25 setembro 2013

Dale Carnegie - Como Fazer Amigos & Influenciar Pessoas (Critica)

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Após ler uma estupenda indicação de um empreendedor sobre esta obra, segundo tal, mudou a sua vida. Não pude deixar de ler este Best Seller que está entre os mais vendidos de todos os tempos.

O livro se trata de um tipo diferente de auto-ajuda, diferente do comum. Como ele se auto-classifica, como o de desenvolvimento pessoal. Que ao invés de dizer aqueles blablablas de de autoajuda, ele é mais focado em formas de atitudes para com as pessoas, para com os próximos, para que eles criem uma simpatia positiva com você e dessa forma, não só desejem sua presença, como ficam mais suscetíveis as suas sugestões.

Resumindo o livro ele diz que o grande segredo do negócio é "seja uma pessoa agradável".
Essa é chave: "Aprenda os princípios básicos para se tornar agradável as pessoas, pratique-os e as pessoas automaticamente irão gostar de você e aceitarão suas sugestões."

É assim que o autor com todo sofismo do mundo, sem questionar, sem analisar, sem ir a fundo, sem mencionar sequer um contra-exemplo, tenta convencer, vender o peixe da sua ideia. Em alguns momentos, no capitulo que fala para "elogiarmos", para "agradar o ego" das pessoas, diz que a grande maioria, como que 99% das pessoas, não são lógicas, não querem ouvir ou saber de argumentos e pensamentos lógicos, apenas estão pensando no orgulho delas. E claro, isso carece muito de dados.

O método de "convencimento" do autor se baseia em ajuntar a sua argumentação, vários pequenos fragmentos de supostos testemunhos autênticos de pessoas que descrevem um 'sucesso' em sua tentativa de sugerir usando um desses princípios. Que é o mesmo método de argumento da propaganda como no regime Nazista, na qual o Governo buscava convencer as pessoas, com 'curtas' colocações, dados, sempre otimistas, com sucesso; sendo a maioria, sem que o receptor tivesse condições ou insumo para averiguar sua veracidade. E assim, através desses 'fragmentos', convencer do 'todo'.

O Livro, apesar desses sofismos, trás algumas idéias muito interessantes, sobretudo sobre conduta, boas maneiras, modos. Além de muitos ensinamentos, serem apenas a aplicação de alguns principios biblicos (o próprio livro o diz que é). Todavia, o livro sempre traz estas coisas como se fossem ferramentas para alcançarmos interesses pessoais. O Livro não está falando sobre serviço e amor abnegado, desinteressado, está falando de uma transação, de um negócio, para pessoas que usam uma carência afetiva como moeda de troca.

Venho alertar alguns leitores, que sei que existem. Que são muito influenciados por este tipo de leitura. Precisam tomar cuidado com estes autores que dizem ter a ultima palavra ou 'a formula do sucesso'. Todos sabemos, pela nossa própria experiencia de vida, que os 'bonzinhos', 'os agradáveis', são os que mais tomam na cabeça, mais são vitimas. A História mostra isso. O próprio Jesus (que o autor menciona) também é um exemplo, ele foi o exemplo máximo de alguém que realmente seguia os princípios de se importar com os outros, fazer avivar uma chama no fundo do coração deles, mas o que aconteceu com Ele? Ele foi rejeitado, parecia que tudo foi por água abaixo, o mataram.

As empresas e as pessoas hoje estão mais experientes, ficando mais espertas, estão se baseando mais em 'lógica' do que em 'relação'. Estou disposto a arriscar que 90% das transações comerciais, financeiras, dos valores, são geridos e negociados por meios lógicos. As super especulações financeiras do passado, estão sendo substituídas por 'robos' pré-programados logicamente. Hoje se usa Teorias de Decisão, modelos matemáticos, estatísticos entre outros. No campo das empresas e contratações, temos os serviços de RH, as dinâmicas de grupo, entrevistas. Há uma selva lá fora. A vida não é um mar de rosas tão facilmente solucionável como o livro quer nos convencer.

Salomão mesmo disse, tem um provérbio que não é prudente ser "muito bonzinho". E assim é a vida. Há situações que precisamos ser energéticos. Há muitos situações, que sim, temos que apelar para a lógica das pessoas, para a razão. Bons modos, boas atitudes, ser agradável, isso deveria ser básico em nossas relações. Mas é bom lembrar, que suas atitudes, ações, vão falar muito mais alto do que todas as palavras e 'atitudes agradáveis'. Não adianta muito querer mostrar simpatia e afeto pela pessoa, se na hora H, quando ela estiver no Hospital você nem se der ao trabalho de ir visitá-lo. Do mesmo modo, se depois a pessoa descobrir que você o enrolou a fazer um negócio no qual você teve 500% de lucro sobre ele.

É certo, e todos sabemos disso, as vezes, nos surpreendemos quando bons modos, a força da amizade, laços, simpatia entre outros se resultam nessas nessas coisas. Ficamos surpreendidos justamente porque sabemos ser raros isso acontecer - não esperávamos. Conflitos de interesses são tão difíceis hoje quanto no passado. Muitas vezes a diplomacia não é possível. O livro apenas fala positivamente, dos casos que funcionaram, mas não fala dos que não deram certos (provavelmente a maioria).

Aprendi e estou aprendendo muito nessa leitura. Mas tenho claro em minha mente, que esses 'métodos' que o livro diz ser infalível para fazer amigos e influenciar as pessoas, vão funcionar um caso ou outro. Há sempre muitas situações e variáveis em jogo, que não vai ser um livro de poucas palavras como este que vai resolver todos. E que, além disso, algumas sugestões do livro também fere com alguns dos meus princípios. Entre o mais sutil de todos, está a implícita sugestão do livro de que o homem é um animal, um objeto a ser conquistado; qual podemos por a colheiras neles, apenas nos comportando como cachorros abanando o rabo. Que devemos colocar os nossos interesses. Não tenho dúvidas, que há muitas pessoas de índole mais carismáticas e extrovertidas que possuem muitos contatos, 'amigos', e conseguem muitos favores por isso; mas quão é comum ver essas pessoas carentes de verdadeiros amigos, que os suportam mesmo em suas chatices. Um mundo de bonecos bobos, sorridentes, que se abraçam a todos, sorrindo, um bajulando o orgulho e interesse dos outros, é um mundo bobo e sem peito e que, na hora H, do cada um por si, está sujeito ao caos.

Por fim, diz a Biblia que pela falta de piedade o amor de muitos esfriaria. E estou certo de que as pessoas estão cada vez mais carentes de amor e piedade. Devemos nos achegar a elas, com toda a simpatia. Mas, diferente do que o livro tenta nos convencer, fazer isso por genuinidade, sem interesse, egoismo; e de que isso não é fórmula mágica, não vai funcionar sempre, e provavelmente, na maioria das vezes irá sofrer por isso. Diz um sábio texto antigo que:

"Uma pessoa se mede pela forma como ela trata aquele que não pode/tem nada a lhe oferecer."

11 setembro 2013

O que é a vida?

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Vitor Ripper, meu grande amigo fazendeiro e músico de Guararema, não poderia deixar de me impressionar com uma pergunta de tamanho cunho. O que é a vida? Sim, o que ela é?

Antes de mais nada, acredito que essa pergunta deveria ser feita para muitos outros. Há certamente pessoas muito mais capazes do que eu, como muitas das grandes mentes da História que já dialogaram sobre isso. Mas prometo fazer o meu melhor.

Acredito que Vitor não perguntava quanto ao aspecto que nos dias de hoje denominamos de 'biológico', ou seja, poderíamos comparar a uma máquina como um computador tal qual ajunta-se corretamente todo o hardware mais energia elétrica e então ele começa a operar seus processos programados a executar. Creio que a pergunta é muito mais complexa do que isso, do tipo em identificar o que seria o mais simples ser neste mundo que possui características do que podemos chamar de 'um ser vivente'.

É difícil primeiramente definirmos o que é a vida, é mais fácil dizer o que acontece na vida. Aqui está você respirando, olhando para essa tela, lendo estas palavras, entre outras coisas que fez hoje, que fará amanhã, que fez anos atrás. Mas em meio a tudo isso, nos deparamos com um silêncio, um vácuo, um buraco em nossa mente que nos comove até mesmo com uma sombria solidão e pensamento de que somos nada.

Por que existimos? Por que estamos aqui? O que fazer da vida? Qual o nosso papel? Para onde vamos? E é extremamente comum nos isolarmos em pensamentos sem sentido, sem direção, quando mais nos libertamos de ideologias e pensamentos que não são passados (tradições). Quando isso acontece somos tentados apenas a satisfazer nossa consciência ocupando-a. Definimos um 'conjunto de coisas que nos agradam que são valiosas' e buscamos saborear tais durante a vida e nos envolver com nosso trabalho e atividades do dia-dia.

Não Tenho Resposta, Mas uma coisa é certa: A Vida Não Nos Pertence
"Não cuide da minha vida." Como é comum ouvir essa estupida frase. E quantas vezes não assaltamos um direito, um tributo, um poder que não é nosso, não nos pertence. A vida na verdade nunca nos pertenceu. E antes que me ache um louco ou pare de ler estas palavras. Me responda: Você tem roupas? Sim, lógico! Mas como você sabe que tem roupas? Sim, porque está vestido com ela, pode tirá-la, colocá-la, vendê-la, acabar com ela quando quiser. Tem pensamentos? Sim, lógico! "Eu penso, logo existo." disse alguém. Mas você é capaz de produzir seu pensamento, dar seu pensamento para outro. Aliás, as vezes temos até dificuldade de remover pensamentos indesejados. Mas e a vida?

Você tem a sua vida? E quando pensamentos nisso, não precisa pensar muito para deduzir que apenas temos uma coisa na verdade: "A capacidade de acabar com ela." Você tem a capacidade de tirá-la. Todos temos isso, de certo modo, somos ótimos nisso, em nos destruir a vida, seja com pensamentos, hábitos, ou até mesmo atitudes mais efetivas para acabar com ela rapidamente. Vimos muitas pessoas já tirarem a vida. Conhecemos muitas que já a perderam. Mas quantos conhecemos que a conquistaram? Que a deram?

Não escolhemos viver. Não temos a escolha de dar a vida. Não decidimos viver. Nunca decidimos. Nem sequer fomos consultados. Nunca houve um dia em que olhamos para os nossos corpos inanimados e sem vida e então dizemos: Pronto, chegou a hora de viver.

Filósofos antigos diriam ainda mais. Alguns gregos diria que o que nós chamamos de vida é um múltiplo de vidas. Nossos dedos possuem vidas. Cada célula do nosso corpo é um ser, uma vida. Hoje podemos indagar ainda mais a fundo, até que ponto somos o eu? E se perdermos nossos braços e trocá-los por robóticos?  E se o mesmo fizermos com as pernas. E se, com os avanços da medicina sintética, pudermos trocar nossos órgãos, coração, cabeça, até mesmo, transferir nossa mente para um hardware. Apesar, que computacionalmente, transmitir toda a imensa quantidade de dados que ocorre na nossa mente a cada segundo, para algo do tamanho de nosso punho, ainda é algo inconcebível. Até que ponto deixaremos de ser nós mesmos, ou será ainda a 'nossa vida'? Cientistas até mesmo chegaram a calcular a quantidade estimada de informações que há em todo o nosso organismo, DNA e tudo mais; para processá-la, nas velocidades mais extraordinárias computacionais que há hoje, levaria um tempo simplesmente maior que o tempo de existência do Universo segundo a Teoria Geral da Formação do Universo, então este dia em que poderemos transportar toda a nossa vida (como dados e informações) ainda está totalmente indeterminado.

Por outro lado, temos mais facilidade em definir quando a vida acaba. Tanto em termos de consciência como a morte cerebral, ou a celular como a necrose. Apesar que há muitas religiões espiritas que acreditam num estado de vida após a morte.

O Livro mais extraordinário de todos os tempos não deixa de falar sobre isso. Na verdade, é em grande parte a suma disso. Logo no inicio, nos primeiros capitulos de Genesis vemos a declaração que somos uma "alma vivente". A vida é uma ação! É um verbo! Daí temos a definição de Animal = Matéria Animada. Mas mais do que isso, é uma "alma" é um ser com uma certa individualidade, autonomia de pensamento e consciência; algo não deixado claro ser a mesma condição dos demais animais. Mas deixa claramente a fórmula:

CORPO + FOLEGO DE VIDA = ALMA VIVENTE

Dependendo da linguagem irá mudar as palavras, mas convergem para este significado. Você só é um ser vivente a partir destas duas coisas. A ausência de uma delas e você é simplesmente nada. Mais ainda. O Livro diz que a vida não nos pertence, mas é dada. Esse "Folego de Vida" que não é o oxigenio, não é o sangue, não é um RCP bem feito ou um desfibrilador, não é eletricidade é um mistério. Se fizermos o Frankstein de hoje, ajuntarmos todos os órgãos, tecidos, perfeitamente, e o cerebro (podemos até deixar umas horas ou dia após sua morte para garantir que morreu), e lhe dermos qualquer estimulo; ele certamente não passará a viver.

Salomão, segundo a Bíblia, o homem mais sábio -  Homem qual que assim como a Sansão foi dado a força, a Salomão foi dada a sabedoria - foi tomado por uma curiosidade de lhe tirar o sono: Compreender e responder essa pergunta que o Vitor me fez, "O que é a vida?" E faço dele as minhas palavras.

A História integra - tão magnifica que merece nossa imediata leitura - se encontra no Livro de Eclesiastes. Salomão procurou entender a vida, entender todas as coisas que existem "Embaixo do Sol", tudo que acontece. E descobriu, chegou a conclusão, talvez trágica (pois temos uma tendencia Romantica de queremos conclusões arrebatadoras) mas tão simples e talvez amarga que poucos podem dirigir:

"Nada faz sentido."
"Vaidade de vaidade, tudo é vaidade."

O termo vaidade está para muito além dos nossos desejos de ter uma boa aparência hoje. O termo vaidade está no sentido de "passageiro". Tudo passa. Simples assim. A vida é algo passageiro que em si não tem significado algum. É um vazio. É a folha da arvore que nasce e que ora empalidece, desprende e cai. Do pó da terra viemos, para pó da terra voltaremos. Nú viemos a este mundo, nú iremos dele. Justos e impios têm o mesmo fim, todos vão para o pó da terra. Homens e animais, são a mesma coisa, ambos irão passar, ambos voltarão para o pó. Tudo o que construímos, fizemos, com o tempo irá passar. mesmo que construímos uma piramide de diamante revestido de titânio puro. Cedo ou tarde, nosso Sol irá se consumir, algum buraco negro ou choque entre galáxias acabará com este planeta, e assim, com a piramide.

Nesse sentido, Salomão também conclui que como é tolo o homem que se esgota de trabalhar. Trabalha e trabalha. E não sabe que todo o seu trabalho jazirá no pó da terra assim como ele. Tudo o que ele fez passará. Com o tempo será esquecido. Ele será esquecido. Ele deixará de ter os benefícios deste. Não importe quanto trabalhe, sempre haverá mais trabalho a ser feito. E ao mesmo tempo, se esgotará a vida em algo que também é vaidade, é passageiro. Podemos nos matar de trabalhar e amanhã sermos consumidos por uma doença, por uma tragédia, por uma guerra, uma crise financeira. Mas o mesmo Salomão também diz que seja o que for que vier em nossas mãos, façamos da melhor maneira possível, com toda a energia, alegria, destreza, vontade; trabalhemos da melhor forma possível; pois logo iremos morrer, e na morte não haverá trabalho, nem coisa alguma. É como se a sua mesa estiver sendo servido o ultimo pedaço de pão, pois amanhã você irá para o deserto, e ali não haverá mais nada a se comer, até você sucumbir pela fome. Por isso, viva, trabalhe, faça tudo o que tiver que ser feito e vier as suas mãos para se fazer como um último pedaço de pão antes do deserto.

Todavia, mesmo assim, isso não faz sentido. - Conclui ele.

Ah sim!, trabalhar, ganhar dinheiro, nos divertir, comer, beber, desfrutar da nossa mulher, nossa família, amigos. Salomão diz que isso é o melhor a se fazer nesta vida Não há nada mais prazeroso do que desfrutar do fruto/ganho do seu trabalho. Que isso é um presente de Deus. Podemos no divertir, alegrar, ter uma vida agradável e saborosa; sermos felizes. E que isso devemos fazer também. Mas conclui que isso também não faz sentido. É vaidade. É passageiro.

Salomão procurou ler e procurar conhecer todo conhecimento que os anteriores produziram. Mas chegou a conclusão que isso também é vaidade. Sempre existirá uma quantidade maior de livros do que se pode ler. Não importa quanto você estude e lê, sempre haverá mais coisas que você ainda não tomou conhecimento. Querer saber de tudo, isso também é loucura. E é vaidade.

Concluiu ele que uma das lições mais claras sobre Educação nesta História: "Se você não continua aprendendo, esquece até mesmo o que já sabe." (Livro de Provérbios). Não importa o quão você já aprendeu, estudou algo, ou foi hábito naquilo. Se parar de estudar sobre, praticar, exercitar este músculo, com o tempo irá definhar. Não há como contermos tudo o que estudamos; com o tempo, temos que tomar a dura escolha de decidirmos quais pensamentos e habilidades iremos preservar e dar mais atenção do que outras. No ginásio, eu era um aluno nota 10 em Biologia, sabia o nome de qualquer coisa, hoje mal consigo lembrar o que o Complexo de Golgi ou o Tecido Endoplasmático Liso e Rugoso fazem, e acredite, eu tirei 10 nessa prova, e soube por muitos anos na ponta da língua a resposta.

Mas por fim, Salomão chega a prestigiosa e terrível conclusão de que o dever, a ação do ser vivente, ou seja, a vida, consiste em obedecer a Lei de Deus. O que é algo terrivelmente forte. Simples pelas palavras, mas tremendamente complexo que envolve toda a nossa vida, simples tudo, quando estudamos e compreendemos o que isso significa.

A Ideologia Cristã

Outros homens, em séculos e milênios diferentes, na Bíblia abordam este assunto. E dizem que Deus é a vida. A vida pertence a Deus. Ele é o autor. Ele é quem dá. Ele é quem conserva. A Ele que pertence. - está é a visão cristã. Ele nos formou no ventre de nossa mãe. Ele que nos tornou alma vivente. E com o propósito original de fazermos atos de vida. Nos fez com o propósito de viver. Ou seja, ações vivificantes, promovedores de vida. E isso só fazia sentido quando o homem buscava seguir e amar a Vida. Ou seja, para o homem o que importa é viver, e isso é de supremo valor. E isso significa dar valor aos mais inacreditáveis detalhes que promovem saúde em nosso ser. Salomão disse, que aquele que for sábio, que seguir a vontade de Deus, terá longanimidade e longos serão seus dias na face da Terra. Disse Salomão que Deus colocou no homem o desejo da vida eterna. Sim nós queremos viver! Como outro pensador passado já disse: "O único deus que existe é a morte. E a ele dizemos: Hoje não."

Dar valor a vida é dar um tremendo valor de produzir respeito, equilibrio, bem-estar, interesse, para com todas as demais coisas que há neste mundo, seja o Natural, seja o Humano, seja os Pensamentos, seja as Vontades, seja os Desejos. É o desejo ardente por viver uma fórmula perfeita de como se viver de modo completo, feliz, seguro, saudável, prazeroso, em paz em todos os aspectos da vida, sociedade, ecossistemas, planeta. Para Deus, fomos criados para viver em PLENITUDE.

Sabemos nós que isso 'não existe'. Nascemos e vivemos num mundo oposto disso. Nunca vimos esta plenitude. Nos Livros do passado encontramos uma 'explicação'. A explicação de que o homem se rebelou contra esta fórmula/fonte perfeita da vida. Se rebelou em obedecer a Deus. Em outras palavras, rebelamos contra o próprio viver; pensando: Podemos ser como Deus e tomar a 'força' (se opor ao impeto que Deus diz que devemos seguir) o direito, a capacidade, de ser doador da vida, ser dono de si mesmo, ser dono da nossa vida, podermos dar vida, termos vida eterna por nós mesmos, escolhermos viver mesmo depois de sucumbimos no pó da terra. Invertamos uma outra coisa chamada de vida ainda melhor do que está que Deus oferece e fez. Ou seja, simplesmente o computador arrancou o cabo de energia tentando viver por si mesmo.E num efeito dominó, vagaroso, todo esse computador está se desligando definitivamente. Permitiu Deus fazermos isso, por respeitar nossa escolha, nos dar livre-arbitrio, ao invés de fazer de nós robos e condicionados exatamente a viver assim como fomos programados, sem escolha, autonomia.

Todavia, mais do que isso, os Livros dizem que o próprio autor da Vida fez um plano, e está executando para dar vida novamente a todos. Mas não indistintamente. Respeitando o livre-arbítrio, apenas dando a quem a quer. A quem escolher ter. A quem deseja ligar novamente o fio na tomada. Porém, com o tempo desligado, o corpo entrou num processo de necrose, de uma longa deformação, degeneração, degradação; sobretudo o meio em que vivemos, um planeta condenado a destruição. E diz este Livro, que Ele o mundo será totalmente tombado, desfeito pelo calor, pelo fogo, e, a seguir, será restaurado, perfeitamente refeito num sistema novamente perfeito que permite a vida plena, infinita e eterna. E todos aqueles que decidiram religar-se a Vida (a palavra 'religião' significa literalmente "religar-se com Deus"). Deus lhes dará novamente a vida, com um organismo, estrutura perfeita, num sistema perfeito, que englobará todos os aspectos da vida; para sempre. E que este processo começa e pode começar hoje, adequando o nosso caráter, nosso pensamento a esta norma que Salomão disse ser o dever.

A Ideologia Espirita

Por outro lado, há alternativas  diferentes. As ideologias Espitiras acreditam o oposto. Acreditam que a vida é nossa por definição. Seria algo próximo ao karma. Vivemos, de certo modo, eterno, ou dificil de se traçar quando fomos que passamos a existir. E com o tempo vamos nos desenvolvendo. Tendo o corpo como um acessório passageiro entre as fases transitórias da vida. Ou seja, quando morrermos, nós mesmo, essecialmente, nossa 'alma ou espirito' (não sei como distinguem isso) vão para outro lugar, para níveis superiores, ou sofrer punições, se encarnar em outros seres e assim indo, indefinidamente, até um dia ser como Deus, e mesmo assim, nunca chegar na plenitude, mas sempre tendo algo a melhorar. Ou seja, uma concepção na qual Deus não é a plenitude (o infinito, matematicamente), mas apenas algo num nível muito grande. Se opondo ao pensamento de Salomão, não diz que a vida é vaidade, que é tudo passageiro, sem sentido, que começou no pó da terra e para ela voltará. [mas aqui não quero fazer nenhum tratado, estudo sobre espiritismo]

A Ideologia Atéia

Para outros, a vida é simplesmente como Salomão disse: Sem sentido, sem significado, sem propósito. Um acidente de algo para qual criamos palavras explicativas em si, mas que nada explicam, como a palavra "casualidade". Essa entre outras palavras, que não passam da mesma especie da falácia "Porque Deus disse", mas com outra cor: "Porque Deus não disse". Afirmações tão metafisicas e carentes de fé quanto as demais. Que fazem as mesmas conclusões de Salomão, exceto uma. Enquanto Salomão diz que a sabedoria leva alguém a se perguntar, tentar compreender, pensar sobre isso, mesmo afirmando ele ser isso doido e poder tirar todo o sabor de se viver debaixo do Sol, fazendo com que não exista mais novidade alguma, fazendo com que tudo perca o sabor e a fantasia mistica; mas com peito e coragem para ir até as últimas consequências deste pensamento. Os "casuais" simplesmente concluem "é chato ficarmos pensando sobre isso e não queremos aborrecer nossa vida envolvendo com pensamentos que possa a nos levar em 'deveres', vamos simplesmente parar de pensar nisso e viver com com o fio da tomada desligado, felizes com isso enquanto a bateria durar." - Ou como diria, C. S. Lewis: Homens sem peito!

Por fim

As vezes, somos orgulhosos o suficiente para dizer que 'sabemos', 'temos a palavra final'. Mas como diria alguém no passado: "Ser ou não ser, eis a questão!" Uma verdadeira indagação e questionamento sobre a vida, nos leva apenas a duas possibilidades quando encaradas seriamente, dispostos a cavarmos até as ultimas consequências como Salomão fez. No meu ver, a melhor declaração que descreve essa atitude é uma célebre frase, pouco conhecida, já dita por um grande pensador que também já passou, está no pó da terra: "Viver ou suicidar-se, eis a única questão verdadeiramente importante." E, se eu nem você nos suicidamos, e ainda vivemos, é porque ainda estamos submersos em uma grande porção de ideologias, fé, crenças, valores, deveres, e, metafisicamente, acreditamos que a vida merece ser vivida; por mais que seja incompreensível ou passageira, não a abandonamos. Segundo o Livro, quer dizer que ainda há esperança para nós de religarmos o fio na tomada. - Melhor parar de pensar nisso, e voltar a estudar Análise Real e Teoria dos Conjuntos, pois semana que vem, alguém irá me avaliar uma nota para aquilo que 'sei'. (Essa vida é realmente sem sentido)


Que péssimo este texto e palavras. Onde está Aristóteles e Salomão uma hora dessas para me ajudar? Ah sim, no pó da terra. Eles já se foram. ://

Por fim, faço apenas uma ecentrica colocação que creio que poucos podem compreender. No meu entender, a melhor apologia sobre o que é a vida foi expressa no todo da música da Sinfonia dos Mil, a 8ª Sinfonia de Gustav Mahler. Tendo a sua conclusão máxima, no seu ápice, no grande finale, nos seus últimos 6 minutos. Se quiser ouvi-la, acesse este link no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=uYM54vhLYTU

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E você, como responde está pergunta do Vitor Ripper: O que é a vida?

Desculpe Vitão, mas no momento, foi o melhor que pude conseguir. Se puder, me ajude a cavar além destas praias.

Texto em homenagem a Vitor Ripper.