Farei breves considerações sobre algumas coisas que todos nós - eu mesmo na maioria das vezes - considera a coisa mais NATURAL e CERTA da vida, como se fosse a GRANDE VERDADE, mas que na verdade é uma imposição, uma arma, o chamado IDH - Índice de Desenvolvimento Humano, entre diversos outros tantos índices analíticos, com quais, o chamado MUNDO DESENVOLVIDO, PAÍSES DE PRIMEIRO MUNDO, buscam analisar e avaliar as demais nações com seus critérios, suas óticas, seus domínios.
Temos que ter a inteligencia de perceber que a formulação desses "pontos que são analisados" se originam a partir de uma experiencia pessoal dessas pessoas, ou seja, de suas culturas, de suas educação, os valores de seus pais, país, entre tantos outros. E a partir de tais, a partir daquilo que consideram mais importante ou mais gratificando, buscam analisar a vida deles, o contexto do próprio país e das demais nações.
Quando por exemplo avaliam a Educação. Endeusam que a Educação, em seu estilo mais Ocidental, pós-platônico, enraizada em ideais Iluministas, que super foca o estudo da Matemática (sendo esta minha área de formação), da Física, das suas línguas, do Inglês, conhecimentos gerais de História e Geografia (aliás, quais conhecimentos, quais histórias, de quais países?), conhecimento super superficial sobre filosofia, metafísica, sociologia e religião, como sendo o foco do que se é Educação. Ao mesmo tempo, relacionamento com números de diplomas, ingressos em cursos superiores (até certo ponto, diria que é um bitolamento ainda maior nesses "pontinhos") como sendo medidores e índices de Educação, que realmente ditam que a Educação Finlândia e do Japão serem as melhores do mundo. Bem, perceba que todos esses indices, como são formados, são feitos de serem melhor correlacionados com a realidades desses países de Primeiro Mundo. Por que não correlacioná-los com outros parâmetros e medidas que favorecem por exemplo, ao contexto de um país como a Índia, o Brasil, a Somália? Por exemplo, um deles é o chamado Custo Aluno, e ao ver eles, se coloca na forma que os países que gastam mais com o aluno, possuem a melhor Educação. Por que não fazer um outro tipo de verificação em ver o Retorno e os Níveis obtidos em função do Custo Aluno? Se fosse assim - carece de investigação - mas acredito que os países que lidaram, historicamente, com orçamentos menores, possuem um melhor desempenho neste sentido.
Mas há diversos outros aspectos que devemos considerá-los quando nos deparamos com esses índices. E um deles é pensar: Por que o Brasil se submete à esses índices? Simplesmente, pelo interesse de conseguir ter uma "boa aparência" para esses países mais 'ricos' - ou seja, puxar o saco - para conseguir assim atrair investidores, conseguir financiamentos, tecnologias, empréstimos etc. E quando pensar nisso, usar alguns exemplos bárbaros e terríveis, é sempre bom, para nos ver, que tipo de situação isso nos coloca. Olhe por exemplo a Industria Automobilista. Até onde sei, 100% da frota nacional são de montadoras/empresas ESTRANGEIRAS, talvez a Volkswagen sendo a maior, ou seja, uma Empresa Alemã, com qual tudo o que se produz aqui, uma parte considerável vão para alemães. E eles mesmo, não estão nem um pouco a investir no Brasil para que este cenário mude; na verdade, acordos foram e são feitos, para que o Brasil não invista em infra-estrutura de modo a ficar menos dependente dessas montadoras. Lá na Europa, essas montadoras, produzem carros muito melhores do que aqui, aliás, lá, estão a produzir carros mais ecológicos, elétricos, entre outros. E aqui? Só agora os freios ABS chegando em larga escala no mercado. Mas note, que na outra ponta, essa dependência estrangeira, atrofiou a própria Indústria Nacional.
Talvez o mundo seria mais sincero se criasse os índices de dependência estrangeira e o quão um país manda no mundo. No mundo financeiro a História é muito parecida. Diversas empresas, como a famosa S&P, fazem diversas avaliações para taxar o quão um país é confiável para se investir ou não. E, quando avaliamos melhor o que isso quer dizer, é mais ou menos no sentido: "O quão eles estão dispostos a se curvarem diante de nossas exigências bancárias capitalistas, mesmo diante de uma Crise, quando eles deveriam cuidar melhor da própria casa." E, mesmo nesse sentido, temos muitas coisas, no minimo questionáveis. Por exemplo, os Estados Unidos, que, geralmente, está entre os melhores cotados, é o país mais endividado do Planeta - o que soa uma certa contradição. Mas por fim, nos faz ver, que lá no fundo, tudo não passa de uma grande lição de sofisma... ou seja, uma publicidade de convencer as pessoas a confiar no que o índice está dizendo.
Podemos criar vários Índices que classificariam o Brasil como um dos melhores, senão o melhor país do mundo para se viver e investir. Temos uma grandiosa área territorial (veja que normalmente os europeus - nações pequenas - nem mesmo consideram essa variável em suas avaliações). Temos praticamente, as maiores reservas e áreas naturais, ecossistemas intactos, florestas, biodiversidade, redes fluviais do mundo! Comparado ao Brasil, neste ponto, praticamente quase toda Europa e Estados Unidos estariam numa situação bem critica, pelo fato de que quase devastaram com suas áreas territoriais - e só nos últimos anos, estes vieram tentando melhorar isso em seus territórios. Podemos falar sobre as riquezas nacionais da biodiversidade de especies de plantas e animais, quais, creio eu, elevaria o Brasil e alguns países africanos, como sendo os melhores e mais exemplares países do mundo em questão de conservação, preservação desses, e, no fato, de realmente ainda ter tais. Também podíamos falar sobre o Índice de Força de Trabalho, trabalhos que exigem força, humildade, coragem, entre tantos outros, coisas que normalmente, a muitos europeus e norte-americanos não se dispõe a fazer; e, inclusive, exportamos mão-de-obra para esses países. Neste momento mesmo, conheço pessoas que estão no Canadá, para trabalhar como pintores e em construção civil. Conheço quem já foi para os Estados Unidos para limpar banheiro de Hotel. Sem contar, temos uma incrível qualidade dentistas que a Europa simplesmente carece. Diria até mais, que o Brasil seria uma grande potência na Arte do Improviso que conquistamos com a necessidade de se fazer improvisos e gambiarras com a falta de recursos ou diante de um sistema altamente caótico. E, neste sentido, há verdadeiros artísticas no Brasil. - Somos MacGayvers!
Podíamos ir ainda mais longe e falar da nossa riquíssima cultura. Mesmo os Europeus que vieram ao Brasil elogiaram muito. Disseram que no Brasil eles receberam um afeto, carinho e 'calor humano' que não se vê na Europa. As pessoas aqui abraçam, se cumprimentam, sorriem, mesmo diante de tantas dificuldades. Mais além do que isso, podíamos dizer que no Brasil é um país onde ainda sobrevive pessoas que realmente tem FÉ. Enquanto que em questão a Religião, os Estados Unidos e a Europa estão mergulhando num Caos; os Estados Unidos mesmo, basicamente deixou de ser uma nação protestante, diante do que observamos na última década. Aqui há pessoas verdadeiramente espirituosas, que se preocupam com os outros. O amor fraternal, familiar, simplicidades e singularidades que se encontram em alguns lugares e bairros pobres do Brasil é de surpreender, e fazer qualquer coração orgulho se calar.
O Brasil possuí grandes reservas indígenas. E o que os Norte-Americanos fizeram com seus nativos? Alias, e o que os Europeus fizeram com os nativos da América do Norte? E os Australianos? Como fica a questão histórica? Podíamos criar o índice dos países que enriqueceram a custa da exploração/rouba/imposição/embargo/destruição de outras nações. E nisso veríamos esses Países de Primeiro Mundo, como sendo os maiores ladrões da História do Planeta! Índices que mostra que eles nos dever! Os Portugueses e Espanhóis que, no mínimo, deveriam nos devolver boa parte do ouro que possuem. Sim, eles nos roubaram, exploraram! Carregamos uma herança Histórico, que eles nos causou e que vagarosamente estamos a nos libertar. E que, mesmo agora, sendo eles, ou eles se consideram os Países de Primeiro Mundo, não buscam devolver, ou tentar concertar, compensar, mas sim, ainda continuarm a se enriquecerem a partir das nossas dependências tecnológicas, matérias-primas entre outros, como nossa Soja, porque eles mesmos não são nações autosuficientes, nem, tampouco ricas em si.
Quanto ao Turismo. O Brasil possui cidades, paisagens, praias, montanhas - entre outros - simplesmente extraordinários. Incríveis! Eu diria, que não temos, neste ponto, o que dever para esses países de Primeiro Mundo. Este ano mesmo, fiquei deslumbrado com as extraordinárias paisagens que contemplamos apenas numa viagem de 700 Km pela BR-116, em direção a Santa Catarina, é simplesmente fantástico, e não é nem uma migalha do Brasil. Nos outros países, cada um tem sua beleza, talvez 'seus pontos', aliás, a Europa, talvez, em grande parte, tem sua arquitetura, entre outros, que devem mais aos seus antigos engenheiros, reis, imperadores e arquitetos, do que as modernas gerações. Há lugares, que apenas possuem prédios e comércio, e se dizem de Primeiro Mundo. E daí, entra um grande problema. Nós brasileiros, valorizamos muito pouco nosso país, nosso turismo interno! Enquanto os Europeus, entre outros, valorizam muito o pouco que eles tem. Acabamos indo na onda deles. Talvez, a nossa mídia seja grande culpada por ficar educando e exibindo os grandes males e faltas, ao invés de mostrar o contrário. Precisamos de noticiários que mostram menos ofensas, tiros e morte, e mais nascimentos, heroísmos, solidariedade, patriotismo, boas ações, lições de vida e de moral. Pois Crime não se combate com armas, mas plantando Respeito Próprio e ao Próximo na índole de cada cidadão.
Temos - dizem eles - uma das maiores corrupções do mundo. Talvez sim, e não me orgulho disso. Mas, até onde o dedo desses Países de Primeiro Mundo, sobretudo com suas empresas, não estão financiado essa corrupção? Talvez, tais nações, estejam nos patamares de Nações Corruptoras. E, em contrapartida, mesmo assim, temos um dos povos mais pacíficos e pacientes do mundo. Um dos que menos causou guerras, destruição e mortes, tanto em seus vizinhos quanto no resto do mundo. Nunca fomos culpados pelo genocídio de Hiroshima e Nagazaki, nem, das assombrosas Primeira e Segunda Guerras Mundiais, sem contar a Guerra Fria, Golfo e Vitnã. Não tivemos uma Guerra de 100 anos com nosso principal vizinho, mas ocupamos, certamente, entre as 10 melhores posições no rank de países mais camaradas. Já os Países de Melhor Desenvolvimento Humano Possuem; países, que destruíram a África, recortaram seus territórios, e trouxera uma era de miséria e conflitos étnicos para tais povos... possuem muitos inimigos.
Dizem que não sabemos protestar, que incendiamos ônibus. Realmente, não concordo com esses atos brutais de violência que apenas minimizam nosso caráter. Porém, por outro lado, nesses países de Primeiro Mundo, também vemos coisas piores ou tão quão semelhantes. Aliás, quando as coisas se apertam um pouquinho por lá, os noticiários já quase criam alerta de possíveis Guerras Civis e guerras.
Podíamos começar a nos valorizar, criar nossos índices, nossas próprias medidas e avaliações, sermos um padrão para o mundo, valorizar a nossa terra, nossos recursos, nossas países, nossas cidades, casas, famílias, culturas, e - não posso deixar de mencionar - o nosso idioma. Temos capacidade tecnológica para competir, inovar. Temos recursos, território, gente, trabalhadores, entre tantos outros, dispostos a fazer uma revolução de desenvolvimento nesta imensidão.
A grande verdade é que muitos desses Países de Primeiro Mundo criaram grandes inimigos. E buscam por fazer o resto do mundo se prostrar diante deles, adorando sua cultura e valores. Tenho grandes respeito por eles. Sou louco por conhecer muito diversos lugares da Europa, quem sabe morar ainda por um tempo em alguns países. Admiro muito em diversos aspecto sua cultura, produção literária, artística. Basta dizer que de lá viera Bach, Beethoven e Tolkien! Mesmo suas cidades, organização, tecnologias, infraestrutura, educação... são muitas coisas que admiro. Mas coloco também, tento ponderar, o que há do outro lado da balança, sem deixar que me iludam, pois não ficarei cego para tais. Agradeço a eles. E muito, aliás, minha origem, ancestrais, estavam bem ali, na Itália e Portugal.
Temos a possibilidade de mudar isso. Temos que deixar de ser meramente 'os analisados', 'os avaliados', 'os classificados'. Temos que ser os 'avaliadores'. Podem não saber, mas o Brasil está criando talvez o mais extraordinário e robusto Sistema de Avaliar e Gerenciar Risco Financeiro do mundo - vide a Bolsa de Valores. Podemos revolucionar nossas Universidades, entre tantos outros. Podemos criar nossas Instituições para avaliar essas outras nações, criar menor dependência. Por que não, girar o Mapa Mundi de cabeça para baixo? Opa, sim, somos nós, Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, África do Sul, Indonésia, Filipinas, que estamos no topo do mundo, que estamos em cima, no Norte. O que precisamos fazer? Precisamos nos conscientizar dos nossos valores e dar mais valor a tais. Falar mais dos nossos valores e virtudes. Olhar os lados bons do nosso Brasil. Vermos nossas belezas. E lutar por preservá-las e intensificá-las. E, do mesmo modo, olhar para os nossos problemas - que são muitos -, e inovar nas maneiras como lindamos e solucionamos tais. Podemos criar uma História com outras formas, outros desenhos, palavras e parágrafos. Um país que se ergue das próprias riquezas e valores, que cria um padrão de vida excepcional, uma linda industria e tecnologia que preserva seu rico e vasto ecossistema de maneira sustentável. Podemos criar a mais complexa e extraordinária infra-estrutura e rede de transporte em massa; o mais extraordinário sistema de saúde e qualidade de vida. Sem contar, a mais profunda Educação rica na formação de valores humanos e sociais, engenheiros que saibam construir pontes e prédios, mas que, acima de tudo, saibam construir amizades, família, e fé na humildade, no trabalho duro, na caramadagem, na paciência e, mesmo no 'jeitinho' brasileiro. Talvez, até mesmo, podemos revolucionar a Historia do Mundo, abandonando o 'Relógio Inglês' que busca cronometrar nossas vidas e jornadas, para um sistema mais fluente e envolvente, que se adapte mais para aqueles que não precisam temer rigorosos invernos.
Se fizermos isso. Melhoraremos. Criaremos um Novo Brasil. Resgataremos Nosso Respeito Próprio. E, com isso, o fim da corrupção. Pois aquele que corrompe um país é aquele que já se corrompeu por ter perdido o respeito a si mesmo. E, o mais interessante de tudo, é que de algum modo, podemos fazer o Nosso Jeitinho Brasileiro, de fazer essas mudanças e revoluções, sem nos prender aos pensadores europeus (Marx por exemplo), através de uma luta de classes e socialismo, nem através de Hippies norte-americanos, ou facistas nazistas. Podemos criar um novo mundo, sem recorrer a guerra e a exploração das outras nações. Mas, simplesmente conquistando o respeito. Como? Está aí meu desafio a você. Está aí o que gostaria de ouvir dos lábios dos nossos candidatos a líderes da nação.
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