Discordo um pouco desse vídeo no sentindo de se sujeitar a baixaria para fazer uma revolta e/ou crítica a uma injustiça. No meu ver é recorrer ao injusto para condenar o injusto. Pois logo, entramos num dilema: Quem merece a injustiça?
Pois bem, é um vídeo muito ilustrativo e didático, dando como exemplo o VW Gol 1.0, do assalto que é ao bolso do consumidor comprar um carro desse tipo. Que na verdade afeta toda a cadeia, o sistema. A grande questão é, um automóvel custa MUITO caro no Brasil. Por que? Porque é um dos principais meios pelo qual os ricos se enriquecem e roubam o dinheiro da população, e com a ajuda do Governo para isso.
Mais profundo que o vídeo apresenta, um dos grandes problemas da questão é: Lei do Mercado. Quando pensamos no mercado, é bem lógico o pensamento, suponha que você gastou 10 reais para montar um produto. E vende por 10 mil reais. Se um monte de pessoas compra, e ainda há um monopólia que a única opção das pessoas seja comprar, por que então você então diminuiria para 20 reais, e apenas ter 100% de lucro? É óbvio que não, ainda mais partindo da premissa de que não são honestos, ou pessoas buscando um preço justo e o melhor para o próximo e o todo. Pois, quando se pensa nisso em larga escala, os maleficios dessa ULTRA-CONCENTRAÇÃO DE PODER é imenso.
Qual seria o único modo de mudar isso? Simples: PARE DE COMPRAR CARRO ZEROS. Ou peça que barateiam pelo menos uns 40% (o que é pouco). E se isso crescer no Brasil, de modo que o número dos que compram começam a diminuir o lucro dessas montadoras e concessionárias; então eles iriam naturalmente diminuir o valor.
Recomendo aqui uma solene conversa sobre influencias da mídia. É uma modesta conversa sobre pequenas influencias das produções midiáticas, de modo a não sermos fantoches, ou seja, os passivos, mas os ativos, controlarmos o que vemos para não perdermos a sensibilidade e distinção entre o que é bom e o que não é, o que é lixo e o que é realmente bom e louvável. Que cada um possa fazer suas reflexões.
Nesta segunda parte, sobre Mensagens Sublimares utilizadas nas mídias.
Estou lendo a densa obra "O Desejado de Todas as Nações", escrito por Ellen G. White. É uma densa obra falando sobra a vida de Jesus Cristo, pensamentos sobre a Sua vida e suas mensagens dadas a toda humanidade.
Ainda não o terminei, todavia, muitas coisas já pensei, muitos pensamentos já fui provocado. E um deles que me parecem mais estranhos é o de que apesar de haverem muitas religiões que se dizem cristãs e muitos professos cristãos. Ou seja, 'seguidores de Cristo' (ou seja, de Jesus Cristo). O que menos se ver é uma reflexão desses sobre Ele, sobre Seus ensinamentos, quanto mais o realmente seguir.
Um dos grandes destaques sobre a Vida dEle, é que Ele foi diferente de qualquer lider que podemos pensar na História. Multidões foram a Ele, mas em geral, por interesses próprios. Muitos o seguiam, pois acreditavam - através de percepções erroneas das Escrituras e dos lideres religiosos - que Ele viria aqui na Terra par trazer a eles bênçãos para o agora, coisas terrenas. Uma das mais comuns e fortes era a de que Ele iria libertar Israel do dominio de Roma, e não só isso, mas que governaria Israel, e que assim, através dEle Israel dominaria o mundo. De modo, que todos eles, de dominados, passariam a ser dominadores. E muitos se apagavam a Ele, acreditando que por se mostrarem mais próximos e mais efetivos, tais iriam receber honras especiais. Por fim, todos estavam buscando prosperidade, riquezas, glórias, poder terreno. Eram ambições que moviam os corações deles.
Chegou num certo ponto quais essas multidões acreditavam ser "é agora ou nunca", e neste momento Jesus deu um basta. Mostrando a tais que não era isso. E que além disso, disse o que realmente era. Dizendo que a nua e crua palavra da verdade, de que eles precisavam morrer para o eu, para as próprias ambições, egoismos, serem humildes, arrependerem dos seus erros. E que mais ainda, que deveriam seguir os passos dEle, o exemplo dEle. Mas isto não agradava a ninguém, pois Jesus vivia como um semi-mendigo, quase como um morador de rua, que não tinha onde repousar a cabeça, que apenas tinha as próprias humildes vestes, era feio, vivia andando pra cá e para lá, e não vivia para si, mas vivia atendendo as pessoas, ajudando elas, consolando; não era uma vida de extravagancia, de posses, de riquezas, ou qualquer coisa do tipo, era uma vida de luta, e que sofria forte oposição de grande parte da sociedade, sobretudo os lideres da nação. Ou seja, NINGUÉM SUPORTARIA VIVER como Jesus, ser quem era Jesus. A multidão NÃO QUERIA SER COMO JESUS. Mas por que O seguiam? Porque acreditavam que tudo iria mudar, que isso era apenas por pouco tempo, até Ele dominar tudo, e elevar Israel a uma condição de Nação soberana que dominaria tudo e a todos; e ai, todas as suas ambições se concretizariam.
Quando Jesus deixou bem claro que estavam enganados. E o que Ele estava propondo eram que vivessem ao Seu exemplo. E que as suas promessas de uma 'vida melhor' - digamos assim - não estava aqui, mas na vida futura, na Casa de Seus Pai. Diante disto:
"Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?"
João 6:60
E após isto, muitos o abandonaram. De modo que Ele até perguntou para os seus discípulos próximos, se estes também não queriam ir. ...
O que dizer do Cristianismo de hoje, comparado ao discurso de Jesus Cristo?
O discurso que temos ouvido de muitos supostos cristãos tem sido o discurso de Jesus realmente, ou o discurso da multidão?
Temos ouvido o Cristianismo do próprio Jesus, ou o Cristianismo que as multidões desejaram?
Compartilho meu pensamento quanto a um recente questionamento no forum Adventista no Orkut:
A igreja está morta?
Aqui é bom pensar no que significa, em primeiro lugar, igreja. Igreja é o povo de Deus. Alguns estão adormecidos e irão despertar; outros estavam vivos e morreram na fé; e outros, mesmo que talvez poucos, estão mais vivos do que nunca na fé.
O povo de de Deus, a Igreja de Deus, está distribuida pelo mundo, em diversas religiões, sendo a Adventista uma delas. Até entre os ateus há alguém da igreja de Deus, que nem sabe.
Mas se formos voltar o pensamento ao passado, os próprios discipulos interrogaram a Jesus perguntando porque tão poucos aceitam, há tanto trabalho a fazer mas há tão poucos trabalhadores. Poderíamos dizer naquela época, a Igreja Judia está morta? E qual foi a resposta do Mestre? Ele disse, que muitos são chamados mas poucos aceitam. Pois estreito é o caminho que leva para vida a eterna e poucos entrarão por ali, mas largo é o caminho que leva para a morte e, infelizmente, é o escolhido pela maioria.
Está regra de proporção baixissima dos vivos na fé, se segue para todas as religiões, e tempos, em todo lugar do mundo e História. Inclusive hoje na IASD. Infelizmente, há lugares que há proporção de mortos é ainda pior, como no caso de alguns lugares na Europa, há estimativas de que em muitas cidades e até mesmo países, se há a ultima geração de cristãos.
Agora se formos pensar na Igreja como uma Instituição. Ela já entrou na sua fase mais 'empresarial' como qualquer outra instituição seja religiosa, financeira, politica... que se torna mais estavel, e tem um indice de crescimento bem pequeno comparado ao mais exponencial em seu inicio, quase que convergente para uma assindonta horizontal (matematicamente falando); e com isto pode também cair, é a tendencia hoje e do futuro: perder essa força de crescimento e cair.
Por isso, temos que pensar não na instituição, mas em cada individuo dentro desta igreja. Temos que procurar esquentá-la, tacar Fogo na Laodicéia (Apoc.3). Mas para isso, para podemos tacar fogo nos nossos amigos e companheiros e esquentar outros, primeiro precisamos esquentar nós mesmos com o calor do amor de Deus.
Lembrando que o calor de uma igreja não são os fogos de artificios, o quão alto é uma música, o quão popularesco seus eventos, o quão emotivos e lotados, seus cultos. Como certa vez EllenG.White colocou: os cultos de oração, os mais humildes, singelos e simples, estes sim, são o TERMOMETRO da igreja. Pois a verdadeiro religião não se consiste nos atrativos, mas no impeto do individuo quando não há atrativos. A verdadeira religião não se mede na fortuna dos bolsos, no tamanho e decoração do templo, da beleza exterior dos membros, nas suas roupas, frisado de cabelos, nivel intelectual, diploma acadêmico, ou emprego... mas SIM, o quão o individuo possui do caráter de Jesus Cristo. Este deve ser a verdadeira beleza de cada um, o verdadeiro atrativo: o caráter de Cristo Jesus revelado na vida, nos pensamentos, nos atos, no coração; e não em quão agitada e cheia pode parecer uma congregação.
Acredito que por ser matemático, tenho um encanto especial por música. Não só porque, de forma consistente, o estudo e desenvolvimento da música só veio a partir de matemáticos, como Pitágoras e a criação da escala pitagórica. Mas porque uma música se trata de lidar com uma quantidade enorme de variáveis; em primeiro lugar, na composição. Tomo por exemplo a 9ª Sinfonia de Beethoven. Uma música de aproximadamente 1 hora. Todavia, a música é um GRANDE LIVRO DE MATEMÁTICA. Por que digo isso?
- 7 anos foi o tempo aproximado da sua composição [você faz idéia de quantas páginas e notas há neste enorme livro?];
- Orquestração próximo de 30 instrumentos (pois na época alguns instrumentos necessitavam de várias afinações, pois no caso dos trompetes, não havia pistos ainda)
- 4 solistas + 4 vozes coral.
Ou seja, pensando apenas a composição num aspecto vertical, são em torno de 38 vozes. Matematicamente falando, só por aí, seria uma função de 38 variáveis. Mas não é só isso, na verdade este não é nem o começo; possuem as diversas dinâmicas, os tempos, os andamentos, as harmonias. Eu diria que, POR BAIXO, gira em torno de 50 variáveis.
50 VARIÁVEIS!!! É coisa pra caramba! Ou seja, a cada passo horizontal, a cada nota (em 1 hora de música) o compositor lida com 50 variáveis, no caso Beethoven. Claro, se usarmos outro exemplo, como Gustav Mahler na 8ª Sinfonia, apelidada de (A Sinfonia dos Mil). Qual apenas de orquestração temos algo em torno de 85 vozes!!! Somando instrumentos melódicos, órgão, percussão e vozes cantadas. É algo absurdamente de proporção gigantesca!!! Aliás, eu mesmo, não saberia dizer algo na Engenharia que foi feito lidando com tantas variáveis.
Claro, estou falando do lado da música erudita, qual tem essa grandeza gigante, diferente de uma música popular, qual o número de variáveis se reduz grandemente, inclusive o tempo de composição (algumas composições, mal passam de 10 páginas).
Mas destaco que ainda há outro aspecto da música. Não são apenas tais variáveis. No caso de Beethoven, não são apenas 50. Pois isto é apenas quanto a composição, o que está no papel. Há o aspecto da execução. A execução da música é a parte mais complexa de todas. Pois além dessas 50 variáveis, para cada instrumento há um subconjunto com um leque enorme de variáveis; variáveis, quais cada instrumentista, a principio, tem que dominar e ter na ponta da língua com horas e mais horas, dias e mais dias, meses e mais meses, anos e mais anos de estudos.
Acredito ter um pouco de autoridade para falar apenas do trompete. E para tal eu digo que existem muitas variáveis particulares. Além do instrumento (de certo modo, cada instrumento é único, cada um tem sua peculiaridade, sua cor, sua textura sonora... um instrumento com um leadpipe reverso por exemplo, ajuda numa resposta mais rápida do som, e diminui a resistência interna da coluna de ar, fazendo com que isso há mais facilidade e controle do instrumentista para fazer legatos e trabalhar a região aguda, todavia, ao mesmo tempo, em geral, diminui um pouco o brilho do som e a capacidade de volume sonoro que se pode produzir nos afinados em si bemol), bem, além disso, há a sua língua, a qual é um verdadeiro pincel, qual você pincela como serão entoadas as notas, ou articuladas, além disso há os bocais, uma coleção enorme de bocais (mouthpiece), qual cada um produz um timbre peculiar, e possuem também suas variáveis peculiares de uso - um bocal com um diâmetro de 3mm menor ou maior faz uma diferença absurda). Além disso, há questões como respiração, onde respirar, quanto de ar soltar naquele trecho, naquela nota, como fazer o crescendo, como controlar sua musculatura da respiração e da embocadura... além da embocadura, como deixar os lábios. As vezes, numa frase mais clara ou animada, fazemos um leve sorriso para deixar a nota mais 'apertada' e 'brilhante' (sai um som levemente mais animadinho).
Ou seja, cada instrumentista, cada músico envolvido, inclusive do coral, precisam lidar com mais uma grande quantidade de variáveis. E por fim, temos a regência. O Maestro que é quem vai coordenar tudo isso, é ele que vai lidar com todo esse conjunto enorme de variáveis; a condução das partituras, a execução dos músicos, e de modo, que tudo isso soe a poesia, a expressão daquela música. Sim, um maestro tem que lidar com centenas de variáveis, por isso, eles ficam meio loucos, e praticamente, tem uma vida inteiramente dedicada a música, ficam o dia inteiro analisando partituras, pensando, ensaiando e exigindo mínimos detalhes de cada músico; pois por mais que ensaiam horas e mais horas, é preciso lidar com tudo isso para soar perfeito em tempo real.
Qual a grande diferença, acima de tudo, de um músico, ou um maestro de uma matemático? Bem, um matemático, a principio, funciona como algo lento, que não usa/faz matemático em tempo real. Ele é mais quem prepara a matemática para ser usada em tempo real. E esse tempo real de uso, já definido por ele, vai ser, normalmente, executado por um programa de computador, que ele ou alguém programou, para fazer aquilo que ele produziu anteriormente. Já o músico, não, é preciso fazer essa produção em tempo real; tem que lidar com essa quantidade imensa de variáveis rapidamente. E isso, durante uma música, algo rápido, exige muito, em especial da mente. A mente de um músico acelera, parece que o 'tempo' aumenta, o que é 1 segundo para uma pessoa comum, para um músico se torna um grande período de tempo, no qual ele pensa em muita coisa; toca uma nota lendo já vários compassos a frente, olha para a nota e já pensa em mil maneiras de tocá-la, em como está soando o conjunto, no tempo, para sair no tempo certo, em harmonizar o som... são tantas coisas; e isto, numa fração de segundo. Claro, não tem como pensar em tudo em tão pouco tempo, por isso é necessário tantas horas de estudos, repetições e treinos, para fazer com que muito dessas questões sejam automaticamente resolvidas como um extinto, de tamanha influência.
De certo modo, um dos grandes prazeres do músico para com a música é exatamente este, em conseguir resolver uma função de muitas variáveis. Mas, claro, há ainda muito mais coisas. Muito mais! Além dos sentimentos, emoções, impressões e idéias que a música podem produzir. Além disso, da união que promove entre tantas pessoas que ao invés de competirem, se unem por um objetivo comum. Além disso, o de poder compartilhar, isto, que faz da música ter sentido, e não ser lastrada como um mero engano. A Música que Inebria a alma. No meu ver, a música é o maior instrumento filosófico e educativo que existe. Acredito que poderíamos dizer: "Diga-me que músicas você gosta de ouvir, e eu direi quem tu és." Mas isto é assunto para um outro post.
Para presentear, e como uma referência desta imensidão de complexidade, disponibilizo a integra da Sinfonia dos Mil de Mahler.
Já dizia a Lei de Deus. Nossas ações afetam nossos descendentes, as próximas gerações; seja em aspectos educativos, financeiros, onde escolhemos viver e construir nossa vida, a filosofia de vida e/ou religião que vivemos; mas em especial, temos a alimentação. Muito de nossa saúde é consequencia dos atos de nossos antepassados.