20 abril 2012

Igreja - Ir? Por que?

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Creio que como todos os cristãos (não sei quanto se outras religiões há esse costume), um dia nos perguntamos: "Why? Por que ir à Igreja?" E por diversas vezes esta pergunta teclou em minha mente, procurando uma razão mais consistente do que o formalismo e a tradição.

Antes de mais nada, creio que seja bom deixar claro, que na minha concepção:
1. Igreja  Denominação Religiosa
2. Igreja Templo Religioso


1. Quanto a denominação
No meu ver, um dos versos que mais me deixa claro nas Escrituras é Atos 2:47 que diz:
"E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar."

Nesta concepção, Igreja é o nome dado ao grupo daqueles que Deus acolhe, pessoas que serão salvas. E quando, eu pelo menos, pensamos nisso, não tenho a concepção de que Igreja é um CNPJ, ou um Nome na Praça, ou Uma Denominação INSTITUCIONAL. Mas sim, de que Igreja, é um conjunto formado por pessoas espalhadas pelo mundo, das quais acredito que haverá tanto cristãos, como islãs, budistas, e - por que não? - ateus; do mesmo modo, como dentro dos Cristãs, há tanto protestantes quanto católicos, e das mais diversas denominações protestantes. Mas isto já é outro assunto.

Logo, quanto a isso, quero deixar bem claro, na minha visão, que NÃO VOU A IGREJA por achar que é o grupo exclusivamente certo, o qual será salvo, e que apenas pertecendo a ela, também estaria no grupo certo e seria salvo. Mas por outro lado, em certo momento da minha vida, no meu nível do entendimento que possuia, eu já pensei assim. O que quero dizer, é que, no meu entendimento de hoje, "uma denominação religiosa", em si, não há NENHUM motivo suficiente substancial para eu frequentar a 'igreja' (neste sentido denominacional).

2. Quanto ao Templo Religioso
Na Bíblia, vemos a ideia de "Templo religioso" como um local especificado, qual os homens consagraram para servir solenemente de lugar de adoração a Deus. Todavia, na Bíblia, o a palavra "igreja" só veio a surgir no Novo Testamento. E mesmo no Novo Testamento, igreja, de algum modo, tambem foi tratado com a conotação 'não de pessoas', mas 'de um lugar especifico para adoração ou reunião destas pessoas'.

Bem, mas no Antigo Testamento, crieo, que no meu ver, o conceito de Templo, veio dos Altares, onde eram feitos sacrificios de novilhos, conforme a tradição, as pessoas tinham que empilhar 12 pedras, e ai seria feito um altar para Deus. As vezes, tendas eram usadas como um templo. Até que então, no Exodo, vemos o Templo instruido por Deus a Moisés para que fosse construido durante a peregrinação no deserto, como uma semelhança do Templo Celeste. E ao mesmo tempo, é neste, que mais deixa claro, que o CENTRO da idéia de um Templo, era não só o Sacrificio de Jesus (o Cordeiro), mas o Plano da Salvação e Redenção do homem, como a parte do bode expiatório. Após isto, diz que Israel nunca mais teve um Templo realmente digno a Deus, até que então, Davi projetou um Templo e seu filho, Salomão, o construiu, o qual ficou conhecido como "Templo de Salomão", que foi edificado em Jerusalem, e que diz a literatura que era tão impressionante, que pessoas, lideres e governantes de outras nações e povos vinham até Jerusalem para conhecê-lo, como foi a Babilônia. E de depois mesmo este templo foi destruído, e depois reconstruido (Xerxes). E depois, no Novo Testamento, o que mais vemos não são Templos com esta denominação em si, pois de certo modo, é como se o Templo de Salomão ficou eternizado como o único que se valeria chamar de "Templo" entre os judeus, e então, tivemos a idéia de Sinagogas, como se fossem os novos modelos de templos.

Todavia, mesmo quanto a toda essa IMPORTANCIA humana dada aos templos, Jesus, outrora cutuca a mente daqueles religiosos dizendo que "não sobraria pedra sobre pedra" do 'templo'. E claramente evidenciando que ali não estava a RAZAO. Os templos em si, não são lugares, solos - repito - EM SI, sagrados, ou algo com que realmente devemos estar ali, ir ali. Apesar que há outro aspecto Espiritual (e que no meu ver envolvem anjos, que poderia ser mais profundamente abordada nesta questão), mas deixo isto para outro post. Não é por isso, que devemos ir ao Templo, para pisar Nos Átrios, da casa dedicada a Deus.

Logo, também o que quero dizer, é que no meu ver, o IMÓVEL em si, não há nada justificavel, substancial, que me sirva de motiva a ir à 'igreja' (no sentido de templo, imóvel ou construção civil).

Então, por que motivos?
Quando penso num "why?" não me vêm 1 único motivo em mente, mas um grupo de motivos. Não é minha intenção falar sobre TANTOS, aliás, às vezes, pode ser até mesmo apenas a 'responsabilidade' e o 'espirito de dever', para nos educar a sermos diligentes. E quanto a esses motivos, no meu ver, uma boa descrição de grande parte deles o C. S. Lewis descreveu no livro "Cristianismo Puro e Simples". Mas eis alguns motivos que considero muito substanciais:

1. Familia
Em geral, o senso de familia se dirigi muito para os laços consanguineos de 1º grau (pais, vós, irmãos, tios, primos); um senso de 'familia reduzida', ao meu ver e que, tambem, se faz fechar um pouco para um visão mais em prol da humanidade. Todavia, Jesus mesmo disse que a sua familia de sangue mesmo, não O entendia, e O rejeitou - como seus irmãos. Mas Ele adotou toda uma familia, uma humanidade, de judeus e e gentios. Ele se relacionou com pessoas, quais poderiamos considerar como mera Amizade, mas elevo-os a condição de familia.

Quando penso na Igreja, eu penso como uma grande familia, não uma familia fechada que vive para si, mas uma que quer se extender, expandir, incorporar e influciar ainda mais pessoas mesmo que não sejam desta familia, mas como se fossem. E, que ao mesmo tempo, pelo menos, um entende porque o outro vai ali, e é por causa 'desta familia'; são pessoas diferentes, de laços diferentes, mas possuem algumas convicções em comum. E nisto, há várias atribuições, como uma ajudar o outro, um zelar pelo outro; é uma familia estendida; e de certa modo, mais focada num propósito; enquanto a 'familia consanguinea' é muito focada mais nas 'reuniões de familias' e tarefas da vida.

2. Companheirismo e União
Numa conversa com meu amigo que participa de um grupo de ciclismo de 40 pessoas, toda terça a noite andam pelas ruas de São Paulo, ele disse, que é meio que "sem graça", ele não sente como um grupo unido, uma familia, um companheirismo, mas apenas como um ciclista, um grupo de pessoas andando de bike pelas ruas, e os afetos, papos não vão muito além disso. Mas quando é com um grupo familiar da igreja, é diferente, há aquela união, companheirismo. Além disso, um tende a ajudar a o outro, sobretudo quando há situações de desanimo, dificuldade, comemorações, entre tantos outros. Como diz nas Escrituras:

"Pensemos uns nos outros a fim de ajudarmos todos a terem mais amor e a fazerem o bem. Não abandonemos, como alguns estão fazendo, o costume de assistir às nossas reuniões. Pelo contrário, animemos uns aos outros e ainda mais agora que vocês vêem que o dia está chegando." Hebreus 10:24-25

Está união, é importante, não só para nós, no sentido de nos ajudar, mas também no de ajudar aos outros, a fortalecer os outros, como na fé, na esperança, nas provações e situações dificeis e privações que muitas vezes sofrem na vida por causa desta fé. [Sim, "liberdade religiosa", não é algo muito respeitado na prática. E creio que isto, só quem realmente vive uma religião, sabe o que é enfrentar esses obstáculos no Mercado de Trabalho, na Faculdade, no Emprego, nos Relacionamentos...]. A união motiva, inspira, sobretudo quando é preciso lutar contra uma multidão.

3. Relacionamentos Duráveis
Algum comum de se ter nos grupos religiosos é uma especie de marca indestrutivel pelo tempo. Claro, a afinidade pode-se perder com a ausência. Mas isto não vai impedir, que tais pessoas, mesmo que se encontrem depois de 5 ou 10 anos, ainda tenham um grande prestigio uma com a outra, lembraram dos velhos tempos, e mesmo as realidades deles - que partilham de coisas comuns - ainda serão novidades a serem assuntos de conversa. Além disso, eu vi isso com muitas pessoas e comigo, mas até me formar no colegial, eu praticamente, tive uns 5 grupos de amigos, e alguns GRANDES AMIGOS, mesmo algumas dessas amizades sendo mais intensas, com o tempo se perdeu, algumas, na vida adulta, por causa do trabalho. Mas, quanto os da igreja, duraram, permaneceram boa parte, e algumas delas, apenas diminuiu a intensidade, outras aumentaram, mas permanece. Tenho certa gratidão a Deus, em dizer, que tenho amigos ali, desde minha meninice. Claro, com o tempo, os assuntos, tempo, casualidades mudam, e agora mesmo, damos mais atenção para nossas namoradas entre outros afazeres, lutas da vida; mas mesmo quando nos encontramos, não temos dúvida, é nosso amigo, e podemos ter interessantes conversas.

Além disso, no Clube de Desbravadores, pude ver homens se formarem desde que tinham 9, 10 anos, e eu, apenas 17. Alguns casaram, alguns tiveram filhos, se formaram, e poder viver isso.

4. Aprender a Lidar com Pessoas e Desenvolvimento Pessoal
Uma das coisas mais interessantes que vejo na igreja é ter uma grande mistura de pessoas; cada um com suas peculiaridades comportamentais, habitos, vicios, tendências, jeito, desde pobres a ricos, bebes a velhos, magros a gordos, super estudiosos a super desleixados, esforçados e diligentes aos preguiçosos, experientes e novatos; os de familia mais tradicional e conservadora, aos mais rebelados e dissolutos, sérios aos zombadores. E nisto, você vai aprendendo a ter lições de humanidade, a entender mais as pessoas, o mundo; suas referências e 'variedades' ficam maiores.

E também, nisto, muitas vezes se incluem atividades e cargos (trabalhos voluntários), entre outras situações, que você aprende mais a perder a vergonha de falar em publico, a se comunicar num pulpito, a defender uma idéia, mesmo que filosófica, a ter um contato do tipo 'estudo' com o um Livro. Ter mesmo experiencias de liderança, administração, secretário, contador. E nisto, é fácil de se ver, que é comum achar pessoas cristãs de 14, 15 anos, que tem uma bagagem pessoal, de experiencias, muito mais ricas e envolventes (que envolvem muito mais areas da vida fisicamente, mental, espiritual, emocional), do que pessoas de 20, 30 anos, que as vezes apenas viveu fechado dentro de uma familia, da escola, viagens e trabalhos.

5. Projetos Edificantes
É comum nas adtividades e diversões comuns da sociedade coisas totalmente fragmentadas e temporais; muitas quais, as vezes só se gasta dinheiro, e tem alguns minutos ou horas de diversão, mas que no dia seguinte, já não lembra, não faz questão, não te impactou. Na Igreja, é possível fazer atividades, projetos e coisas de longo prazo, coisas voltadas para conteibuir, edificar, melhorar a vida das pessoas. E isto traz um certo sentimento de realização especial, uma satisfação de sentir-se útil, de estar investindo e as vezes, daqui 10 anos, colher o resultado. Além disso, uma grande quantidade de pessoas, podem se reunir sem fins lucrativos, para desenvolver obras e atividades em prol de outros, sobretudo os necessitados.

6. Alegria
 "Alegrei-me quando me disseram, vamos à casa do Senhor." Salmos 122:4

Poucas coisas são tão especiais e gratificantes quanto poder abrir o seu coração a Deus, como particularmente em casa ou das formas mais simples, erguer um cantico de louvor, entre outros. Mas quando se ajunta com outras pessoas, as vezes multidões, tudo desenvolve algo ainda mais especial. Assim como a parte da Música, a qual, ao meu ver, só faz verdadeiro sentido e valor, quando se trata de louvor. Nada como ver um coral de dezenas de pessoas reunidos, depois de ensaios para louvar o nome de Deus. E de certo modo, acho que o grande destaque aqui vem a ser os 'canticos de louvores'. Que no meu ver, tinha que ser algo mais enorme, gigante, congregacional, abortasse as massas, melodias simples de se cantar e cativar; mas ao invés disso, é facil ver votar-se para um aspecto teatral e de shows musicais (ver Problema 4).

7. Auto-Preparação
Meu querido amigo Eliezer coloca que "Paulo fala com Corintios que "nós somos templo de Deus, e que o Espírito dEle está em nós..." Se somos um templo, precisamos saber como se comportar, e como cuidar... só frequentando e respeitando a igreja que aprenderemos e ficaremos mais concientes do templo que somos."

De fato, se passamos a encarar como verdadeiras estas palavras de que somos o Templo de Deus, o Templo do Espirito Santo, tentaremos fazer deste modo.  Todavia, de onde viram nossas referências e ensinos (práticos) do que seria isto? E aí entra a Igreja, onde podemos tirar lições, exemplo, nos projetar nossas atitudes e como consideramos. A Igreja, se torna, de certo modo, um laboratório e uma arena, para por em prático, tentar compreender, tirar lições, desenvolver e aperfeiçoar nosso caráter. Pois, se não agimos com zelo para com as pessoas, as coisas da igreja; não faz muito sentindo 'internalizar' nossas atitudes para com Deus.

8. Abranger o Desinteresse dos Interesses Próprios
Em geral, quando uma pessoa não quer participar de uma Igreja, ou simplesmente ir, é que na verdade ela está dizendo que ela tem ou quer "outras coisas" que vê como sendo mais 'atrativas' ou 'lucrativas' ou 'interessantes' para SI. As vezes, é fazer cursos profissionalizantes, ou extracurriculares, ou idiomas, ou sair para diversões cotidianos com os amigos e familiares; em geral, apenas abrange o comum de uma vida no sentindo de trabalhar, comer e divertir-se. Mas quando passa a ir para a igreja, começa a abranger um outro aspecto da vida que é diminuir este EGOismo, e passar a de DOAR-se; sim, o doar-se, pode virar um hábito do carater. E nisto, quando vamos a Igreja, normalmente, não temos muito o que receber (normalmente as promessas são futuras), mas temos nosso tempo, nossa atenção, afeições, energia, pensamentos, sacrificio (destas outras coisas que poderia estar fazendo), em prol desta auto-doação, e ao mesmo tempo, criação e desenvolvimento de um espirito de querer conviver e compartilhar com esta familia; e isto chega ao ponto, no qual a balança pode mudar, no qual a pessoa decide por optar a Igreja do que aos Interesses pessoais, como trabalho, educação (ou melhor dizendo, diplomação ou curriculamento - pois Educação mesmo...).

Os Problemas de Ir a Igreja
Como envolve 'pessoas', problemas há de monte. Na própria Biblia, vemos problemas ocorrerem. Por exemplo, em Corintios em que as pessoas tinham a maninha de querer ficar falando em 'linguas estranhas' e se acharem ser 'o mais ban-ban-ban espiritualmente, pois diziam ter o Dom de Lingua'; e ai vemos, Paulo, enviando uma carta a tais reprovando tais, e tentando resolver e acabar com várias 'picuinhas'.
A Lista seria também muito inumerável. Mas creio que as principais seriam:

1. Ver que nem todos são 'santinhos'
Creio que só depois de um certo tempo, a pessoa consegue entender o significado de ser santo. Que é se separar para Deus. E que mesmo, com erros, esquivos, tenta manter a tendencia, se arrepender sinceramente, voltar atrás, e no longo prazo, podemos ver 'a direção' da vida de tal. Mas, também, podemos ver NITIDAMENTE, o joio crescer em meio ao trigo (como disse Jesus numa parábola), e tais, com o tempo, vão ficando cada vez mais nitido. Pessoas que realmente, não estão lá, por causa de fé. E as vezes, até mesmo os piores propósitos, como fingirem serem boas pessoas, receber reputação, status, favores; até mesmo, conseguir uma parceira para a Balada. E, em casos de pessoas de alta patente, até mesmo, dinheiro e votos. E muitas vezes, ver essas pessoas, com propósitos egoistas, muitas vezes desfilando nos lugares de honra, ou como 'lideres e símbolos' desta igreja (grupo de pessoas). E nisto, por exemplo, você em pouco tempo percebe que de 100, talvez 10 ou 5, estudam a Bíblia. Todavia, isto com o tempo, acaba se tornando parte do MOTIVO 4, visto acima, o de aprender a conviver e lidar com tais pessoas, e buscar medidas para ajudá-las e levá-las a algum tipo de reflexão e mudança..

2. Ver que há muito ignorante falando bobeira
É muito comum ver pessoas falando abobrinha quando vão falar de Bíblia, ou pregar. As vezes a pessoa é novata. As vezes, ela não examina profundamente as Escrituras. As vezes, viu uma noticia na TV ou Internet e quer tentar associar aquilo - infelizmente. As vezes, quer usar coisas da Ciência que estão num outro contexto, como sensacionalismo. Mas o que mais doe, é ver pastores, sem conteúdo, sem conteúdo espirital, que mal consegue tirar lições da Palavra; ou interpretando coisas da própria vida, questionáveis, atribuindo a 'providências de Deus'. Todavia, isto tem um outro efeito, além do Motivo 4, que é o de te autoinstruir. Por exemplo, um bom modo de aprender, é ver alguem fazendo errado, vendo a argumentação errada dos outros, isso nos auto-instrui a um senso mais critico, e mesmo um desenvolvimento mais pessoal de buscar o correto, o que seria correto, ou como deveria ser dito. E além disso, parte do ambiente familiar da igreja, são os "comentários" após, como num almoço, onde sempre são feitas essas observações, e naturalmente, é compartilhado um debate de idéias; que para mim, particularmente, foi muito edificante na minha infância, 'ver meus tios discutindo, as vezes ficando bravos um com outro, com debates tão acalorados'.


3. Ver injustiças e abusos
É comum ver pessoas aproveitando e abusando do bom coração dos outros em servir a Deus. Do mesmo modo, é comum ver pessoas usando dinheiro da Igreja, usados egoisticamente para fins pessoais e de modos intemperantes. Todavia, isto também nos gerá mais um senso de justiça, e ao mesmo tempo, cria em nós um instinto e impeto de querer mudar, entrar em ação assim como Jesus expulsou os mercadantes do templo, e buscar edificar a igreja.

4. Perca de Propósito
A Igreja tem uma missão clara e bem definida na Palavra. Mas é o mais comum, é o de ver igrejas que após  um tempinho, entrarem na zona de conforto, voltam-se para as suas cerimonias, programações, um formalismo, um fim em si mesmo, um tradicionalismo não veemente significativo e espirituoso; e nisto começa a se absorver e se constituir apenas de coisas 'humanas'. Este sim, irá te provocar muitas coisas: a) desanimo; b) quero revolucionar tudo; c) orar mais; d) querer trocar ou sair de igreja; e) achar que não tem jeito; f) se acomodar do mesmo modo e perder ou aceitar está perca de propósito.



Por fim, no meu ver, a única coisa que não dá certo e serve de forte instinto para não ir a Igreja, é o do egoismo, dos interesses próprios, o não querer 'doar-se'. Pois, se alguns de fato vão a igreja com propósitos egoistas, interesses pessoais, como o de 'receber bençãos', seja $$$ muito dinheiro, ou curas milagrosas; na verdade, procuram uma Megasena com uma probabilidade maior de acerto; e para tais, existem um monte de denominações na praça, com o fim de sugar o dinheiro destes.

Na Dúvida, qual é a Religião Mais Certa?

"A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo." Tiago 1:27


Bem, está aí as minhas reflexões, de quem fala, há anos, de dentro do campo de batalha, e não das telas do cinemas. E você quais são o seus motivos?

16 abril 2012

Os Médicos de Hoje

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- Ola doutor... sinto isso e isso...
- Hum, você está com uma virose.
- Mas o que é? Qual vírus?
- Tome este anti-inflamatório, este antibioótico... Você tem alergia?
- Hum, tenho.
- Então tome este álérgico também.
- Se não melhorar em 3 dias, 'procure um médico'.
- "Pensei que você fosse um." - diz para si.

(passam 3 dias)

- Ola doutor[2]... sinto isso e isso... eu já passei no médico[1], e como não melhorei voltei aqui.
- hum, você tomou os remédios?
- Sim.
- Bem, tome este outro anti-inflamatório, este outro antibiótico... você é alérgico?
- Sou sim.
- Então tome mais este outro anti-alérgico.
- Mas não posso continuar com os outros?
- Estes são melhores. Se não melhorar em 3 dias, procure um médico[3].

(passam 2 dias)

- Doutor[3], eu estou muito mal, fraco, desidratado, sentindo muita dor... já passei por 2 médicos, falaram que era virose, para tomar...
- Ok, vou te encaminhar para enfermaria, ai você vai tomar sorinho com um dramin, neuvagina e adpirona na veia e irá se sentir melhor; e fazer um exame de sangue e urina.

(4 horas depois)

- Se sente melhor? - pergunta o médico.
- Sim.
- Seu exame de sangue ficou um pouco alterado, parece estar com uma infecção. Tome esse anti-inflamatório, esse antibiótico...
- Mas já estou tomando antiinflamatório e antibiótico há uma semana...
- Ah sim, então procure um clinico geral[4] 'para ver o que é'.

(2 dias depois)

- Olá médico[4], estou com isso e isso há 1 semana, e me disseram para procurá-lo.
- Hum, ok, sente-se na maca... mostre a lingua, tire a camisa...
- Bem, você parece estar com uma 'virose forte'... - enquanto vai escrevendo o receituário - Você
tem alguma alergia?
(...)
- Se não melhorar em 1 semana volte aqui.

(1 semana depois)

- Olá doutor[4]...
- Ainda não melhorou, bem, vou pedir para fazer um exame de sangue e urina...

(2 dias depois)

- É os exames parecem estar meio alterados... você quer tomar um soro, ou um remédio mais forte
para a dor?

(3 dias depois)

- Doutor[5], estou com isso e isso há quase 2 semanas, e passando muito mal, com diarréia e vomito...
- Bem, vou mandar te darem um soro com dramin e de dar esta receita; depois procure um gastro[6], pode ser algum disturbio gástrico-intestinal.

(5 dias depois)

- Olá doutor[6]...
- hum, vou pedir para fazer uma endoscopia e exame de fezes...

(2 semanas depois)

- Olá...
- Bem, os exames deram tudo normal... procure um endócrino... pode ser algum problema hormonal.

(1 semana depois)

[já na UTI]
- Médico[10] É seu estado parece estar um pouco grave. Vamos fazer alguns exames.

(3 dias depois)

[já no quarto internado]
- Identificamos que você está com uma bacteriose chamada
fjaoisjdoajpjpnklnelkshooionoasodalskldas, é muito rara, deve ter ficado resistente aos
antibióticos. Vamos tratá-la com um antibiótico mais forte tarja preta, peço que assine aqui e aqui.

(5 dias depois)
- Doutor[13], já me sinto melhor, mas estou sentindo meu corpo meio estranho, visão um pouco sensível e um pouco de dor de cabeça.
- Hum, procure um neuro e um oftamologista[14]; e tome este remédio se a dor ficar muito forte.
...

(1 semana depois)
- Identificamos que seu figado está um pouco inchado, que está com uma gastrite, e está com os olhos dilatados. Procure um gastro e um neurologista. [15]


(5 anos depois)
- Sinto muito senhora. Fizemos tudo o que podíamos, mas ele não resistiu ao transplante de rim.

14 abril 2012

06 abril 2012

A História da Pascoa - Várias Tradições

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Pascoa, para muitos apenas um feriado. Para outros, apenas ovos de chocolates e banquete com a familia. Mas por que existe tal data? Falarei aqui sobre basicamente as 3 tradições históricas: Judáica, Cristã e Pagã.

A Tradição Judáica
A origem pode ser vista no contexto que envolve o final do livro de Gênesis e inicio de Êxodo -  escritos por Moisés. Quando o povo hebreu estava nas mãos do Egito. Deus escolheu Moisés para libertar e conduzir o seu povo para a Canaã prometida a seus antepassados, em origem, Abraão, e o nascimento de Israel, prometido a Jacó. Moisés foi até o Faraó, e rogou a ele, em nome de Deus, que libertasse seu povo, permitisse os hebreus que partissem. Mas o Faraó endureceu seu coração. E com isso, vieram 9 pragas, enviadas por Deus, as quais apenas afetaram os egípcios, mas não os hebreus. Estes, Deus guardou. Mas mesmo assim, o Faraó se endureceu, não permitiu.

O sacrificio do cordeiro

A última praga, foi especial. Deus disse que todos sacrifissem um 'Cordeiro' puro, imaculado, limpo (um novilho), e aspergisse o seu sangue na porta e umbrais de suas casas; pois a noite, visitaria todas as casas, e aquelas que não tivessem a marca de sangue em suas portas, o filho primogenito (o mais velho) daquele lar, morreria. E, naquela noite, o filho do Faraó morreu desta maneira. E então, finalmente o Faraó permitiu que o povo hebreu saisse do Egito, mesmo que, aparentemente, ser uma loucura, ir uma multidão daquela para o deserto; todos morreriam. E, mesmo assim, deram aos hebreus muitos utensilios, qobjetos e ouro, prata, cobre etc. para sua peregrinação.

Esta data, este evento. O terrível dia da última praga. Mas que significou a libertação do povo de Deus das mãos do Egito, ficou marcado como o Dia da Pascoa.

O significado, na verdade era mais além. Os hebreus, já desde Noé, já possuiam a prática do sacrificio de um cordeiro limpo. Como simbolo do resgate do pecado (pois o salário do pecado é a morte), e que um dia viria o Cordeiro verdadeiro, que se sacrificaria em resgate da humanidade. E aqueles que aceitassem esse cordeiro, aceitassem seu sangue para salvar as suas vidas, essas seriam libertadas das mãos do inimigo, do pecado, da escravidão, e iriam para a Canaã, para o lugar que Deus os prometera, um lugar fértil, cheio de vida e paz que Deus lhes preparou. Mas aqueles que o recusassem, por recusar a salvação, apenas encontraria a morte.

Após a libertação do Egito, houve a peregrinação pelo deserto. E nesta longa jornada. Diz, a Palavra, que Deus, conduziu o seu povo, como uma nuvem, uma nuvem que todos os dias, sem falta, em toda a parte do dia, cobria o seu povo, protegendo do sol, do calor, e quando ela se movia, o povo seguia a nuvem; e que também, a noite, ao invés da nuvem, Deus se manifestavam como uma coluna de fogo, que aquecia eles do vigoroso frio da noite no deserto. E também diz que todos os dias, diariamente, Deus enviava Maná, chamado como o pão dos anjos, para eles se alimentarem, e nas sextas-feiras em dobro, para guardar para o sábado, pois no sábado não seria enviado. Em recordação do que posteriormente, no Sinai, ficou conhecido como o 4º Mandamento: "Lembra-te do dia de sábado para o santificar... pois em 6 dias Deus criou os céus, a terra e tudo o que nele há, e no sétimo descansou."

O ajuntamento de tudo isso, tanto do sacrificio da 10ª praga, quanto a libertação, quanto a proteção de Deus no deserto e o maná. Se tornaram o que a grosso modo poderiamos chamar de a Festa da Pascoa Judáica, constituida de:

- A pascoa (a passagem da 10ª praga no Egito);
- Os pães asnos [sem fermento] (em memória do Maná, e do significado do fermento, que simbolizava o pecado e a contaminação)
- As frutas amargas (em memória dos dias amargos nas mãos do inimigo)
- O cordeiro sacrificado (o Messias que deu a vida pelo mundo)
- a festa dos tabernáculos (festa em que passavam peregrinações pelo deserto, em recordação, memória das tabernas, aos acampamentos no deserto, a proteção, e a guia por 40 anos, que os levou a próspera Canaã, terra que derramava azeite, vinho, mel... e de modo, que a festa ficou muito ligada aos ciclos e a colheita agricola)

Praticamente, tais ocorriam no mesmo período, juntos.


A Tradição Cristã

A tradição cristã é um acréscimo a judaica; qual, os judeus, não observam.

O profeta Isaías profetizou, séculos antes, que o Messias, o Cordeiro de Deus, viria e libertaria o povo. E que Ele, como 'uma ovelha muda' iria para o matadouro, seria desprezado por todos e por ai vai... (não vou  falar das dezenas de profecias messiânicas agora). [Ver Isaías 53]

O profeta Daniel, séculos antes, recebeu, por um anjo, informações sobre o que ficou conhecido como a profecia das 70 semanas (sendo que neste contexto profético da Bíblia: 1 dia profético = 1 ano literal). Que, basicamente, o Messias iria iniciar o seu ministério em uma semana especial, mas que, após 3 1/2 anos, metade da semana, após iria morrer, 3, e que depois, disso, esta mensagem, o Novo Concerto, seria pregada ao mundo, chegaria ao coração de todos, romperia a tradição de particularidade dos hebreus, judeus, e chegariam inclusive aos néscios, aos incircuncidados, os gentios (como eram chamados), o que a morte de Estevão, um gentil, tornou evidente seu cumprimento..

No inicio do Novo Testamento, temos João Batista, aquele que foi profetizado também que viria para 'preparar o caminho'; este, quando viu a Jesus, disse que "Este é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.", "o qual não sou digno de tocar suas sandalhas.". João anunciou que Jesus era o Cordeiro, o cordeiro que desde os pais da humanidade, Adão e Eva foi simbolizado pelo sacrifício do novilho, o qual resgataria a humanidade. O cordeiro que desde o Éden, foi profetizado, como o filho da mulher que pisaria, esmagaria a cabeça da serpente (satanás) e que este o feriria o calcanhar. O cordeiro que foi simbolizado na Pascoa, como aquele que salvava as pessoas, a família dos que aceitavam o seu sangue, e que libertaria do cativeiro do inimigo, de Satanás, do pecado, da morte. E ali, Jesus, com seus 30 anos, conforme a profecia de Daniel, foi batizado, e inicio seu ministério; convocou 12 homens para segui-lo, seguir seus passos, e por ali, caminhou pela região da palestina, levando boas novas, mensagens de esperança, repreensões, e diversas lições, únicas, que hoje encontramos nos Evangelhos de Lucas, Mateus, Marcos e João; a qual, João descreve:

"Este é o discípulo que testifica dessas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.
Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e, se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém!" (últimas palavras de João)

Bem, Jesus, no 3º ano, de ministério, com seus 33 anos, conforme a profecia de Daniel. Morreu numa cruz, como todos sabemos. Porém, isto, foi na época, da Pascoa, da festa dos pães asnos, da festa dos tabernaculos. E na última ceia em que estivera com seus discípulos. Jesus então criou mais 3 tradições:

1. Lavar os pés do seu semelhante;
"Porque Eu vos dei o exemplo, para que, como Eu voz fiz façais vós também". E assim, está ordenança deveria ser observada por seus discípulos para conservar sempre em mente as lições de simplicidade, humildade e serviço abnegado ensinadas por Jesus.

2. Beber do puro suco da vide;
O vinho, que era um 'novo vinho' (termo usado para o suco novo da uva, ou seja sem a fermentação.. alias, pelas festas do período, não tomavam coisas com fermento, assim como o pão asno); simbolizava não só o sangue de Jesus derramado na cruz. O sangue simbolizado pelo cordeiro morto. O sangue aspergido nas portas no Egito no 10º mandamento. Mas o próprio Jesus, através do vinho, também simbolo da vitalidade, da alegria, da festa (presente em praticamente todas as festas, sobretudo casamentos no Egito - o primeiro milagre descrito foi o da transformação da água em vinho), ele também deixou este concerto, está promessa:

"E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo convosco no Reino de meu Pai. E, tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras." Mat. 26:29

Ou seja, Jesus faz uma promessa que nunca mais beberia da uva, até que um dia, finalmente, com aqueles que estivessem com eles reunidos ali, no inicio da Era Cristã; até que um DIA, beberia com eles novamente, para celebrar, no Reino de Deus. Promessa qual, Jesus diz:

"Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. 
E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também."

A promessa de levá-los com Ele para o Céu, e que lá então, salvos do pecado, da morte, purificados pelo Sangue, se regozijariam para sempre. Assim como Jesus se representa como o Noivo, e aos seus seguidores (sua igreja) como a Noiva, está festa no Céu, seria como a festa deste casamento, em que ambos se ajuntariam, numa só carne, para nunca mais se separar. Ou seja, sem mais pecado (o qual significa separação entre o homem e Deus)

3. Comer do pão asno, sem fermento.
"Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim" Lucas 22:19

O pão asno, sem fermento, simbolizava o corpo, a pessoa de Cristo, totalmente imaculado, o cordeiro puro, sem macha de pecado. Aquele que não pecou em todos os seus anos de vida. O ÚNICO que não mereceu a morte, que não merecia esta condenação, o salário do pecado. Mas este, entregou a si, entregou o seu corpo, para ser açoitado pela maldade. Ele que permitiu que todos os pecados do mundo, da humanidade, o meu, o seu, todos os pecados desde Eva até o último ocorrer, caissem sobre ele.


"Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados." Isaías 53:3-5


Não foram os ferimentos da Cruz, da tortura, que o matou, como alguns e alguns filmes dizem. Não foram OS  SOLDADOS ROMANOS propriamente dito que o mataram. A Cruz era um castigo, uma tortura romana, a qual a pessoa ficava ali, por dias pendurado; as vezes eram soltos, ou enviados para prisão depois. Ou então, eram deixados para morrer, numa morte muito lenta, e dolorosa, seja pela fadiga e dores musculares, seja pela insolação e a desidratação. Levavam dias para morrer. E no caso de Jesus, não, ele morreu em pouquissimo tempo, um recorde. Os próprios soldados se surpreenderam, lhe atravessaram o peito (como tinha sido profetizado), para certificar-se que morreu, e ao invés de jorrar sangue, diz que jorrou um liquido como água. Uma morte muito inexplicavel, a qual alguns cientistas, dizem que apenas, muita angustia poderia ter provocado uma dor assim. O que matou Jesus, não foi a cruz, a tortura, estes foram minimos, comparados a dor que sentia no peito, o sentir o peso dos pecados do mundo caindo sobre ele, o meu e o seu. Este peso, essa angustia que Ele já começara a sentir no Getsemani, quando pediu a Deus "Se possível, passe de mim esse calisse.", ou quando pediu para que os discipulos orassem com ele, de tanta angustia, angustia de morte, que sentia. E então, este Jesus, este Cristo, morreu, este corpo, este pão asno, sem fermento, sem macula, sem mancha, sem pecado, morreu, recebeu todos os pecados.

Assim como, dizia a profecia de Daniel, na 'metade da semana', aos 33 anos, morreu, e fez cessar então, as festas, as cerimonias da pascoa, no que diz respeito aos 'sacrificios'. Pois todos os sacrificios que simbolizavam o Cordeiro de Deus que seria morto pela humanidade, havia finalmente se cumprindo. Pois o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, morreu; finalmente, foi sacrificado. E assim deveria parar. 

Porém, como os judeus não-conversos ao cristianismo, não acreditaram que Jesus era o Messias, que Ele era o Cordeiro, que a morte na cruz, não foi finalmente o Sacrificio do Cordeiro, então, os judeus, não guardam esta ATUALIZAÇÃO do significado da Pascoa. Ao mesmo tempo, como não acrescentaram as cerimonias do lava-pés, do comer o pão asno como simbolo do corpo de Cristo, nem do beber vinho como do Seu sangue.



"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho Unigênito para que todos aqueles que nEle crê, não pereça, mas tenha a vida eterna."
João 3:16

Bem, e após a sua morte na sexta a noite, como um símbolo ainda mais especial para a guarda do dia de sábado, Jesus permaneceu na sepultura no sábado, morto. Mas que no primeiro dia (domingo), ressuscitou, e a tumba foi encontrada vazia.

E assim, para o Cristianismo, a pascoa passou a ser totalmente centraulizada na pessoa de Jesus Cristo, no Cordeiro de Deus. Aquele que liberta não do Faraó, mas das mãos do Inimigo, de Satanás, do pecado. Aquele que não nos conduzirá pelo deserto arabe para rumar a canaã terrestre, na Palestina. Mas que nos conduz por este mundo árido de amor até chegarmos na Canaã Celeste, a Casa do Seu Pai, a Vida Eterna, a Cidade Santa.

As tradições da Igreja Católica
A igreja, católica, não sei explicar os motivos. Acrescentou que na cerimonia da pascoa, tanto o pão, como o vinho, não apenas simbolizavam a Jesus, mas que, se tornavam, literalmente, o sangue e o corpo de Jesus (hóstia). Um dos dogmas católicos, apontados como heresia pelos protestantes. E que além disso, ao invés de tomar o vinho novo, o suco não fermentado, eles tomam o vinho fermentado, alcoólico.
Do mesmo modo, não sei de onde a ICAR tirou a idéia de 'não comer carne, mas apenas peixe' na Sexta-feira. Já ouvi falar, que tem a ver com a ver com Jonas que foi engolido por algum tipo de animal marinho.


A Tradição Pagã
Na tradição pagã, o que se entende por tradições de origens em crenças não-hebraicas, ou do Deus Hebreu.. mas em referência a outros 'deuses', e, em geral, politeistas. Vieram daí diversas crenças, que chegaram até a nossa cultura. Dentre estes:
1. O ovo;
2. O coelho.

Deixo claro que não sou sou entendido quanto a esta parte da tradição pagã. Mas no meu conhecimento, a idéia geral do que estes simbolizam é, basicamente: Fertilidade e Prosperidade.

Nota: as informações que coloco, aqui em diante, são originadas do site: Cetiscismo.Net

Ovo de Pascoa
Ostera (ou Ostara) é a Deusa da Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus. A deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida. Ostara equivale, na mitologia grega, a Persephone. Na mitologia romana, é Ceres.

Estes antigos povos pagãos comemoravam a chegada da primavera decorando ovos. O próprio costume de decorá-los para dar de presente na Páscoa surgiu na Inglaterra, no século X, durante o reinado de Eduardo I (900-924), o qual tinha o hábito de banhar ovos em ouro e ofertá-los para os seus amigos e aliados.

O ovo é um destes símbolos que praticamente explica-se por si mesmo. Ele contém o germe, o fruto da vida, que representa o nascimento, o renascimento, a renovação e a criação cíclica. De um modo simples, podemos dizer que é o símbolo da vida.

Os celtas, gregos, egípcios, fenícios, chineses e muitas outras civilizações acreditavam que o mundo havia nascido de um ovo. Na maioria das tradições, este “ovo cósmico” aparece depois de um período de caos.

Na Índia, por exemplo, acredita-se que uma gansa de nome Hamsa (um espírito considerado o “Sopro divino”), chocou o ovo cósmico na superfície de águas primordiais e, daí, dividido em duas partes, o ovo deu origem ao Céu e a Terra – simbolicamente é possível ver o Céu como a parte leve do ovo, a clara, e a Terra como outra mais densa, a gema.

O mito do ovo cósmico aparece também nas tradições chinesas. Antes do surgimento do mundo, quando tudo ainda era caos, um ovo semelhante ao de galinha se abriu e, de seus elementos pesados, surgiu a Terra (Yin) e, de sua parte leve e pura, nasceu o céu (Yang).

Para os celtas, o ovo cósmico é assimilado a um ovo de serpente. Para eles, o ovo contém a representação do Universo: a gema representa o globo terrestre, a clara o firmamento e a atmosfera, a casca equivale à esfera celeste e aos astros.

Já quanto ao chocolate, bem eu não sei. Já ouvi dizer que alguns reis, ou mesmo povos consideravam o cacau como um alimento de deuses, por sua doçura. E aí imagino, que um dia, alguem teve a brilhante ideia de fazer ovos de chocolates. E como quase todo mundo gosta de chocolate (sobretudo as mulheres de TPM), rapidamente, isto virou moda, e uma tradição; na medida que a Industria de Alimentos, foi lucrando e investindo nisso (sobretudo em propaganda).

Coelho da Pascoa
Coelhos não colocam ovos, isto é fato! A tradição do Coelho da Páscoa foi trazida à América por imigrantes alemães em meados de 1700. O coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã de Páscoa.

Uma outra lenda conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e os escondeu em um ninho para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram o ninho, um grande coelho passou correndo. Espalhou-se então a história de que o coelho é que trouxe os ovos. A mais pura verdade, alguém duvida?

No antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Alguns povos da Antigüidade o consideravam o símbolo da Lua. É possível que ele se tenha tornado símbolo pascal devido ao fato de a Lua determinar a data da Páscoa.

Mas o certo mesmo é que a origem da imagem do coelho na Páscoa está na fertililidade que os coelhos possuem. Geram grandes ninhadas! Assim, os coelhos são vistos como símbolos de renovação e início de uma nova vida. Em união com o mito dos Ovos de Páscoa, o Coelho da Páscoa representa a renovação de uma vida que trará boas novas e novos e melhores dias, segundo as tradições.


Por fim
Bem, apenas uma reflexão por fim. Se formos pensar em geral na cultura brasileira. No que hoje significa a pascoa, eu diria que temos:
1. Tradição judáica: aprox. 0%
2. Tradição cristã: aprox. 10% (que leva a sério)
3. Tradição pagã: aprox. 0%
4. Tradição capitalista: 99%

Tradição Capitalista
Sim, esqueci de falar sobre a tradição capitalista.

Bem, nos meus 20 e poucos anos, não vi pessoas sacrificando cordeiros, nem fazendo qualquer semelhança com a festa dos tabernáculo, ou dos pães asnos e ervas amargas, como os judeus faziam (não sei se ainda fazem). Também, vejo, mesmo nas familias cristãs, e nas cerimonias religiosas que na Pascoa sempre ocorrem nas denominações cristãs, que apenas um número muito reduzido de pessoas levam a sério, o verdadeiro significa e se importam com ele. E também, nunca vi, alguem dar a minima para os significados pagãos da fertilidade e prosperidade, apesar de a maioria usar seus símbolos.

O que sim vejo, é uma cultura de consumo, semelhante ao que fizeram com o Natal. Onde, por consumo, e em especial, ligado ao prazer do apetite ou a glutonaria, comprar ovos de chocolate, e dar-lhes de presente. O que envolve todo um tipo de cerimonia de consumo, que hoje existe. A necessidade das pessoas comprar algo conforme a moda da época. Sem significado algum, além de confirmarem que realmente gostam de chocolate, ou que preferem chocolate à saúde, ou que então, aproveitam o feriado, e esse consumo, para dizer que se importam com alguém dando presente para elas, ou aproveitando o feriado para fazer passar com a família.

Creio que esta é nova tradição, de natureza consumista,  que emergiu nas últimas décadas, e que possui o maior número de seguidores na atualidade.