Observação e interpretação. Sou um idealista sofredor em muitos aspectos, pois talvez muito sonhador. Acredito muito no poder do bem (digamos assim). De que uma vez que as pessoas conseguissem ver claramente os valores, o bem, o certo a se fazer, o reconheceria e se sentiriam provocados por sua consciência a fazer o certo porque é o certo a se fazer.
Todavia descobri que não é bem assim. Mesmo você se esforça com todos os seus longos esforços sofistas para convencendo fazer se tocar, por fim na maioria das vezes poucos realmente vão se tocar e adotar essa postura que notaram ser correta. Já a maioria, diante de todo o seu contexto de vida pessoal essa consciência pode ser fraca, pode reconhecer até que ela está fazendo algo ruim e que a idéia que lhe foi apresentada é boa, mas está talvez morta em uma percepção de dever, de que fazer aquilo não é para ela.
Podem até mesmo chegar a conclusão patética, no meu ver, de que o outro é uma pessoa melhor do que ela. Mas ao mesmo tempo esse juízo de valores não a incomoda. Não lhe perturba tão pouco tiro o sono, a querer realmente conhecer os valores, a reconhecer sua condição e a querer mudar e se tornar uma pessoa coerente com tais.
É uma grande carga na vida, talvez muitos traumas ou simplesmente falta de observação, que as impedem de tal percepção de significado. Talvez mal reconhece a si mesmo. Mas sonhador, sempre ponho esperança nas pessoas, talvez seja um método.
Mas o duro para todo idealista é reconhecer que não tem esse método. E que talvez o único que venha a funcionar seja o do tempo. As experiências, doenças, rasteiras, dores, perdas, dificuldades... Essas que podem trazer tanta maturidade quanto autoconhecimento. Como ajudar quando não querem ou negam ajuda?
A busca do método não pode acabar. Mas as vezes sem saber, nossos métodos tenha plantado uma semente que com o tempo venha a germinar e crescer. E as vezes, temos que maquinar experiências sensíveis em que o discurso não teve êxito. E ter muita paciência.
Mas o maior desafio para o sonhador é o de abandonar sua expectativa futura. E ser mais real. A pessoa mudou ou não? Está lutando para isso? Caso contrário criamos expectativa em cima de uma fantasia. E quanto maior a expectativa do sonhador, maior é o tombo até o chão.
Vivendo e aprendendo
29 abril 2013
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