Contarei uma história 100% veridica, no qual conheço as pessoas, porém, como envolve algo muito sério, não darei referências a nomes, para evitar serissimos problemas. Ao mesmo tempo que esse post não busca sensacionalismo, apenas "uma noticia caótica de violência", tão pouco desejo que algo do tipo seja divulgado na midia; apenas busco profundas considerações, análises e pensamento critico quanto para algumas questões abordadas.
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Um jovem, em torno de 20 anos, que não dava problemas, ficava muito em casa quando não estava trabalhando numa padaria, que não possuia problemas com ninguém. Certo dia, dá uma volta de carro com alguns amigos, encontram algumas garotas no caminho, conversam com elas, e dão uma volta com elas no carro. Contudo, sem ter feita nada. Na volta, o rapaz ao levar a menina para casa, ela diz para ele virar e deixar ela ali, porque o namorado dela está na calçada da casa dela. Mas o garoto insistiu em levá-la, e como não havia feito nada demais com ela levou assim mesmo. Bem, e o tal do namorado viu.
Bem, alguns dias se passaram, e aquele rapaz começou a receber muitas ameaças de morte pelo celular do namorado ciumento. Pois o namorado se tratava de um membro do PCC - Primeiro Comando da Capital. O rapaz parece não ter tomado nenhuma atitute quanto a isso. Até que certo dia ele estava dormindo em casa, um amigo vai lá e o convida para ir na Lan House ali próximo. Quando eles estavam perto, eis que são surpreendidos pelo ladrão, que lhe dá um tiro na cabeça. E o rapaz morreu no local mesmo.
Pouco tempo depois a mãe é avisada do ocorrido e vai até o local desesperada, onde já havia policiais, porém não permitiram ela ver o corpo. E no dia seguinte o rapaz é enterrado. Lógico, o boletim de ocorrência fora feito. E o mais intrigante de tudo é que a policia conhecia o ladrão, sabia onde ele ficava, e tal ficava andando com uma moto pelo bairro fazendo barulho e demonstrando sua ousadia. Mas os policias nada fizeram, não prendiam o ladrão por medo do PCC.
A familia sofreu profundamente pela morte do rapaz, principalmente os pais e tios. Nisso, um homem foi até o pai da vitima e lhe fez uma proposta de que por mil reais ele mataria o assassino. Então o pai disse que pensaria nisso e depois lhe daria uma resposta.
Bem, nada de mais - olha só que estado de comodidade estamos hoje - até aí, em mais uma história trágica de assassinato por mero ciúmes. Mas eis que entra a parte que quero abordar, "o conflito". Essa família são ex-adventistas, e o pai trabalha de pedreiro, são bem humildes. E ele relatou para meu tio que ficou em profunda dúvida se mandava matar ou não. E graças a Deus meu tio lhe aconselhou a não fazer isso. Pois o conflito, a dor que havia era grande, e são nesses momento quando as emoções estão excitadas em que Satanás e nossa natureza pecaminosa mais quer agir, ou seja, contra a vontade de Deus, com ódio, com rancor, com vontade de destruir a pessoa, matá-la.
Ok. Mais tarde aconteceu algo que eu realmente não esperava. O ladrão fora preso. Por quem? Pelo PCC! Ou seja, não fora a policia que prendera o homem mas a própria organização de crime. E o motivo foi que o cara matou o tal sem a permissão, sem a ordem do PCC. E que então ele seria julgado pela organização. Então, eles decidiram que o pai da vitima é que daria a decisão e ligaram para ele, contaram que prenderam ele, que já haviam espancado a pessoa, e que ele decidiria se era para deixar o ser vivo ou morto.
O homem ficou sem saber o que fazer e perguntou novamente para meu tio. E esse lhe disse para não fazer nada. Para não se envolver com o PCC, não dizer-lhes o que fazer. Que eles tomem as decisões deles, mas não se envolver, não manchar-se com isso.
Bem. É aí que a história termina.
Imagine a situação? De poder praticar "justiça com as próprias mãos". Mas quão débil é nossa noção de justiça. Por que não buscamos a justiça de Deus? Aquele que diz "não matarás" e para não odiar o próximo e para "orarmos pelos nossos inimidos". Coisas incomuns de se pensar em situações dessas. Mas quando é exatamente isso que devemos fazer.
Satanás vem por diversos modos nos levar aos extremos, a flor da pele, das emoções. De modo a ficarmos totalmente tendenciosos a pecar, a odiar, a buscar vingança. Isso de vários modos. Porém, se você isso fizer, tomará a mesma atitude e talvez até pior do que a do assassino.
Em contra-partida digo algo que talvez muitos acham maluquisse, mas é isto mesmo, essa é a verdade: "Por mais supostas razões que alguem lhe der para você não amá-la, não existe razão alguma para não amá-la." Ou seja, imagine agora você sendo aquele pai, e eu mate seu filho daquela forma, e depois mato a filha, depois mato a sua mulher, por cima, mato toda sua familia e amigos no velório, deixo apenas você vivo, e por cima, te dou um tiro q por sorte não te mata, mas fica tetraparapilégico. Como se não bastasse, depois te sequestro, te escondo num armazem, no qual passou a te torturar e fazer passar fome dia-a-dia, pelo resto de sua vida.
Que situação! Mas saiba que apezar disso tudo, você não tem razão alguma para odiá-lo, nem desejá-lo mal algum, muito pelo contrário, deve amá-lo, desejar bem. Isso parece absurdo? Lógico que é absurdo para alguém que vive pela natureza carnal, que não entregou sua vida a Jesus, que tende e está amarrado aos laços do pecado, que segue as massas e aos pensamentos do mundo. Mas veja o exemplo de Jesus. Os soldados, além de machucá-lo, tiravam o sarro dele e blasfemavam, e o que Jesus fez? Orou para o Pai para que perdoasse tais, pois não sabiam o que faziam.
É intrigante. Mas nessas situações somos provados. Quando todas as coisas tende contra você. Quando se encontra numa situação de Jó, eis que lhe vem a provação. Ser bonzinho quando as coisas estão fáceis e tendem a ser bonzinho é normal, é natural, é fácil, é tendencioso... a verdadeira provação vem quando a tendência é outra, quando as coisas estão dificeis, e tudo, inclusive a pressão mais popular, motiva a ser mal.
Ao mesmo tempo que é interessante notar na organização do PCC. Que como uma sociedades organizada possui leis, hierarquia, organização e punição. E muitas vezes são mais comprometidos com a sua Lei do que os próprios politicos do nosso país. Apesar que nada justifica uma organização se basear no crime, em assaltar, matar, aterrorizar, amedrontar, fazer mal as pessoas; tudo em prol de dinheiro e pseudo-poder. Pois o verdadeiro poder é de Deus. O verdadeiro poder está numa pessoa orar e amar aquele que matou seu filho cruelmente. O verdadeiro poder está em não viver a norma desse mundo, mas a norma celestial, em um meio tão corrompido como a Terra.
E outra coisa interessante é o foco e importância que damos as ocorrências no espaço x tempo. Tipo, a pessoa viveu anos. E querendo ou não, é naturar, é a tendência as pessoas morrer. O método não importa, mas as pessoas morrerem é natural. Imagine se vivessemos numa selva, algum animal que não siga nossas leis civilizadas poderia nos atacar por instinto ou fome e nos matar. Do mesmo modo numa cidade, alguem não agindo pela razão mas pela emoção, rejeitando também nossas leis civis e a divina nos mate. E é nisso que damos atenção! No fim! Na morte!
Sinceramente, se um dia eu morrer. No fundo do coração não desejo velório, acho um desperdicio de emoções - além de suscitar algo que não quero - de recursos e de tempo. E se alguem perguntar "Como foi que o Evandro morreu?" Meu maior desejo é que a pessoa responderia: "Contarei como ela viveu?"
Como as pessoas morrem não importa, nesse ambito de análise. O que importa é o que fazemos durante a vida. O que fazemos da vida que Deus nos concede. É isso que importa. É a nossa vida que deve ser relatada e dita para os outros. Pois é dela que tiramos lições, é ela que testemunha. É a vida que impota e não a morte. Se alguem morre, que as instituições públicas, criminal, necrotério, que se preocupe com isso, e que tal vá para o banco de dados das estatísticas. Principalmente se for uma morte banal.
Se for uma morte covarde entre coisas do tipo, que sirva de lição. Se for uma morte heróica, de bravura, um martírio, que também seja dita de modo a servir de lição. Mas agora relatar o dramático só por ser dramático. "Pera ae! Somos mais racionais do que isso."
Do mesmo modo que, de certa, forma não devemos muito nos preocupar em morrer. Pois primeiro, todos tendem a morrer, pouquissimos terão o privilégio de não morrer. Mas veja, que o que realmente importa, que deveríamos sim dar muita atenção, é "Se essa pessoa morrer hoje, ela está salva, não, talvez?" Devemos sim é lutar para que as pessoas entreguem as suas vidas a Deus, pois ai se morrerem, com Ele viverão. Caso contrário, se morrerem, bem, é o fim. Do mesmo modo vale para nós.
Tenho uma visão meio que otimista da morte. Se eu morrer. Opa! Lucro! Pena que não posso me suicidar rs. E se tivesse um velório, o que gostaria que fizessem além de discursos bobos e inúteis seria uma pequena bandinha tocar e todos cantarem com rejubilo e força:
"Oh que esperança vibra em nosso ser.
Pois aguardamos o Senhor.
Fé possuimos que Jesus nos deu.
Fé nas promessas que nos fez.
Eis que o tempo logo vem.
E as nações dali além.
Bem alertas vão cantar: Aleluia Cristo é Rei!
Oh que esperança vibra em nosso ser.
Pois aguardamos o Senhor."
Bem, era isso que queria dizer.
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