O fato é triste, muito triste. Mas deveria nos promover reflexões muito mais profundas do que apenas a morte. O homem sempre busca um bode expiatório quem culpar. Mas o fato é que estamos vivos logo corremos a qualquer momento o risco de morrer e cedo ou tarde vamos morrer. Mas o grande fato triste da História é que todos morreram de uma maneira que não gostariam de morrer, não de uma maneira heroica, não de uma maneira natural, não de uma fatalidade por doença, entre tantos outros; mas todos morreram de uma maneira e lugar que ninguém jamais gostaria de assim, consumir os últimos instantes de suas vidas.
Me recordei de uma frase que eu li há muito tempo em algum lugar que dizia algo mais ou menos assim: "Nunca esteja num lugar em que, se morrer, se envergonharia de ser achado ali."
A morte pode chegar a nós a qualquer momento e em qual lugar. Existe até mesmo uma especie de pássaro que pega tartarugas e joga tal a centenas de metros de altura para quebrar o casco no impacto e então comer suas partes internas; e há relatos na História de pessoas que já morreram com uma 'tartarugada' na cabeça. ... Quero dizer com isso, que sim, o Governo, os Órgãos, os Fiscais, sempre buscam meios de 'minimizar' as possibilidades de acidentes e de mortes caso um aconteça. Mas por essência lógica, não há como evitar, garantir que você irá para um lugar qualquer vivo, e de lá voltará sã e salvo. Podemos até mesmo morrer escorregando em casa e batendo a cabeça.
Um grande lamento para todos os familiares sobretudo pais que perderam seus filhos neste incêndio. Mas acredito que um grande e maior lamento ainda está implicito no lugar, em que morreram. Na balada, show, na bebida, drogas, na promiscuidade, 'na noite a fora na gandaia' (como se dizia antigamente) enquanto poderiam estar em casa dormindo com suas familias.
Esta tragédia nos assombra com uma outra tragédia. Uma tragédia ainda maior. A tragédia de uma cultura popular destas últimas décadas. Na qual as Leis de Saúde de repouso a noite fora violada pelo uso de energéticos e atividade intensa. Na qual a sobriedade fora corrompida por uso de bebidas e outras substancias desnorteadoras da consciência. Na qual a relação familiar e de sumo importância entre as pessoas, entre homens e mulheres, fora corrompida pelo modo mais barato de 'pessoas objetos', 'pessoas descartáveis', com a onda do ficar, pegar... Ações quais marcam no caráter, na saúde e na consciência dessas pessoas quais serão futuros maridos e esposas, futuros pais, futuros administradores, futuros educadores, futuros empresários de nossa nação.
A tragédia é grande. A perca de uma vida o é. Mas mais triste e amarga ainda deve ter sido a dolorosa dor e decepção por 'terem morrido em uma balada'. Quantos pais não s
deviam estar aflitos e preocupados? Quantos pais, não estavam em casa há km de distancia mal sabendo onde o filho estava? Quantos pais não dormiram aquela noite, de preocupação, pois filhos foram sem sua permissão? É triste. É um triste veneno que inundou nossa sociedade, lares e amigos.
Babilônia era uma nação grande e próspera, era a grande potência da Mesopotâmia em tempos anteriores. E Belsazar, seu último rei, fizera uma grande festa (Festa para Mil dos seus lordes - O Banquete de Belsazar, como ficou conhecido na História) no palácio real, declarando a mais profunda orgia. Uma festa como as baladas de hoje, nas noitadas, com muita bebida alcoólica e coisas alucinógenas, músicas dançantes, muita luxúria e todo tipo de orgia. E ali, pensando estar seguros, seguros pela infra-estrutura formidável da cidade de Babilônia e suas impenetráveis muralhas, seguros pelo seu exército que defenderiam a cidade. Fora nesta noite de orgia; quando ousaram trazer os vasos que saquearam do Templo de Jerusalem para neles se embriagarem de vinho foram surpreendidos por uma mão invisivel que escrevera na parede:
"MENE, MENE, TEKEL, PARS"
A orgia, a festa foi interrompida. Magos foram chamados para interpretar aquilo, mas ninguem fora capaz. Daniel então foi o único que pode dar uma interpretação ao seu rei:
"Contou Deus o teu reino e colocou fim a ele. Pesado foste na balança e achado em falta. Dividido foi o teu reino e dado aos medos e persas"
E naquela mesma hora, o Exército Medo Persa já estava invadindo sua cidade através do rio que passava por dentro da cidade, penetrando assim nas muralhas e pegando seus lideres e muitos soldados de surpresa; embriagados, despreparados, foram pegos de surpresa, por dentro da cidadela, onde suas defesas e muralhas foram inúteis.
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A mesma Palavra de atenção é dada a todos os tempos, inclusive hoje:
"Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;"
1 Pedro 5:8
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O Fato é triste. Muito triste. E que Deus possa consolar as famílias que perderam seus queridos filhos, irmãos, primos. A vida para estes acabara. Mas mais triste ainda é o lugar, o modo de como tal se encerrara. Uma morte para não condecorar, nem prestar homenagens. Apenas uma inconsolável lágrima. Qual apenas deixou-nos o mais amargo sentimento de perda. E a mais dura certeza que a culpa não fora somente da infra-estrutura local e da desordem na evacuação e plano de emergência (qual sempre busca minimizar perdas, mas não garante a vida de todos). Mas ficou, acima de tudo, um forte de sentimento que há algo de errado neste mundo, nesta cultura, um vazio foi deixado. Um sentimento claro no coração de cada homem sóbrio que sentira a dor desta perda: "nossos filhos não deveriam estar ali."
Que está mensagem possa alcançar a reflexão de todos aqueles que ainda se encontram sóbrios e vivos. Para que um dia, não lamente como Andorinha que dizia "vivi a vida a toa"; mas que possa, um dia possa ter uma morte que seja sempre celebrada e uma vida a inspirar outras vidas. Uma vida com qual possamos dignamente apreender em sua História tanto quão em seu fim.
"Nunca esteja num lugar em que, se morrer, se envergonharia de ser achado ali."
Pense nisso.
Não estou dizendo o que deve fazer ou não. Não estou dizendo o que está certo ou não. Muitos ali, como muitos bombeiros foram heróis naquele noite, e certamente, você não ouvirá a mídia destacando-o bombeiros que entraram no prédio, encararam os perigos, a fumaça para buscar a quem socorrer. Apenas desejo, que cada jovem aqui, pense nisso, e tire suas conclusões, ou, que, no minimo, se mordam com este pensamento.
Aspectos mais técnicos - Evitando Tragédias
Quanto aos aspectos mais técnicos. Há informação de que entrou muita gente de menor idade utilizando de RG falsos. E também entrou mais gente do que o local suportava. Houve relatos de pessoas dizendo que era tanta gente, que antes mesmo do incêndio, o ar já estava sufocante e 'era difícil se locomover e se chegar a algum lugar lá dentro' (inclusive a saída) - logo imagine na hora da muvuca. Além de saídas, obviamente não engenhosamente pensadas para um caso de desastre como este.
Todavia, aspectos como este não são novidades. Não sou um frequentador, mas sei que essas casas noturnas, de bailes, shows, baladas em geral, praticamente a maioria e quase sempre estão acima da capacidade. É como a história do Transporte Coletivo. Trens, metros, ônibus você sempre olha lá 'o limite de passageiros', mas a realidade é que se exprimem como sardinha até não caber mais nada. Talvez um péssimo hábito de brasileiro. Mas é comum que nessas casas isso aconteça. Não só a superlotação como também a facilidade com qual menores entram e consomem bebidas alcoólicas Pois, no fim, a regra que vale mais é DINHEIRO. Ou seja. A coisa, só mudaria mesmo, quando a penalização para tais fossem muito penosamente maior do que o lucro que pudessem obter com a frequencia de tais. Além de uma fiscalização mais rigorosa. Porém, numa nação de mensalão, subornos a fiscais é a coisa mais comum que existe - infelizmente.
Porém, fica claro que as REGRAS precisam mudar para se evitar tais tragédias, ou pelo menos, minimizar nos seus efeitos. Tais lugares precisam de claro plano de evacuação. Sensores de fumaça que disparam água de imediato. Precisam de pessoas que tenham passado por algum treinamento de evacuação. Pois dificilmente, o Sistema irá combater a ganância de empresários que ganham entupindo de pessoas esses lugares. Aliás, diga-se de passagem, que mesmo quando lotado, pessoas insistem para os seguranças da porta permitirem sua entrada. Logo, medidas mais concretas, pelo menos, minimizariam as possíveis tragédias. Como uma organização do espaço interior, das saídas, e da sinalização. Creio que poderia se aplicar um simples modelo de lógica.
Velocidade de evasão das saídas: x pessoas por minuto.
E a partir disso, adotar um critério, de que todas as saídas somadas, permitissem uma evazam de modo, a garantir que em 5min. 20% acima da capacidade máxima do local possa sair do estabelecimento.
Creio que seja um parâmetro simples, fácil de se calcular e fiscalizar, inclusive na planta. Pois no caso deste acidente, bombeiros tiveram que fazer um buraco na parede para facilitar a remoção de pessoas.
Mas uma atenção também chamo quanto a isso para Igrejas. Igrejas são locais também com glande aglomeração de pessoas. E muitas vezes ficam super lotadas, ou com uma estrutura incapaz e problemática para casos de evacuação, incêndio e etc. Mas algo que ainda me assusta mais são os Metros. Há algumas estações em São Paulo que são extremamente profundas, muitas escadas. Claro, a maior parte da estrutura é concreto, há pouco combustível para uma grande incêndio. Mas no caso de algum tragédia, sobretudo nos horários de picos em que esses lugares TAMBÉM ESTÃO ACIMA DA CAPACIDADE, será que tais lugares estão com uma infra-estrutura e com pessoas treinadas para organizar uma rápida e segura evacuação do local evitando para o minimo possível de vitimas?