19 outubro 2006

Além da mediocridade

Semana passada tive o privilégio de passar alguns minutos conversando pessoalmente com um grande amigo, Elcio Pallone, estudande de letras da UEM - Universidade Estadual de Margingá.

Falamos sobre as Universidades e pude compartilhar de um mesmo sentimento entre nós, uma certa decepção. Ambos esperávamos muito mais das Universidades, quanto mais, por tais serem públicas onde possuem uma critica um pouco mais elevada; em especial da USP, a Universidade de São Paulo que é até idolatrada por muitos - na maioria, aqueles que estão de fora.

Por que? Porque esperávamos mais: um lugar onde fosse mais discutido as idéias, aquele lugar onde o raciocinio, a razão, o conhecimento, e a analise da realidade fossem incriveis. E o próprio sistema de ensino e a metodologia dos professores, coisas que saíssem do doentio convencional de "dar matéria", "lições" e "exames". Modo tal que essas coisas fossem superadas, e não se precisaria delas, pois o conteúdo todos o teriamos, na verdade, estariamos trabalhando e tentando desenvolver além do básico, do que se sabe.
Porém deparamos com um sistema de ensino "robotizado" - uma linha de montagem de mentes. No sentido que parece uma "programação", formando robos bitolados; que não consegue identificar, relacionar coisas além do que sua Inteligência Artificial, pré-programada, permite.

Gostei muito do exemplo que ele deu de um livro-ficção que ele está lendo, cujo qual esqueci o nome exato. Porém diz de uma nova sociedade futura, meio que a "la matrix". Na qual desde a escolha dos genes o individuo já é programado para ocupar tal função, pensar em tal coisa, e viver tal coisa por sua vida. Enquanto criança e bebe é colocado em salas especiais, alguns até em salas isoladas, onde então são aplicados esta individualidade, a fazer de tais a viver como robos. Por exemplo, uma pessoa ela pode ser programada a ser pobre e carpinteiro, outra, programada a ser rica, dominante do pobre e administradora de uma certa empresa. E o Elcio fez bem colocada analogia com a sociedade pós-moderna. - mais ou menos essa idéia com alguns incrementos meus: Desde que nascemos já começamos a ser "programados" a ser mediocres, ser consumidores e ter tal tipo de formação, apenas para poder trabalhar e ganhar dinheiro para poder consumir. E o ideal de cada um é ganhar o máximo de dinheiro possível para poder consumir as coisas mais caras e o máximo, quantitativamente, possível. Isto a televisão, revistas e mesmo as Universidades catetizam.

A USP se diverencia muito pelo "conteúdo" que informa o estudande. Sendo mais profundo do que as Universidades comuns por ai, e também mais exigente; além do qual os professores são todos "bem diplomados", porém, em poucos se vê qualquer capacidade de ser um mestre (no sentido de fazer discípulos).

As matérias são muito isoladas. Você decidir ser matemático é praticamente você estar rejeitando ter conhecimento de várias coisas como quimica, história etc. Então você aprende geometria do tal do Descartes (Geometria Analitica), e os quatro módulos de Cálculo, então você vai se "especificando" cada vez mais. Imagine um médico que ele se bitola cada vez mais em estudar a sujeirinha entre dois dedos do pé direito.
Enfim, não se vê tudo como um todo. Muito diferente do que o sistema de ensino adventista prega (no original, Ellen White, não necessariamente que as escolas tais seguem tal), e mesmo como relatos do ensino da Grécia Antiga fazia. Os "sábios", assim dito, eles tinham conhecimento de tudo. Pegue Pitágoras, Aristóteles, entre outros, tais tiveram incriveis e profundos conhecimentos de matemática, mas também de filosofia, politica, geografia, astronomia etc.

Isso me fez recordar de quanto fazia Karate, lá no Pedro Dell'Antonia. A sansei era incrivel para ensinar, todos aprendiam, com muito treino, lógico, e bem puxados. Porém, cada técnica, cada movimento, golpe, defesa, base, kata, uso da respiração, você encontrava um todo claramente a ligação entre si, de tal forma, que na hora do combate (komite), você manipulava muito bem todas as técnicas, tinha uma visão extremamente clara da batalha, conseguia analisar o adversário, perceber quando que ela ia atacar e como ia atacar, qual membro usaria, um pouco antes dele realmente fazer o movimento. E em frações infinitésimas de segundos você raciocinava as mil e uma possíbilidades, se defenderia, ou atacaria, ou recuaria, ou daria um contra-golpe, e também como seria, e mais, você até sabia o que aconteceria na pessoa caso aplicasse tal golpe, de tal modo, em tal lugar com tal força. E assim, estrategava sequencias (combos) de movimentos e golpes, até conseguir fazer o "ipon", "derrubar" ou mesmo "vencer" a pessoa.

Agora, na faculdade, você aprende maneiras mirabolantes de provar paralelismo entre planos. Tá mas i ai? Para que que serve isso? Onde eu posso aplicar isso? Ai os professores dizem: "vocês tem que ensinar assim para seus alunos no colegial, para que quando eles cheguem aqui na faculdade já saibam disso." - Inútil ao meu ver.

A grosso modo, as Universidades ensinam uma matemática para a própria matemática universitária. Parece uma redundância mas perceba bem: Não é uma matemática para a vida. De certa forma, você prende o conhecimento a uma lousa, a imaginação e ao raciocinio.
Pois ai você vai em casa montar um "cubo" simples de madeira, só uma pessoa tola, usaria os métodos mirabolantes para provar que as faces do cubo são paralelas as opostas para montar e verificar que aquilo é um cubo. Nem ao menos pensariam nisso, e rapidamente construiram sem muitas dificuldades um cubo perfeito.

É como na religião, alguns não percebem a infinita diferença entra "coisas biblicas" e "coisas religiosas". Religião é uma coisa, curiosidades biblicas é outra. Uma pessoa pode ter lido centenas de vezes a Biblia, decorado ela inteira, saber de cor quantos versos a Biblia tem, quantas vezes a mesma palavra é repetida, cada data etc. Mas simplesmente conhece NADA de religião.
Religião está diretamente envolvido com o "Estilo de Vida", a meneira da pessoa pensar e consequentemente agir no seu dia-dia. Em prol de adorar a Deus, amar o próximo e cuidar do mundo; buscando compreender e desenvolver um caráter semelhante ao de Cristo. Isto que é religião. O resto(caso não tenha essa base) é apenas "blablabla".

E como a Biblia diz: no final dos tempos(hoje), surgiriam muitos falsos profetas, fazendo coisas incriveis, e com tantas filosofias, idéias e argumentações que se fosse possível, até os escolhidos de Deus seriam enganados (mas tais não serão pois têm uma rocha firme e sólida como fundamento, o conhecimento da Palavra de Deus). E a assim diz a Palavra: "A lei e ao testemunho, se não disserem conforme essas palavras, nunca verão a alva." e "pelos seus frutos os conhecereis."


Enfim, as Universidades estão robotizando os seus alunos. A apenas servirem de espelho para a luz do conhecimento que tal possue; sem que os alunos passem a gerar sua própria luz. Os alunos estão se preendendo a decorar versos (fórmulas e provas), a saber quantas vezes as palavras repetem (quais métodos usar em tais casos), mas não são ensinados a "viver o que aprendem". A matemática simplesmente serve para a própria faculdade, para um dia alcançar um diploma bem reconhecido, e para poder usar tal para trabalhar, ganhar seu dinheiro e assim consumir.

Ou como disse Paulo, na segunda carta aos corintios, quando se tratava da apostasia de Israel; dizia: Eles apenas "comiam, bebiam e se divertiam". E não esta a realidade do mundo em que vivemos? Um mundo que apenas vive, melhor, trabalha para: comer, beber e divertir-se.

Bem-aventurados aqueles que consegue sair deste sistema, que superam a mediocridade. Que vive a religião. Que consegue viver o que aprende nas Universidades. Que consegue buscar os mais elevados ideais e pensamentos. Pessoas as quais se alimentam para viver, e a própria vida de sabedoria e trabalho são sua diversão.
Porém, essas sim sofrem uma astronomica oposição e dificuldade. Porque é dificil, e bota dificil nisso. Dificil tão quão é uma máquina pré-programada tornar-se um ser vivo, pensante, que consegue se desprogramar e se auto-programar conforme raciocinou ser o melhor devido ao que aprendeu, e que conforme mais aprende, mais se aprimora, as vezes, se reprogramando. (ao conhercer Jesus, percebe-se que só Ele é capaz disso)


Algumas vezes eu tive alguns vislumbres de como relacionar algumas coisas da matemática com a verdadeira ciência, a que vem de Deus. E a maior de Sua ciência, a da rendição, na qual transforma o homem-máquina em um homem-restaurado-a-imagem-de-Deus. Porém é dificil. Pois como disse, nas Universidades não estão procurando saber como Jesus vivia, relacionava com as pessoas, mas sim, se juntasse toda a areia que fica entre os dedos do pé dele ao longo de sua vida na terra, quantos quilos daria.

Ou seja, estão ensinando uma matemática para a própria matemática. Eu diria que enfrentamos uma Era de Isolamento Intelectual. Onde as pessoas não entendem mais de um prédio. E que para construir o "conteudo de informação" que formaria o prédio, seria preciso reunir: o especialista de areia, o especialista de pregos, o especialista de chumbo, o especialista de vidro, o especialista de colunas, o especialista x, y, z...

O ideal é que todos entendam tudo sobre prédio, e que poderiam construir um sozinhos. Porém, que certamente não conheceria todos os detalhes de cada milimetro cúbico, pois isto, nem os especialista sabem; e que conforme sabem do prédio, aos poucos vão aprendendo mais detalhes sobre os pregos e vam primorando o prédio. Este é o ideal da educação, na qual as Universidades tem deixado em falta. Não se vê coisas grandes "prédios", mas "o grão da areia". Não vem a obra final que querem formar, mas vão colocando um barra de ferro aqui, um prego ali, e no final tem "Uma parte de um prédio" (que, muitas vezes, é até dispensável para tal construção)

Caso fosse assim, não teriam construidos carros que poluem o ar, enchem as cidades de poeira. Mas sim, carros que não poluem o ar e que trazem pouquissimo impacto ambiental. Mas não, não aprenderam (nem foram pagos) para VER O PRÉDIO, mas apenas "a areia", e assim apenas viram "ele tem que se movimentar, ser rápido, ter tal cosumo de gasolina, tal durabilidade, estabilidade...", ajuntaram-se diversos especialistas e hoje temos o resultado: "efeito estufa e aquecimento global". Diferentemente é Deus, que viu todos os detalhes (detalhes tendendo ao infinito) de cada coisa. Os quais mesmo com a natureza em pecado, tal ainda possui um certo equilibrio, como a cadeia alimentar, que se interage de certa forma sustentável na Terra.

Assim deve-se ser também a religião. Tem que se ver o prédio que é Jesus e e a cruz, e a partir dai, passar para os detalhes. Pois tem gente que está mexendo no encamento e nem sabe que se está trabalhando na construção de um edificio.

Elcio, também penso que o temor ao Senhor, o conhecimento que vem do Alto, é que nos faz pensar acima da mediocridade - esses ideais tão alto -, assim como foi com Daniel e seus amigos na Babilonia. Pois o mundo bitolado não consegue ver além do trilho de trem - bitolados.

Precisamos é sair da mediocridade por nós mesmos. Pois somente um louco contaria que as Universidades primeiro mudariam para então ele mudar. E sim mudar por nós, para que futuramente, talvez, talvez, seja possível as Universidades mudarem um pouco. (o que eu dúvido muito diante das profecias dadas por Deus, e da forma como o homem cada vez mais se degenera a uma "bitola").

Já ouvi até uma frase assim: "Satanás está moldando os homens a serem bitolas, para ele poder passear com o seu trem."
Também ouvi uma incrível frase neste sábado: "Tudo que o que não é eterno é dispensável."

Gente vamos mudar isso. Comece por você mesmo. Diga um não a este mundo e diga sim a Jesus.

1 comentários:

Anônimo disse...

Como é que ninguém comentar esse post incrível??? E eu, uma desconhecida não resisto em fazê lo.
Muito bom mesmo, que Deus continuem iluminado a tua mente pra escrever + e + sobre Ele e seu amor.
Denize