10 setembro 2007

Israel Recebe a Lei

Essa reflexão está inspirada em Exodo 19-20 e no capitulo "Israel Recebe a Lei, 27" do livro "Patriarcas e Profetas" de Ellen G. White.


A Santa Lei de Deus; raros são as histórias ocorridas na Bíblia que demonstre uma serenidade, importância, temor e grandiosidade quanto ao evento ocorrido no Sinai. Na minha memória, o único evento, que em magnitude é comparado, certamente é o Calvário.

Primeiramente, Moisés, sozinho, foi chamado à montanha para encontrar-se com Deus. (veja Exodo 19). E ali, o Senhor começou a introduzir o evento que viria a frente. Mostrou-se como o libertador deles, e agora busca fazer uma espécie de "selamento", extremamente intimo.

"Vós tendes visto o que fiz aos egípsios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a Mim; agora pois, se diligentemente ouvirdes a Minha voz, e guardades o Meu concerto, então sereis a Minha propriedade peculiar dentre todos os povos: porque toda a Terra é Minha. E vós Me sereis um reino sacerdotal e o povo santo."

Então, Moisés voltou ao acampamento, reuniou-se com os demais lideres, disse a mensagem divina. E entraram num concerto solene com Deus, comprometendo-se a aceitá-Lo como seu Governador, súditos sob Sua autoridade. "Tudo o que o Senhor tem falado, faremos".

Novamente Moisés fora à montanha. E dessa vez, Deus marca um compromisso, um evento magnífico. "Eis que Eu virei a ti numa nuvem espessa, para que o povo ouça, falando Eu contigo, e para que também te creiam eternamente." Esta mensagem é grandiosa, um evento magnífico, no qual, não um ou outro participaria; mas todo povo OUVIRIAM Deus falando a Seu servo. Nunca Deus veio, literalmente, falar comigo; e creio que a grande maioria da humanidade não teve esse privilégio. Imagine, o Soberano do Universo, fazer-se presente a nós e falar-nos, com aquela voz, da qual ao falar tudo se cumpriu, e com Sua voz criou a Terra. E também seria de tal modo, que Moisés seria honrado perante todo o povo, de modo que teria respeito para poder liderar e crido.

"Deus Se propunha fazer da ocasião em que falaria a Sua lei uma cena de terrível grandeza, à altura do exaltado caráter da mesma. O povo deveria receber a impressão de que todas as coisas ligadas ao serviço de Deus, deviam ser consideradas com a maior reverência. O Senhor disse a Moisés: "Vai ao povo, e
santifica-os hoje e amanhã, e lavem eles os seus vestidos; e estejam prontos para o terceiro dia; porquanto no terceiro dia o Senhor descerá diante dos olhos de todo o povo sobre o Monte Sinai." Durante esses dias intermediários, todos deviam ocupar o tempo em preparação solene para comparecer perante Deus. Suas pessoas e vestes deviam estar livres de impureza. E, ao indicar-lhes Moisés os pecados, deviam dedicar-se à humilhação, jejum e oração, a fim de que o coração deles da fosse limpo da iniqüidade." (pag. 309 e 310)

Notem a importância que é dada para um evento no qual as pessoas vão encontrar-se com o Santíssimo! Deveriam preparar suas almas, de modo para estarem aptos para suportar a glória dAquele que odeia o pecado, e não serem fulminados por Sua glória. Tamanha era a santidade da presença de Deus, que até mesmo colocaram uma barreira ao redor do monte, para que nenhum homem nem animal introduzi-se no recinto sagrado; pois certamente, tão-somente tocá-lo, teriam uma morte instantânea.

"Na manhã do terceiro dia, volvendo-se os olhares de todo o povo para o monte, o cimo deste estava coberto de uma nuvem densa, que se tornou mais negra e compacta, descendo até que toda a montanha foi envolta em trevas e terrível mistério. Então se ouviu um som como de trombeta, convocando o povo para encontrar-se com Deus; e Moisés guiou-os ao pé da montanha. Da espessa treva chamejavam vívidos relâmpagos, enquanto os ribombos do trovão ecoavam e tornavam a ecoar por entre as montanhas circunvizinhas. "E todo o Monte de Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; e o seu fumo subiu como fumo de um forno, e todo o monte tremia grandemente." "A glória do Senhor era como fogo devorador no cume do monte", à vista da multidão congregada. "E o sonido da buzina ia crescendo em grande maneira." Tão terríveis eram os sinais da presença de Jeová que as hostes de Israel tremeram de medo, e caíram prostrados perante o Senhor. Mesmo Moisés exclamou: "Estou todo assombrado, e tremendo." Heb. 12:21.

E então cessaram os trovões; não mais se ouviu a trombeta; a terra ficou calada. Houve um tempo de solene silêncio, e então se ouviu a voz de Deus. Falando da espessa escuridão que O envolvia, encontrando-Se Ele sobre o monte, rodeado de um acompanhamento de anjos, o Senhor deu a conhecer a Sua lei. Moisés, descrevendo esta cena, diz: "O Senhor veio de Sinai, e lhes subiu de Seir; resplandeceu desde o monte Parã, e veio com dez milhares de santos; à Sua direita havia para eles o fogo da lei. Na verdade ama os povos; todos os Seus santos estão na Tua mão; postos serão no meio, entre os Teus pés, cada um receberá das Tuas palavras." Deut. 33:2 e 3."

Este evento fora realmente impressionante, nem tanto pelo caráter "mirabolante", "incomum", e até mesmo sensacional. Mas pela grandesa do espirito de temor. Normalmente, nesses eventos que vemos hoje sensacionalistas, as pessoas se emocionam e curtem, pela novidade, pelas emoções de tal. Mas diferente fora esse evento, não se vê tais atitudes para com os que contemplavam o evento. Pelo contrário, temor, medo, como diz o escritor "TÃO TERRÍVEIS ERAM OS SINAIS DA PRESENÇA DE JEOVÁ".

Tal mostra qual são as verdadeiras conseqüências de quando Deus se faz realmente presente em um lugar. Estou cansado de ouvir, alguns comentários nas igrejas após a apresentação de algum grupo musical, especialmente o Pedra Coral, no qual canto, e ouvir as pessoas falaram "Deus se fez presente aqui." Ou aquelas "Eu senti a presença do Espirito Santo". Que enganho! O que sentiram fora sim um monte de consequencias dos nervos da pessoa, da liberação de certos hormonios, para com os efeitos das ondas sonoras de tais músicas sensacionalistas. Caso fosse algo que realmente trouxesse a presença de Deus, e todos enchiriam de temor, seria terrível estar na presença do Santo dos santos de modo estando tão manchado de pecado.

Um triste fato, é em ver que, em muito, tem-se perdido, até mesmo na igreja, e nas músicas de adoração, a ausencia dos igredientes básicos que deveriam compor-lhes: "Temor e serenidade". Hoje, até um impio, aquele mais afastado dos caminhos de Deus, consegue ouvir de boas "musicas gospel", e até mesmo dizer que gostou. Quando tais, deveriam como espada de fogo penetrar no mais fundo de seus corações. Sentirem e refletirem semelhantemente como fora Israel no evento no Sinai. Nesse ponto, digo que nossa bussula deixou de apontar para o norte; e cabe a nós a reforma, de modo que para lá volte o ponteiro a direcionar.

O Decálogo, as leis universais do amor de Deus, foram proferidas na ocasião. Dez preceitos breves, compreensivos, e dotados de autoridade, abrandem os deveres do homem para com Deus e seus semelhantes; e todos baseados no grande princípio fundamental do amor. "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo". (Luc. 10:27; Deut. 6:4 e 5; Lev. 19:18). Tais principios, os Dez Mandementos são aplicados desde os maiores até os pormenores, a todas circunstancias e condições existentes ao homem.

Então é soado o primeiro mandamento:

"Não terás outros deuses diante de Mim."

"Jeová, o Ser eterno, existente por Si mesmo, incriado, sendo o originador e mantenedor de todas as coisas, é o único que tem direito a reverência e culto supremos. Proíbe-se ao homem conferir a qualquer outro objeto o primeiro lugar nas suas afeições ou serviço. O que quer que acariciemos que tenda a diminuir nosso amor para com Deus, ou se incompatibilize com o culto a Ele devido, disso fazemos um deus." (p. 305)
O segundo:
"Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na Terra, nem nas águas debaixo da Terra. Não se encurvarás a elas nem as servirás."

"O segundo mandamento proíbe o culto ao verdadeiro Deus por meio de imagens ou semelhanças. Muitas nações gentílicas pretendiam que suas imagens eram meras figuras ou símbolos pelos quais adoravam a Divindade; mas Deus declarou que tal culto é pecado. A tentativa de representar o Eterno por meio de objetos materiais, rebaixaria a concepção do homem acerca de Deus. A mente, desviada da perfeição infinita de Jeová, seria atraída para a criatura em vez de o ser para o Criador. E, rebaixando-se suas concepções acerca de Deus, semelhantemente degradar-se-ia o homem." (306)

Tal mandamento serve de repreensão não só para aqueles que costumam adorar imagens, estátuas. Mas também quando ao uso de "imagens representativas" de Deus. Como é comum ver no próprio meio cristão educacional, usando imagens ilustrativas com fins didáticas. Portanto a colocação é bem clara: "A tentativa de representar o Eterno por meio de objetos materiais, rebaixaria a concepção do homem acerca de Deus." POis pense bem, a própria Biblia coloca como "os olhos sendo as entradas da alma." Que concepções e limitações estão entrando em nossa alma através de tais imagens? Aliás, basta observar que nem mesmo Deus mostrou a sua face ao povo de Israel ali no Sinai, pois certamente seriam fulminados por Sua glória. Uma boa analogia para a situação é quanto a pornografia. Antes da industria pornográfica (dos filmes, revistas...) havia-se um respeito muito maior pelo corpo do próximo, especialmente das mulheres, até mesmo um temor a ver tais em trages menores e coisas do tipo. Mas então passou-se a publicar tais imagens de tal modo, que atualmente, perdeu-se na maior parte todo esse respeito e temor. E quanto a Deus então, que não só uma imagem representativa é divulgada, mas também tratando-se uma imagem totalmente expeculativa e irreal; certamente é um dos fatores que levam as pessoas a "estipular" uma imagem de Deus, de modo a "limitá-lo" em suas concepções, o que então, não faz que o respeito e o temor tendam ao infinito, mas a um ponto.

"Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso." A íntima e sagrada relação de Deus para com Seu povo é representada sob a figura do casamento. Sendo a idolatria o adultério espiritual, é o desprazer de Deus contra a mesma apropriadamente chamado ciúme.

"Visito a maldade dos pais nos filhos, até a terceira e a quarta geração daqueles que Me aborrecem." É inevitável que os filhos sofram as conseqüências das más ações dos pais, mas não são castigados pela culpa deles, a não ser que participem de seus pecados. Dá-se, entretanto, em geral o caso de os filhos andarem nas pegadas de seus pais. Por herança e exemplo os filhos se tornam participantes do pecado do pai. Más tendências, apetites pervertidos e moral vil, assim como enfermidades físicas e degeneração, são transmitidos como um legado de pai a filho, até a terceira e quarta geração. Esta terrível verdade deveria ter uma força solene para restringir os homens de seguirem uma conduta de pecado.

"Faço misericórdia em milhares aos que Me amam e guardam os Meus mandamentos." Proibindo o culto aos falsos deuses, o segundo mandamento envolve a ordem de adorar o verdadeiro Deus. E aos que são fiéis em Seu serviço, promete-se a misericórdia, não meramente à terceira e quarta geração, como é ameaçada a ira contra os que O aborrecem, mas a milhares de gerações." (306)

O terceiro:
"Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão: porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o Seu nome em vão."

"Este mandamento não somente proíbe os falsos juramentos e juras comuns mas veda-nos o uso do nome de Deus de maneira leviana ou descuidada, sem atentar para a sua terrível significação. Pela precipitada menção de Deus na conversação comum, pelos apelos a Ele feitos em assuntos triviais, e pela freqüente e impensada repetição de Seu nome, nós O desonramos. "Santo e tremendo é o Seu nome." Sal. 111:9. Todos devem meditar em Sua majestade, pureza e santidade, para que o coração possa impressionar-se com uma intuição de Seu exaltado caráter; e Seu santo nome deve ser pronunciado com reverência e solenidade" (307)

Um outro fato que demonstra o temor que as pessoas têm perdido de Deus, é quanto ao modo como dEle falam, como pronunciam Seu nome, as situações, o tom etc. Cade o respeito, o termor? Quando muitas vezes é usado como interjeição, ou até mesmo piada? E o mais interessante desse mandamento, é que ele é o único que mostra um juízo especial, uma condenação. "PORQUE O SENHOR, NÃO TERÁ POR INOCENTE O QUE TOMAR O SEU NOME EM VÃO." Que palavras duras! Não há desculpa alguma para falar dEle de modo sem reverencia, sem solenidade, sem temor, sem humildade. E mais, é a frequencia dessa prática, que consequentemente, como um pecado contra o Espirito Santo, resulta-se em perca dos valores espirituais.
O quarto:
"Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a Terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou, portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou." Êxo. 20:8-11.

"O sábado não é apresentado como uma nova instituição, mas como havendo sido estabelecido na criação. Deve ser lembrado e observado como a memória da obra do Criador. Apontando para Deus como Aquele que fez os céus e a Terra, distingue o verdadeiro Deus de todos os falsos deuses. Todos os que guardam o sétimo dia, dão a entender por este ato que são adoradores de Jeová. Assim, é o sábado o sinal de submissão a Deus por parte do homem, enquanto houver alguém na Terra para O servir. O quarto mandamento é o único de todos os dez em que se encontra tanto o nome como o título do Legislador. É o único que mostra pela autoridade de quem é dada a lei. Assim contém o selo de Deus, afixado à Sua lei, como prova da autenticidade e vigência da mesma.

Deus deu aos homens seis dias nos quais trabalhar, e exige que seus trabalhos sejam feitos nos seis dias destinados a isso. Atos necessários e misericordiosos são permitidos no sábado; os doentes e sofredores em todo o tempo devem ser tratados; mas o trabalho desnecessário deve ser estritamente evitado. "Se desviares o teu pé do sábado, e de fazer a tua vontade no Meu santo dia, e se chamares ao sábado deleitoso, e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade. ..." Isa. 58:13. Tampouco fica nisto a proibição. "Nem falar as tuas próprias palavras", diz o profeta. Aqueles que no sábado discutem assuntos de negócios ou fazem planos, são considerados por Deus como se estivessem empenhados na própria transação de negócio. Para santificar o sábado não devemos mesmo permitir que nosso espírito se ocupe com coisas de caráter mundano. E o mandamento inclui todos dentro de nossas portas. Os que convivem na casa devem durante as horas sagradas pôr de parte suas ocupações mundanas. Todos devem unir-se a honrar a Deus por meio de um culto voluntário em Seu santo dia."

Muitos que professam guardar o sábado têm sido um tanto hipócritas. Pois, onde estão suas palavras? Sua conversas? Pensamentos? Quantos são os casos no qual se vê que o sábado dura apenas até o fim do culto (meio-dia)? QUais os planos para tal tarde? Ou mesmo em pleno sábado, pensamento já no que se fará em seu término?
O quinto:
"Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na Terra que o Senhor teu Deus te dá."

Aliás, esse mandamento mostra que os dias que vivemos na Terra, são dados por Deus; é o tempo da graça. O mandamento não só nos fala para o nosso respeito e atitudes que devem horar nossos pais. Mas para com todas as nossas atividades, de modo que devem glorificar, honrar esse tempo que é um tempo dado por Deus. E tal mandamento também se aplica para que tenhamos respeito para todas as pessoas para quais deus delevou autoridade; como até mesmo os corruptos politicos.
O sexto:
"Não matarás"

"Todos os atos de injustiça que tendem a abreviar a vida; o espírito de ódio e vingança, ou a condescendência de qualquer paixão que leve a atos ofensivos a outrem, ou nos faça mesmo desejar-lhe mal (pois "qualquer que aborrece seu irmão é homicida"); uma negligência egoísta de cuidar dos necessitados e sofredores; toda a condescendência própria ou desnecessária privação, ou trabalho excessivo com a tendência de prejudicar a saúde - todas estas coisas são, em maior ou menor grau, violação do sexto mandamento."

Outra coisa que esse mandamento aponta é quanto a nossa negligencia para o cuidado da nossa própria saúde, do nosso corpo (templo do Espirito Santo - o que mais tarde passará a ocorrer no Novo Concerto). A neglegencia da luta para com os maus hábitos alimentares, inatividade fisica, entre outros. É uma violação ao mandamento de Deus. Não só estamos destruindo o templo do Espirito, mas matando algo que não pertence a nós, mas a Deus.
O sétimo:
"Não adulterarás." Êxo. 20:14.

"Este mandamento proíbe não somente atos de impureza, mas pensamentos e desejos sensuais, ou qualquer prática com a tendência de os excitar. A pureza é exigida não somente na vida exterior, mas nos intuitos e emoções secretos do coração. Cristo, que ensinou os deveres impostos pela lei de Deus, em seu grande alcance, declarou ser o mau pensamento ou olhar tão verdadeiramente pecado como o é o ato ilícito."

O que falar então de novelas, filmes, imagens, revistas, vestuários, expressões, linguagens etc. que estão infectados ou tendenciosos para o sexualismo, a pornografia, a excitação? Você pode muito bem não estar de olho "na mulher, ou no homem" de ninguem, ou muito menos com certas intenções; mas, pelo seu vestir, pelo modo como se expor, ou meramente falar, andar (como alguns "reboladores"...), estão transgredindo o sétimo mandamento de Deus. E ao mesmo tempo, desenvolvendo tendências em sua alma, e que também afetarão as próximas gerações.
O oitavo:
"Não dirás falso testemunho contra o teu próximo." Êxo. 20:16.

"Aqui se inclui todo o falar que seja falso a respeito de qualquer assunto, toda a tentativa ou intuito de enganar nosso próximo. A intenção de enganar é o que constitui a falsidade. Por um relance de olhos, por um movimento da mão, uma expressão do rosto, pode-se dizer falsidade tão eficazmente como por palavras. Todo o exagero intencional, toda a sugestão ou insinuação calculada a transmitir uma impressão errônea ou desproporcionada, mesmo a declaração de fatos feita de tal maneira que iluda, é falsidade. Este preceito proíbe todo esforço no sentido de prejudicar a reputação de nosso próximo, pela difamação ou suspeitas ruins, pela calúnia ou intrigas. Mesmo a supressão intencional da verdade, pela qual pode resultar o agravo a outrem, é uma violação do nono mandamento."
O décimo:
"Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo." Êxo. 20:17.

"O décimo mandamento fere a própria raiz de todos os pecados, proibindo o desejo egoísta, do qual nasce o ato pecaminoso. Aquele que em obediência à lei de Deus se abstém de condescender mesmo com um desejo pecaminoso daquilo que pertence a outrem, não será culpado de um ato mau para com seus semelhantes."

Como pode ver, o décimo mandamento é o total contraste da ideologia capitalista. A cobiça, o egoismo, a vaidade, o TER. Costumamos pensar na cobiça, apenas nos aspectos astronomicos, como os ladrões, assaltantes, corruptos. Mas pensa bem, e quando você vê uma pessoa x comendo algo em especial, e você fica com água na boca, e começa a desejar aquilo? Ou quando alguem vai até o palanque, ou a frente, recebe honras ou reconhecimento especial e você não... e lhe nasce um desejo de estar no lugar dela. Ou quando você "fura fila" nada mais tomando posso de uma colocação de ordem na qual pertencia por direito a outra. Ou mesmo quanto a carros, curriculo, dinheiro... quando se perde o espirito de humildade, de que você é um simples servo do Senhor, e começa a desejar coisas, achando que merece um pouco mais, já começa a transgressão. Jesus foi explicito para falar desse principio ao dizer "Contanto que tenhais com que comer e vestir, estejais contentes." Até mesmo quando estamos numa situação mais dificil, como a de Jó, e tudo vai mal, se não estarmos satisfeitos, com o pensamento "Estou muito melhor do que merecia"; e começar a reclamar da situação; e onde quer que estejamos não estar contentes, transgridesse o mandamento. Veja o exemplo do apóstolo, preso injustamente e nú nas mamorras frias, e ao invés de reclamar, resmungar, estava cantando hinos de louvores e gratidão a Deus...

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"Tais foram os sagrados preceitos do Decálogo, proferidos entre trovões e chamas, e com maravilhosa manifestação de poder e majestade do grande Legislador. Deus acompanhou a proclamação de Sua lei com mostras de Seu poder e glória, para que Seu povo nunca se esquecesse daquela cena, e tivesse a impressão de uma profunda veneração pelo Autor da lei, o Criador do Céu e da Terra. Desejava mostrar também a todos os homens a santidade, a importância e a permanência de Sua lei.

O povo de Israel estava dominado pelo pavor. O terrível poder da fala de Deus parecia tal que o não poderiam suportar seus trêmulos corações. Pois, ao ser apresentada diante deles a grande regra de justiça de Deus, compenetraram-se, como nunca antes, do caráter ofensivo do pecado, e de sua própria culpabilidade à vista de um Deus santo. Recuaram da montanha com medo e espanto. A multidão clamou a Moisés: "Fala tu conosco, e ouviremos; e não fale Deus conosco, para que não morramos." Êxo. 20:19-21. O líder respondeu: "Não temais, que Deus veio para provar-vos, e para que o Seu temor esteja diante de vós, para que não pequeis." O povo, entretanto, permaneceu à distância, olhando com terror a cena, enquanto Moisés "se chegou à escuridade onde Deus estava".

A mente do povo, cega e aviltada pela escravidão ao paganismo, não estava preparada para apreciar completamente os princípios de grande alcance dos dez preceitos de Deus. Para que pudessem os deveres expressos no Decálogo ser entendidos e impostos mais plenamente, deram-se preceitos adicionais, ilustrando os princípios dos Dez Mandamentos e dando-lhes aplicação. Estas leis foram chamadas juízos, tanto porque eram organizadas com sabedoria e eqüidade infinitas, como porque deveriam os magistrados julgar de acordo com elas. Dessemelhantemente aos Dez Mandamentos, foram transmitidas particularmente a Moisés, que as deveria comunicar ao povo."

Se tiver maior interesse, recomendo que leia da pág. 310 em diante do capitlo, que fala quanto aos juizos transmitidos por Moisés.

...

Como pode ver, estes são os 10 mandamentos um pouco mais desenvolvidos e abrengentes. Todos eles foram instituidos por Deus, ao Seu povo, de modo a ser exemplo ao mundo e a todas as gerações. Deus quer que seu povo abandone todas as baixas normas, influencia de idolatria, e buscar atingir as mais altas, os mais elevados patamares de perfeição, de observância de Seus Mandamentos. "Ser-Me-eis homens santos" (Exo. 22:31). Eis a vontade de Deus para conosco.

Quanto mais se estuda, reflete, aprofunda-se na Lei, mais se o homem percebe seus falhas, seus pecados, sua condição pecaminosa, sua necessidade não só do perdão de Deus, mas do Seu poder transformador. Por isso temos que buscar a Deus com todo nosso coração, nossas forças, empenho... estar transformados no sangue de Jesus, tão elevados nos principios de Deus, de modo que estejamos acima da Lei. Buscar a santidade, a consagração, a humildade, o temor, e todas as graças celestes. Não venhamos a buscar as baixas normas desse mundo corrompido no pecado, mas nas normas de Deus.

Observe a magnitude do evento do Sinai. Quando Deus se aprensentou como nuvem ao povo. Imagine, Ele poderia ter falado sobre tudo qualquer assunto, instruito há diversas coisas. Derramado diversos dons, poderes, feito diversos milagres. Mas não, Ele apresentou aquilo que é de suma importância, a Sua Lei, a essência, os principios de Sua sabedoria; o Seu caráter e vontade para com as pessoas expressos em 10 Mandamentos. A base 10, a mais utilizada pela matemática na Histórica. Basta olhar para as nossas mãos, ali estão marcadas os mandamentos de Deus: Duas tábuas, duas palmas (ou duas mãos), 10 mandamentos, 10 dedos.

Já pensara: Por que 2 tábuas? Por que não 3, ou 10, ou 1? Por que 10 mandamentos, por que não o resumo em 2?

Sempre que olhar para suas mãos, para uma montanha, para uma poderoza nuvem, trovões. Lembre-se de quem é Deus, e dos principios que devem reger nossa vida deixados por Ele no monte Sinai.

A Bíblia apresenta 4 momentos da história de maior importância, magnitude, glória, e mais impressionantes, onde Deus manifesta-se, falando. O primeiro: Na Criação; e ali, Ele falou, e tudo se fez. O segundo, no Sinai, Ele falou, apresentando os 10 Mandamentos. No Calvário, o sacrifio por todos os pecados fora cumprido, e a voz de Deus como trovão ecou, e rachou a terra ao meio, inclusive partindo o templo. E o quarto, o último, ainda por vir, é a volta da Jesus. Quatros eventos, intimamentos ligados de modo inseparáveis. Os de maiores importância, de maior enfase, onde todos os tesouros da Redenção estão escondidos para humanidade. Nos quais mais devemos estudar, contemplar, estudar:
- A Criação
- O Sinai
- O Calvário
- A Volta de Jesus

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