26 dezembro 2007

Reflexão de Fim de Ano

Uma reflexão um pouco diferente, que diz muito mesmo quanto a mim, o que tenho a dizer e penso nesse final de ano, que vivi esse ano, estou passando e espero para o próximo ano. É uma linguagem muito mais poética e figurativa; e creio que terá que me conhecer muito bem, e atentar bem para a semantica de tais palavras e diálogos para entender não só o que quero dizer, mas a mensagem maravilhosa e preciosa que tenho para você.

O ar vibrou,
O sol raiou, e, em jornada, se pôs.
A lua brilhou e, oculta, esteve na escuridão.
Andei, corri, pedalei;
sentei, dormi, pensei, levantei.
E após mais um quinhão,
andando no compasso do Luzeiro,
debaixo da árvore me encontro.
Chegou à hora? – pergunto-me.
O que fazes aí?
Por que inclinaste a buscar o céu?
Vejo-a parada, mas a crescer;
e sem resmungar,
em silêncio me pergunta:
Quem sois você?
O que fazes aí?

Como podes?
Olhe para a árvore, mas é ela que, sem olho,
olha para mim.
Eu lhe questiono, mas é ela que, sem boca,
me perguntas:
Evandro! O que fazes aí?
Em seus pés não encontro sujeira.
E em sua espada não vejo sangue.

Entendo, e meu espírito se entristece.
Em sabedoria pergunto-lhe:
Que conselho tens para mim?
"Olhe para o alto. Vê minhas irmãs brilhando?
Esse brilho sois para vós.
Mas são meus galhos que alcançam.”
Reconheço, a lua deveria estar cheia,
mas ainda sou minguante!
As marés sofrem, o relógio esquizofrênico se encontra.
Como posso concertar o relógio?
Que tempo há para mim?
“Vê esse verde?
Essas pergunta os galhos não fazem.
Pois de mim procede à seiva.”
Oh Estrela da manhã,
sou minguante.
Aqui está a questão.

Vejo que alcançar a altura das estrelas do céu devo.¹
Capacidade para isso tenho.
Mas, miserável homem que sou!
Tu me ofereces rios, mas tenho vivido de gotas.
Impressionado fico com a minha mente,
meu caráter, minha personalidade,
fidelidade, autocontrole, intuitos
e bom coração;
mas, sobretudo, a facilidade de discernir tudo.
Como Davi. Fui ungido para ser rei,
mas ainda passo pelas perseguições de Saul.
Tempo. Distância. Tudo não passa de confiança.
Sonhos tenho. Um padrão de vida almejo:
Estabilidade financeira,
aquela a quem amo, uma família,
um estilo de vida e atividades
idealizo, no tranqüilo interior.
Salomão já disse:
“O cavalo prepara-se para ao dia da batalha,
mas a vitória vem do Senhor.” ²
Creio que preparado estou.
Fixo os olhos no horizonte, mas não vejo.
Cadê a batalha?
O que falta para minha espada empunhar?
Sei que mais honrado, maduro, disciplinado;
como Samurai devo ser.
Com meus braços tenho buscado.
Mas como bem disseste esta árvore:
Em minha lâmina não se encontra sangue.
Bem disse o pássaro:
“Evandro, 21 anos tens.”
A cada segundo que passa, uma oportunidade que não ocorreu.
O conselho ³ de Paulo gostaria de almejar.
Mas por que permitistes, ela, amar?
Sendo que as minhas pernas à ela não podem levar.
Meus braços, desafetuosos, com ela não sabem lidar.
Terrível incógnita.
O que serei neste mister?
Ampulheta, até quando a areia cairá?
Com receio fico do trem, perder.

Bem sabes, Evandro, a seiva não cabe a você.
Veja o cuidado que tenho para com os pássaros.¹¹
Por que receias?
Sabes que não poupo por ti.
Olhes para Isaque: 40 anos esperou.
Jacó: Quantos anos não trabalhou?
Já lhe disse ao lhe convidar:
“Passareis a ter problemas autênticos.”
Pois não há homem algum que possa resolve-los.
O que você pode fazer?
Você não crê em contos de fada.
Conhece a situação, os prós os contras.
Sabes bem das alturas das barreiras;
e, que, para ti,
sois instransponível. Pois realista sei que sois.
Como alcança-la? Pergunta-se.
Sabes que não há escada.
E não usas marreta.
Te digo o que bem sabes:
“Eu sou o caminho.” ¹²

Senhor. Perdoe-me por minha inquietude.
Se puderes, libra-me dessa angústia da interrogação.
Digas-me por quê? O que falta?
Devo algo fazer?
Mas que seja feito a Tua vontade.

Acha que conhece Meus planos? ¹³
Podes contar estes galhos? ²¹
Digo-lhe que nem os anjos chegam
às profundezas do que planejei para você.
Mas, como Davi e Elias, muito tens que apreender:
no deserto, na guerra, na cidadela.
Pois quero que ti sejas profeta,
sacerdote de Israel,
que pregues em Roma, ²²
e que, o caminho seja preparado.
Suar queres? Suor tereis.
Se Me buscardes de todo coração,
muitos corações e armaduras sua espada atravessará;
mas a lâmina nunca cegará.
O que pretendes fazer?
Digo-vos:
“Alcance as estrelas, pois seiva lhe darei.”

A raposa correu.
O dia rompeu.
Eu estava ali.
A árvore estava ali.
Meu caminho retomei,
deitei; e além do teto olhei.
Viver pela fé preciso.
Venturada aventura!
Meu coração bate.
Adrenalina flui.
UuuRRiáááá! - Um clamor exulto.
Como expressar?
Como pintar se a cor não há?
A maior aventura.
O maior combate.
Ao quê compararei?
Oh dia de glória.
Dia em que alcancei alta norma.
Não há nada com o qual posso contar.
Humano algum pode prover.
Unicamente, numa mão onipotente segurar.
Ao mundo devo clamar.
Que expectativa para a batalha começar.

Referências:
1. I Pedro 1:16
2. Provérbios 21:31
3. I Coríntios 7:27-28 e 32-35
11. Mateus 6:26
12. João 14:6
13. Jó 11:7
21. Salmos 147:4; Isaías 40:26; Mateus 10:30; Lucas 12:7
22. Atos 23:11

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