Quando foi a última vez que você deixou tudo de lado – o trabalho, a escola, as pessoas, a TV, a internet... – sentou-se num lugar tranqüilo, colocou uma música clássica – ou não – para ajudar, ou sentou-se diante de uma paisagem; pegou a chave debaixo do tapete, então abriste a porta da consciência e do pensamento? Hoje a tarde fiz isso, mas de modo diferente. Me coloquei na situação de um descrente, de um pecador que não busca o perdão de Jesus Cristo. Que experiência terrível! [Não faça isso em casa.]
É de ficar com a língua presa. Fecha-se os olhos e há um temor, um medo estranho de olhar, de ver o próprio coração. Há um grande receio de olhar para ele. Não há coragem. A pessoa não sabe ao certo a dimensão da coisa, mas sabe que há algo ruim, muito ruim. Mas pensei, tentei pensar, mas não consegui abrir a porta, mas veio a inspiração para produzir uma estória:
Havia um certo rei sábio que tinha uma estratégia para com os nobres corruptos. Aprisionava e depois leva tal até um pátio especial. Nesse pátio haviam duas escolhas, caminhos: Num, o nobre escolheria passar o resto da vida servindo como escravo, ou então optasse por entrar numa porta misteriosa.
Antes do nobre pensar, o rei disse: “Eis que vos digo algo: ‘Se tens coragem de encarar vosso coração e a justiça, abra aquela porta. Caso contrário, não suportareis.’”
O nobre fora tomado por grande pavor, o qual nunca sentira em toda sua vida. Tentou olhar para seu coração e não teve coragem de abrir a porta. Ficou aterrorizado ao espionar o próprio coração pela fechadura. E aceitou a submissão como escravo.
Logo, o povo começou a manifestar-se e a acusar aquele nobre. O rei levanta-se do trono e branda, como uma repreensão, um desafio a todos os servos e escravos presentes: “Aquele que abrir a porta e suportar, será nobre.” De repente, a cidade ficou em silencio. Até os animais pareciam calar-se diante o desafio.
Será esse o motivo das pessoas temerem meditar, investigar o coração, meditar nas Escrituras Sagradas? Será essa a causa de não suportarem o grito do silêncio? Oportunidades surgem, e elas temem, buscam fugir, algum passatempo, distração, ou até mesmo entorpecer sua mente com algum tipo de droga ou prazer. E se não conseguem, ficam desesperadas; pois não querem de modo algum, nem mesmo olhar para a porta. Apavoram-se com a idéia de ter que deparar-se com seu coração nu, sem mascaras, e com a justiça!
Quem é você? O que há em vosso coração? Está sendo justo em medir seus atos e intenções? Quando foi a última vez que meditou? Quando foi a ultima vez que abriu seu coração?
Na multidão, um jovem, conhecido por Ousado, foi até a porta determinado, cheio de coragem, destemido de seu coração, em parte querendo demonstrar seu valor ao povo e ao rei. Parou diante da porta. Parou e aquietou-se por 8 segundos, não mexia nem mesmo os dedos, os olhos estavam fixos no além e não piscaram, respirou fundo e abriu. ESTAGNADO ele ficara. Ninguém podia ver nada além da fisionomia aterrorizada daquele jovem. O jovem, tremulo, demonstrando fraqueza, fechou a porta. Caiu de joelhos como se tivera perdido todas as forças; com as pupilas dilatadas olhou com tamanho medo e pavor para a multidão que roubara até mesmo o calor do sangue do mais feroz soldado da Guarda Real. E nunca mais falou uma palavra sequer; tornou-se uma pessoa deprimida. E alguns dizem que se suicidara após alguns anos.
De repente, um velho com correntes nos pés e punhos levanta a vós e os punhos em meio a multidão rogando: “Oh rei! Permita-me que entre na porta misteriosa.” O povo ficou inquieto novamente, pois todos conheciam o passado daquele prisioneiro. O homem muito insistiu, como se almejasse a morte. Então o rei disse: “O desafio é para todos. Tragam-no.”
O homem andava vagarosamente, pois estava com as pernas atrofiadas, enfraquecidas e almejadas, mas andava como que recordasse de se seu passado. Quando chega na porta, ele vira para a multidão e diz: “Todos sabem que quando soldado, trai esse povo. Ajudei nossos inimigos por dinheiro, e quase perdemos a guerra por isso. E com essa traição, assisti a morte de muitos companheiros meus, muitos maridos e jovens. Mas o que não sabem é que há 30 anos estou preso e encarregado de servir as famílias dos homens que foram mortos pela minha traição. Há 30 anos encaro, dia e noite, meu coração, sem ter com que distrair, desviar meus pensamentos da traição que cometi, da minha ambição, dos meus atos e suas conseqüências. Algumas vezes os garotos me perguntam como eram seus pais, outros me olham aflitos por saberem que sou o traidor que levou seus pais a morrerem; e nessas horas, eu almejava a morte mais do que qualquer coisa. Hoje tenho a oportunidade de morrer ou ser perdoado e fazer bem a esse povo, se entrar por essa porta.”
Após isso, todos ficaram em silencio e observavam com a meias profunda atenção aquele velho. Assim que o homem abriu a porta, como fora com o jovem, caiu de joelhos, tremia e em profunda agonia chorava. Até que de repente, levantou-se, olhou para a multidão como se olhasse profundamente em particular nos olhos. Podia-se notar alegria e paz naquele homem de aparência tão rústica e sem feições de riso. Então o velho, entrou e fechou a porta.
O que lhe impede de abrir a porta? Já pensou “para quem” era àquela porta? Já alguma vez pode com a verdadeira paz e felicidade fechar a porta?
Pense nisso. Pense nessa estória. Se desejar que lhe explique melhor é só dizer. Mas todos a entenderão, no dia que tiverem coragem e abrirem a porta.
Essa reflexão fora feita no dia 25 de janeiro de 2008, meio que sentado no sofá ouvindo musica clássica.
1 comentários:
ola sou cristã e chamo-me Edna. a procura de apontamentos sobre o polinómio de taylor dei de caras com o teu blog... fizeste-me pensar... no k ñ keria,...obrigada por me teres feito abrir a porta e fecha-la com um sorriso...que Deus te abençoe te guarda e te proteja.um grande beijinho português para ti:)
Postar um comentário