Testemunho da conversao do Ateismo para o Cristianismo do renomado Prof. de Zoologia da Universidade de Cape Town Walter Veith. E criador da serie Amazing Discoveries.
30 abril 2011
24 abril 2011
Refrigério
Sexta-feira fui ter um contato com a natureza, numa trilha em Rio Grande da Serra. Ali em meio a natureza, longe da cidade, no meio do mato, num lugar de aspecto natural e em plena atividade. E uma pergunta me veio a mente: "POR QUE?" Por que vale a pena vir aqui? Que proveito tiro disso? O que esse lugar, essa experiencia tem a me oferecer? E refleti. Tentei observar e refletir isso em toda a jornada, e mesmo depois. E cheguei a algumas conclusões.
1. O Confronto
De certo modo, isso sempre acontece comigo. Normalmente no dia antes, ou poucas horas antes de ir acampar ou fazer uma trilha. Como normalmente fico grandes períodos, alguns meses entre essas atividades, apenas na cidade, na correria a cidade, no comodismo da cidade. Que comodismos seriam esses? Ora, bancos. Comida. Conforto. Ruas e calçadas. Onibus, carros. Casas confortáveis, sofas, cadeiras. Entretenimentos. Entre tantos outros. Bem, de algum modo eu me acomodo a essas coisas, 'a vida urbana'. E ai quando penso em "mato", isso reage como um certo confronto a minha vida, ao meu estilo de vida, ao modo como meu estilo de vida, pensamentos, vida social, hábitos, rotina diária e perspectivas, inclusive gostos e habitadas, estão enraizados. Pois ora, estou acostumado a andar por ruas e calçadas, chão reto, estável e sólido. E não por pedras, terra, e cascalho. E nesses momentos há sempre uma tentação a desistir do confronto, em nome do conforto de se acomodar com a situação. Mas acredito que acomodar-se ao conforto é sempre uma tentação ruim, que visa a nos enfraquecer. Ou como diz o professor Willian de abdominal "Tem que queimar." Então, mesmo que meio a contradição, eu escolho por ir, nem que seja apenas para evitar essa comodidade. Como na Festa dos Tarbernaculos dado ao povo de Israel, para relembrar-se, sentir na pele, um pouco da proteção que tiveram durante a peregrinação no deserto do Sinai.
2. O Frescor da Natureza
Há algo que apenas estando lá, no meio da natureza é que ocorre. É sentir o seu frescor. A temperatura ambiente praticamente estavel, o ar que vai muito mais além do que umidade. De algum modo aquele ar penetra em nossa pele, nos fortalece, nos desperta, nos dá um vigor, energia, nos empolga. Dá algum tipo de tranquilidade, limpeza, energia para pensar e agir. É uma sensação que logo de inicio te faz se sentir bem, de um modo unico, te faz se sentir realmente vivo; é como se a todo o tempo, era este o lugar que realmente você gostaria de estar; sentir esse 'frescor'.
3. O Visual
Ao nos depararmos com as matas, aqueles tons verdes e extremamente densos de quantidade de galhos, folhas, flores, formas nossa mente, já é de algum modo muito despertada. Algo que não ocorre na cidade, talvez, raramente, quando vemos um construção, um prédio magnifico, ou um monumento, ou grande tela de arte; mas ali na mata, essa provocação a não ver o comum, ocorre a todo instante para onde quer que olhe, em todas as direções. Na cidade, estamos acomodados a formas geométricas regulares, com muitas retas, planos, angulos retos, prédios, casas, ruas, avenidas, postes, carros. Basicamente é isto o que sempre vemos. Mas na mata é diferente. É impressionante. Há uma variedade infinita de formas, e coisas diferentes. Não é monótono! Não é como olhar para a TV, ou para a tela do computador, ou para a parede ou teto de nosso quarto. Para onde você olha é uma imagem totalmente diferente, mesmo formado pelas mesmas espécies de plantas. Além disso, há o rio, que nunca se parece ao córrego, mas sempre formas diversificadas, variadas, impressionantes, é sempre diferente, é tudo diferente, as pedras, várias diferentes, e sempre as formas, o posicionamento, são diferentes, as formas variadas como o rio corre, é tudo diferente. Ao mesmo tempo que se vê a vida. É muita planta e árvore, de algum modo, parece que estamos vendo a vida, eles se movem. Não é um ambiente mórbido como nas cidades, onde praticamente só se tem humanos de vivos, e algumas (raras) arvores, passaros, cachorros e gatos. E sempre estamos vendo tudo isso. Que de algum modo nos impressiona e nos estimula a interagir de algum modo com esse ambiente, e nos faz sentir vivos.
4. O som da natureza
O que ouvimos na cidade? Uma certa mistura de eletronicos, com TV, músicas, carros, businas, caminhões, freios, pessoas fazendo barulho. As vezes nem nos damos conta desse barulho. Mas basta comparar como o ambiente naturalmente fica muito mais silencio a noite. Fora quando não estamos dentro de um onibus, locais publicos, entre tantos outros. Já na mata isso tudo é muito diferente. Não é um silencio, mas algum tipo de música. É uma especie de sinfonia da natureza. O som das folhas balançar de forma sutil a cada rajada de vento, mais outros insetos com seus sons peculiares que parecem vir de todos os lugares mas nunca próximo, o som das águas correndo e se chococando com as pedras. Tudo isso é como uma música. Mas não uma música tocada com o intuito de nos seduzir, tomar o nosso tempo e atenção; mas pelo contrário, parece que essa canção não está nem aí se estamos ouvindo ou não, mas ao mesmo nos satisfaz, nos dá alguma percepção de tranquilidade e esperança; e nos estimula a pensar, mas pensar sem ansiedade, sem temor ou preocupação, como se tudo estivesse resolvido, o todos os nossos problemas fosse insignificante, pois pode acontecer o que for, a música continuaria.
5. Simplicidade
É incrivel. Mas tudo ao redor é complexadamente simples. De certo modo não há ornamentos. A natureza não tenta aparentar uma coisa que não é. Não há ambições. Não vemos algum tipo de violencia entre uma arvore maior e mais robusta para com uma pequena moita. Já na cidade este tipo de situação está sempre presente nas pessoas. Nos carros, BMW e um fusca antigo. Vemos mulheres modelos e barangas. [como é imposto socialmente] Vemos ricos e pobres. E sempre há algum tipo de violencia entre tais, nesse sentido de imposição de status, querendo se destacar, o homem querendo se dizer ser algo especial além do comum. Na natureza não vemos isso. Mas a simplicidade. A mais grossa da simplicidade. Aquela com a qual Salomão comparou ser a veste da flor. E de algum modo essa simplicidade nos contagia ali na natureza de um modo unico, que nos faz, sem nem mesmo querermos, a nos conhecer melhor, e aos nossos próximos. Nos faz ver, que não somos mais altos, mais bonitos, mais ricos, mais inteligentes, mais algo do que os outros, ou menos; mas somos todos apenas humanos. "Filhos de Adão", como diria Aslam.
6. Habilidade
A comodidade da cidade, de algum modo frustra o nosso fisico. Nos fazendo tender ao sedentarismo, ao cumulo de pança, entre outros. Que utilidade tem nossos braços? Se for pensar no dia-dia, a maioria são movimentos simples, basicamente para pegar coisas um copo, sabonete, lapis, celular, ou então teclar, e cumprimentar. As pernas? Pisar no pedal do carro e andar, andar sobre linhas plantas e retas e escadas bem definidas. Tudo isso levando a um certo tédio desses movimentos. Quais só sentimos um pouco de prazer, quando forçamos em atividades fisicas - normalmente esportes - a usá-los de modo mais desafiador. Numa trilha, há sempre um desafio aos nossos movimentos. Um desafio ao nosso equilibrio, a nossas pisadas, caminhar, há semrpe obstaculos que na maioria das vezes temos que fazer muitos movimentos com braços entre outros que nunca fariamos numa cidade. Nisso ocorre toda uma descoberta, uma sensação de prazer, e uma atividade fisica de modo único, que deixa no chinelo qualquer academia. Você se vê de algum modo incrivel, percebe que pode fazer coisas que nunca pensou que não conseguiria, percebe o quanto de coisas incriveis seu corpo é capaz, e como seus braços são úteis, e quantos movimentos você pode fazer para se locomover, ao invés de sempre andar do mesmo modo.
7. Necessidade
Sentimos na pele, e aprendemos a valorizar o alimento e a água. Percebemos na pele é quão é necessário. E sentimos gratos por tê-lo. Ao invés de na cidade, onde podemos ter acesso a qualquer esquina. Ali no meio da selva, percebemos que isso realmente é luxo. E o alimento tem um sentido real de necessidade de sustento, ao invés de se comer meramente por ansiedade e prazer, como é comum na cidade. Pois de certo modo, a atividade fisica te sacia a fome, mas a desperta pela necessidade de energia.
8. Conhecer Pessoas
Ali, todos estão sobre as mesmas condições, de certo modo. E quanto um mais colaborar com o outro melhor. De algum modo as pessoas tendem a ajudar os outros, a segurar a mão para subir uma pedra, ou passar por um lugar mais escorregadio. Além disso, há um bom tempo, para conversarem enquanto se distraem com o lugar, o percurso. E muitas vezes se vê como as pessoas tendem a reagir na necessidade, ou situações incomodas da vida, ou então de perigo. Pois é dificil conhecer as pessoas na cidade, na comoda vida quando 'tudo vai bem', as pessoas tendem a ser muito parecidas. Mas quando são realmente provocadas, passam por tais provas, conseguimos descobri-las melhor.
9. Nos faz pensar
Na vida. Na familia. Nos amigos. No trabalho. Em quem somos. O que fazemos. Propósito de vida.
10. Nos convence
De algum modo surpreende, a Natureza nos convence de algum modo, como se emanasse para nós. De que que... Bem. Preciso dizer?
1. O Confronto
De certo modo, isso sempre acontece comigo. Normalmente no dia antes, ou poucas horas antes de ir acampar ou fazer uma trilha. Como normalmente fico grandes períodos, alguns meses entre essas atividades, apenas na cidade, na correria a cidade, no comodismo da cidade. Que comodismos seriam esses? Ora, bancos. Comida. Conforto. Ruas e calçadas. Onibus, carros. Casas confortáveis, sofas, cadeiras. Entretenimentos. Entre tantos outros. Bem, de algum modo eu me acomodo a essas coisas, 'a vida urbana'. E ai quando penso em "mato", isso reage como um certo confronto a minha vida, ao meu estilo de vida, ao modo como meu estilo de vida, pensamentos, vida social, hábitos, rotina diária e perspectivas, inclusive gostos e habitadas, estão enraizados. Pois ora, estou acostumado a andar por ruas e calçadas, chão reto, estável e sólido. E não por pedras, terra, e cascalho. E nesses momentos há sempre uma tentação a desistir do confronto, em nome do conforto de se acomodar com a situação. Mas acredito que acomodar-se ao conforto é sempre uma tentação ruim, que visa a nos enfraquecer. Ou como diz o professor Willian de abdominal "Tem que queimar." Então, mesmo que meio a contradição, eu escolho por ir, nem que seja apenas para evitar essa comodidade. Como na Festa dos Tarbernaculos dado ao povo de Israel, para relembrar-se, sentir na pele, um pouco da proteção que tiveram durante a peregrinação no deserto do Sinai.
2. O Frescor da Natureza
Há algo que apenas estando lá, no meio da natureza é que ocorre. É sentir o seu frescor. A temperatura ambiente praticamente estavel, o ar que vai muito mais além do que umidade. De algum modo aquele ar penetra em nossa pele, nos fortalece, nos desperta, nos dá um vigor, energia, nos empolga. Dá algum tipo de tranquilidade, limpeza, energia para pensar e agir. É uma sensação que logo de inicio te faz se sentir bem, de um modo unico, te faz se sentir realmente vivo; é como se a todo o tempo, era este o lugar que realmente você gostaria de estar; sentir esse 'frescor'.
3. O Visual
Ao nos depararmos com as matas, aqueles tons verdes e extremamente densos de quantidade de galhos, folhas, flores, formas nossa mente, já é de algum modo muito despertada. Algo que não ocorre na cidade, talvez, raramente, quando vemos um construção, um prédio magnifico, ou um monumento, ou grande tela de arte; mas ali na mata, essa provocação a não ver o comum, ocorre a todo instante para onde quer que olhe, em todas as direções. Na cidade, estamos acomodados a formas geométricas regulares, com muitas retas, planos, angulos retos, prédios, casas, ruas, avenidas, postes, carros. Basicamente é isto o que sempre vemos. Mas na mata é diferente. É impressionante. Há uma variedade infinita de formas, e coisas diferentes. Não é monótono! Não é como olhar para a TV, ou para a tela do computador, ou para a parede ou teto de nosso quarto. Para onde você olha é uma imagem totalmente diferente, mesmo formado pelas mesmas espécies de plantas. Além disso, há o rio, que nunca se parece ao córrego, mas sempre formas diversificadas, variadas, impressionantes, é sempre diferente, é tudo diferente, as pedras, várias diferentes, e sempre as formas, o posicionamento, são diferentes, as formas variadas como o rio corre, é tudo diferente. Ao mesmo tempo que se vê a vida. É muita planta e árvore, de algum modo, parece que estamos vendo a vida, eles se movem. Não é um ambiente mórbido como nas cidades, onde praticamente só se tem humanos de vivos, e algumas (raras) arvores, passaros, cachorros e gatos. E sempre estamos vendo tudo isso. Que de algum modo nos impressiona e nos estimula a interagir de algum modo com esse ambiente, e nos faz sentir vivos.
4. O som da natureza
O que ouvimos na cidade? Uma certa mistura de eletronicos, com TV, músicas, carros, businas, caminhões, freios, pessoas fazendo barulho. As vezes nem nos damos conta desse barulho. Mas basta comparar como o ambiente naturalmente fica muito mais silencio a noite. Fora quando não estamos dentro de um onibus, locais publicos, entre tantos outros. Já na mata isso tudo é muito diferente. Não é um silencio, mas algum tipo de música. É uma especie de sinfonia da natureza. O som das folhas balançar de forma sutil a cada rajada de vento, mais outros insetos com seus sons peculiares que parecem vir de todos os lugares mas nunca próximo, o som das águas correndo e se chococando com as pedras. Tudo isso é como uma música. Mas não uma música tocada com o intuito de nos seduzir, tomar o nosso tempo e atenção; mas pelo contrário, parece que essa canção não está nem aí se estamos ouvindo ou não, mas ao mesmo nos satisfaz, nos dá alguma percepção de tranquilidade e esperança; e nos estimula a pensar, mas pensar sem ansiedade, sem temor ou preocupação, como se tudo estivesse resolvido, o todos os nossos problemas fosse insignificante, pois pode acontecer o que for, a música continuaria.
5. Simplicidade
É incrivel. Mas tudo ao redor é complexadamente simples. De certo modo não há ornamentos. A natureza não tenta aparentar uma coisa que não é. Não há ambições. Não vemos algum tipo de violencia entre uma arvore maior e mais robusta para com uma pequena moita. Já na cidade este tipo de situação está sempre presente nas pessoas. Nos carros, BMW e um fusca antigo. Vemos mulheres modelos e barangas. [como é imposto socialmente] Vemos ricos e pobres. E sempre há algum tipo de violencia entre tais, nesse sentido de imposição de status, querendo se destacar, o homem querendo se dizer ser algo especial além do comum. Na natureza não vemos isso. Mas a simplicidade. A mais grossa da simplicidade. Aquela com a qual Salomão comparou ser a veste da flor. E de algum modo essa simplicidade nos contagia ali na natureza de um modo unico, que nos faz, sem nem mesmo querermos, a nos conhecer melhor, e aos nossos próximos. Nos faz ver, que não somos mais altos, mais bonitos, mais ricos, mais inteligentes, mais algo do que os outros, ou menos; mas somos todos apenas humanos. "Filhos de Adão", como diria Aslam.
6. Habilidade
A comodidade da cidade, de algum modo frustra o nosso fisico. Nos fazendo tender ao sedentarismo, ao cumulo de pança, entre outros. Que utilidade tem nossos braços? Se for pensar no dia-dia, a maioria são movimentos simples, basicamente para pegar coisas um copo, sabonete, lapis, celular, ou então teclar, e cumprimentar. As pernas? Pisar no pedal do carro e andar, andar sobre linhas plantas e retas e escadas bem definidas. Tudo isso levando a um certo tédio desses movimentos. Quais só sentimos um pouco de prazer, quando forçamos em atividades fisicas - normalmente esportes - a usá-los de modo mais desafiador. Numa trilha, há sempre um desafio aos nossos movimentos. Um desafio ao nosso equilibrio, a nossas pisadas, caminhar, há semrpe obstaculos que na maioria das vezes temos que fazer muitos movimentos com braços entre outros que nunca fariamos numa cidade. Nisso ocorre toda uma descoberta, uma sensação de prazer, e uma atividade fisica de modo único, que deixa no chinelo qualquer academia. Você se vê de algum modo incrivel, percebe que pode fazer coisas que nunca pensou que não conseguiria, percebe o quanto de coisas incriveis seu corpo é capaz, e como seus braços são úteis, e quantos movimentos você pode fazer para se locomover, ao invés de sempre andar do mesmo modo.
7. Necessidade
Sentimos na pele, e aprendemos a valorizar o alimento e a água. Percebemos na pele é quão é necessário. E sentimos gratos por tê-lo. Ao invés de na cidade, onde podemos ter acesso a qualquer esquina. Ali no meio da selva, percebemos que isso realmente é luxo. E o alimento tem um sentido real de necessidade de sustento, ao invés de se comer meramente por ansiedade e prazer, como é comum na cidade. Pois de certo modo, a atividade fisica te sacia a fome, mas a desperta pela necessidade de energia.
8. Conhecer Pessoas
Ali, todos estão sobre as mesmas condições, de certo modo. E quanto um mais colaborar com o outro melhor. De algum modo as pessoas tendem a ajudar os outros, a segurar a mão para subir uma pedra, ou passar por um lugar mais escorregadio. Além disso, há um bom tempo, para conversarem enquanto se distraem com o lugar, o percurso. E muitas vezes se vê como as pessoas tendem a reagir na necessidade, ou situações incomodas da vida, ou então de perigo. Pois é dificil conhecer as pessoas na cidade, na comoda vida quando 'tudo vai bem', as pessoas tendem a ser muito parecidas. Mas quando são realmente provocadas, passam por tais provas, conseguimos descobri-las melhor.
9. Nos faz pensar
Na vida. Na familia. Nos amigos. No trabalho. Em quem somos. O que fazemos. Propósito de vida.
10. Nos convence
De algum modo surpreende, a Natureza nos convence de algum modo, como se emanasse para nós. De que que... Bem. Preciso dizer?
19 abril 2011
Todo Crente e Lider de Igreja Precisa Ver
O pior de tudo com este incrível vídeo. É que provavelmente, os que o virem irão gostar apenas por uma coisa "Porque é chocante." Porque a mensagem é dura, porque a música é obstinada, porque os pastores pregam com uma grande voz bem intensa, sensacional. Mas o que eles disseram mesmo? E a mensagem? É bem provavelmente que a essa altura, se já terminou de ver o vídeo, a mensagem já não esteja gravada. Pois esse video em si é um tipo de entretenimento, um palco de um grande discurso, que termina num "ohhh!", mas não num coração quebrantado. Entra por um ouvido e sai pelo outro.
A contemplação transforma. E é pela contemplação que sois transformados. Não é vendo um filme de 10 minutos que irá mudar a sua vida. Mas apenas se nos próximos minutos, horas, dias, você ainda contemplar em sua mente tal mensagem, tais pensamentos, e se exercitar, mover, pesquisar, trabalhar, em função e na direção daquilo que ela provoca e indica.
É quase desanimador querer comentar este video, mesmo a pedido de meu amigo. Pois "muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos". Poucos são os que darão ouvidos. Praticamente já possuem uma rotina, e tudo que esse video realmente tem a oferecer vai contra essa rotina. E nessa rotina inclui "aproveitar a vida", "curtir a vida", "o melhor da vida", se divertir e entreter neste mundo, comento, bebendo e gastando seu suado dinheiro embaixo do sol. Rir. Rir muito. Rir enquanto o mundo caminha para o inferno.
As pessoas estão ansiosas e nós rimos. As pessoas devoram quilos de chocolate, café, bebidas, por estarem ansiosos e nós rimos. Pois o que importa são os hormônios do prazer. É duro. Como diria Isaías: "Mas quem deu ouvidos a nossa pregação?"
Ora, a igreja que era para ser chamada de "Casa de Oração", talvez possa ser chamado de qualquer coisa, menos de casa de oração. Pois o que menos fazem ali, e quando fazem, rapidamente, é orar. A oração está tão ausente da rotina dos cristãos, que a maioria não 'aguenta' (como se fosse uma penitencia orar) 5 minutos. Ao meu ver se tornou mais algum tipo de "Casa de Espetáculos" com temas cristãos. São peças teatrais. São grandes discursos com pessoas de grande notória, e na maioria das vezes, sofistas. São muitas coisas para se 'interagir' como levantar mãos, bater palmas, "falem amém." (e o povo responde: "Amém!" - De onde tiraram isso?). E talvez, o principal, os espetáculos e shows de música. Não. Não são músicas para meditar. Músicas profundas. Músicas provocantes e inquietantes para a nossa alma. Como uma sinfonia de Bruckner. Mas pelo contrário. Algo para discontrair, mobilizar, encher de emoção, agitação, algo que tem que lembrar Jazz, Rock, aquilo que chamam de "Black Music", "Sool". Por que? Porque é "huuuuooooolllll". Introspecção? Reflexão? Não! Isso é chato! É coisa de velho. Vamos sair. É cinema em casa com pizza hoje a noite. Topa?
Dizem que é para evangelizar? Não. Não me digam isso. É apenas um disfarce. É trocar um prazer por um semelhante. Um cara gosto de fazer x e y para ter w e z, mas fora da igreja. Ai os caras tentam "atrair" e "oferecer" uma religião, no qual podem fazer um x' e um y' para ter w e z. E as vezes, tentam produzir, ou convencer que haverá um 2w e um 3z ali. Mas não é uma mudança, no qual todas essas coisas são jogadas no pó da terra, num mundo perecível. Falam de Jesus, mas de um Jesus secularizado. De um Jesus vaidoso. Um Jesus com a imagem de principe e rei, de longos cabelos lisos, rosto bonito bem proporcional, barba bem feita, sorriso impecável que passou por muitos clareamento, e claro, grandes e simpáticos olhos azuis, sempre bem vestido com suaves mantos limpos e claros, sem uma imenda, e sempre sorridente. Mas não o Jesus da Biblia, o simples, humilde e rustico carpinteiro que só tinha as próprias vestes (alguns dizem que até a sua voz, apesar de mansa e suave devia ser desafinada e não bem articulada), não tinha onde reclinar a cabeça e cair morto, o qual era feio, muito feio, que não tinha nada em sua aparencia que era atrativo. Uma vida de andarilho, perseguido e com difíceis companhias, muitos apenas interesseiros. Que por 30 anos, de certo modo vivel como um zé ninguem, desconhecido, apenas admirado pela comunidade local, pelos mais próximos e seu conhecimento da Palavra de Deus. Alguem que sabia que ia morrer, e sabia até exatamente quando. Como alguem com cancer que é desenganado. E esta certeza de seu sofrimento e morte estava sempre claro para ele. Era perseguido. E passou 40 dias isolado socialmente sem nenhum tipo de conforto e comodidade. Talvez, pouco ou nunca viu uma pela teatral, nem um grupo musical, tampouco um coral. Todas essas coisas que hoje apreciamos como essenciais para um cristianismo, Jesus desprezou. Jesus não tinha. Logo, no que se constituia o cristianismo de Jesus? "O que fazia de Jesus um cristão?" Ele se retirava para longas horas de oração nas solitárias montanhas, e nós, longas horas na Internet. Era um grande conhecedor da Palavra de Deus, e nós, na tese de mestrado. Ele dizia "Eu venci o mundo", e nós "É. Mas eu tenho que trabalhar, tenho 6 bocas para alimentar. E ter dinheiro para viajar e me divertir com os amigos." Ele rejeitou a bebida, a droga, a anestesia, na hora de mais sofrimento; e nós a devoramos como um vicio, ou reclamamos de qualquer aí. Aliás, Plano de Saúde em primeiro lugar. Etc. Etc.
Mas do que adianta ficar falando de tudo isso?
O que você quer? O que realmente você, leitor quer?
Provavelmente, dinheiro, status, prazer, mulheres, sexo, viagens, luxo e comodidade. Mas o verdadeiro evangelho não te oferece nada disso. Não nesse mundo. Para o verdadeiro evangelho essas coisas vêem quase como um acaso. Mas hoje, a teologia da prosperidade é o mandamento.
Sinceramente, sou um tanto pessimista com isso tudo. De algum modo nunca houve muita esperança.
Achará fé na terra quando vier o Filho do Homem? Achará fé na igreja, nos cristãos? Ou um monte de pessoas entretidas, ocupadas.
Quer um indicador para saber como você realmente está? Te darei um.
Estamos com a paz que excede todo o entendimento? A todo momento, a todo dia? Quando respousamos para dormir? Quando despertamos para levantar? Estamos despreocupados com as coisas deste mundo? Estamos em paz com a nossa preparação para a vida eterna, para o encontro com Jesus? Estamos em paz com nossa santificação? Em paz com nossos hábitos alimentares e estilo de vida? Em paz com nossos estudos? Com nossos relacionamentos? Amigos? Familia? Estamos em paz com a missão que Jesus nos confiou de ide ao mundo pregar a cada tribo e nação e levar o amor de Cristo a toda geração? Estamos em paz no tratamento que damos ao nosso próximo, aos necessitados e desconhecidos? Estamos em paz nos cultos, mesmo ao ouvir um garoto de 14 anos que mal sabe falar ou um idoso senhor com poucas forças pregando no culto? Estamos em paz, quando nos vem tentações, problemas financeiras, dúvidas profissionais? Estamos em paz na doença?
Se tem dúvidas, provavelmente é porque não se está nessa paz que excede todo entendimento. Pois quando se está nessa paz, não se há está dúvida, mas a plena certeza e convicção que se está em paz, com este maravilhoso dom de Deus.
14 abril 2011
A Era da Separação
A cada dia que passa sinto mais na pele, e compreendo ainda mais o pensamento de Salomão em Eclesiastes. Pois o conhecimento, o entender, a sabedoria, carrega em si uma tristeza. Como os elfos no Senhor dos Anéis que não morrem, mas sempre vivem, ficam sobrecarregados e cheios de tristeza. É exponencial o tanto que tenho lido e aprendido nos ultimos 2 anos, na verdade a cada dia, é algo surpreendente a percepção da minha cabeça nos ultimos tempos. Mas o viés de tudo isso, é cada vez me deparar e perceber uma realidade cada vez mais fria e violenta. Que também mais deixa nitido a diferença dos principios biblicos e do exemplo vivo de Jesus Cristo, para com os atuais modelos filosóficos, de sociedade, didáticos e de educar as pessoas. É cada mais nitido e claro o triste fato dos processos do mundo, de todo o tecido de coisas, pensamentos, e coisas que ocorrem em todas as categorias sociais e práticas, além de saberes... tudo está sendo feito em função do pecado. No sentido verdadeiro de pecado que é "a separar-se de Deus". Ou seja, todas as coisas, o homem, tem se tornado cada vez mais, e assim produzindo cada vez mais nas praticas sociais, um ser, um projeto de civilização separada de Deus. Não é um mero ateismo; mas algo que tem trabalhando tanto nas raízes dos processos de formação do indiviudo, que até mesmo a resistencia das frentes religiosas, talvez não passem de uma hipocrisia disfarçada. Assim está organizado a vida e a sociedade, na separação. Está tão. Que eu mesmo tenho uma enorme dificuldade em imaginar em pensar algo, como um sistema e modelo de escola ou ensino, que não funcionasse em função da separação, mas o contrário. Mas além disso, há outra questão. Como sobreviver num mundo separado, sem estar separado? Ai está uma tortura e um enigma, e ao mesmo tempo, uma manifestação de poder e milagre. Pois é isso o que fez de Jesus o mais perseguido dos homens, e de Elias o perturbador de Israel. Mas eu ainda sou visto como uma pessoa agradavel pela maioria, que segue o sistema (a separação) nos seus conformes... ou então, sou o maior dos ilusionistas. Por isso afirmo, vivemos a Era da Separação (pecado). Não é esse um claro indicio de viver os ultimos dias? Pois já dizia as Escrituras: "Encontrará fé na terra quando vier o Filho do Homem?"
13 abril 2011
Sobre os Impostos e a Educação
Quinta, dia 7/abril/2011. Tive uma palestra na Faculdade de Educação da USP, com um especialista sobre o Orçamento Publico do Brasil. Do qual o tema em especial foi a Educação - lógico. Fiquei feliz por finalmente entender um pouco como a coisa é gerida, “quantos impostos existem”, e quanto deste imposto é destinado a Educação.
Claro, eu como todo brasileiro, sinto certo rancor quando ouço falar em “impostos” como um verdadeiro sentimento de estar sendo roubado a força, sem ter como se defender. Achava até então que nós brasileiros realmente pagamos muito imposto. Mas uma comparação foi feita com outros países de primeiro mundo, e não é bem assim.
Um bom índice de comparação, é a razão [ Impostos / PIB ]. Neste, em geral, o Brasil está muito abaixo de outros países. Em 1998, enquanto o Brasil tinha 33% boa parte dos países de primeiro mundo estavam acima dos 40%, alguns mais de 60%. E na Suécia, há até mesmo um caso excepcional, no qual o povo estava cobrando, querendo, pedindo para o Governo aumentar mais o imposto, para poder investir ainda mais em Educação. Algo que nunca me passou na cabeça, quando penso em povo, o qual o pensamento é outro, pelo menos no Brasil: “Governo, diminua os impostos, e invista mais em Educação.”
Todavia, o investimento em Educação é ridículo no Brasil. Na América Latina, Brasil ganha por pouco do Paraguai, e fica muito atrás da Argentina, Chile, Uruguai, México. Se formos comparar com os países de primeiro mundo a diferença é discrepante. Pelos números que lembro mais ou menos, no Brasil, no ano se gasta em média de 1.800 reais com um aluno do Ensino Médio. Ou seja, uns 5 reais por dia por aluno! Se for pensar na Educação Primária, gasta em torno de 800 reais a. a. Ou seja, “Menos que um pastel por dia.” (como a professora Sonia observou). Já nos países de primeiro mundo, esse número, é no mínimo, em torno de 5x mais! Nos Estados Unidos, chega a passar de 8mil reais.
Mais ai vem a questão mais importante: “Donde vem os recursos (dinheiro)?” Lógico, dos Impostos. Mas quais impostos? Poupando palavras: “Quem paga os impostos? Quem banca os gastos do Brasil?”. É alarmante, eu fiquei abismado. Mas quem paga é basicamente a Classe Média. E quando digo banca, quer dizer que é a Classe Média que banca os gastos públicos, a Educação, Transportes, Saúde, é quem banca a vida da Classe Pobre, os vários auxílios, e bolsa que o governo Lula promoveu para ‘o estado bancar a vida dos pobres (inclusive os que moram em favela mas tem água, eletricidade, TV de LCL de 70”, e todos eletromseticos básicos, fora TV paga, internet.. claro, tudo clandestinamente), ao invés desses contribuírem para a nação’. E também, a classe média, é quem banca a classe alta, os ricos. Sem contar o dinheiro publico que é desviado para quem já tem dinheiro. Mas não fique com raiva da classe baixa, qual basicamente não paga imposto, não contribui significativamente para a Nação, para a Educação, por lotarem o transporte publico e tudo mais. Pois...
O GRANDE VILÃO é a Classe Alta. Principalmente por 3 motivos:
1. Sonegação de Impostos;
2. Imposto de Renda desproporcional;
3. Boicotar o Imposto Sobre Grandes Fortunas, e o Imposto Sobre Propriedades Rurais.
O palestrante, especialista, deu uma bom banho de água fria em nossos ânimos de revolta contra os impostos, e nos deu uma boa ideia da realidade que eu desconhecia. Bem, em primeiro lugar, está na Constituição que deve haver um “Imposto sobre grandes fortunas”. Ou seja, quem é rico, quem tem grandes fortunas teria que pagar um imposto extra. Justo, não? Ou seja, quem tem muito dinheiro, para quem dinheiro não faz falta, para quem pode muito contribuir para os cofres públicos, contribuiriam com este imposto. Para quem ficam a vida toda viajando e tendo lazes e luxo, e seu único trabalho é quando sua fortuna é ameaçada e tem que protegê-la. Mas, NUNCA esse imposto foi cobrado. REPITO: NUNCA! (nem o Batista que tem tantos bilhões, nem o Silvio Santos, nem nenhum dos politicos...) Sabe por quê? Porque nunca foi regulamentado pelo Estado (pelos políticos). Usam de desculpa: “Mas o que é uma grande fortuna?” E assim, ficam boicotando isso, para NUNCA terem que pagar esse imposto.
Bem, para por aí? Não. Além disso. Existe o Imposto sobre propriedades rural. Mas esse imposto é uma taxa mínima tão ridícula, que não é uma arrecadação significante para o cofre publico. Bem, poderiam aumentar esse imposto, ou fazer algo “proporcional ao tamanho das terras”. Opa! Mas ai, os grandes fazendeiros, e homens ricos que tem muitas terras, especulação que há quem haja terras maior que o estado do Sergipe, teriam que pagar “algo proporcional a sua grande riqueza”. Então, nunca ninguém mexe nesse imposto. E assim, os ricos deixam de contribuir para a nação; apenas lucrando com o que produzem nessas grandes terras. E aí poderia entrar algumas discussões sobre o MST, mas deixa para lá.
Mas ainda não é o fim da picada. Imposto de renda. A maior parte dos recursos públicos da nação vem do Imposto de Renda, do Imposto sobre produtos industrializados (IPI) [principalmente sobre automóveis – e assim continuaremos a ser o pais do automóvel e do transito] e do Imposto sobre operações financeiras (IOF). Bem, do IPI e do IOF os ricos não conseguem fugir muito (mas olha lá, tem o Mercado Negro, paraísos fiscais...). Mas apenas quanto ao Imposto de Renda, os ricos são basicamente sonegadores. Quase todos, a maioria, daqueles que tem mais de 17 milhões de reais, se declaram, como pessoas de classe média baixa, e não poucos, como até isentos da declaração. E aqueles que pagam, basicamente pagam como se fosse da Classe Média. Ou seja, dão uma esmola, uma gorjeta para a nação. Mas como são poucos, é insignificante o que contribuem; sendo que de fato, quem contribui é a massa da Classe Média.
Que injustiça não? Vamos assim dizer que as 100 pessoas (hipotéticas) que tem 70% dos recursos do País. Não contribui nem com 10% dos gastos da nação. Enquanto que basicamente 80% dos gastos, são pagos pela classe média, os que tem 20% dos recursos, por sei lá, uns 50, 60 milhões de pessoas.
Mas para ficar ainda mais alarmado. Eles, os ricos, estão blindados. Como? Simplesmente, porque basicamente em toda a História do Brasil, inclusive hoje. São ELES que estão láaaa no forte de Brasilia, longe da massa do Sudeste, no parlamento, no senado, na presidência, no judiciário. Defendendo sua fortuna e sua ‘isenção’ de impostos. E quanto ao governo Lula. Mil maravilhas, ele, não? Bem, o que ele fez foi praticamente enxugar ainda mais o bolso da classe média [claro dando mais empregos para estes, para poderem trabalhar mais e ‘contribuir mais’], acabar com a Classe Média, fazendo muitos se tornarem Classe Baixa Alta, fazendo-os pagar um aumento na qualidade de vida da Classe Baixa e da Alta. Mas acredite! No governo Lula quem mais se beneficiou ainda foi a classe alta. Esse é o governo do povo! Que povo? É basicamente uma escravização da classe média. E usam a classe pobre apenas para ganhar votos. E aí, quem luta pela classe média? Bem, pelo menos dizem que o FHC fez isso, que os tucanos tinham compaixão da classe média.
E aí voltando a Educação. Se hoje o piso salarial de um professor é (hipoteticamente) 1300 reais (isso agora, 5 anos atrás era de?) e queremos que aumentasse para 3mil. E além disso queremos que diminua de 40 para 20 alunos por sala, teríamos que dobrar o número de professores (sem contar outros gastos). Por grosso, teríamos que aumentar 8x o orçamento da Educação. Segundo o palestrante, hoje, 3-5% do PIB é destinado a Educação, e o ideal, para melhoras realmente significativas, deveria este número passar para 10%. Mas desde quando os RICOS, a Classe Alta, quem lidera e comanda esse pais está interessado no ensino de qualidade para a massa? Isso seria de algum modo diminuir a Pirâmide do Poder do Capitalismo. Pois para eles o negócio é dar uma Educação péssima para as massas, e quanto aos seus filhos, colocam em escolas particulares de mensalidade acima de 2500 reais. Para estes, sim, serem os herdeiros do poder, ocupar o poltrona no Congresso Nacional, e manter a “mesma organização” da sociedade e economia brasileira.
Como resolver esse déficit na Educação, no Transporte, na Saúde? Simples, em primeiro lugar, precisa de mais recursos. Mais impostos? Esta seria a solução? Ou então, fazer com quem até agora só explorou o dinheiro da ‘classe média’, que realmente tem dinheiro e poder, venha a contribuir JUSTAMENTE com a nação? E segundo o palestrante, o valor da sonegação de impostos é incalculável, provavelmente, é maior do que já é arrecadado; alguns especulam, um segundo PIB.
CPMF – Um Imposto com Gosto de Justiça
Eu sou um daqueles que também pensava: “MAIS UM IMPOSTO!!??!! NÃO!!!” Porém, é um imposto mais democrático. Cobrado sobre as movimentações financeiras. É simples. Quem mais tem movimento financeiro no pais, são os ricos, a classe alta. Logo, quem mais pagava esse imposto eram os ricos. Eram um imposto proporcional. Aliás, boa parte da classe baixa nem mesmo tem conta corrente. E os ricos não acomodam seus milhões debaixo do colchão, mas nos bancos. Assim sendo, era praticamente um dos únicos impostos justos que atingia os ricos, em que os ricos pagavam mais, proporcional. E, aparentemente, não havia como ‘sonegar’, pagavam mesmo. Logo, não é de surpreender que os políticos deram um fim a este imposto. Não acabaram o imposto “por pensar no pobre, ou na classe média”, mas porque estavam pensando neles mesmo, estava afetando suas riquezas. O fim da CPMF foi apenas um passo legal dos ricos sonegar sua contribuição para a nação.
Também contou um caso interessante. Com o fim da CPMF, o Governo queria ressarcir de algum modo os contribuintes, quando o Sarney era o ministro da receita (se não me engano). Ai o Sarney falou para os bancos: “Nos dê os nomes das pessoas e o quanto temos que devolver, que depositamos para eles.” Aí os bancos disseram: “Não. Pois isso é perca de privacidade. Nos dê o dinheiro, e aí, nós damos a nossa palavra, que iremos dar-lhes justamente.” Ai o Sarney: “Nã-na-ni-na-não, nos dê os nomes...” E esse dinheiro nunca voltou, a discussão não terminou. Pois aqui há um jogo de interesses: A Fazenda assim iria saber o quanto que muita gente rica movimentou. E ai iria pensar, como o cara movimenta 300 milhões no ano, e declarou ter apenas 200mil? (seria uma armadilha para pegar sonegadores de impostos – gente rica) Fora que, muitos desses ricos, claro, são bancários (não os atendentes de filas em agencias – coitados – , né! Mas os barões.) E por outro lado, os ricos querendo se proteger da sonegação, e de “perder” clientes ricos.
Após ver este lado da CPMF, passei a ser favor a sua cobrança, a seu retorno. Aliás, os traficantes de drogas e armas, também fazem suas transações por banco, não?
Chegamos a um ponto, em que talvez o mais justo, e o inicio de uma solução, viria apenas se fossem aberto as contas dos ricos – o sigilo bancário. E assim, os sonegadores fossem pegos. Quanto, os sonegadores (os ricos) não devem já estar DEVENDO ao país, a eu, você, a Educação, Transporte, Saúde, Cultura, Habitação, se formos somar a sonegação destes nos últimos 20 anos!?
Aliás, sigilo bancário não é feito para proteger eu, nem todo aquele misero da classe média. Mas para os ricos. E não proteger num sentido de que: “Ai vão saber que tenho dinheiro e irão me assaltar, ou ladrões me sequestrar.” Pois ora, eu e você conseguimos saber quem tem e quem não tem, basta olhar a roupa, carro, casa, onde mora, onde frequenta, estudou etc. Sabemos que todos ali na Politica TEM DINHEIRO, MUITO; saber o valor para os ladrões faria diferença? O verdadeiro interesse do sigilo bancário é a sonegação dos ricos. Esconder o mercado negro. Quem é honesto, e ganha pouco, ou que está no vermelho, tem a temer com isso?
Logo, o maior problema do país, continua ainda sendo a corrupção. O caráter Macunaíma do povo brasileiro. E o mais ridículo de tudo é ouvir comerciantes, que não pagam impostos, com pirataria, ou sem emitir nota fiscal, que reclamam e falam dos políticos e ricos como se fosse espécie de pior laia do que eles.
E novamente, temos a palavra de Jesus, quanto aos impostos: “Dê a Cesar o que é de Cesar.” (honestidade)
Que pessoa afortunada hoje, no Brasil, poderia olhar para os olhos de um morador de rua com a consciência tranquila? Neste eu votaria para presidente. Enquanto isso, meu voto continua nulo. Pois eu só votaria num mártir. Pois um honesto, certamente seria crucificado. Pois assim seria uma ovelha num covil de lobos. Quer meu voto? Jure pela sua mãe que irá fazer os ricos pagarem esses impostos justamente, como se deve! Inclusive regulamentar, e justamente, o Imposto Sobre Grandes Fortunas.
10 abril 2011
O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel
O Senhor dos Anéis é um livro de tirar o folego de tão denso, de tão detalhado; há tanta coisa incrível que não vou ficar falando um por um. Talvez não impressiona tanto da linguagem e descrição um tanto realista e minuciosa de Tolkien, porém, se formos pensar bem tudo aquilo é pura ficção, para muitas quais Tolkien foi quem inventou. Haja imaginação! Haja cultura! Fora os poemas e canções élficas por exemplo, há rima! Em élfico, um idioma inventado por Tolkien! E pouco se usa de rimas pobres. E personalidade que cria em cima de alguns personagens é simplesmente incrível, como de Gandalf, Elrond e Galadriel, pois vamos assim dizer “são pessoas que não pensam como humanos, porque não são homens”. Fora a idéia de tais viverem num segundo mundo, um paralelo, ao mesmo tempo, em que vivem nesse, e de modo até que independente deste. É uma obra fantástica para abrir os horizontes e a imaginação.
Bem, o filme é um super resumo do resumo do livro (mesmo a versão estendida de 3h30), quase que rascunhos; e com muitas cenas modificadas, a coisas totalmente contraditórias com o livro; e até mesmo algumas características dos personagens são diferentes. Não é uma cópia fiel. E é muito menos bobo que no filme (isso que não acho o filme bobo). E há muito mas muito mesmo mais diálogos e acontecimentos. Frodo não é uma criança boba, mas um homem de 50 anos mais ou menos, bem conservado do tempo pelo efeito do Anel. Merrin e Pippen nem são tão afetuosamente engraçados assim. Legolas é menos frio, e chegou ter um momento de desespero e medo contra o Balrog. E Awrven (a bonita do filme) é poucas vezes menciona, e não foi ela que resgatou Frodo dos Expectros do Anel, atravessando o rio, e lançando um feitiço sobre o rio para atacar os cavalheiros negros. Mas um outro cara que o filme não menciona, e o rio, foi Elrond. Aragorn não é um cara que fica com todo aquele drama e cheio de duvidas quanto ao que fazer da vida, se irá lutar por Gondor, se tornar rei; pelo contrário, é muito decidido. E a famosa espada de Isuldor, foi reforjado em Valfenda, no Conselho do Anel, e ele já partiram para a aventura com a espada forjada. E Ginli, apesar de teimoso, é até que bastante gentil e agradável com as palavras (diferente do filme, que é um tipo mais estupido viking) e Gandalf, é muito mais do que se pode esperar, ele não é apenas sábio, mas se reconhece e sempre se lança a desafios como um grande poderoso. Como quando recorda da queda de Moria sobre os inimigos, poderosos inimigos, e que agora se vê na mesma situação, e disse: “Mas daquela vez eu não estava aqui. Vamos ver agora que estou.”
Bem, todavia, o que temos que reparar muito quando lemos um livro como esse, acho que são as entrelinhas. O que o autor quis dizer, nos transmitir, mas que não está dizendo (por palavras). O que se esconde atrás dessas aventuras?
Em primeiro lugar, temos a figura de Frodo. Teoricamente num momento que seria um sonho para ele, pois ele recebeu de herança TODA A FORTUNA de Bilbo. Suponha, que você, de repente, ganhasse 100 bilhões de dólares. Sim é isso. Mas ao mesmo tempo, recebeu o Anel. Um grande fardo, para o qual teria que abandonar toda a vida acomodada de um Hobbit. Pois um hobbit é uma pessoa simples, algum do campo, super acomodado, que ama e gosta do conforto de não se cansar para nada, de ficar deitado numa rede o dia todo, conversando com os amigos, bebendo no bar, dançar em longas festas noturnas, fumar os melhores charutos e ficar fazendo anéis de fumaças, tendo 5 banquetes diários, que não se preocupam em estudar, desenvolver tecnologias, milênios de anos passariam, e a vida do povo hobbit continuaria a mesma. E então, para este tipo de pessoa vem o fardo, e a missão de ABANDONAR ESSA VIDA, ABANDONAR O LUXO, A RIQUEZA, AS COMODIDADES, e partir para total oposto, indo para terras desconhecidas, distantes, com longas caminhadas, noites mal dormidas ao relento, passar frio, caçar para comer, sofrer perigos de morrer, aliás, provavelmente uma missão suicida.
O que você faria? Há uma tremenda reflexão e introspecção nisso. O personagem de Frodo, vai sendo desenvolvido de tal modo que é ele quem realmente representa a humanidade, o homem moderno, por isso nos cativa tanto tal personagem. É alguém cheio de duvidas, de fardo, que as coisas nunca andam como realmente queremos. Que sempre tem no coração o desejo de voltar para aquela vida de comodidade no Condado, desfrutar de uma vida tranquila, com a fortuna herdada, mas que o golpe da Fortuna nos leva a outro caminho, o caminho de Mordor, da Montanha da Perdição, no território inimigo. Sempre somos tentados pelo nosso Anel, temos que nos cuidar e ficar de olhos bem abertos para ver aqueles que nos olham com cobiça, e mal podemos confiar em ninguém, mas que mesmo assim, ainda temos um amigo inseparável como Sam, e alguém em quem confiar como Aragorn, e alguém muito sábio como Gandalf. Porém, ainda assim, passamos por duras provações, quando por exemplo, Gandalf vai para as profundezas, levado pelo Balrog. E temos que seguir o caminho a seguir, sem mais ter um grande conselheiro, ou saber que direção tomar no nosso rumo.
Há sem duvidas também ai toda uma critica de Tolkien para as pessoas acomodadas do Condado, ou de Bri que só ficam a fofocar, e não tomam atitude heroica. Ou os mimados e filhos de ricos, que não encaram as provações e fardos da vida. Ou aqueles que não suportam serem provados pelo crisol. Ainda mais num período de Guerras, como pelo qual passava a Europa na época. Aliás, Tolkien qual lutou na Primeira Guerra Mundial.
Além disso temos também um grande tratado sobre a fraternidade. E como relações de amigos surgem repentinamente, basta juntar 9 pessoas e fazê-las conviver dia-dia, marchando escondidos para uma perigosa missão. Quem diria um elfo se tornar o melhor amigo de um anão? E mesmo em meio a isso, temos discussões e até mesmo brigas. Há amigos, ou pessoas no grupo que podem ser tão sabias, habilidosas e fortes como Arargorn, fortes como Baromir, hábil como Legolas, resistente como Gimli. Mas e Sam? O quem a oferecer além de sua companhia e amizade por onde quer que fosse? E os dois pequenos Merrin e Pippen, que muitas vezes parecem ser apenas um fardo para o grupo carregar? Mas numa fraternidade, ninguém é desprezado, todos fazem parte de uma família. Mesmo que todos sejam muito diferentes um dos outros, tirando os 4 hobbits.
Temos também o aspecto do tratado dos lideres, dos sábios, dos grande conselheiros, das pessoas que os comuns hobbits chamam de “místicos” e que fazem “magias”. Mas que para quem as praticam, não entendem o que querem dizer com “magia”, é apenas uma habilidade deles. Pois aí está uma figura muito importante, que provavelmente Tolkien se refugiu a Bíblia, aliás, a linguagem de Elrond e Galadriel nos lembra muito a linguagem de Salomão. Temos aqui a questão dos sábios conselhos, os grande conselheiros. Aqueles que realmente tem habilidade para isso. Mas que são, antes de tudo, pessoas irrepreensíveis, pessoas que pelo exemplo, pelo caráter, pela experiência, são dignos daquilo. E para os quais devemos nos atentar e dar ouvidos ao que dizem. Bem, isso é uma tremenda dicotomia com a sociedade e o mundo moderno. Tais conselheiros e pessoas, sumiram. Há raros, que talvez tenham um pouco de “conhecimento”. Mas e a habilidade? E mesmo assim, onde está o exemplo delas? O caráter e palavras irrepreensíveis, cheias de profundeza e sabedoria? Talvez seja até mesmo uma critica aos grandes lideres do mundo de hoje, seja os “políticos” (que certamente, se opõe a figura de Elrond e Gandalf)
Também temos a figura de poucas mulheres no livro, e praticamente todas são elfas. E o aspecto mais interessante, é que Tolkien destaca a grade beleza dela, mas ao mesmo tempo, pessoas de muito caráter, de simplicidade, uma beleza clara, roupas leves, pessoas com quais nos destacamos com uma idéia ‘artistica de belo’, como se fossem uma jóia da natureza, que nos envergonha só de olhar para elas; ao invés de mulheres ‘peruéticas’ (como diz uma amiga do trabalho), que ficam tentando evidenciar e apelar para o corpo sexual e coisas do tipo. E por cima, não são apenas mulheres dóceis, de belas palavras que soam como música, mas são sábias, muito inteligentes, hospitaleiras, e ao mesmo tempo de personalidade forte, que sabem ser duras com palavras de forma espantosa. E olhar no fundo do coração das pessoas como se lessem os pensamentos de tais.
O MAIS IMPORTANTE
O Anel. O anel simboliza muita coisa. Em primeiro lugar o PODER do inimigo, o PODER das trevas, o Lado Negra da Força (como George Lucas usurpou em Star Wars). Podemos ter acesso a este poder e é um grande e terrível poder, que pode inclusive dominar outros poderosos. Mas, NINGUEM pode controla-lo. Na verdade, é ele, o Anel, o inimigo, Sauron, que controla aquele que usar.
O Anel do Poder é uma incrível reflexão sobre o Grande Conflito. A luta entre as forças da trevas e nossa alma. Se trata da cobiça, da tentação. Além disso, há os demônios (expectros do anel) que ficam vagando por aí, são poderosos, apenas tentando encontrar o anel, e destruir seu portador. E quanto mais próximo estão do portador do anel, mais forte fica a tentação de usá-lo. Porém, o livro deixa claro que a tentação de usar o anel, na maioria das vezes, ocorre contra a vontade do portador, é quase como um instinto, de repente, sem Frodo perceber sua mão era atraída até o anel. E assim é com a tentação real, não? O inimigo nos atrai, e quando nos coloca em meios rodeados de más influencias inimigas, de repente, vemos nossas paixões, desejos, vícios, mesmo contra a nossa vontade, ou sem perceber, despertado, e as vezes, quando nos damos conta, já estamos com a mão no anel.
Além disso, o anel realmente dá poderes, a capacidade de fazer coisas incríveis. Assim é a oferta do pecado. Satanás realmente nos oferece coisas capazes de fazer grandes coisas. Pois é com o poder, com a ambição, com o desejo que ele nos tenta a nos escravizar a ser seu súdito, pois ele é o dono do pecado. Assim como Jesus diz que Satanás é o pai do pecado, ele é o pai da mentira, e quem mente é dele.
Contudo, outra questão muito importante e incrível colocada, é que é por causa do anel, do poder de Sauron, da cobiça do coração do homem, mesmo, como o de Gandalf em dizer que o seu desejo seria o de usar o poder do anel para fazer o bem, mas isso em si já é uma cobiça que o rompe; e que o anel faria ainda maior mal por meio dele. E por causa desse anel está o mundo em risco. Mas então, quem iria se esperar. Que os MENORES, OS MAIS SIMPLES, OS MAIS HUMILDES E SEM AMBIÇÃO, os pequenos Hobbits, menores que um anão; nas mãos deles é que o destino ficou de destruir o anel. Mas por que não um sábio Elfo, um forte homem, ou um determinado anão? Bem, havia algo de especial, os Hobbits eram incrivelmente fortes, não em músculos, nem em sabedoria. Mas fortes em resistir a tentação e ao poder do anel de envená-los com o veneno. São duros não queda! São os que tem maior afeto e fraternidade entre os companheiros, podem até parecer bobos e ingênuos. Mas não será que com isso Tolkien não quer nos transmitir algo?
Talvez, o segredo para vencer o inimigo, é ter um coração tão simples e forte quanto o de um hobbit. Pois quando fraco sois forte. Ter a fé de um tamanho de grão de mostarda. E ter tido a coragem de largar toda os seus bens, riquezas, comodidades, para tomar esse caminho incerto e tenebroso. Quantos entre nós estamos dispostos a tal atitude?
Por fim, da Sociedade do Anel, a sociedade é desfeita. O fim? Frodo perde a proteção dos amigos, os conselhos de Gandalf. Mas ao invés de recuar, de abandonar a causa. Com exatamente o MESMO MEDO que eu e você temos de tomar essas decisões. Ele dicidiu ir as sombrias terras rochosas e negras de Mordor sozinho, sem nem mesmo conhecer o caminho. Para alguém, que em toda a sua vida, mal tinha saído do Condado, até então.
07 abril 2011
Educação - Crise de Identidade
Resumir a História e a Educação em poucas palavras: Tarefa ardua. Todavia, agora, cada vez mais intenso, me convenço que, pelo menos hoje (senão em todo o período pós-Iluminismo) a Educação passa por uma Crise de Identidade.
Ora, é fato que Educação, Escola, está envolvido como um processo essencial para uma civilização. Mas é isso? Bem, antigamente, não era bem isso. Mas hoje é quase que exclusivamente isso. Porém, quando dizemos civilização estamos pensando em todo um conceito de sociedade, de mundo, de vida, de modos de vida, modos de produção; e tudo isso parte de uma concepção individual de vida. Ou seja, uma própria filosofia, uma força metafisica (religioso ou não) que move o homem a idealizar uma vida, como as pessoas devem viver, o "que é o melhor", "o que é bom". Aliás, sem o fundamento da moral e da virtude, não há sentido quando falamos em educação.
Ontem assisti um filme na disciplina de Didática na FE-USP, O Menino Selvagem, e ali temos claramente a idéia do que é um homem sem educação, sem ser disciplinado, sem ser civilizado: um selvagem, sem discernimento (será?), mal desenvolvido suas capacidades, sem capacidade de se comunicar, expressar, ou mesmo compreender o mundo ao redor, apenas sendo 'um fantoche' (vamos assim dizer) de seus instintos mais carnais, como comer, beber água, se defender e descansar. Contudo, o filme levanto um questionamento que mexeu com todos: "E daí?" "Mas isso não é a pura liberdade do homem, o de não ser domesticado pelo homem, sem ter influencias de outros homens, descobrindo a vida por si, e escolhendo os próprios caminhos?" "Que direito tem o homem civilizado de ir lá, pegá-lo a força, levá-lo para a cidade, e educá-lo. Isto é: contê-lo, discipliná-lo, tirar a 'liberdade de vida' dele...?"
A discussão ainda é mais longe. Pois sempre parece que temos que lidar com questões essenciais de moral, virtude... chegando aquelas questões "religiosas". Pois retirar este fundamento de que "há o bem", "há algo bom para se fazer", "é dever de todo o homem ser disciplinado, controlar seus instintos..."... então passamos a cair num VAZIO, num vazio que nenhuma teoria antropocentrista pode preencher. Pois então o homem é mais um animal, um animal como qualquer outro, por sorte, por acaso, se uniu em comunidade, civilização, mas ainda assim não há nenhum principio, fundamento que diga "isso deve ser feito", "isso é bom". Logo, "tudo bem em ser um selvagem", "por que deveriamos ser educados?" Mas a CENA, o VER o MENINO SELVAGEM, o homem indiferente, que nem mesmo sabia chorar e era indiferente a tudo, foi chocante. As pessoas reclamam de Deus e dos principios religiosos de barriga cheia, quando estes já formaram bases de moralistas na civilização. Mas conforme essas bases morais vão sendo extirpadas, deterioradas e excluídas, e o homem começa a ver cada vez mais um "simples animal selvagem", é muito atormentante a alma, e creio que no fundo, todos voltam seus olhos para cima esperando 'alguma ajudinha'. Claro, não vimos nenhum garoto selvagem em nossas vidas - provavelmente - mas quantas vezes não vemos no dia-dia, homens selvagens, no sentido que perdem todo o auto-controle e se tornam fantoches de drogas, luxúria e violência por exemplo.
A Educação históricamente, principalmente desde o Iluminismo, tem-se distanciado cada vez mais da Religião, da Disciplina dos Instintos, e dessas perspectivas moralistas. E cada vez mais, senão ABSOLUTAMENTE, voltada para o Mercado. Sim, para o mercado de trabalho, para o pragmatismo, para o rendimento, a economia de energia do homem. Basicamente, é o MERCADO, as EMPRESAS, o CAPITALISMO, o CONSUMISMO, que tem ditado a Educação. E ainda é neste rumo que estamos presos e se acentuando.
Claramente, com isso, houve e está tendo duras consequencias na Educação. Há quem acha que Educar significa meramente "transmitir conhecimento e técnicas úteis para o Mercado"; e o problema basico das escolas então seria, "como fazer os alunos terem interesse" e "como produzir métodos objetivos e mais universal possível para conseguir essa transmissão com exito." E por todo o mundo está discussão ainda ocorre. Além das buscas por "desculpas" do "por que ensinar", sem recorrer-se a metafisica.
Todavia porém portanto, cada vez um número maior de docentes e pedagogos estão sentindo essa crise existencial, esse vazio, que há algo de errado "em aspectos filosóficos e metafisicos" na Educação. Algo claro quanto é isso, é por exemplo a Música que irá voltar a fazer parte do curriculo escolar na Escola Básica. Mas parece haver algum raio de luz, de esperança, pelo menos há quem pense assim: Que a educação deve-se voltar, principalmente, para a introspecção, a disciplina, a filosofia, a moral; e menos, a ser um fantoche do Mercado.
Eu não boto muito fé que a coisa irá mudar. Pelo contrário, acho que a tendência é cada vez mais rumo a Abolição do Homem (vide a C. S. Lewis). Até lá, as discussões continuam, como num jogo de ping-pong. Pois eu diria que a Educação não só se tornou fantoche do Mercado, mas ela passou a ser também Mercado, uma Industria.
Cada vez mais me convenço das palavras de Salomão: "Vaidadade de vaidade, tudo vaidade. É como correr atrás do vento. Nada faz sentido."
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