25 maio 2012

Na Medida da Luz de Cada Um - Como Lidar com as Pessoas

"Nossa posição diante de Deus depende, não da quantidade de luz que temos recebido, mas do uso que fazemos da que possuímos. Assim, mesmo o pagão que prefere o direito, na proporção em que lhe é possível distingui-lo, acha-se em condições mais favoráveis do que os que têm grande luz e professam servir a Deus, mas desatendem a essa luz, e por sua vida diária contradizem sua profissão de fé."

Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 217


É muito comum de se ver em praticamente todas as denominações religiosas um certo tipo de 'idolatria' quanto ao conhecimento, ou a quantidade informação e luz que recebeu. Algumas pessoas que acredita que se deve julgar as pessoas conforme as aparências. A aparência do que ela conhece, a aparência do quanto ela estuda algo, da aparência das coisas que ela faz, da aparência da denominação religiosa que ela pertence ou não, da aparência do que ela veste ou come e etc. Isto sempre foi muito comum, inclusive é quase que um 'orgulho' que sempre foi reprovado por Deus, por meio de seus profetas - em toda a Bíblia vemos isso acontecer.

Nos Evangelhos vemos muito Jesus, qual, este, repreendia muito o julgamento e preconceito que os judeus tinham para com os 'gentios' (aqueles que não eram judeus). judeus como os de Belem, parente de Jesus, que odiaram e rejeitaram a Ele, quando falou que Deus encontrou fé entre os gentios e não em seu povo; ao povo qual tiveram o privilégio de 'conhecer' os ensinos dos profetas, terem as Escrituras e tudo mais. E quantos não eram os rabis, mestres da lei, sacerdotes, fariseus, que se achavam 'o tal' mas que no fundo...

O mesmo ocorre hoje no mundo. É comum ver indagações e preocupações, sobretudo dos crentes, para com os 'néscios' (como são chamados), sobretudo para com os povos indígenas. Há quem diga que uma pessoa que morrer 'néscia' está totalmente perdida; pois apenas uma pessoa que conhecer a mais profunda e sólida teologia (da atualidade) e aceitá-la é que será uma boa pessoa e salva. Eu particularmente acredito que há mais esperança para os néscios do que para os teólogos.

Todavia, é um fato histórico que o auge de uma religião é quando ela é nova. Isto implica que as pessoas que entram nela, entram porque realmente aceitam essa luz, e renunciam a um sistema anterior de vida. Ou seja, nas entrelinhas, para uma grande mudança deste tipo, é algo que precisa ser realmente genuíno ou muito forte. Já, quando esta religião passa a ter gerações (ou seja, começa a passar de pais para filhos), começa a se gerar uma 'tradição'. Não é mais necessariamente a aceitação de uma luz, uma 'mudança de sistema', o que sugere algo genuíno; mas o sistema já passa a ser o sistema deles, eles são acomodados a viverem a consequência de uma causa e não necessariamente a causa desta consequência (ou seja, tradições se valor e entendimento algum). Na verdade, de certo modo, ao viver a 'consequência', apenas porque é uma tradição passada pelos antepassados, dificilmente a 'causa' disto. De modo que a pessoa tenta se importar e transmitir estas consequências aos próximos, e por não terem tido aa vivencia da causa, também não se preocupam muito com a propagação da causa - na verdade, talvez nem saibam o que isso significa.

Por outro lado, também é muito comum, pessoas que como os judeus, por ser um 'judeu' (ou um 'cristão', ou um 'evangélico', ou x, ou y...) acham que isso dá a ele algum tipo de 'salvo conduto'.

"Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade." Mateus 7:22-23

Quantos hoje não ficam invocando o nome de Deus, até usando como interjeição de frase (o que no meu ver, é um grande erro - blasfêmia, pois está escrito: "Não tomarás o nome do Senhor Teu Deus em vão."). E pessoas que estudam a Bíblia, que pregam, falam, e fazem um monte de coisas pela religião, ou faz até mesmo coisas 'miraculosas'; pessoas que fazem obras voluntárias, servem de missionários ou de ajuda humanitária num campo de refugiados [claro, coisas que alguem de qualquer religião e até um ateu também faz]. Mas que por fim, estas pessoas, que APARENTAM serem de Jesus; podem simplesmente não terem NADA de Jesus.("Nunca vos conheci.")

"Nunca vos conheci."
Que palavras duras e fortes. Isso me faz pensar na cena de um pai que apenas anos após o nascimento foi conhecer o filho, mas que sempre o enviou cartas, presentes, falou de seu filho para seus amigos e companheiros, mas esse, se fecha totalmente para com ele, nega sua paternidade, repreendendo o pai com as palavras: "Nunca te conheci. Sai daqui. Me deixa em paz."

Conforme a Luz de Cada Um

Enquanto isso, há muitas pessoas (claro, não muitas pensando no todo, mas provavelmente mais do que nas igrejas) que talvez não pertençam a nenhuma denominação que não conhecem absolutamente nada de Bíblia, pessoas que talvez nem mesmo leram jamais um livro de filosofia na vida; pessoas até mesmo que possam ser ladrões, assassinos, presidiários, beberrões, glutões, pervertidos sexual, depravados, infiéis, vaidosos, entre tantas outras coisas moralmente explicitamente erradas diante das Escrituras. - Aliás, diga-se de passagem, se lermos as Escrituras, nos iremos deparar com muitos de nossos defeitos por escancarados. - Pois bem, tais pessoas, elas simplesmente podem ter um fraco, opaco, e pequena luz, conhecimento (até mesmo prefiro chamar de CONSCIÊNCIA) do que é certo e errado, de qual o seu dever; e que de coração, as vezes mesmo sendo difícil para ela, elas o fazem: " acha-se em condições mais favoráveis do que os que têm grande luz e professam servir a Deus, mas desatendem a essa luz".


É ridiculo quando vemos as vezes 'marqueteiros da própria imagem', dizendo que fizeram isso e aquilo; se achando justo aos próprios olhos. (Já leste o que Salomão diz sobre quem se acha justo?) Pessoas que se vangloriam de terem feitas muitas coisas 'boas'. (que acham serem boas). Todavia, a própria Bíblia declara que a melhor boa obra de uma pessoa não passa de "trapos de imundice". Pode ser duro isso, mas é preciso entender bem isto, a amplitude das coisas. E aprender a humildade como a que Paulo teve ao dizer "Quer morrais, quer vivais, bendito seja o nome de Deus".

Creio que um exemplo claro disto, seja a alimentação. Suponha que você coma vários alimentos, ou talvez qualquer alimento. Suponha que você ame comer pão integral torrado com uma super maionese especial, caseira, nutritiva, de soja; a qual é muito saudavel para você. E aí, você prepara o mesmo prato para um amigo; ele não percebe ou desconfia que tenha maionese, pois ele não gosta. E ai ao comer, ele passa mal. Você pode ter tido a melhor de todas as intenções, mas sem saber, aquilo provocou algum mal no próximo. E eu sou assim, meu estomago tem rejeição a maionese, quando como, passo mal, fico fraco, com refluxo e vomito - e as vezes, fico horas ruim até terminar a digestão. Assim em geral pode ocorrer para com todas as coisas que fazemos; até mesmo em trabalhos voluntários em algum lugar do mundo apelidado carinhosamente de inferno. Até mesmo quando a anunciar as verdades da Palavra de Deus, podemos transforma-la numa doença, num ferimento, ao invés de a cura. Acha isso um absurdo? Que jamais devemos poupar de ensinar algo sobre a Bíblia para alguém? O próprio Jesus, poupou de contar coisas aos seus discípulos porque eles ainda não podiam suportar:

"Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora." João 16:12

Paciência para Ensinar
Não basta sabermos algo, termos luz, ou querer transmita-la para alguem, mesmo que por boas intenções e por amor a tal pessoa. Temos que buscar ter 'sensibilidade' para descobrir quando revelar tal questão para tal pessoa. em outro momento, nas Escrituras, o apóstolo diz que uma pessoa ao ao se tornar uma rescém cristã ela é como um bebe, e tem que se alimentar de 'leite', só quando ela crescer, desenvolver mais, é que estará preparada para comer um alimento mais sólido.

E acredito que isto pode ir contra a correnteza de muitos crentes, os quais acham que a vida cristã, a missão de cada um, é dar um banho de conteúdos, informação, livros, páginas e mais páginas, textos e mais textos, para uma pessoa; como um tipico professor universitário trata seus alunos - confesso que eu já pensei assim. E há quem ainda julgue que se tal pessoa não suportar, resistir, se encher, achar muito chato, entre tantos outros, é uma péssima pessoa, uma falsa seguidora, uma descrente, ou seja lá qual seja a conotação ruim; na qual, nas entrelinhas, nós - sem querer - nos acusamos, pois nos colocamos na condição de Deus e julgamos se Deus aceita ou não tal pessoa. Mas contrário a isto, Jesus Cristo nos ensina a ter paciência, e muita paciência.

Ora, um pai não vai falar sobre sexualidade, com seu filho assim que ele aprende a falar. O mérito da sabedoria está em ceder, em ouvir, em deixar de dizer e não em mostrar que você tem informação ou entendimento superior. Imagine Jesus, o quão não foi humilhante, e ao mesmo tempo PACIENTE para ele, deixar a sua onisciencia, tomar a condição humana, e viver entre pessoas que não compreendiam as Escrituras (quanto mais entenderiam como Ele criou o Universo?). Quão não foi, ele, paciente, ao conviver com seus discipulos que não entendiam o que Ele ia fazer, que Ele iria morrer, ao invés de libertá-los do domínio de Roma, ou das fraquezas deles, ou das burrices e coisas que desconheciam? Em nenhum momento vemos na Bíblia, Jesus, pegando os discípulos e falando: "Pois bem, agora teremos 2 semanas seguidas, sem parar de seminários, para entenderem tudo o que não entenderam sobre as Escrituras e sobre Mim." Não. Mas é no cotidiano, de repente, andando aqui e ali, numa conversa aqui ou ali, numa frase aqui ou ali, num sermão aqui, outro ali, Ele vai deixando uma parabola ou outra, e em muitas das vezes, não joga uma conclusão ou afirmativa explicita, mas jogando questionamentos, idéias, provocações, para que fossem pensando, questionando aquelas palavras, analogias; e, assim, tirando as próprias conclusões. Por outro lado, Ele não demonstrava polpar muito os "mestres da lei", os rabis, sacerdotes, fariseus, pois, Jesus tratava cada um conforme a luz de cada um, conforme o conhecimento de cada um. E como em uma de suas próprias parábolas Jesus afirma "A quem muito é dado, muito será cobrado."

Todavia como é dificil hoje muitas vezes sermos e vermos pessoas impacientes. As vezes, pessoas que conhecem uma outra pessoa, e logo de cara dizem: "Minhas condições são A, B, C, e D." E ai, se a pessoa não aceita, ou em dado momento falha com a D; tal já é cortada da sua vida.É um tremendo erro isso. A Bíblia nos ensina a ser pacientes um com os outros; além disso, nos ensina a perdoarmos uns aos outros, perdoar os nossos inimigos, mesmo que não peçam perdão. Jesus diz para orarmos pelos nossos inimigos, por aqueles que nos tramam e fazem o mau. Temos que aprender a amar os outros, a remendar os corações, construir e reconstruir lares, familias, vidas, relacionamentos, amizades, namoros, noivados, casamentos, cidades, relacionamento com Deus e não o contrário: Destruir, separar, cortar, abandonar. Em uma das parabolas Jesus diz que o bom pastor é aquele que vai atrás da ovelha perdida. (quão temos visto isto, sobretudo entre os lideres das igrejas?). Temos que aprender a parar de dizer "Adeus!" e aprender a dizer mais "Até daqui a pouco."

O Modo de Comunicação
Outra coisa importantíssima é quanto ao modo de tratar o próximo, quando vamos de encontro a eles, quando formos falar sobre algum problema chato, as vezes problemas de relacionamento, ou para repreender, e, sobretudo, para ensinar. E o exemplo maior disto está em Jesus, que em quase todos os momentos fora extremamente manso, embora outras, mais energético (e para variar, com os mestres da lei, sacerdotes, lideres - os que tinham mais luz); como o profeta Isaías profetizou "como ovelha muda vai para o matadouro"; podemos ver em Jesus, mesmo nos momentos mais duros, como no Getsemani, como perante Pilatos, ou os companheiros do Calvário, ele tratou com mansidão, sem ofensas, escolhendo cada palavra, procurando sempre alcançar o coração deles. Veja no sermão do monte entre tantos outros. Não temos a imagem de um homem gritando, fazendo escândalo, ou batendo na Bíblia, como muitas vezes vemos algumas pessoas fazerem pelas praças e igrejas. Mas com calma, suavidade. Assim como por Elias, Deus se manifestou não por um vulcão, uma ventania, furacão, tempestade, mas por uma 'brisa suave'.

Quanto a isso, as Escrituras nos deixam muitas considerações:

  • “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que seja boa para a necessária edificação, a fim de que ministre graça aos que a ouvem.” Efésios 4:29
  • “Da boca das crianças e dos que mamam tu suscitaste força.” Salmo 8:2
  • “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deves responder a cada um.” Colossenses 4:6

Perfeição
Todos - eu espero - sabemos que ninguém é perfeito; ninguém controla perfeitamente suas emoções, sentimentos, e, quanto mais, a própria língua (um dos temas prediletos de Salomão, basta dar uma bisbilhotada em Provérbios para encontrar várias passagens sobre isso). E, além disso, muitas pessoas, tiveram uma educação familiar, entre outros, as quais não aprenderam a ser agradáveis com o falar, até quando se esforçam para isso. Como uma mulher que certa vez conheci. Ela ficou surda, mas adorava falar, e a vi pregando, e ainda mais, a 'ouvi cantando'. Bem, como ela estava surda, ela não tinha noção de como era a sua voz, a articulação, volume, intensidade, projeção..., então mesmo que ela estivesse falando de coração, provavelmente com as melhores boas intenções, a voz ressonava como o barulho de um trem descarrilando; falava muito alto, como se estivesse brigando, xingando, além de mal pontuado e desafinado; mas ao mesmo tempo, dizendo coisas doces fofas - era um contraste interessante. E aí entra novamente a nossa paciência, em saber lidar com os outros, reconhecer aquilo que fazem, mesmo quando a forma que encontram para se expressar não nos agrada. É como quando uma criança que mal sabe escrever, faz aquelas obras de artes surrealistas (rabiscos) e diz com toda alegria para o seu pai: "Olha papai, eu desenhei você e a mamãe." Bem, se Deus formou e criou o homem, os planetas, as estrelas, desenhou o Universo; o que são as nossas 'obras de arte' para Ele, senão, 'rabiscos'? Todavia, Ele olha para o nosso coração. É isso o que o apóstolo quis dizer quando disse que o enfeite de uma mulher não seja no seu exterior, no frisado do cabelo, ou nas jóias e roupas, mas num coração puro e sincero pois é isto é o que é agradável para o Senhor.

A Obra de Arte para Deus, é o nosso CARÁTER, um coração transformado, sincero, com boas intenções, quando age por amor, quando reconhece o coração do outro com afeição e simpatia, quando se importa com o coração dos outros. Aquela mulher surda podia estar contando, algo que para mim era uma tortura auditiva, podia ser um poema que era música para os ouvidos de Deus; sendo que um narrador de conto de fadas profissional, mas apenas fazendo por profissão, falando as mesmas palavras, fizesse com que Deus tampasse os ouvidos. É isso o que vemos a Bíblia dizer, sobretudo no Antigo Testamento, quando muitas vezes fala que Deus deixara de ouvir as orações de seu povo; pois o coração deles estavam carregados de iniquidade.

Tiago nos deixa mais claro ainda.

"Meus irmãos, não sejais muitos de vós mestres, sabendo que receberemos um juízo mais severo.
Pois todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, esse é homem perfeito, e capaz de refrear também todo o corpo.
(...)
a língua, nenhum homem a pode domar. É um mal irrefreável; está cheia de peçonha mortal.
Com ela bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.
Da mesma boca procede bênção e maldição. Não convém, meus irmãos, que se faça assim.
(...)
Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom procedimento as suas obras em mansidão de sabedoria.
Mas, se tendes amargo ciúme e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade.
Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.
Porque onde há ciúme e sentimento faccioso, aí há confusão e toda obra má.
Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia.
Ora, o fruto da justiça semeia-se em paz para aqueles que promovem a paz."
Tiago Cap. 3


Que assim possamos ser conforme este modelo para com as pessoas: com pureza, mansidão, moderação, tratável, cheia de misericórdia e bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia [sem falsidade e/ou mentiras]. E poderia acrescentar: sem inveja.

Valendo lembrar que no contexto fala para não ter um sentimento faccioso, ou seja, um sentimento que busca separar, se fechar, formar uma panela, e guardar algum tipo de rancor e ódio para o outro grupo. Como podemos ver muitas vezes com grupos - chamados de fanáticos ou extremistas - como torcidas de time de futebol que até se matam, ou mesmo grupos religiosos, entre tantos outros, como skinheads. Aliás, a Bíblia exalta que o mais importante de todo o fruto do Espírito Santo, é a MANSIDÃO.

Aprendamos com Jesus, para qual não se tratavam de judeus e gentios, mas de 'ser humano', filhos e filhas de Deus; pessoas com problemas, pessoas com traumas, doenças, sofrimento, pessoas que precisam de carinho, amor, ensino, luz, ajuda, coragem, mansidão, paciência, perdão, confiança, cura, pureza...


Que possamos meditar nisto neste sábado. E buscar a cada dia, orando a Deus, rogando para controlarmos a nossa língua, de modo a sair apenas palavras que sejam doces, calmas, tranquilizadoras, reconfortantes para alma; virtuosas, animadoras; Que nos dê paciência para viver com cada um, inclusive com nós mesmos, paciência para cair nos nossos erros mesmo que pela milésima vez e levantar, tentar de novo, até conseguir; Que nos dê capacidade para amar e perdoar os nossos inimigos, e a sermos mansos mesmo nos momentos mais duros; sabedoria e sensibilidade para saber o que dizer e quando dizer. E ao mesmo tempo, orarmos para que as pessoas possam também compreender mais o nosso coração e menos as nossas limitadas e corruptas formas de expressão.

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