27 maio 2014

Onda de "Justiça" com as próprias mãos

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Um surto de "justiceiros" está ressurgindo no Brasil. Se for pesquisar um pouco na Internet e no Youtube, verá uma realidade que a mídia não mostra. A sociedade está se mobilizando de modo a ser menos pacifica em casos de assaltos e reagindo. Pegando os assaltantes e os espancando, torturando, alguns com tal violência e brutalidade, que alguns chegam a morrer. (e isso está tudo disponivel no Youtube).

Por um lado, as pessoas que assistem e filmam o acontecimento, sem nada fazer. Por outro, o ladrão que hora estava disposto a matar a vitima, agora clama por piedade, querendo clamar para que haja um pouco de bondade nas pessoas que o deixem em paz e não o matem ou torture. Por outro, os cidadão que sofreram a tentativa de assalto e o risco a morte, e que, agora, revoltados, e sem mais acreditar na segurança policial, nem tampouco na Justiça e nas Prisões, buscam fazer a justiça com as próprias mãos, se vingando - talvez com uma moeda ainda pior.

Por mais que isso tudo seja tudo questionável, bárbaro, e mostra um grande retroscesso em nossa sociedade. Isto evidencia fatos sobre a humanidade, a realidade, e o que acontece se as pessoas, o povo, perderem a confiança no sistema. Em pouco tempo teremos exatamente isso, justiça com as próprias mãos, e cada vez mais, violência.

Há, todavia, um outro lado da moeda. A impunidade é um dos maiores encorojador para os bandidos. Eles acreditam que não serão pegos. E se o forem, terão um tramento, considerávelmente confortavel. Ou seja, o risco é pequeno para eles. Caso a sociedade realmente soubesse se defender, tivesse capacidade de se defender, se todo mundo ajudasse um ao outro ao ver uma cena de assalto, se todos os bandidos fossem denunciados pelos seus conhecidos, se a mídia divulgasse mais os casos em que os bandidos foram pegos, apanharam e etc, ao invés do contrário... E então, certamente, eles teriam muito mais medo, veriam uma forte punidade ao invés de impunidade. A cada vez que forem assaltar, iriam temer que a pessoa, os vizinhos e os próximos reagissem e o lixassem. E a quantidade de assaltos e bandidos cairiam.

Do mesmo modo, seriam os politicos entre outros corruptos da nossa nação. Se tivessem um povo tão revoltado quanto outrorora houvera na Europa, guilhortinando tais, ou enforcando. E teriam muito mais medo.

Porém, a História está aí para testemunhar de que violência apenas gera mais violência. Uma guerra irá gerar outra. Punição não resolve os problemas. Punição não impede que novas violências e injustiças venham a acontecer, apenas intimida

Espero que a moda não pegue. Caso contrário, logo não teremos mais os pacificadores que entram no meio da briga apanha para segurar o seu amigo e tirá-lo da encrenca, ou separ[a-los, ou evitar que alguem apanhe. No lugar disso, teremos cada vez mais um bando de cinegrafista filmando o espancamento com seus Smartphones divulgando suas próprias covardias no Youtube.

Por falta de piedade, por multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará.
Já dizia as Velhas Escrituras.

22 maio 2014

Maior Fóssio de Dinossauro Encontrado no Mundo

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Hoje me deparei com essa importante e extraordinária noticia qual, infelizmente, não é dada o devido valor:

Resumindo, se trata da descoberta de um dinossauro que estimam medir 20m de altura (isso mesmo, maior que um prédio de 5 andares, a extensão da sua cabeça à calda de 40m, além de seus poucos 80 toneladas de peso (pense em reunir 14 elefantes).

Porem há 2 fatos importantes nisso e que são poucos focados. Um deles é a respeito do "tamanho" desses animais pré-historicos. Olhe bem, não são apenas dinossauros, há registros de serpentes gigantes, crocodilos gigantes, aves gigantes, entre tantos outros GIGANTES. No reino aquatico inclusive. E este dinossauro gigante, em destaque, era por cima herbivoro! Ou seja, imagine quais eram as condições naturais da época. De modo que nos retoma duas possibilidades muito fortes, ou ambas sao verdadeiras, mas o fato é que uma delas, no minimo, deve ser: (a) havia uma vida natural extraordinária, muito mais vasta, de proporções muito maiores, do que hoje encontramos na Amazonia; (b) os Sistemas dos animais eram muito desenvolvidos e otimizados no consumo de energia inclusive na absorção de energia, o que tambem tem que estar relaciona que "os alimentos" da epoca deveriam oferecer grande capacidade de nutrição.

Esse primeiro fato, nos leva vermos claramente de um passado no qual o bioma era extraordinariamente favoravel a vida, e havia condições muito mais favoraveis para a sobrevivência de animais tao gigantes. Como na propria materia admite: "Outros fósseis do sítio arqueológico indicam que quando este dinossauro gigante viveu a paisagem local era muito verde, cheia de flores e árvores."

O outro fato, está na quase comica declaração no final da materia: "Os titanossauros provavelmente acabaram se reunindo perto de uma fonte de água e podem ter morrido depois de terem ficado presos na lama."
Esta declaração - no minimo questionavel, mas para mim, quase risível - nos faz pensar numa possibilidade quase absurda. No qual temos que imaginar um ser vivo que viveu muitos anos e enfrentou muitos obstáculos pelo caminho até desenvolver uma altura de 20m e uma possivel envergadura de 40m, de repente, cometer um equivoco de se "aprisionar" na lama de modo fatal. Quais as chances disso acontecer? (bem, e dai, já temos aquelas medidas probabilisticas de 1/p). Depois, há outro fato ainda mais forte. PAra um ser como esse de 20m de altura, ter ficado preso na lama, ele teve o super asar de ter encontrado um posso de lama simplesmente gigante! Conheço algumas represas em São Paulo, e nenhuma delas, provavelmente seria suficiente para prender a criatura, ele poderia atravessar essas represas. Ele teve que se deparar com um grande poço de lama, de muitos metros de profundidade, e com uma sucção tao forte e instantanea que seria extremamente dificil para ele voltar atras (lembre, que ele poderia usar um pescoço gigantesco para se acorar a algo, como se faz um trator com sua garra) (probabilidade de 1/q). E outra coisa incrivel, a cabeça desse dinossauro tambem caiu ou se enfiou nessa lama, ao invés de ter ficado para cima tentando respirar, talvez ele tentou enfiar a cara na lama para se impulsionar e essa lama era tao incrivel q ele nao teve forca nem mesmo para tirar seu pescoço. (probabilidade de 1/w).

Logo, a probabilidade disso acontecer é a de 1/p x 1/q x 1/w. Se você for pensar nesses numeros p, q e w vai pensar simplesmente que: Esse dinossauro ganhou na loteria. E nós, ganhamos 2 loterias a mais de encontrá-lo.

O fato - e isso foi pouco abordado, repare que na materia apenas se tem a ultima pequena frase e mensão sobre isso - é que para tal fossio ter sido preservado, foi necessario que ele fosse submerso por uma quantidade EXTRAORDINARIA de lama/barro! E quando digo extraordinaria, digo que é muito maior do que a quantidade que voce já ouviu falar sobre deslisamento de terra em montanha e serras nos dias de hoje. Mesmo uma tsunami não teria sido suficiente, para faze-lo atolar e afundar tantos metros na lama, no maximo o teria ferido com o impacto e os objetos. E, certamente, para ele ter se atolado assim, deve ter sido pego de surpresa, foi algo mais repentino.

Se você ajuntar os fatos 1 e 2 verás que tais colaboram para o modelo biblico de um diluvio. Uma inundação extraordinaria, que moveu quantidades continentais de terra e lama. Foi algo repentino. Acabou com esses gigantes animais. E ao mesmo tempo, o mundo descrito ser antes do diluvio, havia condições sistemicos favoraveis a uma vida longa e de grande porte. Dado que na descrição biblia, é visto que antes do diluvio a expectativa de vida era de séculos para os seres humanos.

Pena que isso é pouco discutido.
Como estastico de risco, sei que, em termos de probabilidade, existem infinitos cenários. Porém, sei tambem, que nem todos eles sao plausiveis. E alguns, a rigor, são impossiveis de ocorrer. A ideia é filtrar os cenários possíveis. Porém, a linha de pesquisa com posicao filosofica naturalista, não pensa assim, e admite possibilidades quase sem significado e absurdos, alem de apostar em probabilidades ocasiosas em grandesas de numeros astronomicos.

O Grande Problema é a discussão do que poderia ter sido um diluvio, como ocorreu, e quais foram as causas (veja que a questao da causa primaria, sendo como uma manifestacao divina - modelo biblico - é o ultimo dos itens). Porem, os Naturalistas, rejeitam o todo, rejeitam essa possibilidade muito interessante e plausivel, devido a este "ponto intragavel". Mas um fato ocorre, e já houve diversas publicações, estudos, e evidencias sobre isso: Um cenário de uma grande e extraordinária inundação no mundo, explicaria MUITA COISA que o passado nos preservou.

18 maio 2014

Dê o dedinho

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Todos já ouviram falar que "o tempo cura". Mas o queremos dizer com isso? E por que isso acontece?

Se olharmos bem, a resposta está no verbo 'mudar'. Estamos em contaste mudança, a todo instante.  Enquanto digito essas palavras. Apenas hoje, milhões de células minhas e suas morreram, outras novas surgiram, outras mudaram de lugar, como os glóbulos vermelhos em constante mudança por meio de nossas correntes, sempre a fluir.

O nosso pensamento também está sempre a mudar e fluir. Não só o pensamento mas nossos próprios sentidos e percepções. Repare como observamos um brinquedo quando tínhamos 6, 12, 16 e 25 anos de idade e como observamos agora. As coisas estão a mudar. E embora o passado tenha já existido, agora ele não existe mais senão em nossas memorias. 

Porém, por outro lado, fruto em parte do nosso pensamento estático, em parte ao racionalismo, ao cientificismo, naturalismo, entre tantas outras coisas, tendemos a sempre nos basear no passado. 

O presente, desse modo, é algo novo ou apenas uma projeção ou imagem desse passado? Talvez, estejamos sendo loucos ao ponto de perpetuar um passado em nossas vidas, ao invés de viver pelo novo. Mas, mais burros ainda, está diante do fato de que a maioria de nós tendemos a perpetuar os momentos ruins e difíceis do passado ao invés daqueles bons e maravilhosos, e a isso chamamos de traumas.

Fico a imaginar: ainda bem que os bebes não escolhem nascer. Pois, se antes de nascer, pudessem observar todo passado do mundo, e o carregassem para o presente, possivelmente não escolheriam essa vida ou este mundo, se lhe dessem esta oportunidade.

Porém, infelizmente, assim tendemos a lidar com as pessoas. Tendemos a carregar este passado até que "não o carregamos mais", ou seja, finalmente nos livramos dessa escravidão e nos abrimos para um novo mundo de possibilidades. E a isso chamamos de "o tempo cura", um certo tipo de esquecimento ou amadurecimento dos fatos e das emoções. 

Por que atribuímos ao tempo? Porque, como falamos, o passado apenas existe em nossas memorias. E como um sábio homem, chamado Salomão, certa vez disse: "quem não continuar a aprender, esquece o que já sabe." Nossa memoria está destinada ao esquecimento conforme vamos deixando essas lembranças, este passado de lado. E não me refiro apenas a memoria da informação, mas a emocional e sensorial inclusive. Com o tempo vamos deixando os traumas no passado e realmente nos abrindo para o futuro qual chamamos os dias invisíveis mas vivos em nossa mente. E assim, voltamos a abrir portas que um dia fechamos e não tivemos mais coragem para abrir.

Pensando nisso, uma das coisas que me deixa mais de queixo caído é o ensinamento bíblico do perdão. É o ensino para uma vida sem portas fechadas, sem carregar um passado duro. Uma vida sempre limpa e livre.

Veja o que a Bíblia diz quanto a uma pessoa que vai levar uma oferta a Deus: "Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta.” (Mateus 5:23-24)

É simples: "Va logo fazer as pazes!" Por que esperar? Por que ir dormir com a cabeça quente, cheio de pensamentos que inflamam sua mente e bem estar? Por que passar o resto da vida com aquele 'espinho na carne' te incomodando? Podemos ser tão leves! Por que carregar inimigos pela vida?

Com o tempo e a mudança do amadurecimento, vamos percebendo isso. Percebendo não somente que o guardar rancor e magoas é uma tremenda besteira. Mas que nos corrói por dentro e que, no fundo, lá no fundo dos nossos pensamentos, está o desejo inerente de "resolver as coisas". De não termos inimigos, fazer as pazes, sentirmos leves. Se, carregar rancores no peito. É acalmar a consciência. Por que criar um inimigo? Por que não reconquistar um amigo?

O ensino do perdão é uma das coisas mais extraordinárias que pode existir, se formos ver. Porém, cada vez mais ausente da humanidade, que caminha para o isolamento e o sentimento solitário. Obstinados. Pensando que o grande valor da amizade está em não cometer um erro contra o amigo, enquanto, a verdadeira amizade se consiste em levantar nossos amigos quando caem, corrigir e aconselhar quando errar, fazer as pazes quando brigam.

Fiquei surpreso (num sentido negativa) com o rompimento de uma tradição antiga. Pois parecem que as novas gerações não sabem mais o que é isso. Quando eu era a criança, há 15 - 20 anos atrás, tínhamos o comum ato de "DAR DEDINHO". Dar o dedinho, apertar o dedinho um do outro, era um ato de perdão. Isso era ensinado. E todos o praticavam. E acredite, o "dedinho" era milagrosa. Da birra e cara emburrada, estavam jogando videogame e futebol minutos a seguir, como se absolutamente NADA tivesse acontecido que tivesse machucado a relação deles. Na verdade, pelo contrário, sentiam-se ainda mais amigos do que nunca!

Todos que um dia já reconquistaram uma amizade antiga, que há meses, ou anos, havia se perdido por algum triste motivo x, sabem do que estou falando.

Enfim, ensinemos o perdão. Ajudemos o mundo a se tornar melhor, ou, pelo menos, mais humano.

14 maio 2014

Os Filhos de Hurin, J. R. R. Tolkien

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Os Filhos de Húrin é sem sombra de dúvidas um dos mais sombrios e trágicos livros que li em todos os tempos. Ao mesmo tempo, uma obra prima em termos de literatura.

Resumidamente, o livro conta sobre a Maldição de Morgoth sobre a familia de Húrin. Pois Húrin, um dos mais bravos e formidáveis homens, o enfrentou, de modo que foi o único ser, em eras, que conseguiu feri-lo, enfiando uma espada em seu pé, fazendo com que Morgoth ficasse manco pelo resto da existência sobre a forma humana. Além de enfrentá-lo em não se suceder a sua vontade, seu domonio, suas ofertas. Então Morgoth se enfureceu e lançou uma grande maldição sobre a familia de Húrin, e ao mesmo tempo, lançou um feitiço para que este ficasse no alto da montanha, petrificado, onde poderia contemplar tudo o que ocorreria sobre a terra-média, porém, sem poder se mover, expressar, e não morreria, até que fosse libertado do feitiço, para assim contemplar a conclusão da obra de Morgoth.

Daí, a história se foca em Turin, seu filho. Um homem bravo, muito forte. Que se tornou o mais formidável guerreiro. Ninguem era pareo para ele. E tinha o forte desejo de reencontrar sua mãe e filha e enfrentar Morgoth. E então, através dessa história, Tolkien explora diversas questões muito profundas, fortes e horripilantes para a causa humana.

Há poucos meses tive o privilégio de ler a fantástica obra Os Filhos de Húrin, obra de ilustre J. R. R. Tolkien. O livro - pertencente a saga do anel, a Terra Media - é uma das mais profundas e sérias obras, até mesmo sombria. Porém, de tempos muito anteriores ao do Hobbit. O livro conta a história da família de Húrin, especialmente de seu filho Túrin. Porem de uma forma sombria e trágica. Ao invés de contar sobre a magnífica história - talvez uma das melhores escritas por Tolkien - farei mais uma análise de seus conteúdos.

Os Cabeças Duras - Teimosos e Obstinados

Túrin filho de Húrin é o que mais se enquadra neste perfil. Homem vigoroso, se tornou o mais poderoso dos homens, sua força e habilidades eram inigualáveis, sem contar possuir grande e profundo conhecimento. Jovem e implacável, Túrin por muitas ocasiões não dava ouvido aos conselhos mais sábios, pois a coragem o dominava.

E assim prosseguia Túrin Turambar, um homem, de certo modo, escravo do seu orgulho e obstinação por encontrar seu pai e atacar Melkor (um poderoso calar que aprisionou seu pai e amaldiçoou sua família). Melkor querendo destruir e acabar com a honra da, família de Húrin, aproveita do orgulho de Túrin, e começa a "alimentar seu orgulho". Como? Dando-lhe vitorias. E assim enviava pequenos grupos orcs atrás de Túrin ou no seu caminho. E Túrin sempre tia vitória. Todos os que se colocavam em seu caminho morriam. Sobretudo devido a sua poderosa espada Anglachel, qual não deixaria por vivo a quem ferisse. E todos temiam seu nome e sua espada.

Porem essa obstinação, orgulho e mesmo ser precoce em muitos atos, levou vez pós vez, a maldição de Melkor se confirmar. Seus amigos morriam, alguns pela espada de Túrin, "no susto". Outros povos sofreram como os Noldors, um povo élfico que teve seu reino destruído pelo terrível Glaurung, o maligno dragão de Melkor. Como? Túrin se tornou o principal guarda e conselheiro de guerra dos Noldor, que ficavam numa alta montanha cercada por um profundo e feroz rio, era uma fortaleza intocável. Mas o orgulho de Túrin, e suas grandes vitórias, persuadiu o rei de construir uma ponte. Porem. Sem saber, que apenas, cumpria os propósitos de Melkor, pois numa batalha ainda maior, lançou sua verdadeira força oculta a Túrin, um grande e poderoso exército liderado pelo dragão Glarung. Que dizimou os noldors, e através da ponte, invadiram sua fortaleza e a tomou, aniquilando a todos que estivesse ali ou levando como escravo para Agband. As Artimanhas da Mentira

Não bastasse isso, o dragão podia enfeitiçar profundamente aquele que ouvisse suas tão meticulosas mentiras ou olhasse para seus olhos cheios de astucia.

Desse modo, Túrin acabou por dar ouvidos ao dragão. E foi para o ermo, onde apenas o afastou novamente de sua família encontra-lo. Já por outro lado, sua irmã caiu no feitiço do dragão. Foi tomada por uma, sombria loucura. O medo a perseguiu onde quer que fosse. O pavor e as trevas foram tão intensas que o dragão lançou em seu coração, que ela esquecera o próprio nome, os motivos, as palavras, o idioma, perdeu a fala e a memória, como se estes ficassem aprisionados por um manto de trevas em sua mente. E apenas uma coisa lhe restou, sair correndo desesperadamente para o leste, sem parar, sem rumo ou destino, como se estivesse fugindo de uma sombra que a perseguisse. Ela corria mais desfiguradamente do que um animal, nua, suja, com olhar vago e amedrontado.

Após isso e mais um grande tanto. Túrin acabou por matar o dragão quando este vinha a seu encontro em uma caçada heroica, porem que levou a morte seus companheiros novamente. O dragão, mesmo aparentemente vencido, ainda assim lançou um olhar sobre sua irmã e esta, no espanto, remorso e loucura, se suicidou nas correntes do rio Teiglin. Já Túrin, infelizmente deu-se por este ato, alem de alguns entendimentos e orgulhos do povo que terminaram por ruir seu coração e desejo pela vida. Suicidando-se com a própria espada que matara a todos que feristes.

A morte do dragão foi uma vitória sem comemoração. Para Melkor, o dragão nada importava, foi apenas mais uma criatura usada para seus desígnios. A maldição havia se concluído. Libertou Húrin do feitiço - a contemplação da miséria, ruina e fim de sua família e linhagem - e Húrin, foi ate o tumulo de Túrin, onde encontrou sua mulher, porem tarde demais. Esta também estava tão acabada e exausta que ali morrera. O livro é brilhante, e nada ingênuo ou infantil. Ele trata de assuntos muito sérios numa, narrativa excepcional que não te faz piscar os olhos. Mas sobretudo é um livro que trata sobre a maturidade, a obstinação, o negar os conselhos sábios e experientes, a arrogância e o orgulho. Como tais afetam a nossa vida e a dos que nos cercam.

Em contraparte, vemos nos desenrolar da historia, que se ouvissem os conselhos dos elfos, a maldição não teria se concluído, teriam defendido melhor os povos dos orcs, e a família teria se reencontrado não de maneira trágica. Porem Túrin representa o homem diante do seu pouco tempo de vida. Não vive por tanto tempo quanto os elfos. Ficar esperando? Eis o grande problema que assoma os homens. A impaciência da vida, por considerar haver pouco tempo de vida, e correr de forma louca atrás de suas realizações obstinadas, sacrificando as amizades, familiares e aqueles que cruzam seu caminho. E quanto maior o seu poder, maior é a maldição com qual afeta os outros. Pois no fim, temos um inimigo, Melkor, que lançou uma maldição contra nós, utilizando muitos artifícios para nos capturar em nosso orgulho, a fim de que a maldição se concretize.

É sempre bom lembrar que nessa obra, Tolkien tenta abordar temas humanos, da nossa vida. Alem disso, incluindo seus pensamentos religiosos, fortemente influenciados pelo catolicismo em que Melkor representa Satanás/Diabo. Alem disso podemos pensar mais claramente, na sua "criação maligna" o dragão não alado, que talvez poderíamos comparar a uma serpente gigante, qual tem, como principal e mais temível poder, o de enganar suas vítimas, e quem der ouvidos a sua influência estará correndo para a própria ruina e a dos outros que estão no nosso raio de influência. Já os elfos, são os conselheiros sábios, de muita experiência e anos de vida. Eles não sabem tudo, e nem podem prever exatamente como as coisas serão, mas, possuem sábios conselhos, tais representam os profetas e tutores.

Os Filhos de Húrin é um livro sem final feliz, que apenas nos faz pensar seriamente sobre a vida e nossas escolhas. É um livro para fortalecer o peito para enfrentar as trevas da vida. Alem de ser um épico, no qual é preciso ter coragem para ler. Pois as mensagens nas entrelinhas são fortes e, não poucas vezes, nos deixam atônitos pois nos identificamos com elas.

Pois dentro de todos há um Túrin. Temos um inimigo dentro de nós.

07 maio 2014

Uma passadinha com as mudanças da vida

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Alguns talvez tenham percebido uma certa ausência de novos conteúdos no Blog. Sendo  o último publicado em 19/mar/14.  O que ocorre é que nunca trabalhei tanto na vida, em média de 10 – 12 horas/dia, mais a maioria dos domingos, e fora isso, a faculdade [último ano + estágio obrigatório numa escola na Vila Madalena toda sexta as 7h da manhã]. Além de, prazerosamente, passar alguns fins de semana e feriados cuidando da minha sobrinha lindafofa, Lorena. Além da minha namorada, Mylle. Tais estão constantemente a esmagar minhas energias e tempo para escrever. Por outro lado, tenho reservado algumas horas nos meus fins de semana de modo a dedicar-me a escrita. Mas ao invés de e-mails, cartas, posts... dedico-me, desde meados do ano passado, a escrever livros. Sim, finalmente - creio que já cresci a ponto de dar forma aos meus pensamentos.

O meu primeiro livro, já registrado na Biblioteca Nacional tem por título “A Revolta dos Injustiçados – Eustáquio & Tratado Sobre Envolvimento Cristão na Politica”. O assunto é um conjunto de ensaios abordando questões sobre justiça, desigualdade social, problemas públicos em geral e em como, uma pessoa que  se sente injustiçada, deve reagir diante disso. A ideia do livro é quebrar tabus e provocar o leitor a ter uma postura que talvez seja intragável, ao perceber, de forma logica, que suas revoltas são inúteis, que são injustas e também produzem outras injustiças. Mas, mais do que isso, o livro nos provoca a ideia mais solene de Justiça e que o principio básico a não ser violado é a Lei Aurea; e, baseado nela, enxergamos claramente todas as ações. É um Livro que nos provoca como cidadãos, professores, empresários, funcionários, políticos, cristãos, não-cristãos, pessoas, que querem lutar por um mundo melhor, a não dar um ‘tiro no pé’, isto é, apenas criando um outro mundo injusto. Ao mesmo tempo, fazendo uma defesa ao Estado Laico e uma critica aos cristãos que pretendem se envolver na politica em nome do cristianismo/igreja/bíblia.

A este Livro dei a forma de uma mistura de um Conto/Romance com capítulos reflexivos sobre os temas abordados no drama. A história narra a vida do pobre, infeliz, injustiçado e “gente boa” Eustáquio, que após um dia muito estressante, sofre com todas injustiças sociais da nação (governada pela mentirosa e corrupta de Dona Fultina). Com a ajuda de um policial, Delegado Justino, e um ancora do O Grande Noticiário, Jonas Locutor, Eustáquio faz uma denuncia pública em Rede Nacional que mobiliza todo o povo numa série de manifestações (inspirada “Na Revolta dos 10 Centavos – 2013”) que por fim, derruba o governo de Dona Fultina e leva Eustáquio a presidência.  [Clique Aqui para uma amostra do 1º Episódio de Eustáquio]

O Livro está, agora, passando por um pente fino numa minuciosa revisão que minha amiga, Anelise, está 
me ajudando; qual devo terminar em 1 ou 2 meses. Já estou pegando alguns contatos e entrando em contato com algumas editoras, mas creio que isso apenas será mais efetivo após o termino da revisão. E depois de fechado o contrato será feito a editoração, para finalmente chegar a publicação, que espero que ocorra até o final do ano.

Paralelamente, iniciei outro livro, sem título ainda, é uma obra que aborda um novo tema, uma nova palavra, umanova ideia, qual chamei de “Mandos”. A ideia original era passar para o papel o que a música significa para mim, mas ao ver isso, me esbarro nas tradições, crenças, ideias populares e concepções que cada um já tem sobre a palavra música. Por isso me vi necessário criar outra palavra, qual busco dar forma no transcorrer do livro. De modo a mostrar que música é apenas uma manifestação ou subconjunto de mandos. E que mandos simplesmente envolve tudo. Da Filosofia à Matemática, da Criação à Liberdade de Pensar, à Linguagem, à Origem das Palavras, à Comunicação e Expressão, à Pronúncia/Fonemas/Vogais/Consoantes, Idiomas, à forma como os homens se relacionam, à forma como a Natureza se relaciona, à Saúde Física-Mental-Espiritual. E assim, com uma série de provocações, ensaios, questionamentos e analises, construo uma nova identidade sobre a música e de como interpretá-la, através da concepção de mandos. De modo, levar o leitor a digerir as palavras ousadas de Beethoven: “A música é uma revelação maior do que toda sabedoria e filosofia.” Este, já conta com 9 longos e profundos capítulos mas ainda sem prazo – gostaria de publicá-lo ainda final de 2015. 


Mas, em especial, o motivo mais celebre é que quando estou com a minha sobrinha, simplesmente não penso em mais nada a não ser brincar, descobrir, aprender, ensinar e ficar bobo com essa garotinha mais linda do mundo, e o que tem de beleza tem de doçura e fofura, sobretudo, quando canta, ao chamar meu novo nome: "Tii-tiiu!"


Aqueles que quiserem ter um acompanhamento mais presente de algumas coisas interessantes que encontro na Internet, ou notificações de última hora, podem acessar o Blog do Evandro no Facebook, basta clicar aqui.

Somos os mais fracos humanos que já habitaram a Terra

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Como classe, somos os seres humanos mais fracos que já andaram no planeta. De acordo com uma nova pesquisa da Universidade de Cambridge (Reino Unido), a tecnologia pode ser a responsável por nos tornar mais lentos e fracos que todos os nossos antepassados.

Muitos aborígines australianos pré-históricos poderiam ultrapassar o recordista mundial Usain Bolt, nas condições atuais. Alguns tutsis, povo da Ruanda, já superaram o recorde mundial de salto em altura de 2,45 metros durante cerimônias de iniciação nas quais eles tinham que saltar pelo menos a sua própria altura para avançar para a idade adulta. Qualquer mulher Neandertal poderia ter ganhado uma queda de braço contra Arnold Schwarzenegger.

Por que somos tão fracos?
Segundo a pesquisadora Alison Macintosh, a evolução provocou mudanças na divisão do trabalho e na organização socioeconômica. Conforme homens e mulheres começaram a se especializar em determinadas tarefas e atividades, como o trabalho com metal e cerâmica, a produção agrícola e a criação de gado, isso afetou a mobilidade e força dos humanos modernos.

A pesquisa

Macintosh monitorou as alterações na estrutura óssea ao longo do tempo em esqueletos encontrados em cemitérios na Europa Central. O mais antigo datava de 5.300 aC e o mais recente de 850 dC.
A sua equipe chegou à conclusão de que os humanos modernos mostram um declínio na “mobilidade e resistência”, especialmente os homens.
A cientista descobriu que a mobilidade dos primeiros agricultores – 7.300 anos atrás – estava a nível de estudantes que são corredores profissionais hoje. Em pouco mais de três mil anos, nossa mobilidade foi reduzida para o nível de estudantes classificados como sedentários.
A teoria para explicar isso é que, com o tempo, nossos ossos da perna mudaram devido à atividade menos intensa.
“Ambos os sexos apresentaram uma queda em ântero-posterior, uma queda de fortalecimento do fêmur e da tíbia através do tempo, enquanto que a capacidade das tíbias masculinas de resistir à flexão, torção, compressão e caiu também”, disse Macintosh.
Ela acrescentou que, conforme os seres humanos fizeram a transição para a agricultura na Europa Central, a necessidade de viagens de longa distância e do trabalho físico pesado diminuiu. “À medida que as pessoas começaram a se especializar em outras tarefas, poucas estavam fazendo regularmente atividades que eram muito extenuantes para suas pernas”, afirma.
Os ossos das pernas das mulheres mostraram alguma evidência de mobilidade em declínio, mas essas tendências eram “inconsistentes”.
Ela acha que a variação pode ser devido ao fato de que as mulheres têm realizado mais “multitarefas” ao longo do tempo. Macintosh disse que havia evidência em dois dos mais antigos esqueletos femininos usados para análise de que elas realizaram tarefas com os dentes, o que significa que podem não ter feito trabalhos que requeriam ossos da perna mais fortes.

Perda explicável

De acordo com o Macintosh, os ossos são extremamente plásticos e respondem com uma rapidez surpreendente a mudanças.
Quando estão sob estresse, como longas caminhadas ou corridas, os ossos se tornam mais fortes, e fibras são adicionadas ou redistribuídas onde são mais precisas.
Macintosh afirma que, na Europa Central, a tecnologia e o aumento da especialização teve um grande impacto na nossa força nas pernas. “À medida que mais e mais pessoas começaram a fazer uma ampla variedade de atividades, menos pessoas precisaram ser altamente móveis, e com a inovação tecnológica, as tarefas fisicamente extenuantes foram provavelmente facilitadas”, disse. “O resultado global é uma redução na mobilidade da população como um todo, acompanhada por uma redução na força dos ossos dos membros inferiores”.

Os incríveis humanos do passado

Um novo livro, “Manthropology: The Science of the Inadequate Modern Male” (algo como “Homemtropologia: A Ciência do Inadequado Humano Moderno”, em tradução livre), escrito pelo antropólogo australiano Peter McAllister, concorda bastante com a pesquisa de Macintosh.
Na obra, McAllister fala sobre estudos que chegaram a conclusões sobre a velocidade de aborígines australianos 20.000 anos atrás, baseadas em um conjunto de pegadas de seis homens perseguindo uma presa. Uma análise levou os cientistas a estimar que os aborígenes corriam a uma velocidade de 37 quilômetros por hora por um lago lamacento. Bolt, por comparação, atingiu uma velocidade máxima de 42 quilômetros por hora durante seu recorde no 100 metros na Olimpíada de Pequim.
McAllister afirma que, com treinamento e sapatos modernos em uma faixa de corrida, os caçadores aborígines poderiam ter alcançado velocidades de 45 quilômetros por hora. “Se eles podem fazer 37 quilômetros por hora em terreno muito macio, suspeito que há uma forte probabilidade de que eles teriam superado Usain Bolt se tivessem todas as vantagens que ele tem hoje”, diz.

Aliás, essa é só uma evidência de pegadas fossilizadas, do que poderiam nem mesmo ser os mais rápidos caçadores aborígenes da época.
Passando para o salto em altura, McAllister afirma no livro que fotografias tiradas por um antropólogo alemão mostram jovens africanos saltando alturas de até 2,52 metros nos primeiros anos do século passado.
“Era um ritual de iniciação, todo mundo tinha que fazer isso. Eles tinham que ser capazes de saltar a sua própria altura para avançar para a masculinidade”, conta. “Era algo que eles faziam o tempo todo e tinham vidas muito ativas a partir de uma idade muito precoce. Eles desenvolveram habilidades fenomenais no salto”.
Além disso, McAllister escreve que uma mulher Neandertal tinha 10% mais massa muscular do que o homem europeu moderno. Se treinada corretamente, ela teria alcançado 90% do volume de Schwarzenegger em seu auge na década de 1970. “Mas, por causa da peculiaridade de sua fisiologia, com um braço inferior muito mais curto, ela iria ganhar dele à mesa sem nenhum problema”, explica.
Muitos outros exemplos são dados no “Manthropology”. Por exemplo, legiões romanas completavam mais de uma maratona e meia por dia transportando mais de metade do seu peso em equipamentos, enquanto Atenas teve 30.000 remadores que podiam superar as conquistas de todos os remadores modernos.
McAllister apoia a mesma teoria de Macintosh sobre o declínio humano. “Nós simplesmente não somos mais expostos às mesmas cargas ou desafios que as pessoas no passado antigo e mesmo no passado recente eram expostas. Mesmo nossos atletas de elite não chegam perto de replicar isso. Estamos tão inativos desde a revolução industrial que realmente retrocedemos em robustez”. [Voanews, Independent]

Fonte: Hypescience

Nota: A suposta "evolução" do pensamento e habilidades do 'homem moderno', na verdade o está degradando: aumentando suas fraquezas e sua dependência das tecnologias. Algo a se pensar. [Evandro]