição de uma cultura européia, muito diferente, da imagem divulgada de um Rio de Janeiro. PÔh! É um pais que tem a OSESP, que está entre as 50 melhores Orquestras do Mundo. Que tem o Teatro Municipal de São Paulo, e o MASP, que tem alguma riqueza arquitetonica ao invés de apenas favelas e quiosques. Também temos a Cidade Universitária da USP (SIM! TEMOS A USP) e a Unicamp!!! Quantos filmes não vemos no EUA sobre suas queridas Universidades, já no Brasil, tanto filme, quanto novela, fogem das escolas, pois aliás, brasileiro gosta de estudar?
Poh! E Futebol!!! Mais futebol!!!! O Brasil tem um dos melhores times de Volei do mundo, teve grandes feras na Natação, Judo, até mesmo no Tennis, hipismo, Basquete; há até Rugby, até mesmo Futebol de Salão (futsal). Mas não, é só futebol, só futebol de campo, e um pouco, de futebol de areia (ou melhor, DE PRAIA).
Que é isso! Sinceramente, se continuar assim, pouco motivo terei para ter uma TV quando tiver minha casa, se tiver, apenas será para usos selecionados. E claro, como andam as coisas, vou ter que impedir meus filhos de ver TV. Pois só vão ficar com ti-ti-ca na cabeça.
Ainda há um pouco de alivio na TV Cultura, por algumas programações, como o Prelúdio (ou é Interlúdio), alguns debates, por ainda mostrar concertos da OSESP (porém, precisam aperfeiçoar a gravação, o som transmitido não fica legal, totalmente sem sal, talvez, devessem entrar em contato com a Berliner).
Sim estou revoltado. Se a midia queria liberdade de imprensa. Jogaram ela pela janela, trocando liberdade por libertinagem, só mostrando escória e lixo.
30 janeiro 2011
28 janeiro 2011
Reflexões sobre a vida e nosso papel no mundo
A rotina da vida parecia ir bem até que de repente passamos por situações que ninguém em sã consciência gostaria de passar. De início, por mais chocante e infernal difícil que possa ser, os primeiros dias são colaborados com o animo, esperança, boas memórias que ainda carrega, e acredita que logo irá melhorar. Mas os dias passam, e, de repente, você se dá conta de que tudo que lhe resta é o tempo que insiste em não passar, e assim, a boa rotina nunca volta.
De repente, você se dá conta que o mundo não se importa se você passa 2 semanas em casa. Na maior parte do tempo, sentado e deitado. Mal pode falar. Mal pode comer. E tudo o que lhe resta são livros, filmes, TV, música e o pseudo-social mundo da Internet. E-mails, chats, facebook, Orkut... Eis aí o mais próximo de se chegar da sociedade, das pessoas, dos ‘amigos’; quais se contentam com uma conversa atrás de um teclado.
Nessas horas, os passatempos se tornam “vícios sem sal”, pois quase não há outra coisa a fazer. - Ler? Já li. – Olhe para o lado e vê realmente quem se importou; quem esteve todo o dia cuidando de você. (isso que chamo de amor de mãe). Ao mesmo tempo, você percebe que facilmente seria esquecido pelos amigos, talvez sua morte apenas os chocasse por uns dias.
Há muito tempo para pensar. E algo que muito pensei é no meu papel na sociedade. Nessas horas duras de vida árida, você acaba sendo mais sério consigo, não tolerá vãs e fúteis imaginações, como um amor não correspondido, ou fantasias de uma promoção no emprego, ou uma pirula que instantaneamente lhe restabelece a saúde.Mas busca fatos e coisas claras e concretas. Não quer apenas se sentir bem, mas um remédio que acabe com a dor.
Olha para cá e para lá, e percebe que seu único verdadeiro laço de elo de metal é com a família. Mas percebe que a outra ponta continua vazia. Você percebe que você mesmo, facilmente, em pouco tempo, esqueceria de seus amigos, ou deixaria de dar atenção a eles.
Nisso, cada vez chagamos mais perto de conquistar a consciência de que a vida não faz sentido e que tudo é vão. Porém, no fundo, você está convicto, e na sua consciência, quer construir, quer formar algo para este mundo. Uma espécie de monumento que possa deixar para outras pessoas (até desconhecidas), algo que você pode fazer e que, de algum modo místico, comunicar virtude.
Talvez uma família, ou um livro ou música, de fato, procura algum tipo de arte. Coisas concretas, que em si parecem ser razões suficientemente boas para se mover. Mas e os sentimentos? Ora! Nessas horas é o que menos importar. Como a boca insensível e o constante desconforto, de algum modo lhe faz parar de ligar para isso, por mais azedo que seja. O que importa é cavar um poço, um reservatório, mesmo sem água. Para que quando vier chuva, ai sim fique cheio de água fresca que servirá de animo por bons tempos. Mas pode vir a estiagem – paciência. O que imposta é que o poço está lá, e quando viver a chuva...
Por fim, o que construímos de concreto, capaz de conter a água da chuva? A chuva são as bênçãos, os sentimentos, a alegria. A questão é qua devemos construir com tijolos, cavar... para encher com água. E não o contrário – paredes de água para conter tijolos.
O que realmente temos construído na vida que não seja uma ilusão?
Quanto ao próximo...
Sim. Foi na boca que operei. Mas nessas 2 semanas pude sentir, ter uma idéia experimental do que seria para o corredor perder suas pernas, ou um dia acordar paraplégico. É duro perceber que agora está cheio de limitações e seu corpo passa por uma longa adaptação que nunca chega, sempre demora. Parte da sua autoestima morre. A quase todo momento você é companheiro da solidão. Logo percebe que seus elos sociais vacilam com 2 semanas, como um bote a deriva no mar aberto, e você olha para todas as direções, e na linha do horizonte o mar some, e você não vê socorro, nem ninguém, apenas água.
E aí você pensa em como ocupar o tempo. E coisas do tipo: “O que realmente importa?” E aí você percebe que sempre quis muitas coisas e caminhos para a vida, mas precisa escolher e se focar num ou outro. E o mais incrível: Quando todas as paredes das amizades parecem desabar, você repara que Deus sempre está de pé ao seu lado. Assim, como sempre há um convite para abrir a Bíblia que está sobre a sua cama. E ao ler, de algum modo, algo irá conter os grilhões e ansiedades da alma, lhe dar paciência e um pouco de paz. - Só pode ser magia! É um livro mágico!
Esses dias me trouxeram um propósito. Me fizeram ver quantas pessoas não precisam de um consolo, de uma visita, de uma mera companhia. Talvez em seus leitos, ou próprias casas. Aliás, o que dizer dos moradores de rua? Talvez, pensem que o mundo virou as costas para eles, e nem mesmo tem onde repousar (como foi o Filho do Homem). Mais intrigante, foi um dia, voltando da academia, vi próximo ao trabalho, um morador de rua, sentado no cantinho que pegou debaixo da coluna de um arranha-céu, e lá estava ele, lendo atentamente sua Bíblia, como se fosse a única coisa pela qual vivia naquele momento.
O mundo está cheio de pessoas carentes da visita, da companhia, da ajuda de outros filhos de Adão, filhos de Eva, filhos de Deus. É o nosso dever com nosso coração ir até elas. Apenas não sentimentos. Mas logo descobrirmos quando o entretenimento “das ocupações e relações sociais da vida” para de roubar nosso tempo e atenção. E então podemos ver em nosso leito, e que, ao nosso lado, há um semelhante meu.
24 janeiro 2011
Sobre a fé, o futuro e nossas escolhas
"- Pois aí é que está o problema! - concordou Trumpkin. Os animais, na sua maioria, ficaram mudos e tornaram-se inimigos. Nunca se sabe de que gênero são; se a gente espera, pode ser tarde demais.
(...)
[Lúcia diz:]
- Não seria medonho se um dia, no nosso mundo, os homens se transformasse por dentro em animais ferozes, como os daqui, e continuassem por fora parecendo homens, e a gente assim nunca soubesse distinguir uns dos outros?"
Cap. O que Lúcia viu
Que grande ironia. De fato, quantos não são as pessoas hoje, talvez até nós, que por fora, aparentam ser homens, as vezes, belas pessoas. Mas que por dentro são animais, dispostos a atacar o próximo para saciar sua fome?
...............
"- Dizer o que teria acontecido? Não, a ninguém jamais se diz isso.
- Oh, que pena! - exclamou Lúcia.
- Mas todos podem descobrir o que vai acontecer - continuou Aslam. - se voltar agora e acordar os outros para contar-lhes outra vez o que viu, e disse que eles se levantem imediatamente e me sigam... que acontecerá? Só há um modo de saber..."
Cap. O retorno do Leão
Essa é aquela sempre presente questão: "O homem não sabe o futuro." O que vai acontecer? Só tem um jeito de saber, tentando. Mas como nessas horas sempre somos tentados a vacilar como céticos, medrosos, entre outros. Mesmo quando nossa consciencia nos diz: "Vai lá, tente."
............
"- Lúcia! - chamou Susana, baixinho.
- Que é?
- Agora estou vendo Aslam. Desculpe-me.
- Não tem importância.
- Mas sou muito pior do que você pensa. Acreditei que era ele... acreditei ontem mesmo... quando ele não queria que fôssemos pelo pinhal. E acreditei também hoje, quando você nos acordou. Isto é... no fundo acreditei... Ou podia ter acreditado, se quisesse... Mas estava com tanta pressa de sair da floresta... e... não sei como vou explicar. O que vou dizer a ele agora?"
Cap. O Leão ruge
Um dos grandes focos que Lewis deu no conto "O Principe Caspian" é a questão do homem em relação a fé em Deus. A um Deus que os antepassados falavam, mas que não aparece há muito tempo, tudo aparentando ser apenas uma "história da carochinha antiga" (como diz o anão). Ou mesmo, em duvidar no testemunho de outras pessoas, considerando-as loucas, que tiveram sonhos, ou ilusões, porque é mais conveniente para nós. Mas como Pedro diz, "se quisesse ter acreditado, eu poderia ter acreditado". Acho que isso, vale para todos. Porém, por que preferimos não acreditar? Talvez, como Pedro disse, "porque estamos com pressa", talvez pressa de "curtir a vida", "pressa de fazer logo isso e aquilo", "pressa para conseguir dinheiro", pressa para x e y, porque, aliás, como diria um "agnóstico convicto" com quem debati esses dias - "A vida é muito curta." - E assim, quantos não estamos trocando a unica esperança de eternidade, pela brevidade da vida? - E apressada.
(...)
[Lúcia diz:]
- Não seria medonho se um dia, no nosso mundo, os homens se transformasse por dentro em animais ferozes, como os daqui, e continuassem por fora parecendo homens, e a gente assim nunca soubesse distinguir uns dos outros?"
Cap. O que Lúcia viu
Que grande ironia. De fato, quantos não são as pessoas hoje, talvez até nós, que por fora, aparentam ser homens, as vezes, belas pessoas. Mas que por dentro são animais, dispostos a atacar o próximo para saciar sua fome?
...............
"- Dizer o que teria acontecido? Não, a ninguém jamais se diz isso.
- Oh, que pena! - exclamou Lúcia.
- Mas todos podem descobrir o que vai acontecer - continuou Aslam. - se voltar agora e acordar os outros para contar-lhes outra vez o que viu, e disse que eles se levantem imediatamente e me sigam... que acontecerá? Só há um modo de saber..."
Cap. O retorno do Leão
Essa é aquela sempre presente questão: "O homem não sabe o futuro." O que vai acontecer? Só tem um jeito de saber, tentando. Mas como nessas horas sempre somos tentados a vacilar como céticos, medrosos, entre outros. Mesmo quando nossa consciencia nos diz: "Vai lá, tente."
............
"- Lúcia! - chamou Susana, baixinho.
- Que é?
- Agora estou vendo Aslam. Desculpe-me.
- Não tem importância.
- Mas sou muito pior do que você pensa. Acreditei que era ele... acreditei ontem mesmo... quando ele não queria que fôssemos pelo pinhal. E acreditei também hoje, quando você nos acordou. Isto é... no fundo acreditei... Ou podia ter acreditado, se quisesse... Mas estava com tanta pressa de sair da floresta... e... não sei como vou explicar. O que vou dizer a ele agora?"
Cap. O Leão ruge
Um dos grandes focos que Lewis deu no conto "O Principe Caspian" é a questão do homem em relação a fé em Deus. A um Deus que os antepassados falavam, mas que não aparece há muito tempo, tudo aparentando ser apenas uma "história da carochinha antiga" (como diz o anão). Ou mesmo, em duvidar no testemunho de outras pessoas, considerando-as loucas, que tiveram sonhos, ou ilusões, porque é mais conveniente para nós. Mas como Pedro diz, "se quisesse ter acreditado, eu poderia ter acreditado". Acho que isso, vale para todos. Porém, por que preferimos não acreditar? Talvez, como Pedro disse, "porque estamos com pressa", talvez pressa de "curtir a vida", "pressa de fazer logo isso e aquilo", "pressa para conseguir dinheiro", pressa para x e y, porque, aliás, como diria um "agnóstico convicto" com quem debati esses dias - "A vida é muito curta." - E assim, quantos não estamos trocando a unica esperança de eternidade, pela brevidade da vida? - E apressada.
20 janeiro 2011
O Socorre de Deus na Doença
"O Senhor o sustentará no leito da enfermidade; tu lhe amaciarás a cama na sua doença."
Salmos 41:3
Obrigado Simone, verso perfeito para um momento como este. E de fato, Ele está.
13 janeiro 2011
Cirurgia Ortognática
Bem, estou prestes a fazer uma cirurgia, na sexta-feira. E estou, no diário, fazendo um diário de todo o meu caso, desde o que me levou a procurar o tratamento (e essa longa jornada de anos sendo enrolado por 'profissionais da saúde') até o tratamento que estou realizando.
E irei descrever bem, na medida do possível, tanto o pré quanto o pós cirurgico e a recuperação. Visto, que muitas pessoas que possuem o mesmo problema, enfrentam a mesma dificuldade que enfrentei "um vazio de informação e muito alarmismo".
Links
A Jornada até iniciar o tratamanto: "A História Ortognática do Evandro"
O Tratamento: "A História Ortognática do Evandro - Tratamento"
E irei descrever bem, na medida do possível, tanto o pré quanto o pós cirurgico e a recuperação. Visto, que muitas pessoas que possuem o mesmo problema, enfrentam a mesma dificuldade que enfrentei "um vazio de informação e muito alarmismo".
Links
A Jornada até iniciar o tratamanto: "A História Ortognática do Evandro"
O Tratamento: "A História Ortognática do Evandro - Tratamento"
06 janeiro 2011
Cegos e Céticos
- Lógica! - disse o professor para si mesmo - Por que não ensinam mais lógica nas escolas? - E dirigindo-se aos meninos declarou: - Só há três possibilidades: ou Lúcia está mentindo; ou está louca; ou está falando a verdade. Ora, vocês sabem que ela não costuma mentir, e é evidente que não está louca. Por isso, enquanto não houver provas em contrário, temos de admitir que está falando a verdade.
Susana olhou para ele muito séria: o professor não estava brincando.
- Mas como é que pode ser verdade, professor?
- E por que você duvida?
- Bem - disse Pedro -, então, se é verdade, por que não encontramos sempre o tal país fantástico ao abrir a porta do guarda-roupa? Não havia nada lá quando olhamos; nem Lúcia teve coragem de fingir que havia.
- E isso prova o quê? - perguntou o professor.
- Ora, ora, se as coisas são verdadeiras, estão sempre onde devem estar.
- Tem certeza, Pedro?
Ele não foi capaz de responder.
Cronicas de Narnia - O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupas, C. S. Lewis
Susana olhou para ele muito séria: o professor não estava brincando.
- Mas como é que pode ser verdade, professor?
- E por que você duvida?
- Bem - disse Pedro -, então, se é verdade, por que não encontramos sempre o tal país fantástico ao abrir a porta do guarda-roupa? Não havia nada lá quando olhamos; nem Lúcia teve coragem de fingir que havia.
- E isso prova o quê? - perguntou o professor.
- Ora, ora, se as coisas são verdadeiras, estão sempre onde devem estar.
- Tem certeza, Pedro?
Ele não foi capaz de responder.
Cronicas de Narnia - O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupas, C. S. Lewis
Um dialogo aparentemente simples, mas que envolve principalmente 2 coisas que destaco.
Por que não acreditar no relato de alguem sobre algo totalmente fora de nossas expectativas, crenças, naturais? Talvez porque estejamos muito presos ao naturalismo filosófico. E se hoje viesse alguem nos falando que entrou em Nárnia pelo guarda-roupas? - Claro, Lewis inventou esta estória. Mas o que me diz de alguem que relata ter visto e conversando com um anjo? Ou com Deus? O que dizer daqueles relatos que vemos na Bíblia? Sinceramente, creio, este impacto neste muro de pedra que as crianças tiveram ao ouvir sobre Nárnia, é o mesmo que a maioria de nós, senão todos, tem quando pensam a respeito do próprio Divino, daquilo que acreditamos realmente ser possível. Mas que de certo modo, se alguem dissesse que abriu o armário, e se deu com o 'sobre-natural' [sic] provavelmente todos duvidariamos; talvez, duvidariamos, a tal ponto, de abrir a porta do armario e não vermos nada. Ou então, como no inicio do Cronicas de Narnia, iriamos nos deparar com os animais de Narnia, inclusive o Leão, e seriamos incapazes de ouvir as vozes deles, apenas, grunitos, latidos, rangeres...
Outro aspecto, é quando a criança questiona, uma velha questão filosófica, "Ora, ora, se as coisas são verdadeiras, estão sempre onde devem estar." Não é este, de certo modo, implicitamente, a base do que imaginamos ser a Ciencia e o Método Cientifico? Tanto é que, apontamos como certo e verdadeiro, para aquilo que a Estatistica diz ser o mais ideal. "Sempre onde devem estar". Talvez esta seja a grande frustração dos homens modernos quanto não a religião em si, mas quanto a Deus, aos anjos, aos seres divinos. Talvez, uma frustração por não vê-los, ou por não senti-los quando vão a igreja, lêem a Bíblia ou oram... bem, talvez, algumas raras vezes. Olham e apenas vêem um guarda-roupa comum, sem uma luz no fundo que vem do lampião do bosque de Narnia, mas apenas um fundo de madeira compensada.
Até onde nossa imaginação não está presa? Sim, estamos escravos, quase como impedidos de imaginar, de crer, e - mais importante, talvez - de VER 'Nárnia'. Assim sendo, podemos estar cegos, e assim, deixamos de ver muitos fatos, realidades. E de maneira, ainda mais forte, ficamos cegos para o futuro, para a Esperança. Evitamos relacionamentos, evitamos grandes jornadas, aventuras, nos lançar a muita coisa, por temer o futuro, pois tudo o que vemos é o senso comum do armário comum, da porta fechada, de "estabilidade em primeiro lugar". Ora, temos que acreditar no que nosso olho vê, não é assim? Bem, já diria o budogue que seria o faro. E o que vemos senão a concupiscencia do mundo, a infinita jornada atrás da riqueza material, atrás do status academico e profissional, dos caros bens de consumos, de viagens caras por esse mesmo mundo (sim, é o mesmo e patético mundo). É isso o que vemos. Este é o nosso armário. Esta é a nossa esperança. Fora disso, somos tentados a simplesmente imaginar e acreditar: "É loucura!"
Acho que é isso. O mundo moderno talvez se resuma, em uma sociedade cega, uma sociedade incapaz de enxergar e acreditar em Nárnia.
04 janeiro 2011
O Encanto da Curiosidade
Ousado aventureiro, decida de uma vez:
Faça o sino vibrar e aguarde o perigo
Ou acabe louco de tanto pensar:
"Se eu tivesse tocado, o que teria acontecido?"
- Eu é que não entro nessa - disse Polly - Não quero ver perigo nenhum.
- Não adianta, Polly, não está vendo que agora é tarde demais? Já caímos na coisa. A gente vai passar a vida pensando o que teria acontecido se tivesse tocado o sino. Eu é que não quero ficar louco, pensando a vida inteira nisso. Eu, não!
- Não seja tão bobo. Que interesse pode ter o que teria acontecido?
- Quem chegou até este ponto, não tem mais saída: ou toca o sino ou fica maluco. É este o encantamento, você não entende? Já estou ficando empolgado... encantado...
C. S. Lewis, Cronicas de Narnia, cap. O Sino e o Martelo
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Isso renderia livros de filosofia! - Bravissimo, Lewis!
Faça o sino vibrar e aguarde o perigo
Ou acabe louco de tanto pensar:
"Se eu tivesse tocado, o que teria acontecido?"
- Eu é que não entro nessa - disse Polly - Não quero ver perigo nenhum.
- Não adianta, Polly, não está vendo que agora é tarde demais? Já caímos na coisa. A gente vai passar a vida pensando o que teria acontecido se tivesse tocado o sino. Eu é que não quero ficar louco, pensando a vida inteira nisso. Eu, não!
- Não seja tão bobo. Que interesse pode ter o que teria acontecido?
- Quem chegou até este ponto, não tem mais saída: ou toca o sino ou fica maluco. É este o encantamento, você não entende? Já estou ficando empolgado... encantado...
C. S. Lewis, Cronicas de Narnia, cap. O Sino e o Martelo
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Isso renderia livros de filosofia! - Bravissimo, Lewis!
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