12 junho 2007

A Medicina no Egito Antigo

Quem que não ficou eufórico e pensativo ao assistir o documentário no The History Channel no ultimo fim de semana? Na série A Origem das Coisas, o episódio foi: "Antigo Egito: Medicina Moderna", apresentado por Michael Guillen.

O documentário mostrou incriveis descobertas arqueologas feitas nas últimas décadas, de inscrições, papiros, o estudo de centenas de múmias. É feito um paralelo entre os conhecimentos e a tecnologia atual da medicina com a do Egito, a mais de 3000 anos atrás. E o incrivel, extraordinário, é que muitas coisas que para nós são recentes, encontramos seus registros há mais de 3000 anos atrás!

De inicio, fala sobre os "instrumentos cirurgicos", os quais foram encontrados, que datam de algo aproximadamente a 3000 anos atrás. Entre eles, algo que surpreendeu os médicos. Encontraram um bisturi de obsidiana. Atualmente, o mais usado são os de aço cirurgico, porém, aos poucos tem crescido o número de cirurgiões que tem opitado pelo uso do de obsidiana, pois ele é mais liso, corta melhor e danifica menos as células. Mas o incrivel é o pensamento: "Como eles sabiam disso? Se nem mesmo possuiam microscópio?" Entre diversos outros instrumentos, que aparentam incrivel semelhança com os utilizados hoje.

Também encontraram papiros que datam 3500 atrás, os quais simplesmente eram "papiros médicos". Ou livros, enciclopédias médicas que há como hoje. E nelas foram encontradas muitas coisas, como um manual sobre diversas doenças, como diagnosticar, os sintomas, os possíveis tratamentos. Até mesmo falava como deveria ser feito o sistema de "triagem". O que para muitos é um conceito muito atual. Porém, vemos isso há milênios atrás.

Algo incrivel também foi a descoberta dos conhecimentos que eles possuiam pela anatomia humana. Conheciam as vias sanguineas e suas propriedades, algo que a medicina moderna, apenas credida seu descoberta no séc. XVII, porém, agora é visto que séculos antes de Cristo, já conheciam sobre isso. Porém, muitas coisas ainda não sabiam muito bem, como a questão da digestão, pensavam que era no anus em que tudo era separado o que o corpo utilizaria ou não, entre outras coisas. Mas conheciam muito sobre o sistema nervoso, sabiam sobre o revestimento das meninges, sobre doenças como meningite. Possuiam até tratamentos cirurgicos para lesões cerebrais. E o mais incrivel,"é que apesar do alto risco de infecção, é espantoso que tantos sobreviveram." (alega o cientista)

E não para por aí. Também foram descobertas próteses. Isso mesmo. Partes artificiais do corpo humano para ocupar o lugar do que foi perdido, e assim continuar a vida. Como o dedão do pé feito em madeira, onde até mesmo escupiram a unha. E ai entra outra questão incrivel: Eles sabiam muito bem como fazer amputação. Sabiam onde contar, como lesionar menos o musculo, os nervos, as artérias etc. E possuiam os instrumentos para isso. E mais, isso era muito comum, devido ao trabalho nas pedreiras e construção que faziam com blocos pesados de pedras, a qual bastava cair sobre um dos membros, e certamente levaria a amputação.

Mas aí entra outra descoberta incrivel. Muitos possuem o conceito de que essas invasões, processos cirurgicos, ou mesmo a amputação. Eram feitas a sangue frio, que deviam doer muito. Mas não, eis outra coisa que os egipsios conheciam muito bem: Os analgésicos. Conheciam os agentes ativos do ópio e até mesmo o da casca de sangueiro (faziam chás); os quais, são, extamente, hoje, utilizados na produção da famosa Aspirina.

Com isso, outra coisa incrivel foi descoberta: Farmácia. Bem, não é nada atual. Mas sim antigo. Possuaim verdadeiras fármicas, e pessoas especializadas trabalhando nelas. Possuiam catálogos sobre mais de 860 drogas e 580 substancias, como usá-los, para tratar qual tipo de doença, e até mesmo qual era a dosagem. O mais incrivel foi ver que os simbolos que utilizavam para as frações das dosagens, formam o simbolo do olho de um deus pagã que eles adoravam (não me recordo o nome). E o mais incrivel, esse simbolo é usado hoje no meio farmaceutico.

Sabiam tratar até mesmo verminoses e fungos, com a babosa (usada até hoje). Também a usavam para tratar queimadura, porém, preferiam o mel para isso. Usavam olibano como anti-séptico e para feridas na boca. Alcasse para tosse e desintoxicante.

Para os ferimentos na pele usavam um método incrivel. Primeiro colocavam carne fresca sobre o ferimento, pois servia como coagulante, estancando a ferida. Depois aplicavam mel, o qual hoje os médicos conhecem muito que tal é ótimo para a drenagem de fluídos e também como um poderoso antibiótico. Aliás, fizeram um teste, e constatou que esse tratamento egito, é excelente, comparando com o mais moderno de hoje, a conconclusão da especialista é que o método antigo apenas estava uns 3 dias atrás do mais moderno no processo de regeneração.

Aí também pensamos: Hoje é especialista para tudo na área médica. Bem, no Egito também. Havia a especialização em áreas médicas. Como ofetamologistas, os quais cuidavam muito de infecções oculares, normalmente com mel. Os quais também usavam aquelas pinturas em volta dos olhos, os quais eram produtos que protegiam os olhos de doenças. E também tratavam da "cegueira noturna" com extrato de figado, o qual hoje se sabe que é rico em vitamina A, e é recomendo ainda nos modernos tratamentos. Mas fica a pergunta: Será que os egipsios sabiam até das vitaminas? Como souberam que o figado servia para esse tratamento?

Também havia dentistas, eram conhecidos como "médico dos dentes". Não há ainda provas concretas de que eles drenavam os abcessos dentários (obturação). Porém, foram encontradas muitos puracos feitos por instrumentos em dentes das múmias, os quais no minimo indicam essa possibilidade. E também mostra, que devido a alimentação deles, o ambiente e o ar carregado de calcário, era impossível eles se mastigarem os alimentos sem que tais estivessem livres de pedrinhas. Portanto, após os 30 anos, era praticamente um milagre um egpsio ter uma boca intacta. Ou seja, era muito comum consultas dentárias. Eles também possuiam métodos para higiene bocal, alias, odiavam mau-hálito, e possuiam vários métodos, como anti-sépticos bocais.

E a parte mais incrivel mesmo, que espantou um ginecologista. Eles possaim métodos contraceptivos incriveis, como uma espécie de diafragma feita com algudão e umas substâncias. Porém, como na cultura o ideal era ter muito filhos, apenas usavam isso para mulheres com problemas ginecológicos, para evitar problemas de parto, ou a morte pre-matura, ou mesmo um feto mal desenvolvido. E também, possuiam algo incrivel, até mesmo revolucionário para a ciência médica de hoje: possuiam TESTE DE GRAVIDEZ. O qual era feito a partir de amostras da urina da mulher. E o método deles foi verificado (até é demonstrado no programa), e funciona! Eles aplicam a urina sobre algumas sementes, e se elas não germinarem é porque está gravida. E então o ginecologista explica, que no periodo da gravidez, a mulher produz residuos e substancias na urina unicos que não ocorre quando não gravida. E que, mesmo sem saber ao certo quais, tais agem de alguma forma inibindo a germinação das sementes.

Porém, há algo que ficou vago no ar. Também os egipisios possuiam no teste de gravidez método como saber o sexo da criança pela urina. Algo que nem com toda a tecnologia de hoje é possível. Porém, não foi encontrado o método para ser verificado. Mas o ginecologista diz: Quem sabe no futuro descobrimos. Ou até mesmo, que estamos ATRASADOS quanto aos antigos egipsios em conhecimentos médicos.

Não para por ai. Também há os psicólogos. Que eram os médicos-sacerdotes, e seus métodos, diagnósticos e tratamentos, em muitas coisas semelhavam-se com a moderna psicanálise, e mecanismos que hoje atraibui-se ao Freud. Porém, essa área deles era envolta de miticismo e quanto as suas crenças pagãs.

E o documentário termina com uma reflexão quanto a isso. Dizendo que hoje, apesar de muitos médicos torcerem os ombros. Cada vez mais, em que muitas coisas não são apenas tratadas fisicamente ou mentalmente, mas espiritualmente. E no Egito também.



Nota: O estudo do passado e as descobertas da arqueologia são incríveis, quebrando muitos conceitos atuais. Principalmente, quando se depara com tamanhos contrastes com as idéias evolutivas do homem, no qual, teóricamente o homem de hoje deveria ser muito mais inteligente do que o de milênios atrás. E o que vemos é uma fase comum para os historiadores: "Cada vez mais aprendemos com o passado." Aliás, esse documentário é mais prova irrefutável, daquele pensamento de que "a religião é um embargo para o avanço tecnóligico e cientifico". Basta olhar para o Egito, e ver que a sua religião (apesar de pagã) fora o braço que movera essa das mais surpreendentes civilizações passadas. E uma pergunta fica no ar, que nem foi tocada no documentário: "Até onde vai a relação do conhecimento médico dos egipisios com a influência do povo hebreu no pré-exodo?"

2 comentários:

Anônimo disse...

OMG!
Esse posto foi muito útil no meu trabalho sobre plantas medicinais. E eu TIVE que botar sobre a ginecologia. Fiquei chocada! Desde que li O Símbolo Perdido fico pensando nessa história de os antigos serem mais desenvolvidos que nós, mas agora tenho uma evidência concreta.
Pelo visto, ainda temos muuuito a aprender com o povo da Antiguidade.
Como estaríamos se a Idade Média não tivesse ocorrido? *refletindo*
Enfim,
Lari.

sara rocha disse...

realmente,tambem estou usando esse texto para um trabalho, epor incrivel que pareça tambem estou chocada com toda essa historia medicinal,a gente realmente ainda tem muito,muito mesmo o que aprender com esse nosso povo antigo.
agradecida*
sara rocha