22 março 2013

Mãe, O Paradoxo do Amor - Limites x Infinito

Limites x Infinito. Óbvio muito óbvio a princípio para todos que o infinito não tem limites. O infinito supera qualquer limite. O infinito está além de qualquer limite.

Poetas, músicos, casais... Quantos não fazem as mais extraordinárias declarações sobre o amor infinito um para o outro. O amor que supera todas as coisas? Todavia basta isso ser posto a prova, ou melhor dizendo: uma oportunidade de ser demonstrado. Que uma peneira passa, o que, por fim, muitos são sacudidos.

Mas uma mãe. Ah mães! Talvez o exemplo maior mais próximo do infinito amor. Talvez a maioria o manifesta. Pois afinal o que pode um filho fazer, para uma mãe, que a faça perder o seu amor por ele? O que pode um filho fazer para a mãe que possa fazer ela nunca mais querer vê-lo ou conversar? Há um limite? Haverá a mãe de abandoná-lo?

Não é por menos que os filhos confiam tanto no amor de suas mães. Embora há mães que não amaram, não experimentaram o infinito amor e ate mesmo há aquelas que abandonam e matam seus filhos; são aquelas que simboliza o máximo amor neste mundo para um filho, mas agem de forma a estabelecer um limite no amor; as vezes sendo a própria vida, os interesses pessoais, a carreira, a imagem. E quão grave é para um filho não sentir que sua mãe tem um amor infinito por ele. Deve ser traumatizante!

Uma mãe nunca traí seu filho. É certo e sabemos disso que certamente existam filhos muito melhores do que nós. Filhos que dariam menos dor de cabeça, problemas para nossa mãe, inclusive filhos mais legais, inteligentes, calmos, bem temperados, animados e felizes. Mas não importa para uma mãe se há outros filhos melhores. Aquele é seu filho. E ela o vai amar de maneira única e especial como se fosse o único filho no mundo. Para ela não importa se ele é melhor ou mais feio. Para a mãe aquele é quem ela já decidiu por quem viver e se entregar. Pode até gostar dos outros filhos ou mesmo ama-los e cuida-los. Mas você, eu, somos os únicos para nossa mãe. Jamais ela nos traíra por outro. Do mesmo modo somos filhos do Amor Infinito. Somos, sem sombra de dúvidas péssimos filhos, na maioria das vezes O maltrataremos da pior maneira que é fazendo mal e odiando nosso irmão (seus outros filhos). O Inimigo até mesmo tentou nos tomar para si, nos tirar do nosso Amor Infinito. Ele podia ter nos deixado lá com ele, afinal foi o que escolhemos e quisemos. Mas não! Ele foi até lá e com a própria vida ele pagou pelo nosso resgate. Porque Ele nos ama infinitamente. Somos únicos. E por nada Ele deixa de nos amar.

Além disso sempre o Infinito Amor nos dá oportunidade. Oportunidade de amarmos. Oportunidade de sermos fiéis. Oportunidades para nossas mães demonstrar todo Amor e o que ele significa. É intrigante como uma trágica doença, muitas vezes, acaba por se tornar uma das maiores demonstrações de amor de nossas mães. As vezes, nossas mães são desastradas, não tem o menor jeito, faz tudo errado, e até mesmo nos enraivece. As vezes elas deixam de fazer atos de amor, brigam com raiva de nós, falam o que não diriam e nem pensariam se não tivéssemos abalado tanto suas emoções. Mas foram tentativas; assim como nós muitas vezes erramos, e até mesmo mentimos para elas, tentando. Mas é uma mãe. E nos ama. Não importa quantas vezes erramos ou quantas vezes elas erram. Estavam sempre nos amando. Sempre buscando se aproximar, perdoar e reconciliar; não importa quão mal você faça, desonre e humilhe ela e sua família, naquela noite gripado, de repente você acordará com ela te trazendo um cházinho quentinho, no meio da madrugada.

O Livro do Infinito Amor faz uma das mais incríveis declarações dizendo que "mesmo que uma mãe viesse de seu filho se esquecer, inda assim Eu não haveria de me esquecer de ti." ou seja, mesmo que o maior amor do mundo falhasse ou estabelecesse um limite, o amor dEle superaria e seria ainda maior. Jamais Ele esquece de um filho.

Até mesmo Hitler. Era um filho. Ele o amava infinitamente e estava disposto, se Hitler permitisse buscar o Pai. Ahh! a História seria outra! Não apenas perdoa-lo-ia de tudo. Mas transformaria Hitler numa outra pessoa. E o mais incrível é que quanto mais se perdoa, mais se ama. Diz o Livro do Amor que há muito maior festa no Céu por um desses "casos perdidos" que se voltou para o infinito amor, do que para qualquer outra coisa. Que tamanha é esta festa pois é declarada como a maior conquista. Pois a maior Vitória e Conquista que há para o infinito amor é o de perdoar, resgatar, voltar a conversar e ter um relacionamento íntimo com deu filho que havia ido para longe e estava destruindo sua vida. Quanto maior é o buraco e a distancia, maior e mais magnifica é a ponte.

Mas por que é tão difícil perdoar? Nós que somos tão limitados em amor. Sobretudo com quem não é nosso filho. E acredito que uma mãe tem a resposta. Uma mãe sacrifica todo seu orgulho e vaidade pelo filho. Uma mãe não quer "ganhar" algo pelo filho, ou de seu filho em troca. Claro! gostaria - e como! - receber carinho e reconhecimento de quem ama. Mas ela não se limita a isso. Acima de tudo ela perde e nega o seu próprio eu pelo seu filho. Seu filho vale mais do que tudo o que ela pode sofrer. Vale mais do que a própria vida.

Mas infelizmente temos a tendência natural de não perdoar e somos constantemente condicionados pela sociedade a estabelecer limites no nosso amor pelos outros. E por outro lado a valorizar ao extremo o nosso amor por nós mesmos, ao nosso ego e sentimentos, nossa vida.

Quando o Inimigo destruiu tudo o que Jó tinha: todos seus bens, sua família, sua saúde. Quando retirou tudo dele menos a vida. Jó ao invés de manifestar o 'SEU EU' que tudo havia perdido, do contrário se reconheceu como filho do Infinito, sua humildade e que de fato "nada tem". Pois "nu vim do ventre de minha mãe e nu voltarei parã lá. Deus o deu, Deus o tirou. Bendito seja o nome de Deus." Recebemos a vida de graça. Nunca tivemos o poder de nos dar a vida. Viemos nu. Sem nada. O que podemos dizer que é 'nosso' ? O que podemos levar conosco para cova? Nada! Inclusive nosso orgulho.

Criamos nosso orgulho. E o defendemos pois consideramos a única coisa que "realmente nossa" que ninguém pode tirar; projetamos nele todo o nosso 'autovalor', que nós mesmos definimos e tentamos preencher. E quando alguém o tira... ah! que dor! - Sentimos que perdemos todo o nosso valor! Mas por outro lado apenas nos mostra nossa condição mais natural: Como um nada, que apenas recebeu a oportunidade de viver.

Mas nesse momento gera-se uma oportunidade. Pois totalmente esvaziados do nosso orgulho; Podemos preencher com o nosso VERDADEIRO valor. Um INFINITO valor! Pois o Amor Supremo deu tudo de Si por nós. O Infinito nos valoriza nós (finitos) mais do que a Si que é Infinito. O nosso único e máximo valor está em reconhecer que somos FILHOS do Amor Infinito. Qual podemos apreciar como uma pequena demonstração o de nossas mães.

Se reconhecemos isso, então não haverá espaço para o orgulho. Se reconhecemos isso iremos amar e demonstrar todo o nosso carinho pela nossa Super Mãe que nos ama com amor infinito. Se reconhecemos isso, iremos amar todos os nossos irmãos e lutaremos para perdoa-los e resgata-Los. Pois, no mínimo, sabemos que é o maior desejo de nossa Mãe . Que salvem seus outros filhos. Não importa se é Hitler ou Gandhi. Nos tornamos escravos do Amor. Pois viveremos não mais para satisfazer e engrandecer nosso orgulho que morrerá junto conosco, mas viveremos para amar infinitamente nossa mãe, e para amar infinitamente os seus filhos. E iremos viver para salvá-los, resgata-Los, restaurar tudo restaurar suas vidas suas famílias e seu relacionamento com a Mãe.

Perdoar? Perdoar é a ponte que fazemos. Perdoar é a escada que colocamos para o resgate. Perdoar é apenas um passo, ou o caminho para chegar ao nosso irmão - o filho de nossa mãe. Não é mais o tapete do nosso orgulho, mas sim passa a ser o braço do nosso infinito amor.

Quem quer ser o primeiro, seja o último. Quem quer ser servido, sirva. O único modo de nos darmos infinito valor é retirando o nosso finito impostor que se chama orgulho. Quando mais tiramos de nós, mais nos engrandecemos. Quando mais engrandecemos nossa humildade, mais dela recebemos. Por isso a humildade é tão GRANDE. É o frasco onde se preenche nosso valor e amor com a água da vida qual damos de beber para todos que estão sedentos por vida e amor.

Ah se soubéssemos e tentássemos praticar o amor a cada um como mães amam seus filhos. Onde hoje falta amor, amanhã o transbordaria. Perdão, reconciliação e família.. a cada dia praticaríamos; Seriam os princípios de todas as Leis. Ao invés de prisões teríamos lares. Ao invés de guerras, jantares em família. Ao invés de raiva e separação, abraços de amor, reconciliado com o pacto das lágrimas, a mais amorosa relação.

1 comentários:

Anônimo disse...

Olá, foi uma das coisas mais lindas que li ultimamente.