07 junho 2012

Escravos, Servos, Trabalho e a Bíblia

Não digo ser muito comum, mas muitas vezes já vi supostos 'argumentos ateus', ou melhor ainda, 'anti-cristãos' (pois 99% das revoltas dos ateus são para com o cristianismo e a Bíblia, e raramente para as demais), é o usar uma mentalidade descontextualizada, ou melhor dizendo, um entendimento a desejar quanto a concepção de Escravidão da mentalidade de hoje, usando tal, como se fosse uma Virtude Moral (a qual não poderiam usar como argumento, fora de um contexto realmente cristão - ou seja, uma contradição para o acusador), dizendo que a Bíblia APOIAVA a Escravidão. Bem, então, aqui apresento um estudo mais profundo da questão.

1. De qual Escravidão estamos falando?
No Wikipedia temos a seguinte definição para o termo:
"A escravidão (denominada também escravismo, esclavagismo e escravatura[2]) é a prática social em que um ser humano assume direitos de propriedade sobre outro designado por escravo, ao qual é imposta tal condição por meio da força. Em algumas sociedades, desde os tempos mais remotos, os escravos eram legalmente definidos como uma mercadoria. Os preços variavam conforme as condições físicas, habilidades profissionais, a idade, a procedência e o destino." (link)

Ou seja, quando um humano passou a ter direitos sobre outro humano pela força. Se formos olhar bem, a grosso modo esta definição, estamos considerando, que um "Patrão" escraviza seus "Funcionários" hoje por meio do "trabalho", que seria a força, ou seja, se o funcionário pisar na bola, ou não atender as expectativas do patrão (detentor de poder, força), tal é demitido. Além disso, podemos dizer que as até mesmo uma pessoa jurifica exercem um poder aos seus funcionários. Aliás, de certo modo, tais, fazem um contrato com a empresa, se colocando como propriedade (de algum modo) da empresa; sobretudo o Estado. Somos escravos do Estado, através de um Contrato Social. Se violamos este contrato, somos punidos, ou a força entramos no eixo. Alias, este é o papel mais evidente da Policia. Na forma mais explicita, os presidiários são os exemplos mais claros de escravos. Além disso, "Os preços variavam conforme as condições físicas, habilidades profissionais, a idade, a procedência e o destino."; é a mesma condição do Mercado de Trabalho hoje, as pessoas tem um preço, conforme sua competencia, status, formação, curriculo, habilidades, experiência profissional, idade etc. A grande diferença talvez, é que a Empresa NÃO ARCA COM O CUSTO, ou seja, não é ela que tem que vender seu funcionário para outra empresa, quando quer se livrar dele. Mas ao contrário, é o profissional, a pessoa que tem que SE VENDER para a empresa, através das ENTREVISTAS.

Ou seja, por definição, não mudou nada. Por fim, Escravidão está dizendo ser quando uma pessoa tem poder sobre outra pessoa, de modo a usar 'métodos' de força para obrigá-la a fazer algo. Ou melhor ainda, podemos considerar como apenas um método de trabalho, quando a responsabilidade pelo quem é mandado é do próprio Dono. Diferente de hoje, quando o Dono não tem responsabilidades pelo funcionário. Mas o mais interessante, no processo histórico das últimas décadas, principalmente através de Sindicatos e Greves, os 'mandados' (trabalhadores), obrigaram (melhor dizendo, 'negociaram') os Donos a terem algumas responsabilidades sobre eles. Ou seja, por fim, as lutas sociais dos trabalhadores nas últimas décadas, foi um processo de escravizar os trabalhadores. E claro, e do mesmo modo, como hoje existem a lista das 100 Melhores empresas para se trabalhar, além de lugares inusitados como a Google e Facebook, um paraíso de trabalho para muitos, também há lista de empresas que abusam, exploram, dos seus trabalhadores, entre elas,  de certo modo, a Apple, qual através de uma sub-empresa na China, que é onde fabrica os brinquedinhos da SUPER MARCA para o mundo (como iphone, ipad, ipod...), a Foxconn, qual obriga muito trabalhadores a trabalharem coisas do tipo 20hrs por dia (se não me engano), e condições tão péssimas, que tem provocado muito suicidios de seus funcionários. E é simples, se eles não trabalharem, são descartados, e logo contratam mais um chines desesperado morrendo de fome para trabalhar no lugar, entre os zilhões de chineses.

Isto é um Contrato Social, ou melhor, um Contrato de Trabalho, que naturalmente fazemos, pois toda vez que formamos qualquer laço social, como na definição de George Orwell em seu famoso livro "1984", sempre abrimos mão de uma certa medida de nossa liberdade para recebermos em troca algum nível de proteção. Ao Estado, nos subtemos em grandes medidas, em troca, recebemos uma infra-estrutura, uma organização, que nos permite ter agua e comida, no mais grosso dos modos. Ou seja, a principio, a ESCRAVIDÃO, a principio, não tem problema algum. Nem hoje, nem no passado. No aspecto de comparar o Trabalho de hoje, com o dos tempos antigos.

2. O que foi a Abolição dos Escravos?
A Abolição que ocorreu há poucos séculos, não tem uma autoria de aspecto "moral", ou de "caridade", ou de "amor pelo próximo" (Lei Aurea como ficou também conhecida), ou seja, não estava interessados (os burgueses e ricos que a fizeram) em acabar com o sofrimento dos negros obrigados a trabalhar a força e dar mais dignidade de vida. Aliás, quais, Hollywood traz a ideia de que todo escravo, tinha pelo menos a marca de 100 chicotadas nas costa (o que é um grande equivoco). Mas a verdadeira identidade foi Interesse Econômico. Simplesmente, porque o Capitalismo estava crescendo. E 1 dos 3 pilares do Capitalismo é o MERCADO CONSUMIDOR. Ou seja, não era interessante para o capitalismo ter um monte de pessoas sem ganhar dinheiro, pois poderiam estar consumindo e, assim, fazer os burgueses enriquecerem com o consumo deles. E ao mesmo tempo, houve interesse, dos próprios Donos desses escravos, pois era mais barato e menos dor de cabeça, do que manter o escravo.

O Lado Negro da Abolição é que no curto e médio prazo, foi um terror para os escravos. Pois até então, os seus donos 'cuidavam' deles. Ou seja, davam moradia (mesmo que fosse uma péssima moradia em muitos casos, mas dava); dava comida para trabalharem; se adoentavam, ou morriam, eles tinham uma perda de patrimonial irrecuperável; e como era escravocata, a pessoa era escrava até morrer, mesmo velho, ainda era cuidado. Ou seja, quando acabou com isso, ao invés desse Dono ter todos esses gastos, dava um 'salário' ridiculo para tais escravos, e eles eram obrigados a se virar para viver com tal salário. Ou seja, tinham que correr e cuidar da própria moradia (sendo que nao podiam se distanciar muito das terras em que trabalhavam, logo, acabavam alugando uma terra, que, geralmente, era seu próprio dono, logo o que o Dono dava de salário parte recuperava, ou as vezes, tudo, e, até mesmo o ex-escravos criavam dividas para com os Donos, trabalhando para eles em troca de água, comida e moradia.). Imagine, de repente mudar o cenário, e o ex-escravo, ter que cuidar da própria alimentação, e depois, quando ficar velho, como o dono não pagou por ele (não comprou ele, não é um patrimônio), quando deixa de ser útil, e, assim que ficar velho, ele que se vire, "bye bye" (não havia ainda uma Lei de Aposentadoria, sobretudo para os ex-escravos).

Ou seja, logo que ocorreu a Abolição, os que mais sofreram foram os próprios escravos. Não pelos chicotes, mas pela Lei. Muitos morreram de fome. Imploraram para seus senhores lhes escravizarem novamente, cuidarem deles. Alias, a vida inteira foram escravos, não sabiam cuidar de si mesmos. Fora, que muitos vieram da Africa, não tinham familia por ali, estavam em terras desconhecidas; e lógico que não podiam sair invadindo qualquer terrinha e construindo sua fazenda; as terras estavam já tudo praticamente nas mãos dos Donos. E por assim, a definição de Escravo não mudou. Apenas mudou os interesses economicos de quem já tinha poder e descobriu um modo de aumentar este poder. E assim como, hoje, precisamos agora, competir um com os outros, como loucos, trabalhando 10h por dia, 1h de almoço, e depois mais 5h estudando, mais 4h de transporte, para dormir umas 4h por noite, para conseguirmos ser competitivos no Mercado de Trabalho, ganhar o nosso salário para sobreviver, e para garantir a nossa aposentadoria quando envelhecermos. E essas 'regalias' após a escravidão, só ocorrera muito tempo após ter sido Abolido, na época não se pensava nessas coisas que hoje podemos chamar de Direitos dos Trabalhadores.

3. O Grande Preconceito
Hoje todo mundo tem um grande preconceito quanto ao termo "Escravo", pois normalmente, sempre se usa a conotação de Escravos sendo torturados a trabalhar como num Campo de Concentração Nazista; ou muito torturados. Entre outros. Sendo, que não faz muito sentindo. Pois 1, em geral, os escravos eram 'comprados', ou seja, custavam para os Donos, não fazia sentido matá-los, ou feri-los e privá-los de modo a adoecerem e não conseguir ter um bom rendimento no trabalho, ou pior ainda, morrerem. E, 2, se ficassem castigando muito o coitado, ele não conseguiria trabalhar, se não fosse alimentado, não teria forças. Não eram tão baratos assim. Imagine, boa parte vieram da África, era necessário construir navios enormes, bancar uma tripulação para ir até a Africa, e lá tomar a força conquistarem tais homens, trazer de volta para a América; isto envolvia um custo enorme, logo, não eram vendidos tão baratos, e se o fosse, não teria sentido; pois ninguem, iria fazer tanto trabalho, para vendê-los baratos e não ganhar quase nada. E nisto, é bom lembrar que paises como Portugal e Espanha, se enriqueceram muito através do tráfego negreiro. Ou seja, escravo não era "tão descartável" assim como em geral, os filmes de BangBang dos EUA nos ensinaram.

Claro, haviam Donos malvados, assim como há chefes malvados hoje que exploram seus funcionários, até mesmo não pagando salário, ou enrolando para pagar, ou fazendo trabalhar muito mais, entre tantos outros, ou pagando quase nada, como 1 salário minimo. Hoje temos milhões de pessoas estressadas por causa do trabalho. Mas do mesmo modo, haviam bons Donos, bons chefes. Como os Donos do escravo George Washigton Caver, nos EUA, qual era um menino escravo, mas seus donos viram que ele era muito inteligente e deram estudos e o estimularam, não só o fazendo se tornar independente depois, mas um grande pesquisador, cientista biólogo, agronomo, inventor, que chegou a Universidade e se tornar professor. E do mesmo modo, houve no passado relações de Senhores e Servos saudáveis. Claro, nos filmes sempre mostra um monte de chicotes, como sempre mostra pessoas armadas e tiros; pois isto gera drama e excita o público.

4 - Nos Tempos Bíblicos 
Segundo a Bíblia, o povo Hebreu passou por algum tipo de submissão escrava (no sentindo não assalariado) ou talvez como algum tipo de serventia, do tipo trabalhar para ganhar sustento, como se acredita ter sido no modo Egipsio. Depois, também conta-se que por diversas vezes, o povo hebreu, já como Israel, também foram tomados, por outros povos, como por exemplo, os Babilônios, Medo-Persas, e mais explicitamente ainda, os Romanos. E consta, que mesmo sobre este dominio, hebreus como José e Daniel, foram pessoas que adquiriram muito status, se tornando governantes. Ou seja, é um povo que soube o que era ser Escravo, Em Jeremias, podemos ver muitas lamentações a respeito disso. Sendo que na época, a diferença entre servo e Escravo, a grosso modo, era praticamente, que o escravo era uma espolia de Guerra. Ou seja, um pais que dominasse o outro, a população de tal passava a se tornar escravo; para maioria das civilizações na História foi assim, para a Grécia, no período Heleunistico, com Alexandre (O Grande), foi um pouco diferente, pois, ele tentou submetê-los, através da Cultura e filosofia (aliás, o que esperar de quem foi pupilo de Aristóteles). Voltando, após o flash histórico, servo, em geral, era quando era alguém do próprio povo. Como era 'os métodos de força' dos Donos, variava, conforme o Dono e etc. E claro, ainda mais para a época, era comum, métodos que apelavam mais para a dor fisica, fome e cede. E as vezes,  quando o número era absurdamente alto de escravos, trazendo problemas sociais, inclusive falta de controle, como os Romanos, até mesmo faziam esquemas para reduzir o número de escravos, sendo que, na maioria das vezes, ao invés de libertá-los, simplesmente matavam eles. Bem, se lermos a Bíblia, raramente iremos ver partes que falam quanto a Israel dominar a outros povos, e o que fizera com tais povos no sentido de como tratou-os quanto a trabalho, exército, se torturavam eles, e essas coisas. Todavia, temos o caso descrito de Rute e sua nora, que mostrou uma boa relação, um caso formidável.


5. A Lei Biblica, A Lei de Israel para com As Relações de Dono e o Submisso

Em Israel, havia Leis 'Trabalhistas' (digamos assim), mais explicito no Tora, nos livros de Exodo e Deuteronômio, as quais deveriam ser imperativamente observadas. Algumas descrevo  a seguir

a) Perdão e liberdade em 7 anos
"Se comprares um servo hebreu, seis anos servirá; mas ao sétimo sairá livre, de graça." Êxodo 21:2. Ou seja, apenas duraria 6 anos, o que normalmente acontecia por divida. E ao sétimo ano, era totalmente perdoado da divida (mesmo que não paga), e deixava de ser escravo ou servo.

b) Assim como se tornou escravo, assim sairá
"Se entrou só com o seu corpo, só com o seu corpo sairá; se ele era homem casado, sua mulher sairá com ele." Êxodo 21:3 
Suponha que marido e mulher, e um dos dois se tornou livre, então o outro iria ser livrado junto com ele. Ou seja, a sua família não deveria ser prejudicado com isso. Mas se ele, se casou durante a serventia, e não antes, a condição era diferente. A Justiça estava no sentindo em 'assim como ele entrou', 'assim irá sair', não deveria ser prejudicado quanto a isso.

c) O Direito de Continuar a ser servo, se assim ele quiser

"Mas se aquele servo expressamente disser: Eu amo a meu senhor, e a minha mulher, e a meus filhos; não quero sair livre, então seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta, ou ao umbral da porta, e seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre." Êxodo 21:5-6

Olha essa que interessante, para o caso, de o servo QUERER CONTINUAR a ser servo do seu senhor (uma opção que não foi dada na Abolição da Escravatura Moderna). Se assim o quisesse, iria receber um furo na orelha, indicando que ele seria servo do seu senhor para SEMPRE. Ou seja, até a sua morte, o seu senhor teria que cuidar da família dele, e eles trabalhar para seus senhores. Aliás, repare com "eu amo a meu senhor", isto deixa explicito, que tais relações de trabalho deveriam ser amistosas e saudáveis, de modo a até mesmo o servo amar ao seu Dono.

d) Punição para quem ferir uma mulher grávida
"Se alguns homens pelejarem, e um ferir uma mulher grávida, e for causa de que aborte, porém não havendo outro dano, certamente será multado, conforme o que lhe impuser o marido da mulher, e julgarem os juízes." Êxodo 21:22
Se um a mulher grávida de um servo for ferida, e tiver que abortar, o marido dela irá impor uma multa para o Dono, se os juízes acharem justo. Onde já se viu uma Lei semelhante quanto hoje? Muito atualmente, nas últimas 2 ou 3 décadas, mais precisamente, é que vemos alguns direitos na nossa Lei para com as mulheres grávidas. E alias, semelhante ao modo biblico. O qual o marido colocaria uma multa e este seria julgado pelos juízes. Ou seja, assim como hoje, alguem processa o ex-chefe, ou uma empresa, estipula um valor de indenização, e os juízes julgam.

e) "Olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé"
O famoso verso "Olho por olho, dente por dente" (Êxodo 21:24), que hoje é usada com uma má conotação de VINGANÇA, no contexto é usado como conotação de Justiça e Punição. Ou seja, se o servo for ferido, por exemplo por uma briga, e no caso, uma mulher grávida morrer, então o Dono iria pagar com a vida. (verso 22) Ou seja, traduzindo nos dias de hoje, se uma trabalhadora grávida de uma empresa, sofrer uma agressão no trabalho e morrer, o Dono dela, o Dono da empresa, iria morrer. (era mais ou menos isso). E nos versos seguintes continua a dizer, coisas do tipo: Se alguem cegar 1 olho de algum dos servos, então, a sua divida será automaticamente perdoada, e ele será deixado livre. Ou seja, se fosse hoje, se você se tornasse servo de alguem porque lhe deve 100 bilhoes de dólares, e alguem ferir seu olho, e você ficar cego, toda sua divida será perdoada e você vai para casa. E por ai vai vários exemplos. "Olho por olho, dente por dente", queria dizer para os DONOS: "Se alguem sobre os seus cuidados, sofrer qualquer coisa, nem que seja perder um dente, você vai ter que pagar por isso, e libertá-lo." A Lei de Israel não era uma Lei 'negociável' como a de hoje é entre sindicatos e donos, não era uma Lei comoda, muito menos INTERESSANTE para os Donos, não visava fazer os donos ter benefícios, lucrarem, pouca responsabilidade; pelo contrário, era uma Lei de dar medo.Uma Lei muito invejável, a qual a Lei de hoje se distância exponencialmente favorecendo burgueses e ricos.

f) Proibido sequestrar, raptar, tráfico de pessoas
"E quem raptar um homem, e o vender, ou for achado na sua mão, certamente será morto." Êxodo 21:16
Raptar, sequestrar alguem para vendê-lo era totalmetne proibido, e a punição era a morte. Ou seja, escravizar como foi na época do Tráfego Negreiro, que sequestravam os homens de suas tribos na África. Segundo a Lei de Israel, a Lei de Moisés, tais pessoas seriam punidas com a MORTE, por terem raptado, sequestrado. E ainda mais, aquele que tratasse uma pessoa como uma "mercadoria", este seria morto. Era uma Lei extremamente dura. Mostrando claramente, a filosofia de Deus, qual é inadimissível desrespeitar a vida de uma pessoa, ou seja, não poderiam ser tomados a força; e ao mesmo tempo, inadimissível, para Deus, tratar um ser humano, a sua criatura, como uma 'mercadoria'. Quando mais, segundo a Bíblia, Deus resgatou toda a humanidade, do pecado, com o valor do Seu sangue, comprou a humanidade com a própria vida. É uma grande blasfêmia vender alguém, assim como os irmãos de José fizeram com ele.

g) Mantimentos e Condições para Recomeçar a Vida

"E, quando o deixares ir livre, não o despedirás vazio. Liberalmente o fornecerás do teu rebanho, e da tua eira, e do teu lagar; daquilo com que o SENHOR teu Deus te tiver abençoado lhe darás." Deuteronômio 15:13-14

Quando a pessoa era perdoa e libertada, o seu Dono tinha que lhe dar recursos básicos para se manterem e recomeçar a vida. Semelhante a MODERNA ideia do Fundo de Garantia e do Seguro Desemprego, isto já havia na Lei Bíblica. Digo, parecida, porque a moderna, isto é um custo, qual o dono tem que pagar, ou é descontado do salário do trabalhador; mas que para Israel, deveria ser dado como uma doação.

h) Repouso Sabático - 1 dia de folga / semana
"Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas." Êxodo 20:10
Assim como todo Israelita que observavam a Lei de Deus, os servos, escravos, tinham que guardar o 4º Mandamento - guardar o dia de sábado [O Memorial da Criação, Gênesis 2:3]. Era proibido trabalhar, nem o servo, ou escravo, ou seja quem fosse. Ou seja, eles teriam 1 dia de folga na semana, jornada de 6 por 1, sempre aos sábados. (claro podia ser mais do que 1 dia de folga, dependendo do Dono. Além das outras festividades israelitas).

i) Ajudar os pobres
"Quando entre ti houver algum pobre, de teus irmãos, em alguma das tuas portas, na terra que o SENHOR teu Deus te dá, não endurecerás o teu coração, nem fecharás a tua mão a teu irmão que for pobre; Antes lhe abrirás de todo a tua mão, e livremente lhe emprestarás o que lhe falta, quanto baste para a sua necessidade." Deuteronômio 15:7-8
Quanto as causas das dividas, que normalmente levavam a tal condição, muitas vezes se pensa: "Ah! A pessoa era pobre não tinha como se sustentar e acabou fazendo dividas." Mas até isso, a Bíblia contesta. Pois de acordo com tal, quem tinha como ajudar o podre, era seu dever ajudar. 


j) Proteção ao que tentasse fugir
"Não entregarás a seu senhor o servo que, tendo fugido dele, se acolher a ti; contigo ficará, no meio de ti, no lugar que escolher em alguma das tuas portas, onde lhe agradar; não o oprimirás." Deuteronômio 23:15-16
Um servo/escravo que tentasse fugir e fosse capturado, não deveria sofrer punição, muito menos ser morto, mas antes, deveria ser protegido. Esta Lei mostrava a misericórdia e benevolência com que as pessoas deveriam ser tratadas. E não o contrário como é hoje, que algo semelhante numa empresa, normalmente é tratado como uma Demissão por Justa Causa. Nas entrelinhas, está Lei dizia que se ele tentou fugir, é porque o Dono está sendo um péssimo exemplo, está desonrando a Deus, e deveria acolhe-lo, mostrar sua hospitalidade, pagar a divida que fez para com o seu servo e com Deus, por ter tratado-o não justamente. Os donos tinham que ser carinhosos com seus servos.


k) A Razão Destas Leis
"E lembrar-te-ás de que foste servo na terra do Egito, e de que o SENHOR teu Deus te resgatou; portanto hoje te ordeno isso." Deuteronômio 15:15

Há mais diversas outras Leis, e exemplos bíblicos que falam sobre esta questão de trabalho, entre tantos outros. Destaquei algumas que mostravam a relação de trabalho entre Dono (senhor) e servo e/ou escravo. Mas creio serem estas serem suficientes para quebrar qualquer argumento dos 'anti-cristãos' e 'ateus' para em dizer que a Bíblia apoia a escravidão. E para encerrar esta sessão, apenas coloco mais 1.

l) Empréstimos sem Lucro
"Ao estranho emprestarás com juros, porém a teu irmão não emprestarás com juros; para que o SENHOR teu Deus te abençoe em tudo que puseres a tua mão, na terra a qual vais a possuir." Deuteronômio 23:20
Sem sombras de dúvidas, esta é uma das Leis que mais me surpreende. Deixa claramente, que as relações de trabalho não deveriam visar o LUCRO, a exploração, o enriquecer a custa dos outros; e, especialmente, em consideração ao Empréstimo, não deveria ser tratado como um produto financeiro, como hoje o é. Hoje, de certo modo, o Sistema Financeiro Capitalista, mais especialmente, as Instituições Financeiras, como Bancos, o grande produto que as vezem LUCRAR e ganhar muito dinheiro, talvez o principal produto em volume financeiro e rentabilidade (mas falta eu avaliar números para ter certeza, mas acredito que seja). É o Lucro sobre empréstimos. Ou seja, emprestar R$ 10.000,00 para uma pessoa, e cobrar, como dívida, R$ 20.000,00, e assim lucrar R$ 10.000,00 nesta operação.

Quanto a esta Lei, eu certa vez eu até conversando com meu amigo Elcio questionei: "Mas isto é um absurdo! E os riscos de inflação? A pessoa teria prejuízo no empréstimo?" E o risco de inadimplência? Pensava eu? E o risco de capital, de ficar com o dinheiro parado, enquanto podia estar sendo investido ou rendendo de outros modos? E eu pensei muito sobre isso. Pois, literalmente, emprestar dinheiro, segundo a Lei Bíblica era sofrer um prejuízo. Isto deixa ainda mais claro os conselhos de Salomão em Provérbios quanto a ser fiador de alguem, ou emprestar algum dinheiro; que deveria se evitar isto, e que, ao mesmo tempo, deveria por condições duras, fazer contratos fortes como até mesmo "que a pessoa dê suas roupas como garantia" (ou seja, se não pagar, a pessoa fica nú, até pagar), para ter o seu empréstimo pago. Pois lembra de uma da 1ª Lei exposta? A pessoa poderia fazer uma divida de 1bilhão com você, se tornar seu servo para pagá-la, e, no máximo em 7 anos, seria perdoado desta divida. Ou seja, um calote absurdamente alto!!! Foi então, que depois de muito pensar eu compreendi, que está Lei explorava bem o caráter da Lei de Deus, e da Lei de Israel. Emprestar significava um ato de misericórdia, renúncia e sacrifício próprio. Não era comodo, não era lucrativo; mas pelo contrário, era literalmente por a mão no fogo, era se sacrificar por alguém, era ser misericordioso. Aliás, isto ficou mais claro ainda, quando Jesus fala sobre isso através de uma parábola (A Parábola do Credor Incompassivo, Mateus 18:23-35), o qual resumidamente, em essencia significa, Perdão, e diz assim:
"Por isso o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos; ... Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida."

E vale a pena olhar mais sobre esta parábola, e ver o que ela falava sobre perdoar. Que devemos perdoar uns aos outros, mesmo as nossas dividas impagáveis. É nisso que se baseia o Reino dos Céus. É uma lição sobre perdão. As Leis Biblicas, a Lei de Israel, a respeito do trabalho de Serventia/Escravos, era uma Lei de Perdão, que testificava, com ações duras para os credores, perdoar os devedores. E é assim, como Jesus disse no modelo de oração que nos deixou: "Perdoe as nossas dividas, assim como nós perdoamos os nossos devedores." A Lei baseada no perdão!  

A Lei de Trabalho A Força em Israel, na Bíblia, significava A Lei do Perdão. Foi a esta conclusão que eu cheguei.

Eu até me perguntei como uma nação poderia ter uma saúde financeira assim? Pois é o totalmente oposto de hoje. Todavia, atualmente, o Mundo Capitalista Contemporâneo está lidando com este dilema. Os países mega endividados, as suas dividas estão destruindo a saúde das nações, como o caso da Grécia, que tem provocado uma crise e temores em todo o sistema financeiro do mundo. Além dos Bancos dos Estados Unidos em 2008. E até o momento, as melhores soluções encontradas fora o PERDÃO DAS DIVIDAS. Muitos bancos foram resgatados pelos Governos, e no caso, a Grécia, teve 50%, metade, da sua divida perdoada, muitos bilhões de dólares perdoados (ou como os mais pessimistas dizem, Um Calote Histórico). Claro, por um lado, os ricos, os bancos, países, credores de tais, sofrem as consequências disso, no quesito perder poder financeiro. Todavia, esta foi a melhor situação pensando no todo, pensando na própria saúde. E hoje, uma reflexão podemos pensar quanto a isso. Pois Israel, foi fundamentada numa Lei de Perdão, e hoje, se tornou uma das mais poderosas nações do mundo, os Judeus, sempre retratados como ricos, detentores de grandes Corporações e fortunas. Será, que não é isso que está faltando ao mundo hoje para melhorar sua situação politica, social, econômica...? Aprender a perdoar?


5 - O Caso de Jesus
Quando o Messias veio a Terra, a grande maioria, inclusive o próprio João Batista considerava que Ele livraria o povo das mãos dos Romanos. Todavia, em nenhum momento Jesus se opõe a isso, e ainda mais, deixou claro que não é disso que ele veio 'se importunar'. Mas se sujeitou a uma vida sob o dominio de Roma, pobre, com trabalhos pesados e humildes. E num momento mais tenso, os chefões de Israel, interessada nos próprios interesses, e no que todos tinham grande expectativa, tentaram o por contra Roma, perguntando, se era justo pagarem tributo a Roma. E a resposta de Jesus foi "dái a César, o que é de César e a Deus, o que é de Deus." (Lucas 20:25) Jesus deixando claramente, para pagarem os tributos e impostos de seus dominadores; para continuarem a sujeitar-se a eles; e ainda mais, ensinou, a trabalhar em dobro, metaforicamente. Quando disse, se alguem pedir para que ande 1km, ande 2; se te pedirem 1 real, lhe dê 2 reais; e assim, sempre atender em dobro o pedido da pessoa. E ainda mais, disse para amar e orar pelos seus inimigos. Em outras palavras, o exemplo de Jesus, era totalmente proposto a qual tipo de modelo Sindical de hoje, sobretudo o de boicotes, greves.. E além disso, Ele disse para ricos darem tudo aos pobres. Disse, para as pessoas não procurarem juntar tesouros neste mundo.

Em grosso modo, Jesus tentou deixar bem claro para as pessoas não serem interesseiras. Não fazerem seu senso de justiça pensando em recompensas, em ganhar algo, em enriquecer, em ganhar poder, em lucros, e coisas desse tipo. Pois como já afirmava as Escrituras, 
"Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." 1 Timóteo 6:10 
 Ou seja, se formos pensar bem; este era tanto o desejo de escravos e servos quanto o dos Donos; ambos estavam no mesmo barco, só mudava a posição de cada uma, o Interesse, a Cobiça (proibido pelo 10º mandamento da Lei de Deus). E Jesus estava ensinando para ambos saírem desde barco, e irem para uma nova dimensão, a de, como Pedro, andar sobre as águas. Não precisam, do patrimônio, ou propriedade privada (barco), nem de poder de consumo (comprar o barco), apenas precisavam segui-Lo. O mesmo Jesus que replicava as palavras de Moisés (sim estava na Lei antiga também), amar ao próximo como a si mesmo, fazer ao próximo o que gostaria que te fizessem, ser um pacificador...


"Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; "
Mateus 5:5-9


6 - Conclusão Final
Não há acordo entre o modelo Bíblico de Leis que deveriam reger seus cidadãos quanto a questão de escravos e servos, além da filosofia da moral biblica de como deveria ser o comportamento, e o modo de lidar com o próximo. Ou como em Isaias 58 anuncia,

"Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo?
Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne? "
Isaías 58:6-7

Não há conciliação da Bíblia para o modelo de Escravatura que houve nos séculos recentes; sobretudo, para com a violência, ou exploração, ou tráfego. E além disso, já impunha Leis Trabalhistas, muitas quais, apenas muito recentes, nas últimas décadas, através de greves, entre outros protestos, em muitos lugares do mundo criaram Leis Trabalhistas palidamente semelhantes em teor de justiça e comprometimento do dono, do rico; pois a de hoje, foram feitas através de 'negociar', ou seja, ainda tem um certo grau de conforto para os Donos, patrões; enquanto que a biblica, foi imparcialmente feita pelo Senhor, ou pelo Moisés (como alguns alegam), que era o Lider de Israel, mas qual fez Leis que fossem extremamente duras para com os Donos que não cuidassem muito bem dos seus servos; e que por cima, em 7 anos, de um jeito ou de outro, não importa o que fosse, seriam libertados. E acima de tudo, está Lei, e o trato deste relacionamento entre 'quem manda e quem é mandado', tinha que manifestar o caráter de Deus, como exemplificado com Jesus, e sobretudo, a respeito do Perdão Divino; pois financeiramente, quem sempre saia perdendo era o dono, o credor, o patrão; mas a este, Deus prometia bençãos sem medidas. Era uma Lei contra o a Exploração, o Interesse e o Lucro e fundamentada no Perdão e Amor ao Próximo. Tal semelhança, não podemos encontrar nos modelos de trabalho em nenhum lugar no mundo na História, seja no Mercantilismo, seja no Capitalismo, tampouco na Abolição dos Escravos em 1888.

9 comentários:

Anônimo disse...

"E quem raptar um homem, e o vender, ou for achado na sua mão, certamente será morto." Êxodo 21:16

Mas é claro. Ser vendido com certeza é um dano maior do que ser morto.

Raptar alguém? Pecadão horrível!!!! Aberração da humanidade. Ato pavoroso.

Matar quem cometeu tal erro? Hum, isso é normal. Aliás, é recomendação divina.

Rapto é mal. Morte é normal.

Essa inversão de valores na bíblia é de lascar. E ainda há quem defenda esse tipo de coisa.

E. C. O. Schulz disse...

Olá Anonimo, obrigado pelo comentário.

Gostaria de tentar entender o que você quis dizer com "é normal"?

E onde que há a inversão de valores? Sendo que na Lei do Decálogo, há o mandamento "Não matarás".

Se foi o que entendi, você está questionando que a punição de um ato proibido pela Lei no contexto deles, naquela época, fosse a morte, é algo ruim, injusto. Se for isso, também acho interessante este pensamento, todavia, isto tem que levar-nos a uma outra pergunta: "Por que?"

E diante disto, gostaria de saber quais razões, condenaria este tipo de punição, baseadas em quê. E ao mesmo tempo, as razões pelas quais é uma punição ruim, injusta, desproporcional a tal ato.

Anônimo disse...

É no mínimo interessante um Deus que num diz "não matarás" e em outro dia diz "se fulano raptar, mata. Se fulano trabalhar no sábado, mata. Se acharem mulheres casadas e crianças do sexo masculino num povo a ser conquistado, mata. Mata, mata, mata, mata!".

E aí vem o filho dele (que na verdade era ele encarnado ou coisa assim) e diz: se te derem um tapa, não mate, dê o outro rosto.

É um tal de manda e desmanda nesse livro de lendas chamado de bíblia que chegar deixar o sujeito meio tonto.

E. C. O. Schulz disse...

de fato, concordo plenamente... é intrigante, quando vemos por cima... ainda mais quando se usa a mesma palavra para expressar conotações diferentes... por isso tem que estudar a fundo... senão, não se irá compreender nada.

Mas ainda, estou curioso, você não colocou sua colocação e base filosófica a respeito da punição, justiça e morte.

Lagrange disse...
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Unknown disse...
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Unknown disse...
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E. C. O. Schulz disse...

Olá Daniel, desculpe se tais palavras provocaram tais efeitos colaterais, não sabia serem possíveis, da próxima vez vou colocar um aviso. Mas toma um dramin que passa rs.

Creio que não entendeu o texto, recomendo relê-lo. Não estou defendendo nada. Não estou defendendo nenhum modelo do que houve e há no mundo, na sociedade, como relações de poder. Tampouco estou defendendo a "escravidão" histórica que ocorreu com os negros, assim como a escravidão do capitalismo, consumismo entre diversos outros que pode incluir na lista.

Faço, apenas alguns nuances/observações/provocações a fim de quebrar alguns 'tabus' sobre o assunto. Pois muitas vezes - e isso é sempre necessário - precisamos desconstruir significados dados a tais ideias/palavras, para poder construir. No caso, para nós, neste século é a 'respeito de Escravidão', geralmente, os livros, jornalistas, nossos professores, filmes, a mídia, sempre falam de escravidão como algo que constitui apenas os elementos x1, x2 e x3 no conjunto A. E todo mundo, quando houve falar em 'escravidão' logo associa e pensa em x1, x2 e x3. Enquanto que se for estudar/averiguar a fundo, irá encontrar uma quantidade muito maior de elementos, situações, conjuntos, particularidades... de modo que ao se ouvir novamente tal palavra, a impressão não será mais apenas (associando 3 elementos) mas um leque com uma ideodiversidade imensa, e verá que é no minimo um equivoco julgando com esses tabus.


Desconstruido isso. Apresentei simplesmente como a Bíblia trata a questão, dessas relações de poder. O modelo que ela propõe que ela diz que a sociedade (no caso Israel) deveria se compor. Porém, que temos informações de sobra, inclusive na própria Bíblia para saber que raramente Israel observou tal modelo; um item ou outro era feito, e muitos deles, deturpados. Mas a questão não é o que fizeram ou não, o que foi feito na História, o que os EUA, o que Portugal, Espanha, Ingleses, Brasil, fizeram... a questão é o que a Bíblia, o que Deus, diz que deveria ser feito nesta relação, que no caso era a de "Senhor e Servo".

O texto que você colocou apenas colabora ao texto. "Não dominareis com rigor, uns sobre os outros."

Unknown disse...
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