07 agosto 2013

Cuidado com os pregadores e carismáticos

Me deparei com uma critica a matéria do Hypescience no blog do Michelson Borges da qual discordo a abordagem feita e faço aqui a minha.

Concordo em parte que a matéria foi feita (ainda mais o título) de forma plenamente tendenciosa e generalista de forma a criticar os crentes ouvintes de oradores em igrejas:

Por outro lado, sinceramente nunca liguei muito para esse "bulling crente", talvez a maioria mereça mesmo. Pois as religiões cristãs aqui no Brasil, do que eu tenho visto seja na minha religião, em outras, ela tem adquirido um caráter muito mais com cara de espetáculo, ou teatral, ou um mero entretenimento. Em que os oradores mais destacados são aqueles que tem um discurso mais sofista, ou que tem uma oratória muito boa, ou são engraçados, ou falam de maneira muito cativante, ou são muito carismáticos. E são feitos como que uma atração. O conteúdo em si são minimo, a maioria fala mamão com açúcar, ou quase nada, é sempre aquele discurso leve e agradável. Acho triste a comparação mas me parece uma novela da Rede Globo. As pessoas saem de casa para ir na igreja ver uma novela, em que a novela acontece ali no palco da igreja (como tem se caracterizado ultimamente), local onde 'exercer sua fé' significa ficar sentado em bancos olhando para frentes, calados, e bitolados, prestando atenção no que ocorre no palco por algumas horas.

É infeliz isso, e eu sempre olho com muita suspeita quando já vejo aquele discurso carismático e sofista. A Razão tem saído das igrejas. Esses que deveriam se voltar num estudo aprofundado e racional da Palavra, em geral, isso é exatamente o que não fazem. É cada vez mais comum, em algum momento apenas pedirem para 'ler um versículo' da Bíblia, a fim de relacionar o tudo o que ele falou; como se isso, validasse tudo o que ele disse e sua atitude de muita oratória e pouca Palavra. Enquanto isso as pessoas ficam lá sentadas como que vendo TV, sentadas confortavelmente ouvindo e ouvindo e não refletindo, não pensando, não raciocinando, investigando em seus pensamentos. Creio eu que passado algumas horas, ou mesmo um dia, se interrogados sobre o que foi dito/ensinado nessa 'pregação' elas pouco irão lembrar, se é que lembrarão algumas idéias vagas, que normalmente será os clichês 'leite com açúcar'.

Pense nisso.

O mesmo para a música. Como disse há muitos anos o professor do cursinho: "As músicas hoje só servem para cantar e dançar, menos para pensar.", "Já as antigas não, você liga o som, senta na poltrona, e começa a pensar."

"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus."

Romanos 12:1-2




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