18 dezembro 2011

Etmologia de 'Evandro'

Uma contribuição, de um amigo da internet, Prof. Mapelli Siqueira, sobre a etmologia do meu nome. Gostei.

Do grego Euandrós (homem bom) – eu (bem; benévolo, bom; felizmente; justamente, regular); andrós (do homem; viril), que veio de anēr (esposo; guerreiro; homem; indivíduo; varão).

O termo eu veio da raiz *proto-indo-europeia *su, que teve esta evolução: Su > hu > ēu > grego eu. E anērveio de *ane-er (que vive e se movimenta; etc.), que originou andrós, de *ane-de-er-o-s (daquele que comunica, respira, vive; etc.).

A raiz *ane entrou na formação do latino anima (alma, princípio vital, vida; ar, odor, sopro; habitante, indivíduo, pessoa), de *ane-mā (origem da vida; etc.).



Voltando a anēr (esposo; guerreiro; homem; indivíduo; varão), encontramos a sua aproximação com o hebraico ANWŠ Enōš (humano, mortal), nome de um neto de Adão, que poderia ser “Enōr” ou, ainda, “Anōr”, porque “š” tem permuta com “r” (ex.: grego ekklēsía e klēros: igreja e clero; querer e quis).

Enōš originou-se da raiz ANŠ Anaš (incurável, mortal) no idioma original da Terra, que chamo de Adam, que existiu do Éden até Babel. Observamos que esta raiz originou ainda o hebraico AYŠ īš (=anēr), que perdeu “-n-”; assim como o latino vir (homem), que poderia ser “wir” ou “yir” (īr = īš), perdeu “-n-”.



Voltando a andrós (do homem; viril), que tem “-n-”, vemos a sua relação com o latino mundus (limpo, puro; mundo; etc.), de *man-de-o-s ou *mon-de-o-s (da humanidade; etc.). E *man, que veio de *mā-ane (origem da vida; etc.), é o mesmo que *ane-mā, que originou o latino anima (alma, princípio vital, vida; ar, odor, sopro; habitante, indivíduo, pessoa). É bom lembrar que *man, ou *mon, se relaciona ainda com *men (mencionar, pensar, permanecer, projetar, remanescer; pequeno, isolado).

O russo mir (mundo; paz) originou-se de *mā-er (origem do movimento; etc.), que formou também *mer(cintilar, tremeluzir; flutuar; purificar; fazer mal, prejudicar, danificar, ofender, ferir, magoar, matar, perturbar, afligir, mortificar, atormentar). Tanto o russo mir quanto o latino vir (homem) perderam o “-n-” do original adâmico ANŠ Anaš(incurável, mortal).



A estranheza de acharmos que o nome de Enos, filho de Sete, significa “humano, mortal” e que *mer traz juntos “purificar” e “matar”, explica-se pela entrada do pecado (morte) no mundo.

Raízes e radicais *proto-indo-europeus: *ane (comunicar; respirar; viver); *de (advérbio; demonstrativo; preposição); *er (ir; movimentar-se, que faz movimento); *mā (bom; dia, manhã; mãe; que ocorre em bom momento); *man ou *mon (alma; homem; mão); *o (desinência do masculino); *s (desinência do nominativo); *su (bem; bom).

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